The Who demite baterista pela segunda vez antes da turnê final: “Decepcionado”
Baterista diz ter sido pressionado a anunciar saída após desentendimentos internos com Pete Townshend e Roger Daltrey
The Who anuncia turnê de despedida na América do Norte
Banda britânica fará o último giro da carreira pelos Estados Unidos e Canadá, com shows em cidades como Nova York, Toronto e Las Vegas
The Who recua e confirma retorno de Zak Starkey após atrito com Roger Daltrey
Pete Townshend assume erro de condução e diz que episódio no Royal Albert Hall foi um "mal-entendido"
Angelina Jolie e Daniel Radcliffe vencem prêmio Tony, o Oscar do teatro
A premiação do Tony Awards, o equivalente ao Oscar do teatro americano, aconteceu na noite de domingo (16/6) no Lincoln Center, em Nova York, e rendeu troféus para vários astros mais conhecidos por trabalhos no cinema e na televisão, como Daniel Radcliffe, o Harry Potter. Angelina Jolie também foi premiada, mas como produtora. Sua peça, “The Outsiders”, adaptação de um clássico literário que foi transformado em filme cultuado de Francis Ford Coppola em 1983, venceu o troféu de Melhor Musical. Já obra estrelada por Radcliffe, “Merrily We Roll Along”, de Stephen Sondheim, completou uma jornada de quatro décadas, do fracasso ao sucesso, ao ganhar o prêmio de Melhor Revival Musical. Além do astro de “Harry Potter”, vencedor do prêmio de Melhor Ator Convidado, a peça também rendeu troféu a Jonathan Groff (de “Glee” e “Mindhunter”) como Melhor Ator em Musical. “Stereophonic”, sobre uma banda criando um álbum, foi eleita a Melhor Peça Nova do ano, enquanto “Appropriate”, drama familiar sobre um trio de irmãos que enfrentam um segredo perturbador, o Melhor Revival. Esta última peça ainda consagrou Sarah Paulson (“American Horror Story”) como Melhor Atriz. Além da distribuição de troféus, o evento teve apresentações musicais que chamaram atenção. Jay-Z se juntou a Alicia Keys para uma versão de “Empire State of Mind”, da peça “Hell’s Kitchen”, Eddie Redmayne liderou uma apresentação do elenco do revival de “Cabaret” e Pete Townshend, guitarrista da banda The Who, se juntou ao elenco do revival de “The Who’s Tommy”. Vencedores do Tony Awards 2024 Melhor Peça Inédita “Stereophonic” Melhor Musical Inédito “The Outsiders” Melhor Revival de Peça “Appropriate” Melhor Revival de Musical “Merrily We Roll Along” Melhor Livro de Musical Shaina Taub, “Suffs” Melhor Ator Principal em Peça Jeremy Strong, “An Enemy of the People” Melhor Atriz Principal em Peça Sarah Paulson, “Appropriate” Melhor Ator Principal em Musical Jonathan Groff, “Merrily We Roll Along” Melhor Atriz Principal em Musical Maleah Joi Moon, “Hell’s Kitchen” Melhor Ator Convidado em Peça Will Brill, “Stereophonic” Melhor Ator Convidado em Musical Daniel Radcliffe, “Merrily We Roll Along” Melhor Atriz Convidada em Peça Kara Young, “Purlie Victorious” Melhor Atriz Convidada em Musical Kecia Lewis, “Hell’s Kitchen” Melhor Direção em Peça Daniel Aukin, “Stereophonic” Melhor Direção em Musical Danya Taymor, “The Outsiders” Melhor Cenário em Peça David Zinn, “Stereophonic” Melhor Cenário em Musical Tom Scutt, “Cabaret” Melhor Figurino em Peça Dede Ayite, “Jaja’s African Hair Braiding” Melhor Figurino em Musical Linda Cho, “The Great Gatsby” Melhor Iluminação em Peça Jane Cox, “Appropriate” Melhor Iluminação em Musical Brian MacDevitt e Hana S. Kim, “The Outsiders” Melhor Som em Peça Ryan Rumery, “Stereophonic” Melhor Som em Musical Cody Spencer, “The Outsiders” Melhor Trilha Original Shaina Taub, “Suffs” Melhor Coreografia Justin Peck, “Illinoise” Melhor Orquestração Jonathan Tunick, “Merrily We Roll Along” Tony Especial pelo Conjunto da Obra Jack O’Brien e George C. Wolfe Tony Award Especial em 2024 Alex Edelman, Abe Jacob, Nikiya Mathis, Isabelle Stevenson Award e Billy Porter Tony Award para Teatro Regional The Wilma Theater Tony Award para Excelência em Educação Teatral CJay Philip, Dance & Bmore
