Filmes online: Estreia de Soul é o grande destaque deste Natal
Não faltam motivos para ficar em casa neste Natal. Abaixo estão 10. São destaques de uma semana com ótimas opções de estreias online para ver em casa, a começar por “Soul”, animação inédita da Pixar, concebida pelo mesmo diretor de “Divertida Mente”, Pete Docter. “Soul” segue a linha de abordagem de temas abstratos de “Divertida Mente”. Ao acompanhar um personagem na pós e na pré-vida, o filme debate o que significa viver. Para completar, é o primeiro longa da Pixar com protagonista negro. E ao manter a qualidade elevadíssima dos trabalhos do estúdio, também é, claro, favorito ao Oscar de Melhor Animação do ano. A lista de estreias digitais ainda inclui o badalado “Tenet”, de Christopher Nolan, o revival de “Jovens Bruxas”, um dos melhores filmes nacionais do ano, “Boca de Ouro”, e os lançamentos da Netflix “O Céu da Meia-Noite”, “Pequenos Grandes Heróis” e o documentário de Ariana Grande, entre outras opções. Confira os trailers e as plataformas onde os filmes podem ser vistos logo abaixo. Soul | EUA | 2020 (Disney+ (Disney Plus)) Tenet | EUA | 2020 (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes) O Céu da Meia-Noite | EUA | 2020 (Netflix) Pequenos Grande Heróis | EUA | 2020 (Netflix) Jovens Bruxas: Nova Irmandade | EUA | 2020 (Apple TV, Looke, Now) Boca de Ouro | Brasil | 2020 (Apple TV, Looke, Now) O Amor de Sylvie | Brasil | 2020 (Amazon Prime Video) Seu Nome Gravado em Mim | Taiwan | 2020 (Netflix) Pequena Garota | França, Dinamarca | 2020 (Apple TV, Google Play, Google Play, NOW, Vivo Play e YouTube Filmes) Ariana Grande: Excuse Me, I Love You | EUA | 2020 (Netflix)
Cinemas recebem documentários e filmes brasileiros
Com o fechamento dos cinemas em São Paulo, maior mercado do setor no Brasil, o último de semana de 2020 é de poucos lançamentos. Sem blockbusters e sem as produções de tema natalino que costumam marcar esta época, a programação se resume a dois documentários, um deles nacional, e apenas uma obra de ficção, reforçando como o fim do ano é atípico no mercado cinematográfico. “Correndo Atrás” é o segundo longa de Jeferson Dê a chegar aos cinemas neste ano – e bem diferente de “M8: Quando a Morte Socorre a Vida”. Trata-se de uma produção de 2018, que antes da pandemia não encontrava espaço nas salas de cinema. O filme é uma comédia de futebol e gira em torno de um malandro, transformado em caça-talentos amador de jogadores, que conhece um jovem deficiente físico com muita habilidade. O elenco destaca Ailton Graça, Juan Paiva, Juliana Alves, Lázaro Ramos e o humorista Helio de la Peña – o que faz do lançamento uma das raras comédias com elenco majoritariamente negro do Brasil, detalhe que costuma lotar cinemas nos EUA. O documentário “Sobradinho” acompanha Dona Pequenita, uma das últimas pessoas ainda vivas que morou na cidade de Pilão Arcado Velho, na Bahia, abandonada depois da construção da construção da barragem e da hidrelétrica de Sobradinho, nos anos 1970. Acompanhada pela equipe de filmagens, ela decide voltar ao lugar que deixou de existir. O primeiro longa documental de Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques (dupla de “Depois da Chuva” e “Guerra do Algodão”) foi exibido na Mostra de Cinema de São Paulo deste ano, mas não produziu trailer para divulgação. Completa a lista o único título internacional desta quinta (24/12), um documentário francês, “Pequena Garota”, sobre Sasha, de 8 anos, que apesar de ter nascido menino sempre soube que era uma garota. O filme de Sébastien Lifshitz (“Os Invisíveis”) mostra como Sasha evoca reações às vezes perturbadoras de uma sociedade repressora que não consegue aceitar crianças como ela – em sua vida diária na escola, nas aulas de dança ou nas festas de aniversário – apesar do apoio constante da família a para que seja compreendida e aceita. Após première no Festival de Berlim, a obra venceu os festivais de Gante (Bélgica) e Sevilha (Espanha) – e também está sendo lançada com opção de VOD (aluguel digital).
