Descubra o punk rock feminino atual em 10 clipes novos
Hey ho, let’s go, a lista de novos clipes musicais independentes desta semana destaca novidades da cena punk em diversas configurações, do punk pop californiano ao ska punk, sem esquecer o hardcore. Com um detalhe: todas as músicas são entoadas por vozes femininas. A lista tem até um extra: um documentário da última turnê de um dos grupos mais veteranos da seleção, The Interrupters, que encerra a coleção de vídeos. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre os artistas abaixo de cada vídeo, e via playlist (localizada no final do post), para quem preferir uma sessão contínua – método mais indicado para assistir numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome, ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge). THE LINDA LINDAS | EUA A banda punk pop de Los Angeles foi o maior hype do ano passado, graças à ousadia de uma música chamada “Racist, Sexist Boy” e a pouca idade de suas integrantes: as irmãs Mila e Lucia de la Garza, de 11 e 15 anos respectivamente, sua prima Eloise Wong, de 13 anos, e a amiga mais velha que faz os solos de guitarra, Bela Salazar, de 17. As irmãs que originaram a banda são filhas de Carlos de la Garza, engenheiro de som de discos de Bad Religion, Paramore e Wolf Alice, entre outras bandas, e começaram a tocar na garagem com a prima em 2018. “Talking to Myself” é o single mais recente do álbum de estreia do quarteto, “Growing Up”, previsto para 8 de abril. PANIC SHACK | PAÍS DE GALES O quinteto feminino de Cardiff se diverte com um punk colorido, ao estilo dos Rezillos, com direito até ao figurino da época. Uma curiosidade do clipe de “Mannequin Man” é que, embora mostre a banda nas ruas de Londres, elas filmaram suas participações em sua cidade natal, criando a ilusão com chroma key. A música faz parte de seu primeiro EP, “Baby Shack”, que também chega em 8 de abril. NEW ROCK CITY | EUA O guitarrista Kick e a vocalista Rossano formaram New Rock City em, claro, New York City há exatamente uma década, compartilhando uma paixão mútua pela intersecção de punk rock, glam e new wave dos anos 1970 e 1980. Suas músicas tem clara influência de Joan Jett, Billy Idol, New York Dolls e The Pretenders. O clipe de “Da Ratman!” tenta evocar o período com a recriação da atmosfera de shows em porões clássicos do rock, como o club nova-iorquino CBGB. O terceiro single do álbum “Radio 85”, previsto para o final do ano, tem produção de Matt Chiaravalle, que trabalhou com a banda Blondie – uma das atrações icônicas do CBGB. NOBRO | CANADÁ Com um punk rock clássico, veloz e barulhento, a banda de Montreal liderada pela baixista/vocalista Kathryn McCaughey vem conquistando fãs desde sua apresentação no festival canadense WayHome em 2017. “Eat Slay Chardonnay”, com refrão inspirado nos Ramones, faz parte de seu segundo EP, “Live Your Truth Shred Some Gnar”, lançado em 23 de fevereiro pelo selo Big Scary Monsters. THE LETS GO | JAPÃO O trio feminino liderado pela cantora/guitarrista Coco já atravessou várias formações desde 2006, incluindo um período com a baixista Sakura Anno, filha do líder da lendária banda punk japonesa Guitar Wolf. Após passar a maior parte de 2021 como dupla, “In My Head” é a primeira gravação da nova formação, que ganhou um clipe animado fofíssimo em homenagem à banda favorita de Coco, Mariko e da novata Manami: Ramones. DICK MOVE | NOVA ZELÂNDIA O nome da banda de Auckland é gíria para comportamento baixo, geralmente associado a babacas do sexo masculino. Não por acaso, faz punk rock feminista. “O nome da banda é uma oportunidade perfeita para incorporar uma inversão de papéis”, definiram os músicos em 2019. Dick Move também é uma superbanda local, formada por integrantes dos grupos Master Blaster, Shitripper, Na Noise e Dateline, que decidiram tocar juntos após uma noite de bebedeira num bar. O que começou como brincadeira virou o álbum “Chop!” em 2020. Curiosamente, só agora em março, dois anos depois do lançamento do disco, o single “Ladies Night” ganhou seu primeiro clipe. DRINKING BOYS AND GIRLS CHOIR | COREIA DO SUL O trio de Daegu é o representante hardcore da lista. As garotas e o rapaz da banda já tem dois álbuns e “National Police Sh!t” faz parte do primeiro, lançado em 2018. O detalhe é que a música foi revistada neste ano com um novo clipe, após a política interromper um show dos DGAGC em Busan. Imagens da confusão foram incorporados ao vídeo. GRUMPSTER | EUA Liderado pela cantora e baixista Falyn Walsh, o trio representa o punk pop californiano dos anos 1990 (estilo de Green Day, Blink-182, etc) com guitarras bastante distorcidas e melodias acessíveis. “Looking Good” é o segundo single gravado pelos músicos após assinarem com a Pure Noise Records no ano passado, e antecipa a preparação ao segundo álbum, após a estreia em 2019 pelo diminuto selo Asian Man Records. CATBITE | EUA Formada por ex-membros de The Snails e a vocalista/tecladista Brittany Luna em 2018, Catbite é um quarteto de ska punk da Filadélfia influenciado pela energia do movimento 2 Tone dos anos 1980, mas também pelas melodias do punk pop dos 1990. “Police Man (Kick Me in the Head)” é uma reinvenção completa de “Policeman”, única música da superbanda The Silencers, formada por integrantes do Rancid, Wix e Slackers em 1997, e foi lançada na sexta (4/3) numa coletânea de artistas da gravadora Stubborn (“Still Stubborn – Volume 2”). THE INTERRUPTERS | EUA Os três irmãos Bivona e a cantora Aimee Allen estão entre os veteranos da turma. Apadrinhados por Tim Armstrong, do Rancid, o quarteto de Los Angeles já tem três álbuns de estúdio e lançaram seu primeiro disco ao vivo de ska punk no ano passado, gravado em Tóquio. O clipe acústico é resultado de um ensaio desses shows e foi disponibilizado como bônus do documentário da turnê – que pode ser visto completo aqui abaixo. THE LINDA LINDAS | EUA | PANIC SHACK | PAÍS DE GALES | NEW ROCK CITY | EUA | NOBRO | CANADÁ | THE LETS GO | JAPÃO | DICK MOVE | NOVA ZELÂNDIA | DRINKING BOYS AND GIRLS CHOIR | COREIA DO SUL | GRUMPSTER | EUA | CATBITE | EUA | THE INTERRUPTERS | EUA
