O universo Marvel atinge o ápice em Capitão América: Guerra Civil
Os irmãos Anthony e Joe Russo revelaram-se a grande arma secreta da Marvel. Saíram do anonimato – na verdade, da série “Community” – para dirigir “Capitão América: O Soldado Invernal” (2014), o filme que impôs mais dramaticidade e seriedade na fórmula do estúdio, até então marcada pelo predomínio do humor em suas aventuras. Agora, com “Capitão América: Guerra Civil”, eles atingem o ápice, ao criar o filme perfeito da Marvel, com o qual todos os demais serão comparados, graças ao equilíbrio de seriedade dramática, ação intensa e diversão bem-humorada em doses harmoniosas. O tom dramático é estabelecido logo no começo, quando uma missão dos Vingadores termina em tragédia, levando o mundo e particularmente o governo dos EUA a exigir controle sobre o grupo. Até porque essa não foi a única intervenção dos heróis com vítimas civis, como mostraram “Os Vingadores” (2012) e “Vingadores: Era de Ultron” (2015). Mas enquanto Tony Stark (Robert Downey Jr.) se mostra pronto para assumir a culpa e se submeter, o Capitão Steve Rogers (Chris Evans) não aceita virar pau mandado, especialmente quando uma das novas missões é capturar seu ex-melhor amigo Bucky/Soldado Invernal (Sebastian Stan). A premissa é de um filme dos Vingadores. Entretanto, o clima solene não inclui as piadinhas trocadas entre os personagens, que marcaram os dois longas de Joss Whedon. Os Russo deixaram o humor por conta da introdução do Homem-Aranha (Tom Holland), que se mostra uma metralhadora de piadas em suas cenas, deixando bem claro sua diferença etária em relação aos demais super-heróis. Se os diretores conduzem o filme com precisão, o mérito da trama é de outra dupla, os roteiristas Stephen McFeely e Christopher Markus, que estão na franquia desde “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011) e se mostram verdadeiros experts em quadrinhos, enchendo a história de referências, como a nação africana de Wakanda, Sharon Carter, a prisão Balsa, o Barão Zemo, Ossos Cruzados, a joia do infinito etc. Além disso, seu roteiro é cirurgicamente interligado com os filmes dos Vingadores, do Capitão América, do Homem de Ferro e até do Homem-Formiga, como se as produções anteriores tivessem sido feitas para desaguar nele. A principal inspiração dos quadrinhos, por sua vez, vem da minissérie “Guerra Civil”, de Mark Millar (o criador de “Kick-Ass” e “Kingsman”), que marcou os anos 2000 e repercutiu em vários títulos da Marvel. Claro, a guerra civil original envolvia centenas de super-heróis e o filme lida com os limites do universo cinematográfico da Marvel, mas mesmo assim consegue passar a essência do conflito, sem deixar de introduzir novos personagens, como o citado Aranha e o Pantera Negra (Chadwick Boseman). A síntese do embate reúne doze heróis numa luta filmada em IMAX, que dá a dimensão grandiosa do momento (ainda que o 3D convertido dos filmes da Marvel continue fajuto e caça-níquel). Um dos grandes méritos da produção, aliás, é reforçar no público a convicção e força desses heróis, mostrando o que eles são capazes em cenas muito bem coreografadas, de grande intensidade física. No conflito generalizado, até a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), que tem poderes mais complexos, tem a chande de demonstrar seu potencial ao enfrentar o androide Visão (Paul Bettany). O centro dramático, porém, está na figura do Soldado Invernal. Se o ator Sebastian Stan não tem o mesmo carisma dos demais, seu arco é o mais trágico. Apesar de estar sob controle de inimigos, ele se sente culpado por ter executado tantas vidas inocentes a mando de terroristas. E este dilema o torna o principal eixo da trama, embora isso não tire o protagonismo do Capitão América e do Homem de Ferro, cujos intérpretes estão cada vez mais à vontade em seus papéis. “Capitão América: Guerra Civil” é um filme repleto de momentos memoráveis. Embora resulte consistente, é composto de várias cenas individuais com forte carga emocional. Uma cena em particular, envolvendo o Soldado Invernal, pode levar o espectador às lágrimas. E isso não é pouco em se tratando de um estúdio que, até então, jamais demonstrara pretensões de dar a seus filmes a atmosfera sombria das adaptações da DC Comics. Os irmãos Russo acabaram com o mito que todo o filme da Marvel precisa ser uma comédia, como o caso extremo do “Homem-Formiga” (2015), sem cair na seriedade sem graça das produções baseadas nos quadrinhos da sua rival. “Capitão América: Guerra Civil” mostrou como adaptações de super-heróis podem ser feitas de forma séria sem perder de vista seu potencial para a diversão. E esta é uma lição mais preciosa que uma joia do infinito.
Veja o encontro do Homem-Formiga com Capitão América em cena inédita de Guerra Civil
O programa de entrevistas “Jimmy Kimmel Live!” divulgou uma nova cena de “Capitão América: Guerra Civil”, que mostra o encontro entre um admirado Homem-Formiga e o Capitão América. Após a exibição, quatro atores que compartilham a cena, Paul Rudd, Chris Evans, Anthony Mackie e Sebastian Stan, também participaram de um jogo rápido de trívia pessoal comandada pelo apresentador Jimmy Kimmel. Confira abaixo. Novamente dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo (“Capitão América: O Soldado Invernal”), o longa estreia em 28 de abril no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA.
