“BBB 24” vende cotas de patrocínio e fatura R$ 800 milhões antes da estreia
A dois meses de sua estreia, a Globo comemora a venda total das cotas de patrocínio para o “Big Brother Brasil 24”, contabilizando um investimento que ultrapassa R$ 800 milhões por parte de 15 marcas. Um dos novos patrocinadores é o aplicativo Kwai, que atualmente é um dos principais parceiros do reality concorrente, “A Fazenda 15”, da Record TV. Com a entrada de novas marcas no leque de patrocinadores – incluindo CIF, iFood e LATAM – , e a continuidade de parcerias com nomes como Chevrolet, McDonald’s, Mercado Livre, entre outros, o “BBB 24” volta a demonstrar sua força no cenário publicitário. “Mais uma vez, temos a enorme alegria de comemorar o excelente desempenho comercial do ‘BBB’. O alto índice de renovações e de novas marcas que optaram por patrocinar o programa ressaltam a relevância do programa”, disse Manzar Feres, diretora de Negócios Integrados em Publicidade da Globo. Estrutura de patrocínios A aposta das marcas no programa veio mesmo após os desafios enfrentados na edição anterior, levando a Globo a elevar os valores das cotas, segmentadas em quatro grupos. A cota “Big”, a mais valiosa, foi comercializada por expressivos R$ 406 milhões, garantindo visibilidade nas plataformas de TV aberta, paga e digital, além de ações especiais e inserções nas vinhetas promocionais. Além disso, a edição de 2024 promete inovações com marcas associadas a dinâmicas específicas, como Nestlé e Delícia no quadro “Tá na Mesa” e Oi no “Cine BBB”. Já o Kwai, ao migrar parte de seu investimento publicitário para o “BBB 24”, protagonizará o projeto “Turbinada do Líder”, uma novidade da edição. Comparação com o BBB 23 Vale apontar que, em outubro de 2022, a Globo também tinha fechado R$ 800 milhões em cotas de patrocínio, mas com 13 marcas em vez de 15. Na véspera da estreia, a emissora acabou perdendo o apoio das Americanas, mas compensou com a entrada do Mercado Livre, que renovou a parceria nesta edição. Mas as vendas continuaram até o último minuto, fazendo com que o “BBB 23” tivesse um faturamento de mais de R$ 1 bilhão em publicidade, fato alardeado pelos envolvidos. A estreia do “BBB 24” vai acontecer mais cedo que as edições anteriores, com lançamento antecipado para 8 de janeiro.
“BBB 23” perde um de seus principais patrocinadores na véspera da estreia
O “BBB 23″ teve uma desistência importante antes de começar. A edição que estreia segunda-feira (16/1) perdeu o apoio das Americanas, um de seus maiores patrocinadores. O motivo não foi a fraca seleção de celebridades da edição. A empresa, que esteve muitos anos fazendo parte do programa, anunciou a desistência após a revelação nesta semana de um rombo de R$ 20 milhões em sua contabilidade. “Americanas S.A. Informa que cancelou sua participação no ‘BBB 23’. Neste momento, a companhia está focada na gestão do negócio e no propósito de oferecer a melhor experiência a seus clientes, parceiros e fornecedores”, informou a empresa em nota oficial. Com isso, outra empresa varejista deverá assumir a cota das Americanas, que custa “módicos” R$ 100 milhões. Uma das possibilidades seria o Mercado Livre, que segundo o Estadão, já estaria em negociação. Apesar da desistência, o “BBB 23” bateu recorde de arrecadação com patrocínios e deve render mais de R$ 1 bilhão para a Globo.
São Paulo FC vai divulgar séries da Amazon no uniforme
O time do São Paulo Futebol Clube vai trazer novidades do streaming estampadas em sua camisa durante as próximas três partidas do calendário do futebol. O atual campeão paulista entrará em campo com a logo da Amazon Prime Video na parte superior das costas de seu uniforme e também destacará, à frente, séries e produções exclusivas do serviço de streaming. O acordo de patrocínio foi divulgado nesta terça (25/5) pelo clube e passa a valer já na partida contra o Sporting Cristal, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Classificado antecipadamente para as oitavas de final do torneio, o time brasileiro vai enfrentar o peruano às 21h30, no Estádio do Morumbi, trazendo a série “Dom” em destaque em seu uniforme.