Veja 10 clipes com a nova psicodelia indie
Nesta semana, a seleção de novos clipes musicais independentes da Pipoca Moderna embarca numa viagem psicodélica, que leva o ouvinte por sons lisérgicos de décadas atrás, atravessa nuvens carregadas de guitarras shoegazer e desagua num arco-íris dreampop. Junto a artistas em começo de carreira, a lista contempla lançamentos de duas bandas veteranas, que apesar de tocar rock desde os anos 1990, ainda são consideradas “obscuras” por grande parte do público. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre os artistas abaixo de cada vídeo, e via playlist (localizada no final do post), para quem preferir uma sessão contínua – método mais indicado para assistir numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome, ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge). MNNQNS | FRANÇA O quarteto de Rouen lançou um clipe psicodélico para anunciar seu segundo álbum, “The Second Principle”, previsto para a primavera europeia (nosso outono). Mixado por Jolyon Thomas (que já trabalhou com U2), o disco promete combinar psicodelia, pop e pós-punk para manter MNNQNS como a mais internacional das bandas francesas. ELEPHANT STONE | CANADÁ Primeiro single do EP conceitual “Le Voyage de M. Lonely dans la Lune”, a música encontra o personagem-título isolado por uma epidemia mundial, que força o resto da população do planeta a ficar em casa e o convence a deixar a Terra. O disco é o primeiro cantado inteiramente em francês pela banda psicodélica de Montreal, formada em 2009 por Rishi Dhir (ex-The Datsons e The High Dials), e foi dedicado aos fãs canadenses que falam o idioma. THE ASTEROID Nº 4 | EUA Das garagens da Filadélfia para uma viagem de ácido ao espaço sideral, a psicodelia de The Asteroid Nº 4 começou a descer em direção à Terra em meados dos anos 1990. Atualmente estacionada em São Francisco, após mais de 25 anos de estrada, a banda inspirada tanto por Pink Floyd quanto por Ride fez uma colagem criativa de cenas de filmes dos anos 1960 para divulgar o primeiro clipe do álbum “Tones of the Sparrow”, previsto para 25 de março. LOW | EUA Outro remanescente dos anos 1990, Low é hoje seu núcleo fundador: o casal Alan Sparhawk e Mimi Parker. Eles já foram mórmons praticantes e aprimoraram a prática de tocar o mais lento possível, a ponto de inspirar um novo rótulo da crítica: slowcore. O som mudou muito em 30 anos. A psicodelia de “All Night” faz parte do 13º álbum da banda, “Hey What”, lançado pela gravadora Sub Pop em setembro passado com produção de BJ Burton, que trabalhou até com a rapper Lizzo. RENATA ZEIGUER | EUA A ex-líder da banda Cantina iniciou sua carreira solo em 2018 e prepara seu segundo álbum, “Picnic In The Dark”, com novas melodias suaves de influência sessentista, previsto para 8 de abril pela Northern Spy Records. BATTLE AVE | EUA A banda nova-iorquina retorna de um hiato de sete anos em abril com “I Saw the Egg”, terceiro álbum de uma carreira quase abandonada. Curiosamente, “Fool” deveria ter entrado no último disco, mas acabou ficando de fora por não ser pessimista como as demais faixas e quase foi esquecida, até o vocalista Jesse Doherty encontrar sua demo antes de entrar em estúdio para o novo trabalho. A música aborda o amor assumido em todo seu constrangimento, tema que a banda costuma evitar, e só foi redimida porque Doherty virou um “bobão” em sua própria vida, casando-se e virando pai. JUST MUSTARD | IRLANDA O quinteto irlandês queria fazer uma música que todos pudessem dançar. O resultado é a microfonia shoegazer de “Still”, garantia de pista… vazia. O segundo álbum da banda, “Heart Under”, chega quatro anos após o disco inaugural, no dia 27 de maio. TALLIES | CANADÁ Formado em 2019 em Toronto, o trio segue o shoegazer/dreampop de Lush, My Bloody Valentine, The Sundays e Beach House com muita microfonia e vocais femininos melódicos, cortesia da cantora-guitarrista Sarah Cogan. EMPATH | EUA Mais rock da Filadélfia. “Elvis Comeback Special” é o quarto e último single de “Visitor”, segundo álbum da banda shoegazer, lançado há duas semanas pela Fat Possum Records. A colisão sonora de guitarras microfonadas, teclado sessentista, solo de bateria e resquícios dissonantes de melodia não devia combinar, mas é ancorada perfeitamente pelo fiapo de voz de Catherine Elicson – quase como uma faixa perdida da melhor fase do Dinosaur Jr. COLATURA | EUA O trio do Brooklyn, Nova York, faz um dreampop melódico com reminiscências das baladas femininas dos anos 1960. Banda mais nova da lista, vai lançar seu primeiro álbum, “And Then I’ll Be Happy”, no dia 22 de abril. MNNQNS | FRANÇA | ELEPHANT STONE | CANADÁ | THE ASTEROID Nº 4 | EUA | LOW | EUA | RENATA ZEIGUER | EUA | BATTLE AVE | EUA | JUST MUSTARD | IRLANDA | TALLIES | CANADÁ | EMPATH | EUA | COLATURA | EUA
