Jafar Panahi é libertado da prisão após iniciar greve de fome
O premiado diretor de cinema iraniano Jafar Panahi foi libertado nessa sexta-feira (3/2) depois de passar meses preso. A libertação de Panahi, relatada primeiro pelo jornalista iraniano independente Mansour Jahani, aconteceu pouco tempo depois que o diretor iniciou uma greve de fome na prisão. “Eu irei resistir até meu corpo sair da prisão”, relatou o diretor na ocasião. A intenção do artista era chamar atenção da imprensa e de festivais de cinema internacionais para a repressão à artistas em seu país e às contínuas agressões aos direitos da mulher. O cineasta ainda não se manifestou desde que saiu da prisão. Porém, o Festival de Cinema de Berlim, que já o premiou com o Urso de Ouro pelo filme “Táxi Teerã” (2015), emitiu um comunicado falando sobre sua libertação. “Estávamos muito preocupados com a saúde de Jafar Panahi e agora estamos muito felizes por ele finalmente ter sido libertado”, disseram os diretores do festival, Mariëtte Rissenbeek e Carlo Chatrian. Panahi foi considerado culpado de “propaganda contra o governo” por apoiar os protestos de 2009 contra a reeleição do ultraconservador Mahmud Ahmadinejad como presidente da República Islâmica. Detido por dois meses em 2010, ele foi colocado em prisão domiciliar e proibido de filmar por 25 anos. Mas Panahi resistiu. Continuou fazendo filmes de forma ilegal. O documentário “Isto Não É um Filme” (2011), que retratou seu cotidiano sob as restrições do governo, foi levado para o Festival de Cannes em 2011 dentro de um bolo de aniversário. “Cortinas Fechadas” também teve que ser contrabandeado para fora do país. Em ambos os casos, ele filmou dentro dos limites de sua prisão domiciliar. Mas, em enfrentamento declarado, foi às ruas disfarçado para rodar “Táxi Teerã”, vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim de 2015. Após o final do período previsto de prisão domiciliar, esteve ainda mais à vontade para filmar “3 Faces”, que venceu o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Cannes de 2018. A decisão de envia-lo para uma prisão, porém, deu-se por um motivo sem relação aos filmes que rodou. Em julho do ano passado, Panahi decidiu acompanhar o caso de outro vencedor do Urso de Ouro, Mohammad Rasulof (“Não Há Mal Algum”), também preso pelo regime. Ao chegar ao tribunal de Teerã, foi preso em flagrante. Embora tivesse cumprido toda sua pena em prisão domiciliar, o tribunal resolveu que ele deveria ser enviado a uma prisão para reiniciar toda a sentença. Panahi disse, na época, que era vítima de uma grande injustiça e classificou as acusações contra ele como “uma piada”. “Essa prisão foi mais um banditismo e uma tomada de reféns do que a execução de uma sentença judicial”, disse Panahi em uma declaração de 1º de fevereiro, revelada por sua esposa.
