Sly Stone, pioneiro do funk psicodélico e lenda da música americana, morre aos 82 anos
Cantor marcou época com hits, transgressão e influência que impactou gerações, vindo a falecer após longa batalha contra doença pulmonar
Larry Tamblyn, fundador da banda The Standells, morre aos 82 anos
Músico era conhecido pelo hit “Dirty Water” e por participações em séries e filmes nos anos 1960
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Seleção inclui The Courettes, banda dinamarquesa da ex-Autoramas Flavia Couri, e muitas novidades do rock alternativo
Doug Ingle, cantor da banda Iron Butterfly, morre aos 78 anos
Músico era o último membro da formação original da banda de rock, famosa pelo hit psicodélico "In-A-Gadda-Da-Vida"
Morreu Marty Krofft, criador dos Banana Splits, “A Flauta Mágica” e “O Elo Perdido”
Marty Krofft, um dos nomes mais influentes na programação televisiva infantil, morreu no sábado (25/11) aos 86 anos, vítima de insuficiência renal. Em parceria com seu irmão Sid, Marty criou um império no entretenimento, marcando época com programas inesquecíveis como “Banana Splits” e “O Elo Perdido”. Nascido em Montreal em 9 de abril de 1937, Marty encontrou no teatro de marionetes, juntamente com Sid, um caminho para a criatividade e inovação. Banana Splits Os irmãos Krofft iniciaram sua carreira como fantocheiros e logo foram recrutados pela rede NBC em 1968 para criar as fantasias da parte live-action de “Banana Splits”. Psicodélica e inovadora, a série apresentava segmentos animados e um seriado de aventura live-action (“A Ilha do Perigo”) ancorados pela apresentação de quatro personagens carismáticos – o cachorro Fleegle, o gorila Bingo, o leão Drooper e o elefante Snorky. A genialidade dos Krofft se manifestou na criação desses personagens únicos e no design de suas fantasias. Cada personagem tinha uma personalidade distinta e, juntos, formavam uma banda de rock que encantava crianças – e enfrentava o clube das Uvas Azedas – todas as manhãs de sábado de 1968 a 1970. A série fez História ao introduzir um novo formato de entretenimento, com apresentadores de desenhos e contexto musical, estabelecendo um padrão para futuros programas infantis. Reprisada por várias décadas, é lembrada até hoje. A Flauta Mágica e os Monstros Marinhos O sucesso de “Banana Splits” abriu portas para que em 1969 os irmãos criassem “A Flauta Mágica” (H.R. Pufnstuf), uma série sobre um garoto náufrago em uma ilha mágica, que representou outro avanço significativo na televisão infantil da época. Combinando atores com personagens em fantasias extravagantes e um cenário muito colorido, a produção foi outra explosão psicodélica na telinha. A história girava em torno de Jimmy, um jovem que chega a uma ilha mágica após ser atraído por Witchiepoo, uma bruxa malvada, que deseja roubar sua flauta mágica falante. Logo ao chegar, Jimmy encontra Pufnstuf, um amigável dragão e prefeito da ilha, que o ajuda a tentar retornar para casa enquanto protege sua flauta mágica. Apesar disso, Jimmy nunca saiu da ilha, porque a série foi cancelada após 17 episódios. Em seguida, eles criaram “Buggaloos” (1970), sobre uma banda de rock formada por insetos, e “Lidsville” (1971), em que um adolescente vai parar num mundo de chapéus falantes. Ambas foram inovadoras e muitas vezes surreais, mas o melhor ainda estava por vir. Em 1973, os Krofft voltaram à fantasia sobrenatural com um projeto de dinâmica e visual semelhante à “A Flauta Mágica”: “Sigmund e os Monstros Marinhos”. A série acompanhava Sigmund, um amigável monstro marinho que foi expulso de sua casa por sua família por não querer assustar humanos. Ele logo encontra amizade em dois irmãos surfistas, Johnny e Scott, que o escondem em seu clube secreto. A série explorava temas como aceitação, amizade e a importância de ser verdadeiro consigo mesmo, tudo dentro de um cenário lúdico e colorido. Durou duas temporadas, até 1975, quando os Marty e Sid já estavam priorizando sua atração mais lembrada. O Elo Perdido Lançado em 1974, “O Elo Perdido” (The Land of the Lost) foi o projeto mais ambicioso dos Krofft e representou outro marco na programação infantil. Ambientada em um mundo pré-histórico, a série de aventura narrava as aventuras da família Marshall, que, após um acidente durante um passeio de bote, ia parar em uma terra desconhecida habitada por dinossauros, os misteriosos Pakuni (hominídeos com sua própria língua e cultura) e os temíveis Sleestak (reptilianos humanoides inteligentes que os caçavam). A mistura de ação ao vivo e efeitos especiais inovadores para a época tornaram a atração um fenômeno de audiência. A produção se destacou por seu uso pioneiro de efeitos