Veja 10 clipes novos de rock alternativo
Os clipes independentes da semana destacam 10 músicas de andamento lento com guitarras distorcidas, numa seleção de rock alternativo que abrange do grunge à psicodelia. A lista tem vários artistas novos, mas também alguns veteranos como Pete Doherty, ex-Libertines e Babyshambles, na nova fase francesa de sua carreira. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre os artistas abaixo de cada vídeo, e via playlist (localizada no final do post), para quem preferir uma sessão contínua – método mais indicado para assistir numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome). THE MYSTERINES | INGLATERRA O power trio de Liverpool, liderado por Lia Metcalfe, começou a chamar atenção em 2019 com rocks pesados influenciados pelo grunge e PJ Harvey. O primeiro álbum, “Reeling”, está agendado para março. KING HANNAH | INGLATERRA Hannah Merrick e Craig Whittle se conheceram quando trabalhavam como garçons em Liverpool, em 2017. Desde então, lançaram um EP e um par de singles. Mas é seu novo blues etéreo, com um climão de PJ Harvey, que alimenta a expectativa pelo álbum de estreia, “I’m Not Sorry, I Was Just Being Me”, previsto para 25 de fevereiro. NEWDAD | IRLANDA O trio original frequentava a mesma escola, em Galway, na costa da Irlanda, quando resolveu formar uma banda. E depois de recrutar um baixista em 2020, cada novo lançamento conquista ainda mais a crítica com sua combinação pouco usual da distorção grunge com vocais de dreampop da cantora e guitarrista Julie Dawson, que os faz ser comparado tanto a Pixies quanto a Slowdive. “Banshee” é a faixa-título de seu segundo EP, lançado na quarta-feira (9/2). WUNDERHORSE | INGLATERRA O projeto solo de Jacob Slater, ex-Dead Pretties, que vai interpretar o baterista Paul Cook na vindoura série dos Sex Pistols, passa bem longe do punk rock. O título do terceiro single é uma referência a idade que ele tinha ao criar a música, período de sua adolescência em que ouvia muito Neil Young. KINDSIGHT | DINAMARCA O quarteto de Copenhague evoca a cena indie da virada dos anos 1980 e 1990, com guitarras distorcidas acompanhando batidas leves e a voz suave da cantora Nina Hyldgaard Rasmussen. E o fato de ser a primeira banda não sueca lançada pelo respeitado Rama Label inspirou o título irônico de seu álbum de estreia, “Swedish Punk”, previsto para 25 de março. LUCY DACUS | EUA “Kissing Lessons” foi gravada durante as sessões de “Home Video”, mas acabou ficando de fora do terceiro álbum da cantora americana, lançado no ano passado. Felizmente, não ficou guardada e sai agora como single. Curta, mas com uma narrativa de cinema, a música sobre aprender a beijar com a melhor amiga faz recordar os rocks confessionais de Liz Phair. SADURN | EUA Genevieve DeGroot começou Sadurn como um projeto solo em 2017 na Filadélfia, mas logo se viu à frente de uma banda de indie folk, que vai lançar seu álbum de estreia em maio. PETER DOHERTY & FRÉDÉRIC LO | FRANÇA O roqueiro inglês Peter Doherty, ex-The Libertines, mudou-se para a França, largou as confusões e formou uma dupla com o compositor e arranjador Frédéric Lo. Livre das drogas, Doherty enverada por melodias mais solares, num indie pop que chega a lembrar The Smiths e Suede, além de chansons francaises da década de 1960. A dupla vai lançar o primeiro álbum da parceria, “The Fantasy Life of Poetry & Crime”, em 18 de março. TRENTEMØLLER | DINAMARCA Ativo há duas décadas em diversos projetos indies, o multi-instrumentista Andres Trentemøller é um dos pioneiros da combinação de música eletrônica e dreampop. “Like A Daydream” é o quinto single e a música mais psicodélica de “Memoria”, o sexto álbum do artista, lançado na sexta-feira (11/2). THE HANGING STARS | INGLATERRA Após oito anos de atividade, o quinteto inglês aperfeiçoou seu estilo retrô marcante, inspirado na psicodelia californiana (The Byrds) e londrina (Pink Floyd) dos 1960. “Radio On” é o primeiro single de “Hollow Heart”, seu quarto álbum, que será lançado em 25 de março. THE MYSTERINES | INGLATERRA | KING HANNAH | INGLATERRA | NEW DAD | IRLANDA | WUNDERHORSE | INGLATERRA | KINDSIGHT | DINAMARCA | LUCY DACUS | EUA | SADURN | EUA | PETER DOHERTY & FRÉDÉRIC LO | FRANÇA | TRENTEMØLLER | DINAMARCA | THE HANGING STARS | INGLATERRA
Os 10 clipes indies da semana exploram o lado dark da música eletrônica
A seleção de clipes independentes da semana reúne os melhores lançamentos de música eletrônica dos últimos dias. Mas não se trata de música alegrinha para encher pista de dança. É som de luz negra, que reflete o lado mais dark da eletrônica, com muitas referências góticas, mas sem perder o apelo dançante. Boa parte dos artistas destacados estão iniciando a carreira, como pode ser conferido a seguir. