Petra Belas Artes vai fechar por falta de bilheteria em São Paulo
Primeiro cinema a reabrir em São Paulo durante a pandemia, o Petra Belas Artes também será o primeiro a fechar, refletindo o receio do público com as salas de exibição. A falta de bilheteria tem tornado insustentável a sua manutenção e o cinema programou seu fechamento para 7 de dezembro. “A prefeitura decidiu deixar os cinemas fechados por mais tempo. A população tem a impressão de que eles são mais perigosos, disse à Folha de S. Paulo o diretor das salas, André Sturm, que é ex-secretário da Cultura de São Paulo. “Mas ontem eu passei na frente de um bar, e tinha um monte de gente se abraçando”, afirma. Ele defende que as salas respeitam os limites de lotação, não têm circulação de pessoas e possuem um sistema de ar condicionado seguro. Mas não fala nada da grande razão da insegurança do público: os cinemas insistem em vender comes e bebes, que são consumidos sem máscaras em suas imediações, muitas vezes no escuro, onde casais também trocam beijos sem máscaras. O diretor do Belas Artes revela que o espaço teve um déficit de R$ 2 milhões durante a pandemia e que, mesmo fechado, terá um gasto de R$ 150 mil em manutenção durante dezembro. Vale lembrar que durante o período em que esteve fechado, no auge da transmissão de coronavírus, o Belas Artes operou um drive-in bem-sucedido no estacionamento do Memorial da América Latina, com ingressos esgotados. O fim desse projeto coincidiu justamente com a reabertura dos cinemas. Sturm adiantou que vai suspender o contrato de 49 pessoas até o fim do ano e elas passarão a receber do governo federal, conforme prevê a lei de combate à covid-19. E espera poder reabrir o cinema em janeiro.
Petra Belas Artes homenageia Leon Cakoff e Rubens Ewald Filho com nomes de salas
O cinema Petra Belas Artes, um dos primeiros a reabrir em São Paulo durante a pandemia de coronavírus, anunciou que duas de suas salas estão sendo rebatizadas em homenagem a Leon Cakoff (1948-2011), fundador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e Rubens Ewald Filho (1945-2019), jornalista e crítico de cinema. As salas 2 e 3 do complexo da Rua Consolação serão rebatizadas com seus nomes em uma cerimônia simbólica na próxima quinta-feira (5/11), às 19h30, com a presença da família e amigos dos homenageados. Após a cerimonia, será exibido um filme premiado da Mostra Internacional de São Paulo, ainda a ser definido, e com distribuição de ingressos para o público do Petra Belas Artes. O diretor do Petra Belas Artes, André Sturm, responsável pela iniciativa, comentou as homenagens em comunicado. “O Belas Artes tornou-se o templo da cinefilia em São Paulo. O cinema mais querido de quem ama o bom cinema. Nada mais justo que suas salas homenageiem dois críticos que foram dos mais importantes para despertar e valorizar este amor na cidade. Leon Cakoff criou e manteve a Mostra Internacional de Cinema que, durante muitos anos, foi a única maneira de ter acesso ao que se produzia de melhor no cinema mundial. Nos anos 1980 e 1990, Rubens Ewald Filho escrevia em jornais e revistas, falava na TV e publicava Guias de Filmes. Tornou cinema um assunto popular e com sua incrível memória estava sempre estimulando as pessoas a conhecerem filmes. Com essas duas figuras fenomenais batizamos duas salas em homenagem ao amor pelo cinema”.
