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“O Conde de Monte Cristo” impressiona com 12 minutos de aplausos em Cannes
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Filme dirigido por Johnny Depp ganha fotos de bastidores
O novo filme de Johnny Depp está na reta final de produção e teve suas primeiras imagens reveladas, todas centradas nos bastidores, mostrando o astro atrás das câmeras com seu elenco. O primeiro longa de Depp como diretor em 26 anos se chama “Modi” e é uma cinebiografia do artista italiano Amedeo Modigliani, centrada em sua estadia em Paris em 1916. A história se passa ao longo de 48 horas turbulentas, que o levam a fugir da polícia pelas ruas e bares da capital francesa devastada pela guerra, onde seu desejo de encerrar prematuramente a carreira e deixar Paris é rejeitado por outros boêmios, como o artista francês Maurice Utrillo, o bielorrusso Chaim Soutine e sua musa e amante inglesa, Beatrice Hastings. Modigliani então procura conselhos de seu amigo negociante de arte polonês Leopold Zborowski, mas o caos aumenta quando ele se depara com um colecionador, que pode mudar sua vida. O filme é estrelado pelo italiano Riccardo Scamarcio (“John Wick Chapter 2”), o vencedor do Prêmio César Pierre Niney (“Yves Saint Laurent”) e pelo icônico Al Pacino (“O Irlandês”). O roteiro é baseado em uma peça de Dennis McIntyre (“Um Tiro de Misericórdia”) e foi adaptado por Jerzy e Mary Kromolowski (“Às Margens de um Crime”). As filmagens aconteceram em Budapeste, na Hungria, desde setembro. Volta de Depp O longa marca o retorno de Depp à direção, após experimentar a função no drama “O Bravo”, lançado em 1997, que ele também estrelou ao lado de Marlon Brando (“O Poderoso Chefão”). O ator será visto a seguir como o rei Luís XV em “Jeanne du Barry”, drama de época da francesa Maïwenn (“DNA”) que abriu o Festival de Cannes, marcando sua volta ao cinema após o turbulento processo por difamação contra sua ex-mulher, Amber Heard. “Modi” ainda não tem previsão de lançamento.
Al Pacino estrelará filme dirigido por Johnny Depp
Johnny Depp revelou o elenco de seu primeiro longa como diretor em 26 anos. Intitulado “Modi”, o filme será estrelado pelo italiano Riccardo Scamarcio (“John Wick Chapter 2”), o vencedor do Prêmio César Pierre Niney (“Yves Saint Laurent”) e pelo icônico Al Pacino (“O Irlandês”). O roteiro é baseado em uma peça de Dennis McIntyre (“Um Tiro de Misericórdia”) e será adaptado por Jerzy e Mary Kromolowski (“Às Margens de um Crime”). A produção é uma cinebiografia do artista italiano Amedeo Modigliani, interpretado por Scarmacio, e contará sobre sua estadia em Paris em 1916. A história se passa ao longo de 48 horas turbulentas, que o levam a fugir da polícia pelas ruas e bares da capital francesa devastada pela guerra. Por outro lado, seu desejo de encerrar prematuramente a carreira e deixar a cidade é rejeitado por outros boêmios, como o artista francês Maurice Utrillo, papel de Pierre Niney, o bielorrusso Chaim Soutine e sua musa e amante inglesa, Beatrice Hastings. Modigliani então procura conselhos de seu amigo negociante de arte polonês Leopold Zborowski, mas o caos aumenta quando ele se depara com um colecionador, interpretado por Al Pacino, que pode mudar sua vida. As filmagens começarão em Budapeste, na Hungria, entre setembro e novembro deste ano. O longa marca o retorno de Depp à direção, após experimentar a função no drama “O Bravo”, lançado em 1997, que ele também estrelou ao lado de Marlon Brando (“O Poderoso Chefão”). O ator será visto a seguir como o rei Luís XV em “Jeanne du Barry”, drama de época da francesa Maïwenn (“DNA”) que vai abrir o Festival de Cannes na próxima terça (16/5), marcando sua volta ao cinema após o turbulento processo por difamação contra sua ex-mulher, Amber Heard. “Modi” ainda não tem previsão de lançamento.
