Warner pretende fazer campanha para Mulher-Maravilha ser indicado ao Oscar
A Warner Bros. pretende investir numa campanha para conseguir indicações ao Oscar para “Mulher-Maravilha”. Segundo a revista Variety, o objetivo é emplacar vagas nas disputas de Melhor Filme e Melhor Direção para a cineasta Patty Jenkins. O estúdio é o único que já conseguiu incluir um filme de super-herói na categoria de Melhor Filme de ano. Isto aconteceu com “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, dirigido por Christopher Nolan, que ainda rendeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para Heath Ledger em 2009. A renovação da Academia, realizada de forma voraz no último par de anos, é a aposta da companhia, que inclusive faturou muitos prêmios inesperados com um blockbuster há dois anos: “Mad Max: Estrada da Fúria”. A Warner acredita que o filme tem chances por existir uma expectativa de maior abertura para mulheres cineastas em 2018, já que a questão racial foi superada neste ano com a vitória de “Moonlight”. Até hoje, apenas uma mulher venceu o Oscar de Melhor Direção: Kathryn Bigelow em 2010, por “Guerra ao Terror”. O problema desta aposta é que o Oscar 2018 deve ser um dos mais disputados dos últimos anos, já que filmes com condições de receber indicações estão chegando aos cinemas com muito mais antecedência que no passado. Casos, por sinal, das novas obras de Nolan e Bigelow, respectivamente “Dunkirk” e “Detroit”.
Festival de Toronto anuncia sua seleção com filmes de George Clooney e Angelina Jolie
Considerado o evento de cinema mais importante da América do Norte, o Festival de Toronto anunciou parte da programação de sua 42ª edição. E, como sempre, a seleção está cheia de filmes com potencial para disputar o Oscar. Entre os selecionados, estão os novos longas-metragem de Darren Aronofsky (“mother!”), Guillermo del Toro (“The Shape of Water”), Stephen Frears (“Victoria and Abdul”), Scott Cooper (“Hostiles”), Joe Wright (“Darkest Hour”), Craig Gillespie (“I, Tonya”), George Clooney (“Suburbicon”), Angelina Jolie (“First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers”) e o casal Jonathan Dayton e Valerie Faris (“Battle of the Sexes”), além de obras de cineastas europeus renomados, como Wim Wenders (“Submergence”) e Joachim Trier (“Thelma”), e obras premiadas em Cannes que buscam vaga no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira Na edição deste ano — que teve a programação reduzida em 20%, após pedidos da crítica —, 33 filmes serão exibidos na mostra de “Exibições Especiais”, e apenas 14 terão sua estreia no Festival, na mostra “Gala”. Isto se deve à concorrência cada vez mais acirrada de outros festivais – Toronto acontece simultaneamente a eventos em Telluride, nos Estados Unidos, e Veneza, na Itália, e ainda sofre a competição do Festival de Nova York por premières exclusivas. No ano passado, “La La Land”, do diretor Damien Chazelle, foi o vencedor do festival canadense e acabou premiado com seis estatuetas no Oscar 2017. A edição deste ano acontece entre os dias 7 e 17 de setembro na cidade de Toronto, no Canadá. Confira abaixo a lista completa dos primeiros títulos anunciados. MOSTRA DE GALA “Breathe”, de Andy Serkis “Stronger”, de David Gordon Green “The Catcher Was a Spy”, de Ben Lewin “Darkest Hour”, de Joe Wright “Film Stars Don’t Die in Liverpool”, de Paul McGuigan “Kings”, de Deniz Gamze Ergüven “Long Time Running”, de Jennifer Baichwal e Nicholas de Pencier “Mary Shelley”, de Haifaa Al-Mansour “Depois Daquela Montanha”, de Hany Abu-Assad “Mudbound”, de Dee Rees “The Wife”, de Björn Runge “Woman Walks Ahead”, de Susanna White EXIBIÇÕES ESPECIAIS “Battle of the Sexes”, de Jonathan Dayton e Valerie Faris “120 battements par minute”, de Robin Campillo “The Brawler”, de Anurag Kashyap “The Breadwinner”, de Nora Twomey “Call Me By Your Name”, de Luca Guadagnino “Catch the Wind”, de Gaël Morel “The Children Act”, de Richard Eyre, “The Current War”, de Alfonso Gomez-Rejon “Disobedience”, de Sebastián Lelio “Downsizing”, de Alexander Payne “A Fantastic Woman”, Sebastián Lelio “First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers”, de Angelina Jolie “The Guardians”, Xavier Beauvois “Hostiles”, de Scott Cooper “The Hungry”, de Bornila Chatterjee “I, Tonya”, de Craig Gillespie “Lady Bird”, de Greta Gerwig “mother!”, de Darren Aronofsky “Novitiate”, de Maggie Betts “Omerta”, de Hansal Mehta “Plonger”, de Mélanie Laurent “The Price of Success”, de Teddy Lussi-Modeste “Professor Marston & the Wonder Woman”, de Angela Robinson “The Rider”, de Chloé Zhao “A Season in France”, de Mahamat-Saleh Haroun “The Shape of Water”, de Guillermo del Toro “Sheikh Jackson”, de Amr Salama “The Square”, de Ruben Östlund “Submergence”, de Wim Wenders “Suburbicon”, de George Clooney. “Thelma”, de Joachim Trier “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, de Martin McDonagh “Victoria and Abdul”, de Stephen Frears