Druk – Mais uma Rodada vence prêmio de Melhor Filme Europeu do ano
A Academia Europeia de Cinema (EFA, na sigla em inglês) consagrou “Druk – Mais uma Rodada” (Another Round), novo longa do diretor Thomas Vinterberg, como Melhor Filme Europeu do ano. Grande vencedor da cerimônia de premiação, que aconteceu de forma virtual na tarde deste sábado (12/12), “Druk – Mais uma Rodada” conquistou todos os quatro troféus a que concorria, incluindo ainda Melhor Direção, Roteiro (também de Vinterberg) e Ator (Mads Mikkelsen). O cineasta dinamarquês é um velho frequentador da premiação. Ele já tinha sido consagrado com o Prêmio Descoberta (da Crítica) em 1998 por um de seus primeiros longas, “Festa de Família”, e vencido o troféu de Roteiro por “A Caça”, em 2012. Mas é a primeira vez que leva o troféu principal dos European Awards, bem como o reconhecimento por ter feito a Melhor Direção do ano. Já Mads Mikkelsen venceu seu prêmio após bater na trave três vezes anteriormente. Ele chegou a ser considerado favorito por “A Caça”, após ser premiado no Festival de Cannes pelo papel, mas precisou fazer nova parceria com Vinterberg para ter seu talento reconhecido pela Academia. Um dos filmes mais elogiados de 2020, “Druk – Mais uma Rodada” também já tinha sido premiado no Festival de Londres, San Sebastian e Ghent. A trama gira em torno de Martin, interpretado por Mikkelsen, um tutor, marido e pai que já foi brilhante, mas se tornou apenas uma sombra de si mesmo após embarcar numa jornada alcoólica para testar uma teoria. A 33ª edição da premiação europeia também destacou a alemã Paula Beer como Melhor Atriz por seu trabalho em “Undine”, três anos após sua primeira indicação (por “Frantz”). Comandado pelo apresentador de TV alemão Steven Gätjen, que apresentou os prêmios em Berlim, com participação remota dos indicados, o evento ainda definiu a produção francesa “Un Triomphe”, de Emmanuel Courcol, como Melhor Comédia do ano, “Collective”, de Alexander Nanau, como Melhor Documentário, e “Josep”, de Aurel, como a Melhor Animação. A maioria dos premiados pela EFA ainda é inédita no Brasil, mas os assinantes da Netflix conhecem bem pelo menos um dos títulos: o terror espanhol “O Poço”, vencedor da categoria de Efeitos Visuais e que deu muito o que falar quando foi lançado em streaming no começo do ano. Veja abaixo a lista completa dos vencedores. Melhor Filme Europeu “Druk – Mais uma Rodada” Melhor Diretor Europeu Thomas Vinterberg, “Druk – Mais uma Rodada” Melhor Ator Europeu Mads Mikkelsen, “Druk – Mais uma Rodada” Melhor Atriz Europeia Paula Beer, “Undine” Melhor Roteirista Europeu Thomas Vinterberg & Tobias Lindholm, “Druk – Mais uma Rodada” Melhor Comédia Europeia “Un Triomphe”, de Emmanuel Courcol Melhor Animação Europeia “Josep”, de Aurel Melhor Documentário Europeu “Collective”, de Alexander Nanau Melhor Curta Europeu “All Cats Are Grey In The Dark”, de Lasse Linder Melhor Fotografia Europeia Matteo Cocco, de “A Vida Solitária de Antonio Ligabue” Melhor Edição Europeia Maria Fantastica Valmori, “Il Varco – Once More Unto the Breach” Melhor Desenho de Produção Europeu Cristina Casali, “The Personal History Of David Copperfield” Melhor Figurino Europeu Ursula Patzak, “A Vida Solitária de Antonio Ligabue” Melhor Cabelo e Maquiagem Europeus Yolanda Pina, Felix Terrero, Nacho Diaz, “La Trinchera Infinita” Melhor Trilha Sonora Europeia Dascha Dauenhauer, “Berlin Alexanderplatz” Melhor Som Europeu Yolande Decarsin, “Pequena Garota” Melhores Efeitos Visuais Europeus Inaki Madariaga, “O Poço” Prêmio EFA para Narrativa Inovadora Mark Cousins, “Women Make Film: A New Road Movie Through Cinema” Descoberta Europeia – Prêmio da Crítica Carlo Sironi, “Sole” Prêmio de Coprodução Eurimages Luis Urbano


