Novo filme de Pedro Almodóvar vai representar a Espanha no Oscar
O novo filme do cineasta Pedro Almodóvar, “Dor e Glória”, foi selecionado pela Academia Espanhola de Cinema para representar o país na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional (antiga Melhor Filme em Língua Estrangeira) do Oscar 2020. Com isso, o diretor soma sete indicações para representar seu país no prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Seu primeiro filme indicado foi “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, que conseguiu virar finalista em 1989, aparecendo entre os cinco títulos selecionados ao prêmio. Almodóvar acabou vencendo a categoria em 1999, com “Tudo Sobre Minha Mãe”. Quatro anos depois, ele voltou a ser premiado com “Fale com Ela”, mas na categoria de Melhor Roteiro Original. “Estamos muito emocionados por representar a Espanha”, declarou a produtora Esther García, como representante do diretor espanhol, que no momento viaja para a América do Norte para apresentar o longa-metragem nos Estados Unidos e no Canadá. Segundo a produtora, o lançamento nos cinemas norte-americanos permitirá que o filme “concorra em outras categorias” do Oscar. Protagonizado por Antonio Banderas, que recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes deste ano, “Dor e Glória” segue um famoso cineasta em crise, com o coração partido e saudade de sua querida mãe. O papel representou a oitava parceria entre o ator e Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). A lista com todos os candidatos ainda passará pela triagem de um comitê da Academia, que divulgará uma relação dos melhores, geralmente nove pré-selecionados, no final do ano. Dentro desses, cinco serão escolhidos para disputar o Oscar. O candidato do Brasil na disputa por uma vaga é “A Vida Invisível”, do diretor Karim Aïnouz. Os finalistas à premiação do Oscar 2020 serão divulgados no dia 13 de janeiro e a cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá no dia 9 de fevereiro, em Los Angeles.
Scarlett Johansson apoia Woody Allen contra denúncias de abuso da filha
A atriz Scarlett Johansson rompeu o piquete virtual do movimento #MeToo para defender o cineasta Woody Allen em entrevista de capa da revista The Hollywood Reporter. Estrela de três filmes do cineasta nos anos 2000, ela disse acreditar na inocência do diretor em relação à denúncia da filha, Dylan Farrow, de que ele a teria molestado quando tinha um relacionamento com sua mãe, a atriz Mia Farrow. Johansson trabalhou com Allen em “Match Point” (2005), “Scoop – O Grande Furo” (2006) e “Vicky Cristina Barcelona” (2008), numa fase criativa que representou o renascimento da carreira do diretor em contato com paisagens europeias. “Eu amo Woody. Eu acredito nele e trabalharia com ele a qualquer momento”, declarou a estrela. “Eu vejo Woody sempre que posso, e tive conversas com ele sobre isso. Eu fui muito direta com ele, e ele foi muito direto comigo. Ele mantem a sua inocência, e eu acredito nele”, completou. Johansson reconhece que esta não é uma opinião capaz de vencer concurso de popularidade em Hollywood neste momento. Vários astros de filmes de Allen, como Marion Cotillard, Mia Sorvino, Greta Gerwig, Colin Firth e até Rebeca Hall, com quem Scarlett contracenou em “Vicky Cristina Barcelona”, expressaram arrependimento por trabalhar com o diretor, e ele entrou em litígio com a Amazon, que se recusou a lançar seu filme mais recente, “Um Dia de Chuva em Nova York” (2019), e optou por descumprir contrato firmado de distribuição de novos projetos. “É difícil, porque as pessoas estão muito envolvidas [em ativismo] no momento, e isso é compreensível. As coisas precisavam mudar, e então as pessoas estão muito apaixonadas, têm muitos sentimentos e estão com raiva, o que faz sentido. É um momento muito intenso”, definiu. As acusações, porém, não são novas, apesar de ganharem mais força após Dylan Farrow aproveitar o movimento #MeToo para desenterrar suas denúncias, reafirmando ter sido molestada quando criança por Allen, há cerca de três décadas. Allen sempre negou tudo, creditando a acusação à lavagem cerebral promovida pela mãe da jovem, Mia Farrow. Outro de seus filhos, Moses Farrow, confirma a versão de Allen, que não foi condenado quando o caso foi levado a tribunal em 1990, durante a disputa da guarda das crianças. A denúncia, porém, fez com que perdesse a guarda dos filhos, objetivo de Mia Farrow. O mais importante a destacar é que ele nunca foi acusado de abuso ou assédio por nenhuma outra mulher, tendo levado várias atrizes a vencerem o Oscar por desempenhos em seus filmes. Mesmo as que juram jamais voltar a trabalhar com ele não tem nada negativo a relatar, além do extremo distanciamento do diretor. São meio século de carreira sem uma queixa sequer. Sem outras histórias que reforcem a acusação, o