Premiado diretor Jafar Panahi inicia greve de fome em prisão do Irã
O premiado diretor de cinema iraniano Jafar Panahi começou uma greve de fome na prisão. O ato, relatado no Instagram de sua esposa Tahereh Saeidi, é um protesto contra uma pena de 6 anos de prisão aplicada por um tribunal de Teerã em 2010. O cineasta foi considerado culpado de “propaganda contra o governo” por apoiar os protestos de 2009 contra a reeleição do ultraconservador Mahmud Ahmadinejad como presidente da República Islâmica. Detido por dois meses em 2010, ele foi colocado em prisão domiciliar e proibido de filmar por 25 anos. Mas Panahi resistiu. Continuou fazendo filmes de forma ilegal. O documentário “Isto Não É um Filme” (2011), que retratou seu cotidiano sob as restrições do governo, foi levado para o Festival de Cannes em 2011 dentro de um bolo de aniversário. “Cortinas Fechadas” também teve que ser contrabandeado para fora do país. Em ambos os casos, ele filmou dentro dos limites de sua prisão domiciliar. Mas, em enfrentamento declarado, foi às ruas disfarçado para rodar “Táxi Teerã”, vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim de 2015. Após o final do período previsto de prisão domiciliar, esteve ainda mais à vontade para filmar “3 Faces”, que venceu o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Cannes de 2018. A decisão de envia-lo para uma prisão, porém, deu-se por um motivo sem relação aos filmes que rodou. Em julho do ano passado, Panahi decidiu acompanhar o caso de outro vencedor do Urso de Ouro, Mohammad Rasulof (“Não Há Mal Algum”), preso pelo regime. Ao chegar ao tribunal de Teerã, foi preso em flagrante. Embora tenha sido colocado em prisão domiciliar, o tribunal resolveu que o diretor não havia cumprido a pena até então. Panahi disse, na época, que era vítima de uma grande injustiça e classificou as acusações contra ele como “uma piada”. Agora, detido na Prisão de Evin, o diretor emitiu comunicado para a imprensa afirmando que “não irá comer , beber nem tomar qualquer medicamento” até ser liberto. “Eu irei resistir até meu corpo sair da prisão”, relatou o diretor. A intenção do artista é chamar atenção da imprensa e de festivais de cinema internacionais sobre a repressão no cinema de seu país e das contínuas agressões aos direitos da mulher. Panahi venceu vários prêmios internacionais, incluindo a Câmera de Ouro do Festival de Cannes por “O Balão Branco”, de 1995, e o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim em 2015 por seu filme “Táxi Teerã”. Os filmes do diretor não são exibidos em seu país de origem.
Regina Duarte ignora seu passado em ataque a Claudia Raia por Lei Rouanet
A atriz Regina Duarte, ex-secretária da Cultura do governo de Jair Bolsonaro e defensora ferrenha do ex-presidente, se uniu a outros bolsonaristas para atacar a atriz Cláudia Raia, que teve um projeto aprovado para captar cerca de R$ 5 milhões através da Lei Rouanet. Em seu Instagram, Regina compartilhou a publicação do projeto no Diário Oficial, destacando o valor. Na postagem original, a legenda do post dizia: “Uai, mas não era picanha e cervejinha pro povo? Hahaha lulistas, golpistas, comunistas, fraudadores, satanistas!”. A publicação viralizou entre os apoiadores de Bolsonaro e a atriz Claudia Raia sofreu uma chuva de ataques e comentários negativos. Para variar, os bolsonaristas atacam artistas para reforçar inverdades e desinformações sobre a Lei Rounet. A aprovação da captação não significa que Claudia embolsou o valor milionário em sua conta. Na verdade, a produção da peça foi autorizada a ir atrás de apoiadores para arrecadar – no máximo – US$ 5 milhões em patrocínio. O incentivo para os patrocinadores é descontarem o valor em impostos devidos. Se o valor for atingido, o dinheiro ainda será direcionado para a contratação de mão de obra, materiais, alimentação, aluguel de teatro, viagem, salário da equipe e outros custos que envolvem a produção de uma peça teatral. Vale lembrar que a atriz não recebeu nenhum centavo até o momento. Além disso, a atriz promoverá uma “atividade formativa de 40 horas sobre prática das artes cênicas e o mercado profissional para atores”, como contrapartida para a autorização de captar o valor no mercado. O novo secretário de Economia Criativa e Fomento do Ministério da Cultura, Henilton Menezes, lamentou o preconceito de bolsonaristas com a lei. “Essa imagem de que a lei Rouanet é a mamata, que paga cachê dos artistas famosos, isso, de fato nunca existiu para além do discurso inventado pelo governo [Bolsonaro], que saiu para criminalizar os artistas”, avaliou. Vale lembrar que, embora Regina tenha atacado a colega por usar a lei, ela também já fez uso dela – e foi