Biografia de Keith Moon será filmada em junho
A cinebiografia de Keith Moon, lendário baterista da banda The Who, definiu sua equipe e se prepara para começar a ser filmada em junho no Reino Unido. Segundo a revista Variety, o projeto tem o título provisório de “The Real Me” (título de uma música do álbum “Quadrophenia”) e conta com os membros sobreviventes da banda, Roger Daltrey e Pete Townshend, como produtores executivos. O filme tem roteiro de Jeff Pope (indicado ao Oscar por “Philomena”) e será dirigido por Paul Whittington, que anteriormente assinou os três episódios da minissérie “Cilla”, sobre a cantora Cilla Black, passada no mesmo período do auge do The Who. A produção está a cargo do estúdio americano White Horse Pictures, com sede em Los Angeles, que realizou o documentário de Martin Scorsese “George Harrison: Living in the Material World”, bem como pelo documentário de Ron Howard sobre os Beatles “Eight Days a Week: The Touring Years”. Embora nenhum nome do elenco tenha sido revelado, o processo de seleção já está acontecendo há alguns meses. Considerado um dos maiores bateristas de todos os tempos, Keith Moon também era notoriamente famoso pelo consumo de drogas, que acabou sendo a causa de sua morte em 1978, com apenas 32 anos de idade – apesar da aparência final de um homem de 50. Em uma entrevista de 2018 para a revista GQ, o cantor Roger Daltrey refletiu sobre o velho amigo: “Keith viveu toda a sua vida como uma fantasia. Ele era o homem mais engraçado que já conheci, mas também era o mais triste. Eu vi Keith em alguns momentos terríveis. Eu o vi a sua altura lendária, mas também em seu ponto mais baixo. Keith é alguém que eu amo profundamente, mas que era uma pessoa profundamente problemática.” Lembre abaixo da música “Real Me”, com um solo marcante de Keith Moon.
20 shows clássicos: Stones, Kinks, Springsteen, Tom Petty, Dr. Feelgood e mais
Pipoca Moderna volta aos anos 1980 com mais 20 registros ao vivo de puro rock’n’roll. Aberta pela melhor turnê da carreira dos Rolling Stones, a década registrou a volta triunfal dos Kinks, a coroação de Bruce Springsteen como o “boss” dos EUA, o sucesso do Dire Straits na MTV, a consolidação de Tom Petty e a excepcional fase solo de Pete Townshend. Mas também deixou marcada a geração que, ignorada pela MTV, foi abraçada pelas primeiras college radios. Artistas como Dr. Feelgood, Plimsouls, Joe Jackson, Graham Parker, The Smithereens, Fleshtones e outros, que podem representar “descobertas” para os ouvintes mais novos. São cenas de shows extensos de estádio e também apresentações curtas em estúdio de TV, muitas delas verdadeiras raridades. Importante ressaltar que alguns registros são playlists, com vários vídeos individuais de um mesmo show compilados juntos, portanto preste atenção para não confundir uma apresentação de duas horas com um clipe de dois minutos. E boa diversão. Ah, se isso não for suficiente, também estão disponíveis abaixo os links para listas anteriores que cobrem outras gerações musicais. > Shows dos 1960 (iê-iê-iê, mod, folk e psicodelia) > Shows dos 1970 – Parte 1 (hard rock e glam) > Shows dos 1970 – Parte 2 (progressivo e funk) > Shows dos 1970 – Parte 3 (disco, new wave e punk rock) > Shows dos 1980 – Parte 1 (punk, hardcore e grunge) > Shows dos 1980 – Parte 2 (reggae, ska, new wave, pós-punk) > Shows dos 1980 – Parte 3 (punk comercial e os revials mod, rockabilly, folk & blues) > Shows dos 1980 – Parte 4 (rock gótico e neopsicodélico) > Shows dos 1980 – Parte 5 (synthpop, new romantic, new wave) > Shows dos 1980 – Parte 6 (pop, funk, rap e house) > Shows dos 1980 – Parte 7 (British soul, indie, college rock) > Shows dos 1980 – Parte 8 (indie, twee, shoegazer, dreampop, C86) > Shows dos 1980 – Parte 9 (rock, new wave, college rock) Muddy Waters & The Rolling Stones | 1981 The Rolling Stones | 1981 J. Geils Band | 1980 Ian Hunter Band | 1980 Graham Parker | 1980 Dr. Feelgood | 1980 George Thorogood | 1984 ZZ Top | 1983 The Georgia Satellites | 1989 Bruce Springsteen | 1985 Dire Straits | 1985 Tom Petty and The Heartbreakers | 1985 The Plimsouls | 1983 The Smithereens | 1987 Hoodoo Gurus | 1984 Fleshtones | 1984 Joe Jackson | 1980 The Kinks | 1982 Pete Townshend | 1986 Rod Stewart | 1984