caso se resume à recordação de Dylan, aos sete anos de idade, durante o período tenso de separação entre Mia Farrow e Woody Allen, que trocou a ex pela filha adotiva dela, Soon-Yi (que não era adotada por Allen, como Dylan). Foi realmente um período polêmico e escandaloso, mas Allen e Soon-Yi se casaram, estão juntos desde então e também adotaram duas filhas que parecem adorar os pais. O fato é que os amigos de Woody Allen diminuíram muito após o ressurgimento das denúncias, mas alguns mais antigos, como Diane Keaton, e outros que reconhecem a contribuição de Allen para suas carreiras, como Penelope Cruz, ficaram do lado do diretor. Cruz, que venceu o Oscar por “Vicky Cristina Barcelona”, voltará inclusive a trabalhar com o diretor em seu próximo filme, atualmente em produção na Espanha. O último filme rodado por Allen, “Um Dia de Chuva em Nova York”, chega ao Brasil em 26 de dezembro.
Dor e Glória reflete criatividade e desejo de Pedro Almodóvar
“Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, centra-se no personagem Salvador Mallo, um cineasta que já traz no nome a convivência dos contrários. Seu momento atual e suas lembranças são marcados pela dor e pela glória. A dor porque já está envelhecido e sentindo-se sem condições de filmar, a razão de ser de sua vida, com as doenças tomando conta de seu corpo. Desde as dores de coluna, as dores de cabeça, os engasgos frequentes, até a depressão pela perda de amores e de vitalidade. Uma animação, muito bem realizada, nos mostra o que são essas dores que acometem o corpo, cheia de cores, com didatismo e humor. Com Almodóvar, a dor também fica divertida. Como sempre foi nos seus filmes. A cabeça continua produzindo, escrevendo histórias a partir de experiências vividas, desejadas ou imaginadas, que agora não se destinarão ao cinema. Mas também não são contos literários. Um momento de declínio que produz uma crise existencial. Esses belos escritos, que acabarão sendo representados ou filmados, são a revelação de uma vida de criatividade, de sucesso e admiração internacionais, que é evidente. O relançamento de um filme chamado “Sabor”, realizado há 30 anos e que produziu uma inimizade com o ator principal, faz com que se reate seu contato e, por meio dele, um velho amor reaparece. A glória também vem das lembranças infantis, da vida na casa caverna, da mãe pobre, forte, batalhadora, do canto que abriu caminho ao estudo patrocinado junto aos padres, do primeiro desejo que se manifesta numa febre. O talento de escritor e a inclinação precoce na direção do cinema já dominam a cena. Desde sempre. Embora hoje doloroso, há um caminho a seguir e não será pela via da heroína que combate a dor, mas escraviza. Será novamente pelo desejo que novos ânimos poderão surgir. Não por acaso, a produtora de Pedro e seu irmão Agustín Almodóvar chama-se El Deseo. Ele é visto como o motor da existência. O protagonista Salvador Mallo, brilhantemente interpretado por Antonio Banderas, remete, é claro, à própria figura de Pedro Almodóvar, mas não pode se considerar uma autobiografia. Aí estão lembranças, recordações, mas também acontecimentos que poderiam ter existido ou ser fictícios, expectativas, decepções, hipóteses, exageros. Sentimentos e impressões que passam, se transformam. Elementos de uma vida que abrem perspectivas para um novo personagem, que dialoga com seu inspirador. Este, por sua vez, realiza sua autoanálise, encarando a morte como algo já mais próximo e palpável. Em alguns momentos, até desejável. O filme é lindo, profundo, e traz um time de atores e atrizes magnífico, além de Banderas. O argentino Leonardo Sbaraglia, como Federico, um ator já muito tarimbado e conhecido do cinema dos hermanos. Penélope Cruz, sempre luminosa, faz Jacinta, a mãe. Ambos vivem papéis de coadjuvantes, mas brilham. Asier Etxeandia, como Alberto Crespo, tem um trabalho competente num papel importante. E outras grandes mulheres estão lá: Nora Navas, como Mercedes, Julieta Serrano, como a mãe já idosa, Susi Sánchez e a participação de Cecília Roth, que já atuou em tantos filmes do diretor, compõem um elenco à altura para esse novo grande trabalho almodovariano. Há poucos anos, escrevi um livro destacando a sexualidade e a transgressão no cinema de Almodóvar. O diretor continua fiel a esses temas norteadores, assim como à utilização da metalinguagem. Em seus filmes, outros filmes e peças são feitos – aqui, “Vício” e “O Primeiro Desejo” são as realizações. O construir artístico, a escrita, a filmagem, a distribuição e exibição dos filmes, o trabalho dos atores e atrizes, além do próprio diretor, evidentemente, enriquecem a experiência cinematográfica do espectador. Recentemente exibido no Festival de Cannes, “Dor e Glória” teve excelente acolhida. Levou o prêmio de Melhor Ator para Antonio Banderas. Mas merecia mais.