mau uso. Regina foi condenada a devolver parte do dinheiro arrecadado. Em julho do ano passado, a empresa A Vida é Sonho Produções Artísticas Ltda, da qual Regina é sócia-administrativa, foi obrigada a devolver R$ 319,6 mil obtidos por meio do Programa Nacional de Incentivo à Cultura, instituído pela Lei Rouanet. Na época, a ex-Secretária Especial da Cultura entrou com um recurso, que foi negado. Por coincidência, ela também fez captação via Lei Rouanet para uma montagem teatral, a peça “Ana Jansen”, na cidade de São Paulo, mas não conseguiu captar todo o valor autorizado. Portanto, ao contrário de outros bolsonaristas mal informados, Regina Duarte tem consciência total de que está divulgando fake news para atacar uma colega de profissão. blockquote class=”instagram-media” data-instgrm-captioned data-instgrm-permalink=”https://www.instagram.com/p/Cn7FOrALVdf/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading” data-instgrm-version=”14″ style=” background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% – 2px); width:calc(100% – 2px);”> Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Regina (@reginaduarte)
Janja processa Jovem Pan e comentarista que a chamou de maconheira
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, entrou com um processo contra a Jovem Pan e a comentarista Pietra Bertolazzi. Distribuído na segunda-feira (23/1), o processo corre na 1ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e busca uma indenização de R$ 50 mil em danos morais por Bertolazzi dizer no ar que Janja fuma maconha. O comentário foi feito em setembro do ano passado, durante a campanha para as eleições. Na ocasião, Brotolazzi, que se define como antifeminista, comparou Janja com a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem se referiu como uma mulher “elegante, educada, que fala de Deus” e que, por isso, representa uma “ameaça para a esquerda”. “Enquanto você tem a Janja abraçando Pabllo Vittar, fumando maconha, fazendo sei lá o que, você tem uma mulher impecável representando a direita, seus valores, a bondade, a beleza”, ela disparou na tela da Jovem Pan News. Não ficou nisso. Bertolazzi ainda afirmou que Janja fazia “farofa” em eventos com o marido e chamou apoiadores de Lula de “um monte de artista maconhista”. “Todos abraçando a Janja, porque é este tipo de valor que ela demonstra, muito ao contrário da Michelle Bolsonaro”, acrescentou a comentarista. O juiz Cassio Pereira Brisola deu o prazo de 15 dias para que a comentarista e a emissora apresentem suas defesas. Caso esse prazo não seja respeitado, os fatos apresentados por Janja serão presumidos como verdadeiros. Além da indenização, o processo busca fazer com que a Jovem Pan e Bertolazzi se retratem publicamente e publiquem em suas redes sociais a sentença, que seja retirado o vídeo publicado nas plataformas da emissora e que, além da indenização, paguem as custas processuais e despesas com advogados de 20% sobre o valor atualizado da causa. Jovem Pan sobre evento do Lula ontem: "Janja abraçando a Pablo Vittar e fumando maconha; fazendo farofa; bando de maconhistas". @JanjaLula cabe um processo na JP e nessa "jornalista". pic.twitter.com/zDvw1JY1fS — Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) September 27, 2022
Paulo Betti se revolta com nova fake news de Regina Duarte
O ator Paulo Betti (“Tieta”) se revoltou de vez com a colega Regina Duarte (“Vale Tudo”), que está disparando notícias falsas e alegações infundadas em seu Instagram sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Na publicação mais recente, Regina criticou o governo petista por supostamente aumentar o auxílio reclusão para o valor de R$ 1.754,18. A declaração foi vista como um “desserviço”, já que a quantia segue limitada ao valor do salário mínimo desde 2019. “Ladrões, aproveitadores da boa fé de brasileiros honrados e trabalhadores. O do bandido foi aumentado, [mas] e o salário mínimo de gente do bem fica na mesma?”, esbravejou a atriz. Betti, por sua vez, ficou incomodado com as acusações inverídicas. “Fake! Regina, você não se envergonha de atrapalhar? Não ficou satisfeita com o vandalismo em Brasília?”, questionou a colega nos comentários. Vale ressaltar que a plataforma do Instagram já entrou em ação e, rapidamente, os verificadores de fatos alertaram que a postagem não se baseia em fatos reais. Esta já foi a segunda postagem de Regina marcada como notícia falsa pelo Instagram em 2023. A situação está tão grave que até a filha da atriz, Gabriela Duarte (“Por Amor”), tomou a decisão drástica de dar unfollow nas redes sociais da própria mãe. Na ocasião, ela ainda aproveitou para publicar um protesto contra os vândalos bolsonaristas.