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre cada artista na descrição dos vídeos, e num playlist, localizado ao final, para uma sessão contínua – método indicado para quem quiser assistir ao conteúdo numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome). Veja abaixo. MELT MOTIF | NORUEGA A banda eletrônica norueguesa, com passaporte carimbado em São Paulo, combina vocais de dreampop com batidas lentas, guitarras de rock industrial e clipes de terror. O álbum de estreia “A White Horse Will Take You Home” será lançado em maio. ARACHNIDA | CHILE Há uma década em atividade no Chile, o projeto eletrônico do cantor e músico Sebastián Mortiphero é influenciado por Depeche Mode e a estética gótica. A música “Product of Hate” foi originalmente lançada em 2018, mas só ganhou clipe no último fim de semana, graças à produção de uma versão remix, assinada pela dupla alemã Paradox Obscur. DEAD LIGHTS | INGLATERRA O cantor inglês Saul, aka Mr Strange, e o músico holandês Richard Van Kruysdijk se juntaram durante a pandemia. O som é EBM dark e pesada, mas muito dançante. Lançada na sexta (4/2), “Boom Boom Trash” é a faixa-título do segundo EP da dupla andrógina. SOLO ANSAMBLIS | LITUANIA O grupo pós-punk lituano lançou seu primeiro disco em 2016 e desde então vem chamando atenção com shows energéticos de eletrônica com atitude roqueira. A definição de seu som, segundo eles mesmos, é música dançante triste. ISOCULT | ALEMANHA Formada na véspera da pandemia, a banda alemã se inspirou na quarentena de coronavírus de 2021 para compor “White Noise”, uma música sobre isolar-se, consumir mídia o dia todo e perder-se no “ruído branco”. NNHMN | Alemanha NNHMN (Non-Human) é uma dupla alemã de dark wave eletrônica, especializada em batidas hipnóticas, climas de terror e vocais suspirantes. COATIE POP | EUA A novidade de Nova York se descreve como “uma dupla etérea pós-punk grunge rave”. E o som é realmente uma mistura de referências. O single de “City Song” é impulsionado por um sintetizador glacial, um baixo gótico, batidas dançantes de techno e os vocais de dreampop da cantora Courtney Watkins. O clipe ainda inclui participação da equipe de dança Nameless Shufflers para aumentar a confusão entre gêneros e cenas. O álbum de estreia, “Deathbed”, será lançado em 11 de fevereiro. MENTHÜLL | CANADÁ Juntos há dois anos, Gabriel e Yseult buscam calma e silêncio em seu novo single, que evoca New Order em francês. ALINA VALENTINA | HOLANDA “Queen of the Darkness” é o primeiríssimo clipe da artista eletrônica holandesa, apesar dela estar lançando já seu segundo álbum de synthwave retrô, “Life Is Like a Fairytale”, em 25 de fevereiro. BOY HARSHER | EUA A dupla de synthpop dark se junta a Mariana Saldaña, cantora do Boan, de Los Angeles, em uma música da trilha de “The Runner”, média-metragem (40 minutos) de terror totalmente musicado por Jae Matthews e Augustus Muller, e lançado na plataforma Shudder nos EUA. MELT MOTIF | NORUEGA | ARACHNIDA | CHILE | DEAD LIGHTS | INGLATERRA | SOLO ANSAMBLIS | LITUANIA | ISOCULT | ALEMANHA | NNHMN | Alemanha | COATIE POP | EUA | MENTHÜLL | CANADÁ | ALINA VALENTINA | HOLANDA | BOY HARSHER | EUA
Os 10 melhores clipes indies da semana
A nova seleção de clipes musicais independentes da Pipoca Moderna cobre os melhores lançamentos feitos ao longo da semana. A seleção deste sábado (22/1) inicia com rock gótico, passa por shoegazer e chega no pop alternativo, reunido vários artistas em começo de carreira. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre cada artista na descrição dos vídeos, e num playlist, localizado ao final, para uma sessão contínua – método indicado para quem quiser assistir ao conteúdo numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome). Veja abaixo. DUCTAPE | TURQUIA Uma das melhores bandas da nova geração gótica chega ao segundo álbum. “Never” é o cartão de visitas de “Ruh”, disco recém-lançado da banda formada em 2019 em Istambul pelo guitarrista Furkan Güleray e a cantora-tecladista Çagla Güleray. BLUSHING | EUA Os shoegazers texanos tem padrinhos fortes. “The Fires” é o terceiro single de seu segundo álbum, produzido por Elliott Frazier (da banda Ringo Deathstarr) e masterizado por Mark Gardener (Ride). Com guitarras empilhadas sobre guitarras enterradas sob guitarras, o disco “Possessions” sai em 18 de fevereiro. EMPATH | EUA A banda shoegazer da Filadélfia prepara o lançamento de seu segundo álbum com um clipe gravado no apartamento da cantora-guitarrista Catherine Elicson. “Visitor” será lançado em 11 de fevereiro. HATER | SUÉCIA “Something” é a primeira mostra de “Sincere”, terceiro álbum da banda shoegazer sueca previsto para maio pela Fire Records, quatro anos após “Siesta” e um punhado de singles brilhantes, mas esporádicos. HONEYGLAZE | INGLATERRA Tudo começou há dois anos em Londres. A cantora-guitarrista Anouska Sokolow tinha um show marcado para o fim de semana, mas não queria se apresentar sozinha. Ela conheceu o baterista e o baixista no dia do primeiro ensaio e três dias depois o Honeyglaze foi apresentado ao público. “Shadows” é o single inaugural do primeiro álbum da banda, com lançamento agendado para abril. URIAS | BRASIL A mineira Urias despontou com um empurrão de Pabllo Vittar, mas agora deixa de lado as batidas dançantes de funk para revelar seu melhor trabalho, evocando o romantismo do pop brasileiros dos anos 1970 com um toque místico dos Secos e Molhados. A música do álbum de estreia “Fúria” já estourou nas paradas digitais, mas é uma produção independente. NILÜFER YANYA | INGLATERRA “Midnight Sun” é a segunda faixa revelada do novo disco da cantora londrina. Com uma batida downtempo, violão e vocais de bossa soul, a música fala de uma luz tênue capaz de guiar em meio à escuridão. O álbum “Painless”, sucessor do aclamado “Miss Universe” (2019), será lançado em 4 de março. WALT DISCO | ESCÓCIA A banda glam/new romantic de Glasgow completa dois anos com a gravação de seu