Dor e Glória: Novo filme de Pedro Almodóvar ganha segundo trailer legendado
A Universal divulgou o segundo trailer legendado de “Dor e Gloria” (Dolor y Gloria), novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que reúne dois atores que marcaram a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. O filme também ganhou um pôster francês para acompanhar sua première no Festival de Cannes 2019. O projeto tem tom autobiográfico. A trama segue um famoso cineasta em crise, com o coração partido e saudade de sua querida mãe. Antonio Banderas vive o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997). Ela vive a mãe do personagem de Banderas. Além dos dois, a produção também marcará um reencontro de Almodóvar com outra colaboradora histórica: Julieta Serrano, que começou a filmar com o cineasta em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria após “Ata-me” (1989). O elenco ainda inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). O filme já estreou na Espanha, teve première neste sábado (18/5) no Festival de Cannes e chega em 13 de junho ao Brasil.
Novo filme de Pedro Almodóvar ganha trailer legendado
A Universal divulgou o trailer legendado de “Dor e Gloria” (Dolor y Gloria), novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que reúne dois atores que marcaram a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. À exceção de “Os Amantes Passageiros” (2013), em que fizeram figurações, os dois ainda não tinham contracenado nos filmes do diretor. E parece que vão continuar assim, já que eles vivem fases diferentes da história. A descrição oficial do projeto tem tom autobiográfico. O filme segue um famoso cineasta numa “série de encontros”, até seu declínio. Alguns dos temas abordados serão “primeiros amores, segundos amores, mortalidade, os anos 1960, os anos 1980 e o presente”. Antonio Banderas vive o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997). Aparentemente, ela vive a mãe do personagem de Banderas. Além dos dois, a produção também marcará um reencontro de Almodóvar com outra colaboradora histórica: Julieta Serrano, que começou a filmar com o cineasta em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria após “Ata-me” (1989). O elenco ainda inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). O filme já estreou na Espanha, terá première internacional em maio no Festival de Cannes e chega em 13 de junho no Brasil.
Trailer do novo filme de Pedro Almodóvar traz Antonio Banderas e Penélope Cruz
A produtora El Deseo divulgou o primeiro trailer de “Dolor y Gloria”, novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que reúne dois atores que marcaram a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. À exceção de “Os Amantes Passageiros” (2013), em que fizeram figurações, os dois ainda não tinham contracenado nos filmes do diretor. E parece que vão continuar assim, já que eles vivem fases diferentes da história. A descrição oficial do projeto tem tom autobiográfico. O filme seguirá um famoso cineasta numa “série de encontros”, até seu declínio. Alguns dos temas abordados serão “primeiros amores, segundos amores, mortalidade, os anos 1960, os anos 1980 e o presente”. Antonio Banderas será o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997). Aparentemente, ela vive a mãe do personagem de Banderas. Além dos dois, a produção também marcará um reencontro de Almodóvar com outra colaboradora histórica: Julieta Serrano, que começou a filmar com o cineasta em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria após “Ata-me” (1989). O elenco também inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). A estreia de “Dolor y Gloria” está marcada para 22 de março na Espanha e ainda não há previsão para o resto do mundo.