Globo teria trocado demissão de Cássia Kis por geladeira após “Travessia”
A rede Globo teria desistido de romper o contrato com a atriz Cássia Kiss, contrariando as notícias anteriores. As informações são da jornalista Carla Bittencourt. Na última semana, a revista Veja declarou que a emissora teria decidido se distanciar da atriz bolsonarista, que estaria denunciando integrantes do elenco de “Travessia” por assédio moral. No entanto, as novidades sugerem que a Globo pretende manter o contrato fixo de Cássia Kis até meados de 2025, mesmo que a atriz não esteja envolvida nos projetos futuros da emissora. Ela passaria o período que falta para cumprir seu contrato na geladeira, sem novos trabalhos. Ao que tudo indica, a Globo quer se preservar de novas acusações, bem como evitar um constrangimento por causa das posições políticas e antidemocráticas da artista. O RH da emissora entende que a demissão poderia gerar uma “bola de neve sem fim” com outros funcionários. Vale lembrar que a própria atriz já tinha anunciado que “Travessia” seria sua última novela. Ela só aceitou participar porque o texto era de Gloria Perez, que também demonstra simpatia por Bolsonaro. Cássia Kis ainda faz parte do elenco da série “Desalma”, exibida na Globoplay, que deveria ganhar uma 3ª temporada antes da confusão com a atriz. A Globo não tem interesse em comentar o caso, que ela considera como uma “mera especulação”.
Monark tem perfis no Twitter e Instagram derrubados por ordem judicial
O Youtuber Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, teve os perfis de suas redes sociais derrubados por ordem judicial na sexta-feira (13/1). Além dele, também foram retidas as contas do deputado Nikolas Ferreira e da influencer de direita Barbara “Te Atualizei” Destefani. Os três disseminaram notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e outras narrativas bolsonaristas, além de incentivarem os ataques terroristas contra os Três Poderes em Brasília. Durante os ataques de 8 de janeiro, Monark escreveu: “Eu sinto simpatia pelas pessoas que estão protestando, esse nosso estado é uma ditadura nefasta e autoritária, só roubam o povo. Algo deve ser feito, mas nossa classe política se provou covarde e conivente, com isso é normal o povo se sentir sem esperanças e rebelar”. Ele também culpou o STF pelas invasões. “A culpa disso que está acontecendo é do STF. Lembra do ‘perdeu mane’ [que] os caras esfregaram na cara de milhões de brasileiros que eles tão cagando pro povo. O resultado tá aí, caos social”. Depois de ver a dimensão da destruição, Monark buscou se distanciar do estrago que incentivou com sua retórica. “Quero deixar claro que eu não apoio a invasão, meus comentários tem como propósito apenas analisar e situação. Espero que todos os envolvidos voltem para suas casas em segurança, e que os atos de violência sejam punidos”. A conta do Twitter de Monark tinha 1,4 milhões de seguidores, enquanto no Instagram ele possuía 618 mil. Ambos os perfis tinham os selos de verificação das plataformas. Relacionadas Ele já tinha perdido seu canal no YouTube por decisão judicial em novembro. Antes disso, Monark perdeu sua participação no “Flow”. Durante uma edição do podcast que apresentava até o começo de 2022, ele defendeu a legalização do nazismo no Brasil. Foi expulso e emitiu um pedido de desculpas bizarro, alegando que estava bêbado. “Peço também um pouco de compreensão: são quatro horas de conversa e eu estava bêbado”, publicou na ocasião. Os outros influenciadores de direita que tiveram as contas retidas também fizeram postagens tendenciosas em relação à marcha da destruição em Brasília. As contas de Nikolas Ferreira já tinham sido bloqueadas em outra ocasião. Em novembro de 2022, ele perdeu o acesso temporariamente ao Twitter, Facebook e Instagram por compartilhar mentiras sobre o sistema eleitoral. Mas vale apontar que Nikolas não foi o único político a fazer publicações polêmicas sobre os atos golpistas. O The Intercept Brasil fez um levantamento que apontou 46 deputados federais eleitos em 2022 que incentivaram, defenderam ou mesmo buscaram justificar o terrorismo em Brasília.