Festival Varilux de Cinema Francês chega à sua 10ª edição com programação caprichada
O Festival Varilux de Cinema Francês inicia sua 10ª edição nesta quinta (6/6) com 18 títulos, que serão exibidos em 84 cidades do país. Em 2010, na primeira edição, o festival cobriu 29 cinemas em 9 cidades e recebeu 45 mil pessoas. Mas, após dez eventos, já se aproxima da marca de 1 milhão de espectadores, que deverá ser atingida até o final da atual edição, marcada para o dia 19. Para rechear as premières, o festival traz uma pequena delegação francesa, que participará de debates com o público no Rio e em São Paulo. Entre os convidados, destaca-se Swann Arlaud, vencedor do Cesar de Melhor Ator em 2018, que vem acompanhar a exibição de “Graças a Deus”, o novo filme de François Ozon (“O Amante Duplo”), sobre o caso real de um padre de Lyon que abusou de crianças. O filme venceu do Prêmio do Júri do Festival de Berlim deste ano, estreou antes da condenação dos envolvidos no escândalo e deu muito o que falar na França. Conhecido do público pelo papel-título em “Yves Saint Laurent”, o ator Pierre Niney é outro que desembarca no Brasil. Ele vem promover “Através do Fogo”, de Frédéric Tellier, em que vive um bombeiro de Paris. Acompanhado por um dos maiores blockbusters do ano na França, o ator e diretor Pierre Schoeller vem mostrar “A Revolução em Paris” (2018), superprodução que recria bastidores da Revolução Francesa, no século 18. O filme estrelado por Louis Garrel (“O Formidável”) e Adèle Haenel (“A Garota Desconhecida”) é um dos pontos altos da programação, que este ano está realmente mais caprichada. A seleção também inclui o novo desenho de Asterix, “Asterix e a Poção Mágica”, o drama “Inocência Roubada”, de Andrea Bescond e Eric Métayer, que venceu o César de Melhor Roteiro do ano ao dramatizar as consequências de uma violação sexual sofrida na infância, o filme de guerra “Filhas do Sol”, de Eva Husson, sobre guerrilheiras kurdas, “Quem Você Pensa que Sou”, que é o novo trabalho da atriz Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”), e “Amor à Segunda Vista”, de Hugo Gélin, com François Civil e Joséphine Japy, ambos na lista de convidados do festival. As projeções também incluem a exibição da cópia restaurada de “Cyrano de Bergerac” (1990), estrelado por Gérard Depardieu, em comemoração aos 30 anos de seu lançamento. O filme venceu 10 prêmios César, inclusive o de Melhor Filme, e até um Oscar de Melhor Figurino em 1991. Por sinal, o clássico dirigido por Jean-Paul Rappeneau se relaciona com outro filme da programação, “Cyrano Mon Amour”, de Alexis Michalik, que conta a história dos bastidores da peça original do Cyrano, escrita por Edmond Rostand no final do século 19. O detalhe é que “Cyrano Mon Amour” rende uma curiosidade a mais no Brasil, que diz muito sobre a bizarrice dos títulos nacionais. O filme que está sendo lançado por aqui com nome francês se chama… “Edmond”… na França! A programação completa, com todos os filmes, locais e horários, pode ser conferida no site oficial do Varilux Festival.
Frantz prova que, com um grande diretor, até remakes podem surpreender
A impressão de que um remake pode não trazer surpresas é desafiada por “Frantz”, do prolífico François Ozon, que refaz o clássico “Não Matarás” (1932), de Ernst Lubitsch. Na nova versão, filmada em preto e branco como o original, as surpresas não param de saltar em inúmeros plot twists, ora feitos para nossa diversão, ora feito para machucar ainda mais os personagens e também a nós, espectadores. No filme de Lubitsch e na peça que o inspira, de Maurice Rostand, sabemos desde o início quem é o francês que está naquela cidadezinha alemã enlutada após o fim da 1ª Guerra Mundial. Sabemos que ele está ali para conhecer e pedir perdão à família de Frantz, o rapaz que ele matou no front, durante a guerra. No drama de Ozon, porém, as motivações do jovem francês se constituem um mistério durante boa parte da narrativa. Ozon, muito habilmente, manipula as expectativas do espectador, ao mesmo tempo que também brinca com subtextos homoeróticos, levando a crer que Adrien (Pierre Niney, de “Yves Saint Laurent”) tinha algo mais do que uma amizade com Frantz. Isto é subentendido a partir de imagens em cores, embaladas como possíveis flashbacks, que mostram bons momentos vividos pelos supostos amigos de países inimigos. O jogo de cores, aliás, é muito bonito, e geralmente elas surgem quando há algum momento de paz na trama. E se não temos um patriarca tão amoroso quanto Lionel Barrymore em “Não Matarás”, é porque o cineasta francês opta por enfatizar ainda mais a relação dos jovens: o atormentado Adrien e a moça que casaria com Frantz, Anna (a alemã Paula Beer, de “O Vale Sombrio”). Há uma cena que traz uma carga gay que torna mais complexa a relação entre Adrien e Anna. Ele tem a ideia de tirar a roupa para nadar em um lago ali perto, durante uma caminhada com a jovem. Sendo Ozon um cineasta que costuma integrar elementos queer em seus filmes com certa frequência, não seria difícil imaginar Adrien como um rapaz apaixonado não por Anna, mas pelo falecido Frantz. Acostumado a transitar por diversos gêneros e lidar com sentimentos e personagens mais profundos em longas como “O Amor em 5 Tempos” (2004), “O Tempo que Resta” (2005) e “O Refúgio” (2009), mais uma vez Ozon coloca o espectador no lugar de uma personagem atraente. Mas este não é Adrien e sim Anna. Afinal, é pelos olhos dela, principalmente, que vemos o filme. E é pelos olhos dela apenas que o ato final se transforma num dos mais brilhantes e mais tocantes da carreira do cineasta francês. O caminho que a heroína percorre na meia hora final diferencia o trabalho de Ozon completamente do filme de Lubitsch, que até se torna muito mais alegre e simples em comparação. No mais, vale deixar registrado: ouvir “A Marselhesa” cantada por franceses com sangue nos olhos é de arrepiar. Assim como o destino final dos atormentados personagens. Grande filme.