Fotos do novo filme de Pedro Almodóvar reúnem Antonio Banderas e Penélope Cruz
A produtora El Deseo divulgou as primeiras fotos do novo trabalho do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, “Dolor y Gloria”, que reúne dois atores que marcaram, em filmes diferentes, a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. São imagens de bastidores e cenas do filme, que mostram Banderas numa vida de rico, nadando numa piscina e frequentando uma galeria de arte, enquanto Cruz aparece pobre, na beira de um rio e em frente a varais de roupa. O figurino também sugere que os dois vivem em épocas diferentes da trama. A descrição oficial do projeto tem tom autobiográfico. O filme seguirá um famoso cineasta numa “série de encontros”, até seu declínio. Alguns dos temas abordados serão “primeiros amores, segundos amores, mortalidade, os anos 1960, os anos 1980 e o presente”. Antonio Banderas será o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997) – e que ainda inclui um curta. Até então, Banderas e Cruz vinham se alternando entre os filmes de Almodóvar, à exceção de “Os Amantes Passageiros” (2013), em que fizeram figurações. Nenhum deles, contudo, estava a tanto tempo sem trabalhar com o diretor quanto a terceira colaboradora histórica resgatada na produção: Julieta Serrano, que começou a filmar com Almodóvar em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria em “Ata-me” (1989). O elenco também inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). A estreia de “Dolor y Gloria” está marcada para 22 de março na Espanha e ainda não há previsão para o resto do mundo.
Goya 2019: Penélope Cruz e Javier Bardem concorrem ao “Oscar espanhol”
A principal premiação do cinema espanhol, o Goya Awards, anunciou os indicados de sua edição 2019 nesta quarta-feira (12/12). E a lista destaca dois dos maiores astros do país, Penélope Cruz e Javier Bardem. Os dois atores, que são casados desde 2010, concorrem por seus desempenhos no filme “Todos Já Sabem”, dirigido pelo iraniano Asghar Farhadi (“A Separação”), que abriu o Festival de Cannes deste ano. Cruz já tem três Goyas na prateleira, por “A Garota dos Seus Sonhos” (1998), “Volver” (2006) e “Vicky Cristina Barcelona” (2008), e outras sete indicações. Já Bardem venceu cinco estatuetas, por “Días Contados” (1994), “Boca a Boca” (1995), “Segunda-Feira ao Sol” (2002), “Mar Adentro” (2004) e “Biutiful” (2010), e foi indicado outras quatro vezes. “Todos Já Sabem” levou um total de oito indicações ao Goya, incluindo Melhor Filme e Direção, mas não foi o longa de maior projeção da lista, ficando atrás de “El Reino” (13 indicações), de Rodrigo Sorogoyen, e “Campeones” (10 indicações), de Javier Fesser. Este último, por sinal, é o candidato da Espanha na disputa de uma vaga ao Oscar de Melhor Filme em Língua Etrangeira. O Goya também premia o Melhor Filme Iberoamericano, e novamente o Brasil ficou fora da categoria. O país indicou “Benzinho”, de Gustavo Pizzi, mas ele não foi selecionado. Todos os filmes indicados foram de língua espanhola: “O Anjo” (Argentina), “Uma Noite de 12 Anos” (Uruguai), “Cachorros” (Chile) e o incensado “Roma” (México). Os vencedores da premiação serão anunciados durante uma cerimônia em Sevilha, na Espanha, em 2 de fevereiro. Confira abaixo a lista dos nomeados. Melhor Filme “Campeones” “Carmen & Lola” “El Reino” “Entre dos Aguas” “Todos Já Sabem” Melhor Direção Javier Fesser (“Campenones”) Rodrigo Sorogoyen (“El Reino”) Isaki Lacuesta (“Entre dos Aguas”) Asghar Farhadi (“Todos Já Sabem”) Melhor Atriz Susi Sanchéz (“O Vazio do Domingo”) Najwa Nimri (“Quién te Cantará”) Penélope Cruz (“Todos Já Sabem”) Lola Dueñas (“Viaje al Cuarto de Una Madre”) Melhor Ator Javier Gutiérrez (“Campeones”) Antonio de la Torre (“El Reino”) Javier Bardem (“Todos Já Sabem”) Jose Coronado (“Tu Hijo”) Melhor Ator Coadjuvante Juan Margallo (“Campeones”) Luiz Zahera (“El Reino”) Antonio de la Torre (“Uma Noite de 12 Anos”) Eduard Fernández (“Todos Já Sabem”) Melhor Atriz Coadjuvante Carolina Yuste (“Carmen & Lola”) Ana Wagener (“El Reino”) Natalia de Molina (“Quien te Cantará”) Anna Castillo (“Viaje al Cuarto de una Madre”) Melhor Filme Iberoamericano “O Anjo” (Argentina) “Uma Noite de 12 Anos” (Uruguai) “Cachorros” (Chile) “Roma” (México) Melhor Filme Europeu “Guerra Fria” (Polônia) “Trama Fantasma” (Reino Unido) “Girl” (Bélgica) “A Festa” (Reino Unido)
Trailers tensos marcam suspense com Penélope Cruz que abriu o Festival de Cannes