Cinemas de São Paulo retomam atividades neste fim de semana
Fechados desde março, os cinemas de São Paulo começam a reabrir neste fim de semana. A volta das salas da capital, com protocolos rígidos de segurança, foi autorizada nesta sexta (9/10), quando a cidade chegou à fase verde do Plano São Paulo, que orienta o que abre e o que fecha durante a quarentena no estado. As primeiras sessões do retorno vão acontecer no sábado, no cinema de rua Petra Belas Artes, na rede Espaço Itaú de Cinema e nas salas do shopping Market Place, da rede Cinemark. As regras para a volta do funcionamento dos cinemas preveem capacidade reduzida a 60% do público, horário de funcionamento limitado a oito horas, obrigatoriedade do uso de máscaras, medição da temperatura dos frequentadores e disponibilização de álcool em gel. Além disso, é preciso manter um distanciamento físico de 1,5 metro entre as pessoas, dentro e fora das salas, o que interdita algumas poltronas. A capital teve queda nos números da covid-19 e, com outras cinco regiões do Estado, dará maior flexibilização ao funcionamento de estabelecimentos em locais fechados. “Nós não vamos deixar de retroceder caso os números voltem na cidade”, alertou o prefeito Bruno Covas durante a coletiva que anunciou a reabertura. “A Vigilância Sanitária do Município orientou que, agora, a gente aguarde a evolução da pandemia na cidade, por causa dessas alterações nas atividades permitidas e também pela volta do setor cultural.” Além dos cinemas, também receberam autorização para voltar a funcionar os museus, teatros, bibliotecas e espaços culturais, como o Sesc.
Em um mês, Brasil ganha 18 novos cines drive-in
A volta dos cines drive-in é o principal fenômeno do circuito cinematográfico do período da pandemia de coronavírus. Segundo um levantamento da consultoria Comscore, no último final de semana 6,5 mil brasileiros assistiram filmes num total de 20 drive-ins espalhados pelo Brasil. Isto representa um aumento expressivo na quantidade de cinemas ao ar livre no país, mais exatamente de 81,8% em relação à semana passada, quando eram 11 em funcionamento. E de 900% na comparação com o mês passado, quando havia apenas 2 cines drive-in em todo o território nacional – o Cine Drive-In Brasília e o Cinesystem Litoral Plaza Drive-In, em Praia Grande (SP). Em um mês, o Brasil ganhou nada menos que 18 novos cines drive-in. As primeiras inaugurações aconteceram em 22 de maio: o Cineprime Drive-In, em Uruguaiana (RS), e o Cineplus Drive-in, em Curitiba (PR). São Paulo lidera esse mercado com 7 espaços do gênero (3 na capital), seguido pelo Paraná (4), Rio Grande do Sul (3) e Rio (2), etc. A velocidade do crescimento impressiona, já que esse tipo de espaço era considerado em extinção. Popularizados nos anos 1950 e em declínio desde os 1970, os drive-in também ganharam força nos EUA como alternativa durante a pandemia. Para completar, o festival Cine-PE, de Recife, informou que também vai acontecer num esquema de drive-in, entre 24 a 30 de agosto. Apesar de configurar um fenômeno, os 20 cines drive-ins não são suficientes para a indústria cinematográfica comemorar uma retomada nas bilheterias. Eles renderam apenas R$ 161,3 mil em ingressos vendidos no fim de semana. O filme mais assistido foi “Jumanji: Próxima Fase” com público de 1.344 pessoas. O Top 3 incluiu ainda “Coringa”, com 1.294 espectadores, e “O Homem invisível”, visto por 974 pessoas. Todos esses títulos estão disponíveis em streaming.
São Paulo vive renascimento dos cinemas drive-in
Sem cinemas drive-in em funcionamento há vários anos, São Paulo experimenta um renascimento do segmento. Três espaços do gênero estão sendo abertos nestes dias – dois já nesta sexta-feira, o terceiro na próxima semana. Popularizados nos anos 1950 e em decadência desde os 1970, os drive-in ressurgiram com força como alternativa durante a pandemia de coronavírus e atualmente são responsáveis pelas únicas bilheterias de cinema do Brasil. O grande atrativo desses cinemas é a possibilidade das pessoas assistirem filmes de dentro de seus carros, o que deixa de ter um apelo simplesmente nostálgico para ser a grande aposta do entretenimento em 2020, o ano do distanciamento social. Um dos espaços mais badalados – e caros – , o Arena Estaiada Drive-In, idealizado junto à Visualfarm, reúne diferentes frentes de negócio, priorizando ações 360º, e começa suas projeções nesta sexta (12/6), Dia dos Namorados, com a realização do Cine Stella Artois – sessão de cinema patrocinada pela marca de cerveja. Com capacidade de até 100 carros e ingressos ao preço de R$ 100 por carro (de até quatro passageiros), as duas sessões desta sexta já estão esgotadas, mas o cinema vai funcionar até agosto. O Centro de Tradições Nordestinas também vai receber um cinema ao ar livre com a primeira sessão nesta noite. Em parceria com a rede Centerplex, o Cine Drive-in Centerplex CTN tem espaço para 107 veículos e uma tela de 72m², que deve funcionar por dois meses. Por fim, o Belas Artes Autorama Drive-in, idealizado pelo cinema de rua paulistano Petra Belas Artes, será inaugurado na quarta (17/6) no Memorial da América Latina, com um telão de 15 metros de largura. São cem vagas e o ingresso custa R$ 65 para até quatro pessoas no mesmo carro. O público-alvo dos três espaços serão bem diferentes. Enquanto o Cine Stella Artois e o Cine Drive-in Centerplex CTN vão oferecer sucessos comerciais, o Belas Artes Autorama Drive-in prioriza títulos cults. A programação divulgada até o momento não prevê lançamentos inéditos em nenhuma das três telas.