álbum de estreia, “Unlearning”, previsto para 1º de abril. Influenciada por David Bowie, Visage, Sparks e The Associates, Walt Disco celebra androginia e estilo de vida queer, e no single que antecede seu primeiro álbum pergunta para os ouvintes: “o quanto vocês são cool?” METHYL ETHEL FT. STELLA DONNELLY | AUSTRÁLIA Os australianos Methyl Ethel se juntam pela primeira vez a uma artista convidada, a compatriota Stella Donnelly no single de “Proof”, que fará parte de “Are You Haunted?” – o quarto álbum da banda de pop alternativo, que será lançado em 18 de fevereiro. A música alude às provas da ciência em tempos de negacionistas. “Eu tenho números para deixar tudo claro para você”, diz o refrão. SAME EYES | EUA A dupla de Ann Harbor, Michigan, grava pop suave de sintetizador desde 2019 e vai lançar seu segundo álbum, “Desperate Ones”, em 4 de março. DUCTAPE | TURQUIA | BLUSHING | EUA | EMPATH | EUA | HATER | SUÉCIA | HONEYGLAZE | INGLATERRA | URIAS | BRASIL | NILÜFER YANYA | INGLATERRA | WALT DISCO | ESCÓCIA | METHYL ETHEL FT. STELLA DONNELLY | AUSTRÁLIA | SAME EYES | EUA
Veja os 10 melhores clipes indies da semana
Sábado é o novo dia da seleção de clipes musicais independentes da Pipoca Moderna, cobrindo os melhores lançamentos feitos ao longo da semana. A seleção deste sábado (22/1) reúne alguns artistas de longa e consagrada trajetória musical, como Spoon, White Lies e Trentemøller, ao lado de bandas que, embora mais recentes, também já possuem uma discografia de prestígio. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre cada artista na descrição dos vídeos, e num playlist, localizado ao final, para uma sessão contínua – método indicado para quem quiser assistir ao conteúdo numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome). Veja abaixo. VELVET VOLUME | DINAMARCA Flertando abertamente como o country setentista, “The Way We Love” é a música mais romântica já gravada pelas irmãs Lachmi. O trio formado por duas gêmeas e uma irmã caçula lança seu terceiro álbum, “Nest”, em 18 de fevereiro. SPOON | EUA Com uma batida propulsiva, violão, piano e refrão contagiante, “Wild” evoca a era “Beggars Banquet” dos Rolling Stones – que também inspirou uma fase do Primal Scream que o vocal de Britt Daniel chega a lembrar. Confira ainda a versão ao vivo, gravada no The Teragram, de Los Angeles, e disponibilizada na noite de sexta (21/1). A música faz parte do 10º álbum dos veteranos roqueiros texanos, “Lucifer on the Sofa”, que sai em 11 de fevereiro via Matador Records. INFINITY BROKE | AUSTRÁLIA Infinity Broke é o projeto psicodélico de Jamie Hutchings, vocalista da aclamada banda de Sydney Bluebottle Kiss. “From The Belly Of A Whale” faz parte do terceiro álbum desse grupo paralelo, “Your Dream, My Jail”, lançado no ano passado. PUP | CANADÁ A banda de rock alternativo de Toronto retorna com “Robot Writes a Love Song”, uma música sobre computadores apaixonados que conta com produção de Peter Katis, conhecido por seus trabalhos com The National e Interpol. O single é prévia do quarto álbum, “The Unraveling of PUPTHEBAND”, previsto para abril. FONTAINES D.C. | IRLANDA “Jackie Down the Line” é a primeira prévia do terceiro álbum do Fontaines D.C., “Skinty Fia” (um palavrão em irlandês), previsto para abril. A música traz ecos distantes de The Clash (“Guns of Brixton”) ao repertório da banda de Dublin, num vídeo com participação do MC, dançarino e coreógrafo Blackhaine. JAN VERSTRAETEN | BÉLGICA Cartão de visitas do álbum de estreia do cantor belga, “Goodbye World” é uma homenagem ao pop sessentista de arranjos orquestrais, via colagem de samples e marimbas sequenciadas como hip-hop clássico. A música dançante é o segundo single de “Violent Disco”, que sucede o EP lo-fi “Cheap Dreams” (2019), e chega às lojas em 4 de fevereiro. WHITE LIES | INGLATERRA O trio londrino White Lies retoma a temática mórbida do começo de sua carreira com o novo single “Am I Really Going To Die”. Para quem não lembra, a banda surgiu em 2007 com um álbum chamado “To Lose My Life…” (perder minha vida), que continha o hit “Death” (morte). Desde então sua música ficou mais synthpop que pós-punk, com clara influência de Simple Minds. O novo disco, “As I Try Not To Fall Apart”, será lançado em 18 de fevereiro. TRENTEMØLLER | DINAMARCA Ativo há duas décadas em diversos projetos indies, o multi-instrumentista Andres Trentemøller é um dos pioneiros da combinação de música eletrônica e dreampop. “No More Kissing in the Rain” exemplifica como o wall of sound do My Bloody Valentine vira música para sintetizadores. Quarto single de “Memoria”, o sexto álbum do artista (previsto para 11 de fevereiro), a música conta com vocais de Lisbet Fritze, que integra a banda de Trentemøller desde 2016. CATE LE BON | PAÍS DE GALES Uma das cantoras mais vanguardistas do pop britânico, Cate Le Bon faz uma ponte entre Roxy Music e Talking Heads em “Remember Me”, terceiro single de seu sexto álbum, “Pompeii” – previsto para 4 de fevereiro. A direção do clipe é de Juliana Giraffe, da banda californiana Midnight Sister, em parceria com sua irmã Nicky. DEAR DEER | FRANÇA Federico Iovino (Popoï Sdioh) e Sabatel (Cheshire Cat) formaram a Dear Deer em 2015. Com influência pós-punk/no wave, “Joan” faz parte de seu terceiro álbum, “Collect and Reject”, que será lançado em 25 de março. VELVET VOLUME | DINAMARCA | SPOON | EUA | INFINITY BROKE | AUSTRÁLIA | PUP | CANADÁ | FONTAINES D.C. | IRLANDA | JAN VERSTRAETEN | BÉLGICA | WHITE LIES | INGLATERRA | TRENTEMØLLER | DINAMARCA | CATE LE BON | PAÍS DE GALES | DEAR DEER | FRANÇA