A Focus divulgou o pôster americano e dois novos trailers de “Todos Já Sabem” (Todos lo Saben). E o clima é de suspense intenso, envolvendo segredos do passado dos personagens, como é característica da filmografia do diretor Asghar Farhadi. A principal novidade da obra em relação aos trabalhos anteriores do cineasta iraniano, vencedor de dois Oscars por “A Separação” (2011) e “O Apartamento” (2016), é a escolha de uma cultura e uma língua estrangeiras para contar a história, que ele próprio escreveu. Mesmo quando visitou a França em “O Passado” (2013), Farhadi manteve-se nos limites da cultura islâmica, mas, desta vez, abandona totalmente a conexão com suas raízes, filmando personagens latinos. A trama é estrelada pelo casal espanhol Penélope Cruz (“Assassinato no Expresso do Oriente”) e Javier Bardem (“Mãe!”), além do argentino Ricardo Darín (“Truman”), e gira em torno da personagem de Cruz, que retorna a sua cidadezinha natal durante um período festivo, apenas para testemunhar como uma série de eventos inesperados trazem vários segredos à tona. Filme de abertura do Festival de Cannes deste anos, “Todos Já Sabem” estreia no Brasil em 14 de fevereiro.
Wagner Moura vai estrelar thriller sobre espiões cubanos com Penélope Cruz
O ator Wagner Moura (“Narcos”) vai integrar o elenco de um nova produção internacional, o thriller de espionagem “Wasp Network”. O filme vai contar a história da Rede Vespa, um grupo de agentes secretos cubanos infiltrados em organizações anticastristas de extrema-direita, em Miami, nas décadas de 1980 e 1990. A história é baseada no livro-reportagem “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, do escritor brasileiro Fernando Morais. No elenco, Moura vai contracenar com diversas estrelas latinas, como a espanhola Penélope Cruz (“Escobar: A Traição”), o mexicano Gael Garcia Bernal (“Neruda”) e o venezuelano Edgar Ramirez (“A Garota no Trem”). Além deles, o chileno Pedro Pascal, rival de Moura em “Narcos”, também havia sido escalado anteriormente (em maio), mas seu nome não voltou a ser mencionado no novo anúncio de casting. O roteiro e a direção estão a cargo do premiado cineasta francês Olivier Assayas, vencedor do troféu de Melhor Direção no Festival de Cannes de 2016 por “Personal Shopper”. A produção é da RT Features, do brasileiro Rodrigo Teixeira, em parceria com a CG Cinemas, do francês Charles Gilbert. As filmagens vão acontecer no começo de 2019 e ainda não há previsão para a estreia.
Javier Bardem e Penélope Cruz são justificativa de mais um filme sobre Pablo Escobar
Um filme espanhol que tem como protagonistas o ator Javier Bardem e a atriz Penélope Cruz não pode passar em branco. Só pelo desempenho deles, costumeiramente brilhante, vale a atenção. O diretor Fernando León de Aranoa já tem uma filmografia relevante, com destaques para “Segredos em Família” (1996) e “Um Dia Perfeito” (2015). Mas nesta nova produção, falada em inglês, o tema já parece um tanto gasto. O personagem Pablo Escobar (Javier Bardem), o famoso chefão do cartel de Medellín, Colômbia, já foi bastante abordado pelo jornalismo, pela literatura, pelo cinema (“Escobar: Paraíso Perdido”, “Conexão Escobar”), pela televisão (“Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico”) e pelo streaming (“Narcos”). Um bandido que fascina pelo seu poder, pela ousadia, pela violência e por suas excentricidades. Em “Escobar: A Traição”, a ótica é a de sua amante Virgínia Vallejo (Penélope Cruz), uma popular apresentadora de TV que o amou e se interessou pela forma como Escobar usava o dinheiro que tinha. Ela não se preocupava com a origem do dinheiro, mas com sua destinação. E com isso tinha acesso a bens luxuosos, mas também admirava as benesses que o grande traficante oferecia à população local. O jeito arrojado de Pablo Escobar enfrentar os poderosos, entrar na própria política colombiana, pela via eleitoral, para encarar a caçada norte-americana, promovida pelo governo de Ronald Reagan, tinha um charme todo especial. Mas quando o perigo ronda forte e a vida está mesmo em risco iminente, a traição pode ser um caminho de sobrevivência. Virgínia Vallejo escreveu “Amando Pablo, Odiando Escobar” sobre o que viveu ao lado dele, sua perspectiva, suas lembranças, o que entendeu e avaliou daquela aventura extraordinária. É a sua história com ele que o filme mostra. É uma trama cheia de lances surpreendentes, perigosos, inusitados. Dá margem a um filme que mescla ação, suspense, violência, política e um drama amoroso. Não acrescenta muita coisa ao que já se conhece daquele que foi um dos maiores traficantes de cocaína da história. Mas dá para ver pelo ângulo da amante traidora e curtir a atuação, sempre segura, de Penélope Cruz e Javier Bardem.