Frantz: Indicado a 11 Césars, novo filme de François Ozon ganha trailer legendado
A California Filmes divulgou o trailer legendado de “Frantz”, novo filme do cineasta François Ozon. Filmado em preto e branco e passado no começo do século 20, o vídeo evoca os antigos melodramas da era de ouro do cinema, ao mostrar como a jovem Anna, interpretada por Paula Beer (“O Vale Sombrio”), conhece o tenente francês Adrien (Pierre Niney, de “Yves Saint Laurent”), quando este deixa flores no túmulo de seu noivo, Frantz, falecido na guerra. Ao descobrir que os dois eram antigos amigos, Anna leva o francês para conhecer os pais de Frantz, que se encantam com o recém-chegado, forçando sua permanência da vida de todos, mesmo a contragosto da comunidade alemã. “Frantz” recebeu 11 indicações ao César 2017, o Oscar francês, e apesar da estilização mantém as características da filmografia de Ozon, como sua obsessão por contar histórias repletas de detalhes obscuros, esconder segredos e visitar a dor, num jogo de aparências derivado do suspense, que leva a ponderar o que é realmente verdade e que rumos terá sua trama. A história original, baseada numa peça do francês Maurice Rostand, já havia sido levada ao cinema, no clássico “Não Matarás” (1932), do mestre alemão Ernst Lubitsch. Mas a versão de Ozon inclui detalhes que não poderiam ser exibidos nos anos 1930. A premiére mundial aconteceu no Festival de Veneza, quando rendeu um prêmio para Paula Beer. A estreia no Brasil está marcada para 2 de março.
Veneza: François Ozon visita o cinema europeu clássico com provocação à Hollywood
Rodado em preto e branco e passado nos anos 1930, “Frantz”, do diretor francês François Ozon (“Dentro da Casa”), evoca uma produção clássica europeia. E, de fato, a história já foi filmada antes, pelo mestre alemão Ernst Lubitsch em “Não Matarás”, de 1932. Mas “Frantz” também é uma provocação a Hollywood. Por isso, o diretor não gosta que o chamem de remake. Na entrevista coletiva do Festival de Veneza, Ozon garantiu que “Frantz” não é uma refilmagem, pois, ao decidir rodar a história original, baseada numa peça do francês Maurice Rostand, não conhecia a obra de Lubitsch. Além disso, ele promoveu mudanças significativas na estrutura narrativa, mudando o foco para a personagem feminina e a situação da Alemanha do pós-guerra. Ele também explicou que a escolha do preto e branco não se deu apenas como homenagem ao cinema da época em que se passa a trama. “Nossas memórias da guerra estão vinculadas a essas duas cores, preto e branco, os arquivos, filmes e filmagens… esse é um período de mágoa e perda então eu pensei que o preto e branco fossem as melhores cores para a história”, disse para a imprensa. “Cores são muito mais emotivas e fornecem uma ideia sobre o sentimento de alguém”, completou. E, curiosamente, algumas cenas coloridas pontuam a narrativa, para enfatizar quando os personagens finalmente voltam à vida. O cineasta lembrou ainda que há poucos filmes sobre a 1ª Guerra Mundial, porque o nazismo que levou à 2ª Guerra Mundial capturou a imaginação mundial de tal forma que tudo o que o precedeu parece pouco importante. Um dos poucos foi um clássico do próprio cinema francês, “A Grande Ilusão” (1937), de Jean Renoir. “Frantz” tem uma cena de batalha, mas não é exatamente um filme de guerra e sim sobre suas consequências. A começar por seu título, nome de um soldado alemão morto em batalha. O filme acompanha sua jovem viúva Anna, interpretada por Paula Beer (“O Vale Sombrio”), que, numa visita ao cemitério, conhece o tenente francês Adrien (Pierre Niney, de “Yves Saint Laurent”), quando este deixa flores no túmulo de Frantz. O filme se constrói em torno de sentimentos de culpa e da paixão latente entre Anna e Adrien, estabelecendo-se quase como um melodrama, mas com as marcas do cinema de Ozon, em sua obsessão por contar histórias, esconder segredos e visitar a dor. Além disso, Ozon continua a provocar o público com armadilhas narrativas, num jogo de aparências derivado do suspense, que leva a ponderar o que é realmente verdade e que rumos terá sua trama. Pela primeira vez filmando em alemão, o cineasta defendeu em Veneza a decisão de escalar atores que falassem os idiomas originais de seus personagens, em vez de usar intérpretes falando a mesma língua com diferentes sotaques, como é comum nos filmes americanos. E aí provocou. “Em Hollywood, há essa convenção de que todo mundo fala inglês, mas o público não quer mais isso, porque eles querem ver a verdade”, disse Ozon. “Foi muito importante usar as línguas nativas porque elas são parte da cultura de ambos os países”, continuou, acrescentando que isso fez com que Niney precisasse aprender alemão durante as filmagens, para se comunicar com Beer.