Os melhores clipes indies da semana
Ano novo, coluna nova. A seleção semanal de clipes indies passou por uma mudança radical, trazendo mais detalhes e apresentando melhor os artistas relacionados. No lugar dos playlists por afinidade de gênero, agora os destaques são para lançamentos recentes de clipes, independente de estilo, destacando as melhores novidades da música alternativa. Além dos clipes da semana, cada artista passa a ter seu próprio playlist individual, trazendo outros clipes de sua videografia para saciar a curiosidade sobre suas trajetórias – além de aumentar a quantidade de conteúdo que cada leitor pode aproveitar da página. Neste começo, há lançamentos registrados desde novembro para completar um Top 10, mas a ideia é sempre priorizar as estreias da semana, o que deve acontecer conforme o ano retomar o ritmo normal de divulgação. Aproveite a seleção, que combina artistas iniciantes e veteranos, todos com clipes recém-lançados, sem esquecer que cada título traz um playlist completo com pelo menos três vídeos diferentes. QLOWSKI | INGLATERRA O quarteto londrino Qlowski revisita o pós-punk do final dos anos 1970 com uma combinação energética de sintetizadores, dissonância, microfonia e vocais falados. O clipe de “Folk Song”, lançado na sexta (7/1), busca inclusive recriar os programas musicais do período – evoca o “Old Grey Whistle Test”, com um apresentador lutando para pronunciar o nome da banda direito. Depois de uma demo selecionada numa lista de melhores do portal Bandcamp em 2016, o Qlowski finalmente lançou seu álbum de estreia no ano passado. “Folk Song” e “A Woman” são deste disco, batizado de “Quale Futuro”, que saiu acompanhado por um… fanzine! Já “Ikea Youth” foi lançado como single em 2020, trazendo no lado B um cover de “Grinding Halt”, da banda The Cure. SONDRE LERCHE | NORUEGA “Cut” é o primeiro clipe do 12º álbum (contando uma trilha sonora) de Sondre Lerche, “Avatars of Love”, anunciado para abril. A composição e o clipe foram inspirados nos thrillers sensuais de Brian De Palma dos anos 1980. Quem ainda não conhece um dos principais artistas do pop norueguês pode aproveitar e ver mais cinco clipes reunidos na sequência da playlist acima, que cobrem alguns dos hits de sua carreira. Dois vídeos identificam a direção de Mona Fastvold, ex-mulher do cantor que virou uma cineasta premiada após o divórcio em 2013 – vencedora do Leão Queer do Festival de Veneza de 2020 pelo longa “Um Fascinante Novo Mundo”. SPECTOR | INGLATERRA Lançado na sexta (7/1), “Do You Wanna Drive” introduz o terceiro álbum da banda londrina que virou dupla. “Now Or Whenever” chega sete anos depois da consagração do disco “Now Or Whenever” e após o quarteto original perder dois membros, trocar de gravadora e lançar três EPs em busca de um novo som, afastando-se lentamente da comparação com a americana The Killers. Liderada por Frederick Macpherson, que foi apresentador da MTV e é fã do synthpop dos anos 1980 – particularmente Spandau Ballet e Ultravox – , Spector ganhou vida há 12 anos com músicas criadas num teclado casio e muita ambição, assumida ao ousar se batizar com o sobrenome de um dos maiores produtores musicais de todos os tempos – Phil Spector (Beatles, Ramones, Ronettes). BLOCK PARTY | INGLATERRA Sem lançar um álbum desde 2016, Block Party retorna com “Traps”, que também traz a banda inglesa de volta à velha forma. O clipe chega a lembrar o vídeo de “Banquet”, de 2005, uma das melhores músicas de seu disco de estreia. A comparação pode ser feita na playlist acima, em que os dois vídeos aparecem em sequência. Uma das melhores bandas britânicas do começo do século, Block Party se destacava por juntar elementos de diferentes cenas musicais do período, como o indie dance, o shoegazer e o Britpop dos anos 1990 com o nascente revival pós-punk dos 2000. Mas pouco a pouco foi se tornando mais convencional, trocando o rock pela dance music comercial, até se tornar genérica, irrelevante e perder metade da formação original. “Traps” marca uma volta ao rock sincopado, lembrando a época de “Silent Alarm”, eleito o álbum do ano de 2005 pela bíblia musical NME. A música é o primeiro single de “Alpha Games”, sexto álbum da banda, com lançamento marcado para abril. WIDOWSPEAK | EUA A dupla nova-iorquina formada pelos guitarristas Molly Hamilton e Robert Earl Thomas dá uma prévia de seu sexto álbum com o lançamento de “Everything Is Simple”, primeiro clipe do disco “The Jacket”, com lançamento marcado para março. Formada no Brooklyn em 2010, Windowspeak teve uma de suas primeiras músicas (“Harsh Realm”) incluídas na série “American Horror Story”, mas suas baladas de dreampop são mais calmantes que aterrorizantes, como pode ser conferido pela seleção (acima) que companha o single recente. CARIÑO | ESPANHA O trio feminino madrileno retorna com o primeiro clipe de seu segundo álbum (ainda sem título e previsão de estreia), dois anos após o lançamento de “Movidas”. Paola Rivero, Alicia Ros, María Talaverano e sua inseparável bateria eletrônica viraram queridinhas da cena indie em espanhol desde que surgiram em 2018 com “Canción de Pop de Amor”, música que definiu seu estilo punk pop romântico de inspiração sessentista. Um detalhe curioso é que o nome da banda foi