A melhor estreia da semana é um drama brasileiro com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes
As melhores estreias desta quinta (23/8) são produções brasileiras, mas a maioria dos cinemas só oferecerá opção de filmes americanos, que tem a maior distribuição. Quem tiver oportunidade, porém, deve dar atenção a “Benzinho”. O filme de Gustavo Pizzi, co-escrito e estrelado por Karine Teles, repete a qualidade da parceria anterior do casal, o drama “Riscado” (2010). Levou oito anos para voltarem ao cinema. Mas a espera compensou, pois se trata de um dos melhores filmes de 2018. O fato de dramatizar o cotidiano familiar, com situações aparentemente banais, pode soar pouco atraente para o grande público. No entanto, nas mãos de Pizzi e Karine, “Benzinho” alcança profundidade poética e transforma a crise de uma mãe sufocada pela família em algo tocante. Exibido no Festival de Sundance 2018, nos Estados Unidos, o longa arrebatou a imprensa internacional, que empilhou elogios e lhe rendeu 93% de aprovação na média da avaliação do site Rotten Tomatoes. Vale tentar também encontrar os documentários, dois brasileiros e um estrangeiro filmado no Brasil, escondidos em circuito semi-invisível. Especialista em documentários sobre música brasileira, o francês Georges Gachot passa a carreira de João Gilberto à limpo em “Onde Está Você, João Gilberto?”, enquanto embarca numa missão impossível, achar o músico que não sai de casa há anos. Igualmente lúdico, “Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava”, de Fernanda Pessoa, propõe contar a história da ditadura por meio de cenas dos filmes da época, especialmente pornochanchadas. O resultado, um show de montagem, é hilário e bastante instrutivo. Por fim, “Missão 115”, de Silvio Da-Rin, traz às claras os planos das forças de repressão para impedir a redemocratização do Brasil, por meio do infame atentado ao Rio Centro em 1981, cuja bomba acabou explodindo antes, matando as pretensões sanguinárias da direita militar. Todos esses quatro são recomendadíssimos. E todos os demais não. Entretanto, os filmes ruins têm mais destaque no circuito. Justamente o pior lançamento chegará em mais cinemas, quase 500. Mesmo sendo um horror, literalmente. “Slender Man” evita a atual fase criativa do terror americano ao optar por sustos batidos. O chamariz é o monstro virtual do título, criado na internet, que virou lenda urbana ao inspirar surtos de violência entre adolescentes. A história real que envolveu a criatura dá um pau na ficção barata levada às telas, que, com 9% de aprovação, é um dos filmes mais mal-avaliados do ano no site Rotten Tomatoes. As comédias americanas que preenchem o circuito dos shoppings seguem a toada. “Meu Ex É um Espião” é uma correria de mulheres bobinhas que, sem querer, acabam se envolvendo num caso de espionagem internacional, porque uma delas (Mila Kunis) namorou um espião. E “Te Peguei!” é uma correria de homens bobões que, já quarentões, ainda brincam de pega-pega. As duas histórias medíocres são variações de muitas outras – e, por coincidência, existe até um filme que junta ambas: “Gotcha!: Uma Arma do Barulho” (1985). Os dois dramas europeus também não compensam o espaço recebido em circuito limitado. “Escobar – A Traição” é praticamente um déjà vu ao contar a versão espanhola da trama melhor abordada na série “Narcos” – com Javier Bardem no papel de Pablo Escobar e Penélope Cruz como sua amante, ambos indicados ao Goya (o Oscar espanhol). Por fim, em “Gauguin – Viagem ao Taiti”, quem desperdiça talento é Vincent Cassel, competindo pela atenção do diretor Edouard Deluc, no papel-título, com a paisagem tropical – também no título. Confira abaixo sinopses e trailers dos filmes