Comestíveis são devorados vivos em trailer “aterrorizante” de animação de Seth Rogen
A Sony Pictures divulgou o primeiro trailer, ainda sem legenda, da animação adulta “Sausage Party”, escrita pela dupla Seth Rogen e Evan Goldberg, os mesmos degenerados por trás de “É o Fim” (2013) e “A Entrevista”. As cenas de extrema “violência” – há personagens devorados vivos! – rendeu tarja vermelha (impróprio para menores) nos EUA. A prévia revela a trama, que, por sinal, só poderia vir de mentes perturbadas. Em suma, o filme revela o destino de salsichas e outros petiscos felizes, após serem comprados num supermercado. Achando que vão para uma festa, eles descobrem a terrível verdade ao chegarem na cozinha e verem uma batata ser “despelada” viva. O trauma aumenta mais, conforme cenouras são devoradas e outros amiguinhos sofrem tortura. É puro terror entre os comestíveis, que entram em completo desespero. O elenco de dubladores originais reúne toda a trupe de amigos famosos de Rogen, inclusive o próprio. A maioria deles também participou de “É o Fim”, como James Franco, Jonah Hill, Paul Rudd, Michael Cera, David Krumholtz, Danny McBride e Craig Robinson, além da inclusão de Kristen Wiig (“Caça-Fantasmas”), Bill Hader (“Descompensada”), Salma Hayek (“Gente Grande”) e Edward Norton (“Birdman”). Dirigido por Conrad Vernon (“Shrek”) e Greg Tiernan (série animada “Thomas e seus Amigos”), o filme chega aos cinemas brasileiros em 18 de agosto, seis dias após o lançamento nos EUA.
Adam McKay confirma que escreverá a continuação de Homem-Formiga
O cineasta Adam McKay, que está disputando dois Oscars, como diretor e roteirista do filme “A Grande Aposta”, confirmou que vai trabalhar no roteiro da sequência de “Homem-Formiga” (2015). McKay foi trazido pelo diretor Peyton Reed para ajudar a reescrever o roteiro do primeiro filme do herói, após Edgar Wright abandonar o projeto alegando intromissões da Marvel. Ele trabalhou na história ao lado do ator Paul Rudd, intérprete do super-herói. “Eu não sei se estarei presente desde a primeira página. Mas com certeza estarei envolvido”, contou McKay ao site Nerdist, sobre seu trabalho em “Homem-Formiga e a Vespa”. Na sequência, McKay vai novamente trabalhar com Rudd, fazendo uma revisão do roteiro. O esboço inicial está sendo escrito por Andrew Barrer e Gabriel Ferrari, dupla que trabalhou no primeiro filme sem ganhar créditos, e cujas modificações na história concebida por Edgar Wright serviram de justificativa do diretor para abandonar o projeto. Novamente dirigido por Peyton Reed, “Homem-Formiga e a Vespa” tem estreia marcada apenas para julho de 2018.
Veja os 10 melhores comerciais do Super Bowl 2016, com Ryan Reynolds, Seth Rogen, Hulk, Marilyn Monroe e Adriana Lima
Os intervalos do Super Bowl 2016, espaço publicitário mais caro da televisão americana, foram marcados por muita cerveja, fast food, carros e tecnologia de ponta, mas principalmente por uma invasão de astros de Hollywood. O mais engraçado registrou a transformação de Marilyn Monroe em Willem Dafoe (“Anticristo”) durante as filmagens de “O Pecado Mora ao Lado” (1955). Mas ainda há uma luta memorável entre Hulk e Homem-Formiga por uma garrafa de Coca-Cola. Paul Rudd, o intérprete do herói minúsculo, por sinal, também aparece num comercial de cerveja, em que Seth Rogen (“A Entrevista”) se empolga, ao lado de Amy Schummer (“Descompensada”), e faz o discurso de “Independence Day” (1996). Mas quem realmente se multiplica é Ryan Reynolds (“Deadpool”), que surge por todos os lados de uma motorista de carro à prova de babação. A lista também inclui o jogo duro de Kevin Hart (“Policial em Apuros”) com o namorado de sua filha, Liam Neeson (“Busca Implacável”) interpretando “o futuro” para seu filho real, uma festa de Alec Baldwin (série “30 Rock”) lotada de celebridades, Christopher Walken (“Sete Psicopatas e um Shih Tzu”) mostrando como fantoches de meia são assustadores, uma matilha de salsichas adoráveis correndo para potes de mostarda e ketchup e o time da Victoria’s Secret no Super Bowl da fantasia, com direito a passe desconcertante da brasileira Adriana Lima. Veja Também BRUCE WAYNE E LEX LUTHOR FAZEM PROPAGANDA DE VOOS PARA GOTHAM E METRÓPOLIS
Roteiristas que levaram Edgar Wright a se demitir de Homem-Formiga escreverão a continuação
Os roteiristas Andrew Barrer e Gabriel Ferrari, que trabalharam sem créditos no filme do “Homem-Formiga”, vão voltar para a continuação. Segundo o site Deadline, eles trabalharão com o ator Paul Rudd e cineasta Adam McKay no roteiro de “Homem-Formiga e a Vespa” e, desta vez, serão creditados por seu trabalho. Os dois fizeram estágio na Marvel antes de serem contratados para mexer no roteiro escrito por Edgar Wright para o primeiro filme. Teria sido justamente esta interferência que o diretor considerou a gota d’água, levando-o a se desligar da produção que desenvolveu durante anos. Depois disso, o roteiro modificado por Barrer e Ferrari ainda acabou sendo mexido por Rudd e McKay na véspera das filmagens. O resultado agradou à Marvel, que agora opta por repetir o mesmo grupo de escritores, à exceção de Wright – que quer distância da produção, apesar de seu nome ter sido mantido como autor da trama original. Quem também volta é o diretor Peyton Reed, que vai comandar as filmagens, visando uma estreia em 6 de julho de 2018.