Memorial da América Latina vai virar cinema drive-in
A capital de São Paulo vai voltar a ter um grande cinema drive-in. Popularizados nos anos 1950 e em decadência desde os 1970, os drive-in ressurgiram com força como alternativa durante a pandemia de coronavírus e atualmente são responsáveis pelas únicas bilheterias de cinema do Brasil. Idealizado pelo cinema de rua paulistano Petra Belas Artes, o Belas Artes Autorama Drive-in será inaugurado em junho, no Memorial da América Latina, com uma programação de cerca de 35 filmes para motoristas e passageiros que estacionarem no pátio do complexo arquitetônico da Barra Funda, projetado por Oscar Niemeyer. Antes usada para shows e feiras, a área agora vai virar cinema. Ou melhor, o único tipo de cinema que respeita as regras de distanciamento social com absoluta segurança, já que seu público fica confinado dentro do próprio carro, tendo pouca ou nenhuma interação com o exterior. “O drive-in veio como uma possibilidade de o Belas Artes existir durante a pandemia, atendendo às questões do isolamento”, disse André Sturm, dono do Petra Belas Artes e da iniciativa, para o jornal Folha de S. Paulo. “Os cinemas estão fechados e não vão abrir tão cedo, provavelmente estarão na última leva de flexibilização — o que eu entendo que é necessário. Eu vi então que esse assunto [dos drive-ins] começou a pipocar e foi aí que procurei o Memorial.” A expectativa é que, com o início da flexibilização do isolamento social, o drive-in possa iniciar suas sessões no dia 16 de junho. A expectativa é ocupar o Memorial até o dia 31 de julho, mas Sturm ressalta que esse período é prorrogável e que, se depender dele, deve se esticar até o final do ano. As exibições acontecerão uma vez ao dia, na terça e na quarta, e duas vezes entre as quintas e os domingos. Providenciada pelo Cine Autorama, projeto que já organizava sessões de cinema ao ar livre bem antes do início da pandemia, a tela terá 15 metros de largura e o som dos filmes poderá ser sintonizado por meio dos rádios dos carros. A programação ainda está sendo finalizada, mas alguns dos títulos já foram definidos. A abertura ficará com “Apocalypse Now: Final Cut”, filme de Francis Ford Coppola sobre a Guerra do Vietnã premiado com a Palma de Ouro em 1979. Restaurada, a versão exibida tem cenas extras e quase uma hora a mais de duração em relação ao filme original, e foi originalmente lançada no Festival de Tribeca. Também estão previstos quatro longas de Stanley Kubrick: “2001: Uma Odisséia no Espaço”, “Laranja Mecânica”, “O Iluminado” e “De Olhos Bem Fechados”. Outro cineasta prestigiado é Tim Burton, que será tema de uma das semanas da programação. Quatro de seus títulos serão projetados na mesma seção que abriga “O Abominável Dr. Phibes”, filme de 1971 protagonizado por Vincent Price, ídolo de Burton, e que teve uma participação importante em “Edward Mãos de Tesoura”. A expectativa é que outros clássicos do terror sejam incluídos nas sessões. Os ingressos serão vendidos online e custarão R$ 40 por motorista ou R$ 60 para um carro com até quatro pessoas. Pela internet também será possível comprar combos de pipoca e outras guloseimas tradicionais de cinema. O único contato dos visitantes com funcionários será justamente no momento de entrada no local, quando o ingresso será validado e os combos retirados. Nas primeiras noites de evento, haverá espaço para cem carros no Memorial a cada sessão, mas a capacidade pode ser ampliada nas semanas seguintes, caso haja demanda. Informações sobre vendas de ingressos e a lista completa de filmes serão divulgadas nos próximos dias.