mencionados, com risco de acreditar no marketing e tropeçar no escuro dos cinemas. Slender Man – Pesadelo Sem Rosto | EUA | Terror As amigas Wren, Hallie, Chloe e Katie levam uma vida entediante no colégio. Quando ouvem falar num monstro chamado Slender Man, decidem invocá-lo através de um vídeo na Internet. A brincadeira se transforma num perigo real quando todas começam a ter pesadelos e visões do homem se rosto, com vários braços, capaz de fazer as suas vítimas alucinarem. Um dia, Katie desaparece. Como a polícia não dispõe de nenhuma prova para a investigação, cabe às três amigas fazerem a sua própria busca, enfrentando a criatura. Meu Ex É Espião | EUA | Comédia Duas melhores amigas embarcam numa atrapalhada aventura de espionagem pela Europa depois que o ex-namorado de uma delas revela-se um agente secreto caçado internacionalmente por assassinos. Te Peguei! | EUA | Comédia Um pequeno grupo de ex-colegas de classe organizam um elaborado jogo anual insano de pega-pega. Neste ano, no casamento do jogador mais invencível da trupe, eles farão de tudo para derrubá-lo. Benzinho | Brasil | Drama O filho mais velho de uma família de classe média é convidado para jogar handebol na Alemanha e lança sua mãe (Karine Teles) em uma espiral de sentimentos pois, além de ajudar a problemática irmã (Adriana Esteves), lidar com as instabilidades do marido (Otávio Müller) e se desdobrar para dar atenção ao seus outros filhos, ela terá de enfrentar sua partida antes de estar preparada. Escobar – A Traição | Espanha | Drama 1981, Colômbia. Líder do Cartel de Medellín, Pablo Escobar (Javier Bardem) é um dos maiores traficantes de cocaína para os Estados Unidos, o que faz com que governo de Ronald Reagan insista na criação de um tratado entre os dois países que permita que ele seja julgado em solo americano. Decidido a combater tal ideia, Escobar se candidata e é eleito deputado federal. Paralelamente, ele se envolve com Virginia Vallejo (Penélope Cruz), uma popular apresentadora de TV que não se importa em como o amante consegue sua fortuna, apenas em como o dinheiro é empregado. Gauguin – Viagem ao Taiti | França | Drama No ano de 1891, o célebre pintor francês Gauguin se exila no Taiti. Lá, ele espera reencontrar sua pintura livre, selvagem, longe dos códigos morais, políticos e estéticos da Europa civilizada. Mas, no local, acaba se afundando na selva, enfrentando a solidão, pobreza e a doença. Mas também conhece Tehura, que se tornará sua esposa e tema das suas telas mais importantes. Onde Está Você, João Gilberto? | Alemanha, França, Suiça | Documentário Inspirado no livro “HO-BA-LA-LÁ – À Procura de João Gilberto”, do escritor alemão Marc Fischer, Georges Gachot resolve realizar o sonho do autor, e o seu também, e desembarca no Rio de Janeiro em busca de João Gilberto. Seguindo os passos de Fischer, ele não mede esforços e entra em contato com diversos amigos e parceiros do músico em sua jornada. Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava | Brasil | Documentário O longa realiza uma releitura histórica da ditadura militar no Brasil, a partir apenas de imagens oriundas de 27 filmes produzidos no período e que foram considerados “pornochanchadas”, o gênero mais visto e mais produzido durante a década de 1970. Missão 115 | Brasil | Documentário Missão 115 foi o nome atribuído pelo DOI-CODI, órgão de repressão do exército durante a ditadura militar, a uma suposta operação de “vigilância” no Rio de Janeiro, durante um show no Riocentro. Na verdade, tratava-se de um atentado à bomba, organizado pelas forças no poder, que visava incriminar organizações de esquerda e sabotar a redemocratização do país. Mas a bomba explodiu antes da hora.