especiais e animatrônicos, especialmente na criação dos dinossauros e dos Sleestak. Essa abordagem atraiu o público para acompanhar a jornada da família Marshall em busca do caminho de casa. Junto da aventura, a trama apresentava temas como cooperação, resiliência e a importância do conhecimento e da inovação. Além disso, cada personagem da família Marshall – Rick, Will e Holly – tinha suas próprias forças e vulnerabilidades, criando uma dinâmica familiar como poucas séries da época. Com três temporadas, “O Elo Perdido” não foi apenas um sucesso de audiência. Ele se tornou um elemento cultural significativo, evidenciado por sua popularidade duradoura, reprises, adaptações e a presença contínua na cultura pop. Outros projetos Além dessas produções emblemáticas, os Kroffts produziram uma variedade de outros programas nos anos 1970 – incluindo as sci-fi “The Lost Saucer” e “Far Out Space Nuts” em 1975, e vários projetos derivados da sitcom “A Família Brady” (The Brady Bunch). Destacam-se na lista “Mulher Elétrica e Garota Dínamo” (Electra Woman and Dyna Girl), uma série de super-heroínas da era das discotecas, que combatiam o crime com trajes estilosos, e “Dr. Shrinker”, sobre um cientista louco que inventa um raio redutor e encolhe um grupo de jovens. Ambas foram exibidas em 1976 e, embora não tenham repetido o sucesso das anteriores, também influenciaram produções que se seguiram. Nos anos 1980, eles buscaram variar suas produções com “Pryor’s Place”. Lançada em 1984, a atração era ambientada em um ambiente urbano e estrelada pelo renomado comediante Richard Pryor. Misturando humor, música e fantoches para tratar de questões importantes como bullying e inclusão, a produção foi outra iniciativa pioneira dos Krofft, reconhecida com uma indicação ao Emmy. Mas a presença de um astro conhecido por fazer humor adulto num programa infantil foi considerada ousada demais para o público conservador, fazendo com que só durasse uma temporada. Em compensação, os irmãos tiveram um de seus maiores e mais inovadores sucessos logo depois, juntando fantoches e sátira política. Diferentemente de suas produções infantis, “D.C. Follies” foi primeiro programa dos Krofft direcionado a um público adulto. Os episódios se passavam em uma taverna fictícia em Washington, D.C., onde marionetes de figuras políticas conhecidas interagiam com o barman humano, interpretado por Fred Willard. Os personagens representavam figuras políticas reais, como presidentes e jornalistas, e a série comentava, de forma humorística, os eventos e a política da época. Durou duas temporadas, de 1987 a 1989, e recebeu duas indicações ao Emmy. Exibida no começo da década de 1990, “Toby Terrier and His Video Pals” foi uma tentativa dos Krofft de se adiantarem às mudanças tecnológicas. A série girava em torno de Toby Terrier, um cão animado, e seus amigos, e foi uma das primeiras a incorporar interatividade, utilizando uma tecnologia especial que permitia às crianças interagir com o programa por meio de um brinquedo específico. Novamente, demonstraram estar à frente de seu tempo. Últimas produções Eles passaram vários anos fazendo especiais temáticos e programas musicais antes de emplacar outra série original, “Mutt & Stuff”, lançada em 2015 na Nickelodeon. Este programa infantil focava em Cesar Millan, conhecido como um “Encantador de Cães”, e seu filho Calvin, em um ambiente povoado tanto por cães reais quanto por fantoches caninos. Com viés educativo, o programa ensinava às crianças lições valiosas sobre o cuidado com os animais, amizade e respeito pela diversidade. Suas duas temporadas foram indicadas a quatro prêmios Emmy. Nos últimos anos, o catálogo clássico dos Kroffs também tem sido revisitado em vários projetos de remakes, desde o filme “O Elo Perdido” (2009), com Will Ferrell e Danny McBride, até a série “Sigmund e os Monstros Marinhos” (2016) na Amazon, sem esquecer um terror trash estrelado pelos personagens de “Banana Splits” em 2019. O legado de Marty Krofft vai muito além dos programas que ele criou. Produtor e roteirista, ele inspirou gerações de criadores de conteúdo e foi homenageado, junto do irmão Sid, com um Prêmio Especial em 2018 pelas realizações da carreira no Daytime Emmy, o principal prêmio da programação diurna da TV americana. Ainda vivo, seu irmão mais velho se despediu nas redes sociais com um texto emocionado. “Estou desolado com a perda do meu irmão mais novo. Sei o que todos vocês significavam muito para ele. Foram vocês que fizeram tudo isso acontecer. Obrigado por estarem conosco todos esses anos. Com amor, Sid.” Lembre abaixo a abertura de algumas séries clássicas concebidas com a criatividade dos Kroffts.