Belas Artes à La Carte estende gratuidade de seu streaming de filmes clássicos
Para incentivar o público a ficar em casa, o serviço de streaming Belas Artes à La Carte, com curadoria de filmes do cinema Petra Belas Artes, prolongou a gratuidade de acesso a seu serviço por mais duas semanas, até o dia 29 de abril. O acesso estava liberado, originalmente, até o dia 15 de abril. A plataforma do Petra Belas Artes conta com filmes clássicos e cults, muitas vezes difíceis de encontrar em outros streamings. Estão lá, por exemplo, longas dirigidos por Fritz Lang, Andrei Tarkovski, Luchino Visconti, Jean-Luc Godard, Kenji Mizoguchi e o brasileiro José Mujica Marins, morto em fevereiro. São mais de 150 títulos disponíveis, disponibilizados num site exclusivo. Antes hospedado pelo portal de aluguel de filmes Looke, que também abriga o Spcine, o Petra Belas Artes à La Carte foi repaginado e agora tem endereço próprio, utilizando tecnologia do portal Vimeo. Clique aqui para conhecer. Depois do período de gratuidade, o valor da assinatura do serviço será de R$ 10,90 por mês. Veja abaixo um vídeo de introdução à plataforma.
Petra Belas Artes dá acesso gratuito a streaming de filmes clássicos e cults
O Petra Belas Artes decidiu liberar seu serviço de streaming, uma iniciativa recente do cinema, de forma gratuita para o público em quarentena durante a pandemia de coronavírus. Chamada de Belas Artes à La Carte, a plataforma conta com filmes clássicos e cults, muitas vezes difíceis de encontrar em outros streamings. Estão lá, por exemplo, longas dirigidos por Fritz Lang, Andrei Tarkovski, Luchino Visconti, Jean-Luc Godard, Kenji Mizoguchi e o brasileiro José Mujica Marins, morto em fevereiro. O acesso está liberado até o dia 15 de abril e, depois disso, o valor da assinatura será de R$ 10,90 por mês. A gratuidade vem acompanhado de outra novidade do serviço: antes hospedado pelo portal de aluguel de filmes Looke, que também abriga o Spcine, o Petra Belas Artes à La Carte mudou de casa. Repaginado, o serviço agora tem endereço próprio, utilizando tecnologia do portal Vimeo. Clique aqui para conhecer. Ver essa foto no Instagram 🎥 Não conhece o À LA CARTE ainda? Aproveite! Já conhece? Aproveite mais! 🎬💻🖤 #belasartesalacarte #filmescults #filmesclássicos #cinema #streaming Uma publicação compartilhada por Petra Belas Artes À LA CARTE (@belasartesalacarte) em 1 de Abr, 2020 às 1:48 PDT
Cine Belas Artes encontra novo patrocinador após perder a Caixa
O mais famoso cinema de rua de São Paulo, o cine Belas Artes, anunciou nesta quinta-feira (2/5) que conseguiu novo patrocínio e seguirá em atividade. Ameaçado de fechar pela segunda vez, após perder o apoio da Caixa Econômica Federal em janeiro por decisão do governo Bolsonaro de cortar patrocínios culturais de estatais, o Belas Artes acertou o patrocínio da cervejaria Petra. Com a nova parceria, o local deixa de ser chamado de Caixa Belas Artes para virar o Petra Belas Artes. Desta vez, a solução foi rápida. Vale lembrar que o espaço chegou a ficar três anos fechado, entre 2011 e 2014, por falta de apoio para custear seu aluguel na Rua da Consolação (estimado em cerca de R$ 2 milhões anuais), e só voltou à ativa após o envolvimento da Prefeitura e com a ajuda financeira da Caixa. Após o anúncio do novo patrocínio, o Belas Artes afirmou que sua programação não sofrerá alterações. O contrato é válido por cinco anos.