Sleeping Giants mira operadoras que transmitem a Jovem Pan
O movimento Sleeping Giants Brasil resolveu mirar nas operadoras de TV por assinatura que transmitem o canal da Jovem Pan News. O objetivo é estender o combate à desinformação e aos discursos de ódio propagados pela emissora, responsabilizando também as empresas que permitem a exibição do canal. Segundo o diretor jurídico Humberto Ribeiro, as empresas Claro TV, Vivo TV, Sky e DGO serão acionadas de forma extrajudicial. O Sleeping Giants Brasil pretende entender a razão para a exibição do canal, antes de lançar uma campanha de desmonetização dessas empresas. “[Queremos] questionar a razão de, durante a pandemia da covid-19, incorporarem em seu portfólio de canais um veículo de comunicação que sabidamente difundia desinformação sobre a vacinação, tratamentos sem eficácia comprovada, uso de máscaras e distanciamento social”, disse. A notificação também tem o intuito de entender se a programação da Jovem Pan News está de acordo com as diretrizes das operadoras televisivas. A direção do Sleeping Giants considera que as empresas também são responsáveis pelos conteúdos, mesmo que de forma indireta. “Queremos saber se condiz com as boas práticas de governança dessas empresas a manutenção da disponibilidade dos conteúdos da TV Jovem Pan News aos seus consumidores”, declarou o advogado. “Mesmo diante das reiteradas e graves denúncias de que o veículo difunde desinformação sobre a rigidez do processo eleitoral, o papel de instituições de Estado, como as Forças Armadas, além de ataques ao STF e ao TSE”, completou. Até o momento, nenhuma das empresas citadas se posicionaram ou emitiram notas de repúdio aos atos terroristas do último domingo (8/1). Desde que começou sua campanha de desmonetização da Jovem Pan News em 21 de dezembro, o Sleeping Giants Brasil já convenceu 24 empresas a pararem de anunciar no canal.