Jonah Hill será Jerry Garcia em filme de Martin Scorsese sobre a banda Grateful Dead
O cineasta Martin Scorsese vai estender sua parceria com a Apple TV+ com um novo filme, após concluir “Killers of the Flower Moon”. Como seu próximo projeto, ele pretende produzir e dirigir uma longa biográfico sobre a banda Grateful Dead e já escalou Jonah Hill como o cantor Jerry Garcia. Hill, que foi indicado ao Oscar pela colaboração com Scorsese em “O Lobo de Wall Street”, também será um dos produtores. O roteiro está sendo escrito por Scott Alexander e Larry Karaszewski, responsáveis pela premiada minissérie “American Crime Story: The People vs. OJ Simpson”, e conta com a colaboração dos integrantes da banda. Surgido em meio à contracultura psicodélica dos anos 1960, Grateful Dead continua em atividade até hoje graças a fãs ardorosos, autodenominados Deadheads, que lotam seus shows para assistir improvisos e solos intermináveis. Mas embora os membros sobreviventes façam o possível, a fase áurea da banda chegou ao fim quando Jerry Garcia morreu em 1995. Scorsese faz parte da mesma geração da banda, tendo começado a carreira trabalhando no documentário sobre o festival de Woodstock, em 1969. Paralelamente a sua respeitada filmografia de obras de ficção, ele continuou a alimentar sua paixão por documentários de rock com vários projetos, entre eles a produção de um filme sobre o Grateful Dead, “Long Strange Trip”, lançado em 2017. Ainda sem título, o longa está sendo comemorado na Apple, com quem Socorsese assinou um contrato de produção no ano passado. A plataforma resolveu investir em filmes e prepara diversos lançamentos de peso para os próximos meses, incluindo o citado “Killers of the Flower Moon”, que reúne Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, “Kitbag”, de Ridley Scott, que trará Joaquin Phoenix como Napoleão, “Emancipation”, de Antoine Fuqua, com Will Smith no papel de escravo, e um novo thriller sem título estrelado por George Clooney e Brad Pitt.
Trailer de documentário lembra colapso de Brian Wilson em busca do pop perfeito
A Screen Media divulgou o pôster e o trailer do documentário “Brian Wilson: Long Promised Road”. Apesar de contar com depoimentos de artistas tão variados quanto Elton John, Bruce Springsteen e Nick Jonas, o ponto alto do trailer é a emoção transmitida pelo próprio Brian Wilson, que volta à casa em que compôs os maiores hits dos Beach Boys para falar sobre sua inspiração e os problemas mentais que o afligiram em sua busca por realizar uma obra-prima da música pop. O filme encontra Brian prestes a fazer um show com o repertório exclusivo daquela época e daquele que é considerado um dos melhores discos de todos os tempos, “Pet Sounds”. A prévia combina imagens históricas das gravações de 1966 com as reminiscências do cantor, músico e compositor, em preparação para a performance ao vivo de clássicos como “Good Vibrations”, “Wouldn’t It Be Nice” e “God Only Knows”. O disco é tão bom que, ao tentar superá-lo, os Beatles criaram “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, e Brian Wilson pirou ao buscar ir além no inacabado “Smile”, mítico disco perdido de 1967, que só veio a ganhar edição oficial em 2011, completada pelo artista. Com direção de Brent Wilson (sem parentesco), que fez o documentário sobre doo-woop “Streetlight Harmonies” (2020), o filme foi premiado no Festival de Nashville e estreia em 19 de novembro nos EUA.
Clássico psicodélico dos Rolling Stones ganha clipe em homenagem a seus 50 anos
Os Rolling Stones lançaram um lyric video para “2000 Light Years From Home”, uma das músicas pioneiras do rock espacial, que completa 50 anos. O clipe antecipa o relançamento do álbum clássico “Their Satanic Majesties Request” (1967), considerado um dos discos mais psicodélicos de todos os tempos – obra-prima para alguns, “Sgt. Peppers” de segunda mão para outros. Dirigido por Lucy Dawkins (do documentário “My Secret World: The Story of Sarah Records”) e Tom Readdy (compositor de efeitos da série animada “Nina Needs to Go”), o vídeo é uma colagem psicodélica que evoca a arte do disco, mas também os primeiros curtas de ficção científica do cinema, dirigidos por Georges Méliès (1861–1938). As imagens desfilam astronautas, gurus, flores, outros mundos, dançarinas de can-can, exploradores renascentistas, demônios e garotas em trajes de banho, enquanto a letra surge na tela. A música clássica já tinha um registro, realizado com a banda, que pode ser visto abaixo para refrescar memórias. Mick Jagger declarou que escreveu a letra da música na Prisão de Brixton, onde esteve devido por três dias por porte de drogas, em junho de 1967. A edição de 50 anos de “Their Satanic Majesties Request” já está disponível para pré-venda e inclui versões remasterizadas das faixas do disco, além de um livro de 20 páginas com comentários do cineasta Rob Bowman e do ensaio fotográfico que o grupo fez para o LP original. O relançamento está marcado 22 de setembro pela gravadora ABKCO Records.