inspirado pela forma como Paola e Maria se conheceram via Wapa, o aplicativo de namoro lésbico que antecedeu o Tinder. TWIN RAINS | CANADÁ Jay Merrow e Christine Stoesser viraram a dupla Twin Rains após a banda da qual participavam, Make Me Young, dissolver-se. O álbum de estreia foi lançado em 2016 com muitos grooves lentos (ou “música dançante da costa oeste” do Canadá, como eles gostam de chamar) e sons etéreos. O segundo disco, “Unreal City”, demorou cinco anos, trazendo mais dream pop e pelo menos uma música dançante de verdade, como mostra o clipe de “All of the Angels”, dirigido pelo cineasta Danny Alexander – responsável pelo documentário “No Tickets at the Door” (2021) sobre a cena musical de Toronto. MOMMA | EUA Formada pelas colegas de high school Etta Friedman e Allegra Weingarten, Momma faz um grunge melódico inspirada por artistas dos anos 1990 como Liz Phair e Breeders. Originalmente um trio com o baterista Zach CapittiFenton (ocupando o lugar do pai de Allegra nos primeiros ensaios), Momma virou quarteto em “Medicine”, primeiro single numa nova gravadora, a meca indie Polyvinyl. A banda californiana também mudou para Nova York, acompanhando os estudos universitários de Etta, e atualmente trabalha em seu terceiro álbum. DITZ | INGLATERRA O quinteto de Brighton expressa raiva contra a intolerância com um cantor assumidamente queer e picos de distorção capaz de derrubar metaleiros homofóbicos. Difícil de categorizar, a banda liderada por Cal Francis é adepta das mudanças súbitas de andamento, usando páginas do manual do punk, pós-punk e grunge, com influências de Flipper e Black Flag. O que mais chama atenção é sua capacidade de erguer paredes de guitarras barulhentas apenas para desabá-las em silêncio. Graças principalmente a alta rotatividade de bateristas nos primeiros dias, Ditz só lançou um punhado de singles em um ritmo esporádico desde sua formação em 2018. “The Warden” é o primeiro single do vindouro álbum de estreia, batizado de “The Great Regression”, que ainda não tem previsão de lançamento. KAPUTT | ESCÓCIA O sexteto de Glasgow faz um pós-punk epilético que deve muito a X-Ray Spex, a primeira banda punk com saxofone, ainda que visualmente não siga o modelito de quem faz este tipo de som. “Go West” é a primeira música do segundo álbum, ainda sem título e previsto só para meados de 2022, após a estreia em 2019 com o disco “Carnage Hall”.
Playlist: 10 clipes do revival “cold wave” em 2021
A seleção de clipes da semana faz um apanhado de novos lançamentos de cold wave, movimento inspirado pela banda Joy Division que durou pouco nos anos 1980, mas teve uma segunda onda mais forte no começo do século, graças ao sucesso de Interpol. Se o revival dos anos 2000 foi encabeçado por bandas americanas, a terceira vinda, com experientes e novatos, deve-se basicamente a entusiastas europeus. À exceção de Johnny Hunter, da Austrália, as bandas reunidas no playlist abaixo são do velho continente: do Reino Unido (três), da Alemanha (três), da Rússia (duas) e da Suécia (uma). É interessante reparar que vários veteranos continuam ativos nessa relação, inclusive da geração cold wave original, caso da banda alemã Pink Turns Blue. Formada em 1987, chegou a acabar na década de 1990, mas renasceu com o sucesso do Interpol no começo do século e, em setembro passado, lançou seu primeiro álbum em cinco anos – o 12º da carreira. A escocesa Arab Strap é dos anos 1990 e também retornou recentemente, após acabar em 2006. Já as russas Giant Waves e Motorama, a sueca Shout Out Louds e as inglesas Phantom Limb e White Lies são contemporâneas do Interpol e, apesar de hiatos na produção, não chegaram a se separar. Como essa tendência pós-punk é marcado por vocais graves, quase góticos, as formações das bandas costumam priorizar vocalistas masculinos. A exceção na turma abaixo é a Grundeis, uma das novatas da seleção, que lançou seu primeiro single há um ano e o primeiro álbum no mês passado. Não por acaso, a voz – e o visual marcante – de Laura Mueller é o grande diferencial da banda alemã. Como sempre, os vídeos foram alinhados de forma a sugerir uma discotecagem contínua. É só dar play abaixo e deixar tocar. Arab Strap | Escócia | Phantom Limb | Inglaterra | White Lies | Inglaterra | Shout Out Louds | Suécia | Johnny Hunter | Austrália | Motorama | Rússia | Giant Waves | Rússia | Pink Turns Blue | Alemanha | Hello Pity | Alemanha | Grundeis | Alemanha |
Playlist: 10 clipes de música eletrônica pesada e underground
A seleção de clipes indies da semana é um passeio pelo lado mais sombrio da música eletrônica. São batidas pesadas de EBM (electronic body music), com ritmo frenético industrial, minimalismo minimal wave e sintetizadores sinistros da dark wave, acompanhados por referências de filmes de terror dos anos 1980 e iconografia sadomasoquista. A seleção combina lançamentos recentes de novatos e “veteranos” de porões extremamente escuros. De um lado, há a estreia da alemã BorgBorg. Do outro, a volta de HVOB (Her Voice Over Boys), dupla austríaca formada em 2012 por Anna Müller e Paul Wallner. E no meio, o primeiro lançamento “solo” de Ren Toner, integrante da banda francesa de cold wave Divine Shade. Ainda há uma dupla de body music argentina, Balvanera, na ativa desde 2016. Mas é a “banda” da gótica ucraniana Anastasia Romanova (pseudônimo inspirado pela “princesa esquecida” da Rússia), formado durante a quarentena do ano passado, que chama mais atenção por provocar desde a escolha do nome: Sexual Purity. Um detalhe relevante é que a maioria dessas “bandas” são duplas. Quando não são artistas solos, como a americana Luna Blanc, mais conhecida como S Y Z Y G Y X. Como sempre, os vídeos seguem uma sequência de discotecagem contínua. É só dar play e dançar. BorgBorg | Alemanha | HVOB | Áustria | Sexual Purity | Ucrânia | S Y Z Y G Y X | EUA | Balvanera | Argentina | Ren Toner & Shan Moue | França | Ghost Cop | EUA | She Past Away | Turquia | Damascus Knives | EUA | Hante. | França | Sexual Purity | Ucrânia