Instagram marca post de Regina Duarte como fake news e Gabriela deixa de seguir a mãe
O Instagram classificou uma publicação da atriz Regina Duarte (“Por Amor”) como “informação falsa”. A postagem abordava os atos terroristas na Praça dos Três Poderes. Na publicação, a artista replicava a contranarrativa extremista comparando o local para onde foram levados os bolsonaristas, que estão presos após participarem dos atos de terrorismo em Brasília, a campos de concentração nazistas. A atriz também acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de não divulgar os códigos-fonte das urnas eletrônicas. Tudo isso é mentira. Na legenda, Regina afirmou que as detenções ocorreram “em condições sub-humanas e trazem de volta o assunto do famigerado código-fonte prometido nas últimas eleições para presidente da República”. Vale lembrar que o TSE disponibilizou o “famigerado” código-fonte para inspeção durante um ano inteiro antes das eleições presidenciais. E todos os partidos e instituições que tiveram acesso a ele garantiram a lisura do pleito e o fato de não haver nenhum indício de fraude no processo eleitoral. Curiosamente, o PL, de Jair Bolsonaro, teria sido o único partido que não se interessou em conhecer o tal famigerado. Diante da polêmica, a filha de Regina, a atriz Gabriela Duarte, tomou uma decisão drástica e deixou de seguir a mãe na rede social. Ela também publicou um protesto contra os terroristas. “Vandalismo e ignorância são inimigos da Liberdade. [Que] tristeza”, desabafou nas redes sociais. Os novos posts de Regina Duarte não estão apenas acabando com a paz em família, mas também enterrando sua carreira de vez. Segundo rumores, a atriz tentava conseguir apoio para voltar a trabalhar, mas os poucos interessados em lhe oferecer papéis teriam desistido após o atentado de 8 janeiro. Fontes dizem que ela não entende porque segue afastada dos projetos artísticos desde que saiu da Secretaria Especial de Cultura de Bolsonaro. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por gabriela duarte (@gabidu)
Globo não vai renovar contrato com Cássia Kis
A Globo teria decidido se distanciar de Cássia Kis. Segundo informações da revista Veja, após o fim da novela “Travessia”, de Gloria Perez, a emissora dará “um tempo” na imagem da atriz, que se queimou entre funcionários e grande parcela dos telespectadores por seu engajamento nos atos antidemocráticos de bolsonaristas, embriões do ataque terrorista em Brasília no domingo passado (8/1). Antes disso, ela já tinha causado polêmica ao dar declarações homofóbicas numa live. Há relatos de que Cássia Kis acumula uma série de reclamações por parte de funcionários no compliance da emissora, que a acusam de intolerância política, religiosa e homofobia. Entre outros apelidos, ela teria se tornado conhecida como Perpétua nos bastidores da Globo, numa referência à personagem de Joana Fomm, em “Tieta” (1989). Na novela clássica, a vilã era uma beata reacionária que defendia valores ultrapassados, embora ela própria não se comportasse assim. A intérprete de Cidália teria retaliado, denunciando integrantes do elenco de “Travessia” por assédio moral. Como a Globo adotou uma política de contratos por obra, a ideia é não chamá-la para novos projetos. De todo modo, Cássia já tinha anunciada que “Travessia” seria sua última novela. Ela só aceitou participar porque o texto era de Gloria Perez, que também demonstra simpatia por Jair Bolsonaro. Vale lembrar que a atriz ainda faz parte do elenco da série “Desalma”, exibida na Globoplay, que deveria ganhar uma 3ª temporada, mas parece ter ido parar no limbo. O grupo Globo nunca se manifestou oficialmente a respeito da atriz. Mesmo durante o questionamento das declarações homofóbicas de Cássia, soltou uma nota genérica, afirmando apenas: “A Globo tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão e repudia qualquer forma de discriminação”.