Festival É Tudo Verdade traz documentários contundentes em sua programação
Principal festival de documentários do Brasil – e da América Latina – , o É Tudo Verdade começa sua 23ª edição nesta quarta (11/4) no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, e na quinta na Cinemateca do MAM, no Rio. Dois documentários biográficos abrem as sessões: “Adoniran — Meu Nome É João Rubinato”, sobre o músico Adoniran Barbosa, dá a largada na versão paulistana do festival, e “Carvana”, sobre o ator e cineasta Hugo Carvana, inaugura a porção carioca. Mas são outras produções que devem dar mais o que falar no evento. Um dos mais impactantes da mostra, “Auto de Resistência”, de Natasha Neri e Lula Carvalho, conta com a presença de Marielle Franco, vereadora carioca recém-assassinada, em registro da comissão da Assembléia Legislativa carioca que investigou a violência policial do Rio. O filme foi gestado após uma visita de Neri a uma delegacia de polícia em 2008, quando atuava como pesquisadora no Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. Ela conta que, na ocasião, percebeu duas pilhas de inquéritos: uma relativa a homicídios e outra classificada como autos de resistência, em que policiais matavam supostos criminosos. “Não tratavam os autos como homicídio”, disse a diretora, em entrevista ao jornal O Globo. Com seu marido Lula Carvalho, diretor de fotografia de “Tropa de Elite”, ela resolveu transformar seu acesso aos números da crise da segurança pública em filme. “Tivemos, só em janeiro deste ano, 154 homicídios em consequência da ação da polícia. Isso dá uma média de cinco por dia. Não é algo que a gente possa naturalizar”, afirma. O filme registra vários casos de abusos, como a chacina de Costa Barros, em 2015, quando cinco jovens foram confundidos com ladrões de carga e receberam 111 tiros da polícia, e o episódio em que um morador do Morro da Providência gravou um grupo de policiais colocando uma arma na mão de um suspeito assassinado. Além disso, também acompanha os familiares das vítimas dos tais autos de resistência, e não perde tempo com análises, fazendo “cinema direto” e urgente sobre seu tema. Além deste documentário, também são bastante aguardados “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, registro do impeachment de Dilma Rousseff, “Ex-Pajé”, de Luiz Bolognesi, sobre as comunidades indígenas ameaçadas pelo avanço evangélico, e “Elegia de um Crime”, no qual o cineasta Cristiano Burlan investiga o assassinato da mãe. Os dois primeiros foram exibidos no Festival de Berlim deste ano. Entre os destaques internacionais da seleção, ainda há dois filmes de diretores brasileiros: “Naila e o Levante”, de Julia Bacha, que relembra a Primeira Intifada, na Palestina, e “Zaatari: Memórias do Labirinto”, de Paschoal Samora, um registro do maior campo de refugiados sírios, na Jordânia. Já a homenagem do ano será para a documentarista americana Pamela Yates, cuja obra se debruça sobre a temática dos direitos humanos e a América Latina. A programação inclui ao todo 51 longas e curtas. Ou seja, um quarto dos títulos do ano passado. Em compensação, aumentou a presença de longas dirigidos por brasileiros, de 11 em 2017 para 14 neste ano. A diferença na quantidade de filmes estrangeiros foi a principal consequência da perda de apoio de Petrobras e BNDES, parceiros tradicionais do evento. Segundo o diretor do festival Amir Labaki, a decisão de última hora – informada em fevereiro – teve impacto na organização. Apesar disso, parte do rombo deixado pela ausência do patrocínio do governo federal foi coberto pela entrada de outro parceiro, o Sesc.
Festival É Tudo Verdade perde patrocínio do governo federal
Principal festival de documentários do Brasil – e da América Latina – , o É Tudo Verdade perdeu o patrocínio das estatais Petrobras e BNDES para a edição deste ano. Isto criou um rombo para cobrir as despesas do evento, orçado em R$ 3 milhões. A revelação foi feita pelos organizadores da mostra ao apresentar a programação de sua 23ª edição, na manhã desta terça-feira (20/3), em São Paulo. A Petrobras patrocinava o evento desde 2004, enquanto o banco o apoiava desde 2010. Ambos informaram que os processos seletivos de patrocínio deste ano foram prejudicados pela Lei das Estatais, com restrição de orçamento causada por ano eleitoral. A saída de Petrobras e do BNDES “em cima da hora” foi criticada por Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, um dos parceiros históricos do É Tudo Verdade. Parte do rombo deixado pela ausência do patrocínio do governo federal foi coberto pela entrada de outro parceiro, o Sesc. Fundador e criador do festival, o crítico de cinema Amir Labaki disse que arrecadou até agora 2/3 do que esperava. Apesar da safra forte e do grande número de inscritos — são 1.600 títulos, entre eles 120 nacionais — foi necessário reduzir o número de filmes da competição, em função da queda na arrecadação. Por outro lado, a mostra terá recorde de cineastas brasileiros, com 13 títulos concorrendo nas categorias de longa e média-metragem. Além disso, a competição latino-americana vai acontecer pelo terceiro ano consecutivo. O festival tem abertura marcada para 11 de abril, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, e no dia seguinte na Cinemateca do MAM, no Rio. Dois documentários biográficos serão exibidos nessas ocasiões: “Adoniran — Meu Nome É João Rubinato”, sobre o músico Adoniran Barbosa, abre a versão paulistana do festival, e “Carvana”, sobre o ator e cineasta Hugo Carvana, inaugura a porção carioca. A homenagem do ano será para a documentarista americana Pamela Yates, cuja obra se debruça sobre a temática dos direitos humanos e a América Latina. Entre os destaques da programação estão os filmes exibidos no recente Festival de Berlim, “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e “Ex-Pajé”, de Luiz Bolognesi.