Playlist: 10 clipes do novo indie de sintetizadores
A seleção indie de bandas atuais enverada neste fim de semana pela música de sintetizadores. Originalmente inspirada pelo synthpop de Visage, Ultravox e Depeche Mode em seus momentos mais, digamos, glaciais, as faixas também refletem a influência moderna de Ladytron e o impacto da trilha do filme “Drive”. Por sinal, um dos artistas com música nova na lista foi ouvido em “Drive”: a banda Desire, formada por Megan Louise e o produtor Johnny Jewel (também membro dos Chromatics). Desire integra o casting da gravadora Italians Do It Better, com sedes em Portland e Los Angeles, que é o selo mais identificado com o estilo. Virou referência mundial, a ponto de abrigar a banda da Bielorrússia que abre o playlist. Três das dez faixas abaixo são lançamentos do selo, incluindo a que fecha a curadoria. Destaque na foto do post, Glüme Harlow, a autoproclamada Marilyn Monroe do Wallmart (porque virou loira platinada com tintura do supermercado), começou a carreira ainda criança como dubladora de filmes infantis e videogames, antes de se lançar como cantora no ano passado. Ela não faz muitos shows, porque enfrenta várias doenças autoimunes, inclusive uma condição cardíaca chamada Prinzmetal. Como sempre, os vídeos seguem uma sequência de discotecagem/radio contínua. É só dar play abaixo. Dlina Volny | Bielorrússia | Cannons | EUA | Desire | Canadá | Kraków Loves Adana | Alemanha | Novyi Lef | Reino Unido | Leathers | Canadá | Scam Avenue | EUA | Fragrance | França | The Marías | EUA | Glüme | EUA
Playlist: 10 clipes da nova turma do barulho pós-punk
A seleção indie deste fim de semana reúne mais uma leva de clipes da safra atual de bandas inspiradas pelo pós-punk, com ênfase no punk, mas sem esquecer de referências mais recentes (grunge, por exemplo) e acessíveis. Há muitas bandas inglesas, em especial de Brighton e locações litorâneas, além de um punhado de artistas da cena nova-iorquina de 2021, fortemente focada nesta tendência, que na maioria dos casos alinha vocais gritados, atitude rebelde, batidas secas e guitarras ríspidas. Destaque de Nova York, Cumgirl8 tem duas modelos profissionais em sua formação – a terceira integrante é ex-baterista da Boytoy. E no melhor estilo Bikini Kill, quase todas as suas fotos de divulgação enfrentam problemas de censura etária, porque mostram demais. Elas tem posts seguidamente derrubados no Instagram, Twitter e Facebook. Em contraste, Lime Garden são quatro garotas de Brighton com figurino vintage (visual de vovó) que usam o pós-punk como ponto de partida, recorrendo até a influência de Franz Ferdinand e batidas eletrônicas para embalar seu rock, que já foi difícil de rotular, mas tem ficado cada vez mais popular. Tanto que já forçou o grupo a mudar de nome. Elas surgiram como Lime, mas uma banda de Montreal, no Canadá, com o mesmo nome as obrigou a trocar, quando seus shows se expandiram dos pubs locais para os palcos de Londres. Como sempre, os vídeos seguem uma sequência de discotecagem/radio contínua. É só dar play abaixo. Cumgirl8 | EUA | Ditz | Inglaterra | Deap Vally | EUA | Low Hummer | Inglaterra | Rats on Rafts | Holanda | Gustaf | EUA | Friedberg | Inglaterra | Bitumen | Austrália | Lime Garden | Inglaterra | Parquet Courts | EUA
Playlist: 10 clipes de bandas atuais inspiradas pelo indie dos anos 1980
A nova seleção de clipes indies desta semana traz uma dezena de bandas inspiradas pelo romantismo deprê dos anos 1980, de bandas como The Smiths, James, Lloyd Cole and the Commotions e a primeira fase dos Stone Roses. Com exceção da australiana RVG, que abre o playlist, e a americana Secret Shame, que encerra, a seleção mostra a força da tendência no Reino Unido, onde o estilo vem se renovando há alguns anos. Sinal disso é que, ao lado de músicos adolescentes, The Lodger já é uma banda veterana, formada em 2004 em Leeds. Também com quase uma década de estrada, Desperate Journalist chama atenção pelo nome curioso, inspirado pelo título de uma performance da banda The Cure no programa de rádio de John Peel em resposta irônica a uma crítica negativa publicada pelo semanário NME. Ao apresentar “Grinding Halt”, Robert Smith chamou a música de “Desperate Journalist in Ongoing Meaningful Review Situation” (Jornalista desesperado em situação de crítica significativa em andamento). A banda da vocalista Jo Bevan é a foto em destaque no post. Como sempre, os vídeos estão alinhados como se fossem uma discotecagem contínua de webradio. É só dar play abaixo e deixar tocar. RVG | Austrália | Second Thoughts | Inglaterra | Desperate Journalist | Inglaterra | Priestgate | Inglaterra | Afflecks Palace | Inglaterra | Hamish Hawk | Escócia | Josienne Clarke | Escócia | The Goa Express | Inglaterra | The Lodger | Inglaterra | Secret Shame | EUA |