Peter Zinovieff (1933-2021)
O compositor e inventor britânico Peter Zinovieff morreu na quarta-feira, aos 88 anos, após sofrer uma queda em casa e ficar internado por dez dias. Considerado um pioneiro da música eletrônica, ele foi o grande responsável pela inclusão do sintetizador na música pop, Além de compôs trilhas sonoras com “sons eletrônicos” para filmes do começo dos anos 1970. Filho de imigrantes russos, ele se formou em Geologia pela Universidade de Oxford, mas se voltou para a música após reclamação da esposa, que não aprovava sua frequentes viagens de exploração geológica pelo mundo. Insatisfeito com as limitações do piano, ele começou a experimentar com sons eletrônicos. Em 1969, lançou o VCS3, o primeiro sintetizador moderno, fabricado pela Electronic Music Studios (EMS), empresa que tinha Zinovieff como um dos fundadores. Com esse aparelho, ele suplantou seu maior corrente, o Moog, com maior variedade de sons eletrônicos e portabilidade. O VCS3 tinha o tamanho de um maleta, que se acoplava a um teclado, enquanto o Moog original podia ocupar uma parede com seu equipamento completo. Ele usou essa invenção para compor as trilhas dos filmes “Julgamento de um Traidor” (1970), de Sam Wanamaker, e “Até os Deuses Erram” (1973), de Sidney Lumet. Em ambas ocasiões, seu trabalho foi creditado como “sons eletrônicos”. O VCS3 logo chamou atenção de artistas do pop rock dos anos 1970. A princípio, Zinovieff recusou-se a conversar com os roqueiros. Ele se definia como um artista erudito, que pesquisava música experimental eletrônica. Mas logo percebeu que não podia recusar o dinheiro oferecido para avançar seus projetos. Assim, passou a fabricar uma versão ainda mais compacta de seu sintetizador, o EMS Synthi A, para alguns dos mais famosos artistas da época. Seu equipamento ajudou a lançar discos clássicos, como “The Dark Side of the Moon” (1973), do Pink Floyd, “Who’s Next” (1971), da banda The Who, “Roxy Music” (1972) e “For Your Pleasure” (1973), do Roxy Music, “Low” (1977) e “Heroes” (1977), de David Bowie, além de gravações de Kraftwerk, Alan Parsons Project, Tangerine Dream, King Crimson, The Who e artistas mais recentes, como The Chemical Brothers e Portishead. “Eu não ensinei nada a esses caras. Assim que eles começaram a experimentar meu sintetizador, eles imediatamente superaram qualquer coisa que eu poderia lhes ensinar. Por isso, são geniais. Eles tiveram o feeling e souberam tirar daquilo o que queriam. E também é por isso que os efeitos que o sintetizador causou em suas canções foram tão diferentes entre si”, contou Zinovieff ao jornal O Globo, numa entrevista de 2016. Na mesma entrevista, ele revelou quem fez o melhor uso de suas invenções: “Pink Floyd, sem dúvidas. Eles usaram a máquina da maneira mais inovadora possível, e fizeram músicas extraordinárias que ninguém tinha escutado até então. Dos artistas mais novos, o Portishead também faz um bom trabalho”. Com a chegada dos sintetizadores portáteis da Korg e da Yamaha, a empresa do compositor acabou entrando em falência logo em seguida, ainda na década de 1970. Para complicar, Zinovieff ainda perdeu grande parte dos seus equipamentos numa inundação. Ele ficou décadas longe da música, se dedicando ao design gráfico e ao ofício de professor. Veja abaixo o uso do VCS3 na música “On the Run”, do Pink Floyd, tocado em estúdio por Roger Waters em 1973, seguido pelo resultado final. E também como Pete Townshend se tornou um dos primeiros a usar o VCS3, na gravação de “Won’t Get Fooled Again”, do The Who.