Jovem Pan afasta Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez
A Jovem Pan decidiu afastar alguns de seus comentaristas mais radicais: Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez. Eles são considerados defensores das manifestações antidemocráticas e teriam apoiado o ato golpista, ocorrido em Brasília no último domingo (8/1). A decisão aconteceu após o Ministério Público Federal de São Paulo abrir investigação contra o canal por apoio aos atos golpistas. “O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país”, disse o MPF-SP em comunicado. A emissora escalou o extremista Paulo Figueiredo para sua cobertura dos atos terroristas. É o mesmo comentarista que defendeu, recentemente, uma guerra civil no país. Em sua primeira manifestação ao entrar no ar durante o ataque de domingo (8/1), Figueiredo disse que era “compreensível a revolta popular”, e mesmo criticando a destruição causada pelos bolsonaristas, buscou retratar os agressores como supostas vítimas do sistema. “A revolta é legítima”, ele afirmou sobre a barbárie terrorista. Zoe Martinez, por sua vez, defendeu que as Forças Armadas destruíssem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em participação na emissora no dia 21 de dezembro, enquanto Constantino insistiu na tese de que as eleições foram forjadas por um “um malabarismo do Supremo”, ideia difundida a partir de 14 de novembro e reiterada várias vezes desde então. Além deles, os jornalistas da emissora não pronunciaram, desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, as palavras golpistas e antidemocráticos para se referir aos protestos que deram origem ao atentado contra a democracia na Praça dos Três Poderes de Brasília. Segundo apurou o Notícias da TV, até a definição “bolsonaristas” teria sido vetada pelos editores da Jovem Pan News. A situação mudou após os atos de domingo, que levaram à liberação dos termos. Mesmo assim, não se ouve no canal a expressão “terroristas”, adotada pela Globo, o presidente Lula e a presidente do STF Rosa Weber. A pressão contra a Jovem Pan não é apenas política e judicial. A campanha do perfil Sleeping Giants Brasil já fez a empresa perder 22 anunciantes. A emissora também teve a monetização de seu canal suspensa pelo YouTube – assim como a revista Oeste, que reunia ex-funcionários da Jovem Pan. Por enquanto, os comentaristas afastados foram suspensos por tempo indeterminado, mas não desligados da empresa. A Jovem Pan já demonstrou anteriormente que não leva punições a sério, tendo demitido o próprio Constantino, envolvido em outra polêmica, para recontratá-lo logo depois. E não foi um caso isolado. A suspensão desta terça (10/1) se segue à renúncia do presidente do Grupo Jovem Pan do comando da empresa. O empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, será substituído por Roberto Araújo, antes CEO, que agora terá que responder ao MPF-SP. Apesar de abrir mão do comando da empresa, Tutinha segue sendo o acionista majoritário da Jovem Pan.
Apresentador americano faz piada com Bolsonaro e golpistas após ataque em Brasília
O apresentador Stephen Colbert, do talk show “The Late Show”, comentou os recentes ataques terroristas em Brasília durante o monólogo de abertura do seu programa na segunda-feira (9/1). Na ocasião, Colbert também fez piada com a aparência do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante sua fala, Colbert explicou que o país passou por uma eleição e “o perdedor é o político da extrema direita e tartaruga que acabou de ver você deixar cair uma cenourinha, Jair Bolsonaro”, brincou o apresentador, que costuma fazer piadas com a aparência das pessoas. “Bolsonaro argumenta que ele perdeu as eleições no país devido a uma fraude”, continuou o apresentador. “Se isso nos soa familiar, escute só essa: ontem, vândalos apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso brasileiro e o edifício onde está o gabinete presidencial”. Colbert continuou, dizendo: “Não! Não! Eu não posso assistir a esse filme novamente. Sei como termina! Com todos gostando da versão brasileira de Liz Cheney”, brincou ele, referindo-se à deputada americana que se posicionou contra Trump, apesar de tê-lo apoiado firmemente enquanto ele estava na Casa Branca. “Não posso gostar dela novamente. Sou muito emocional”. “Os vândalos foram retirados pela polícia, e esse foi um dia sombrio para a democracia brasileira, levando os especialistas a dizerem: ‘8 de janeiro é o 6 de janeiro do Brasil'”, afirmou o comediante, referindo-se ao dia em que o Capitólio americano foi invadido por apoiadores de Trump. “Assim como o nosso 6 de janeiro, a insurreição brasileira teve vândalos invadindo os prédios do governo, atacando policiais com os mastros da bandeira do país e quebrando as janelas”, contou ele. “Espere um pouco! Eles já estão dentro do prédio. Por que eles estão quebrando as janelas? É para serem acusados de invasão e fuga?”, brincou ele. Brazil's January 8th is looking a lot like America’s January 6th…🫢 #Colbert pic.twitter.com/RWX41UA23V — The Late Show (@colbertlateshow) January 10, 2023