Anima Mundi premia curta francês de stop motion
A 25ª edição do festival de animação Anima Mundi anunciou, na noite de domingo (23/4), os curtas vencedores de suas mostras competitivas, que reuniram 182 produções durante a realização do evento no Rio de Janeiro. O filme francês “Negative Space”, de Ru Kuwahata e Max Porter, foi o vencedor do Grande Prêmio Anima Mundi, o que garante à produção uma vaga no Oscar em 2018, além do prêmio de R$ 15 mil. O curta-metragem foi eleito pelo júri e pelos diretores do festival Aída Queiroz, Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães, e também venceu o troféu de Melhor Técnica de Animação. Realizado em stop motion, “Negative Space” é uma adaptação do poema homônimo, de Ron Koertge, e centrado no relacionamento entre pai e filho, que têm como maior elo um hábito específico: a arte de arrumar malas para viagens de trabalho. Já o público elegeu a produção inglesa “Mr. Madila”, de Rory Waudby-Tolley, como Melhor Curta e Melhor Curta de Estudante. O filme brasileiro mais premiado foi “Sob o Véu da Vida Oceânica”, de Quico Meirelles: Melhor Curta Brasileiro e vencedor do Troféu Canal Brasil, que lhe assegura exibição na TV. Por fim, o americano “Chocante”, de Hee Won Ahn, foi eleito o Melhor Curta Infantil. A premiação dos melhores longas-metragens só se dará após a realização do evento em São Paulo, onde o Anima Mundi acontece de 26 e 30 de julho. Os vencedores virão da média da votação do público carioca e paulista do festival. Confira abaixo a lista completa dos curtas premiados. Vencedores do Anima Mundi 2017 Prêmios do Júri Grande Prêmio Anima Mundi “Negative Space”, de Ru Kuwahata e Max Porter (França) Melhor Roteiro “Surpresa”, de Paulo Patrício (Portugal) Melhor Concepção Sonora “O Vento nos Juncos”, de Nicolas Liguori, Arnaud Demuynck. (França, Bélgica, Suíça) Melhor Direção de Arte “Chika, o Cachorro no Gueto’, de Markus Kaatsch (Alemanha) Melhor Técnica de Animação “Negative Space”, de Ru Kuwahata e Max Porter (França) Prêmio Galeria “Rhizome”, de Boris Labbé (França) Melhor Filme de Encomenda “Modern Love”, de Marie-Margaux Tsakiri-Scanatovits, Dave Prosser e Daniel Chester (Reino Unido) Prêmio Canal Brasil “Sob O Véu da Vida Oceânica”, de Quico Meirelles. Prêmios do Público Melhor Curta “Mr. Madila”, de Rory Waudby-Tolley (Reino Unido) Melhor Curta Brasileiro “Sob o Véu da Vida Oceânica”, de Quico Meirelles Melhor Curta Infantil “Chocante”, de Hee Won Ahn (EUA) Melhor Curta de Estudante “Mr. Madila”, de Rory Wauddy-Tolley (Reino Unido)
Crítica norte-americana chama Dunkirk de “filme do ano”, “obra-prima” e já prevê Oscar
A crítica norte-americana ficou encantada por “Dunkirk”. Elogios como “filme do ano”, “obra-prima” e “garantido no Oscar” estamparam resenhas da produção, que começaram a ser publicadas nesta semana no exterior. Dirigido por Christopher Nolan, responsável pela trilogia “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, “Dunkirk” retrata a batalha de Dunquerque, uma das maiores derrotas das forças aliadas na 2ª Guerra Mundial. Mas poderia ter sido muito pior. Acuados numa ponta de praia, os soldados aliados contaram com um esforço logístico sobre-humano para não serem exterminados durante uma ofensiva por terra e ar, embarcando em fuga, sob bombardeio, para dezenas de navios mobilizados para resgatá-los rumo ao Reino Unido, inclusive com a ajuda de pequenos barcos civis. Com 98% de aprovação no site Rotten Tomatoes – 100% entre os considerados críticos top – , o filme está sendo descrito como “épico” e também como “um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos”. “Dunkirk” estreia nesta semana nos Estados Unidos, mas apenas na próxima no Brasil, em 27 de julho. Veja abaixo alguns dos elogios rasgados da crítica à produção: “A disputa pelo Oscar de Melhor Filme finalmente começou… O épico da 2ª Guerra de Christopher Nolan pode ser o maior filme de guerra de todos os tempos” (Peter Travis, da revista Rolling Stone). “‘Dunkirk’ é o primeiro filme garantido no Oscar 2018” (Kristopher Tapley, revista Variety). “Nolan criou um filme conciso, arrebatador e profundamente envolvente e inesquecível que se destaca entre os melhores filmes de guerra da década” (Richard Roeper, do jornal Chicago Sun-Times). “Um cinema visceral e de grande orçamento que pode ser chamado de arte. Também é o melhor filme do ano até agora” (Chris Nashawaty, da revista Entertainment Weekly). “Projetado para emocionar e provocar a resposta que os cineastas de todos os tipos tem esperado há um século: ‘uau’” (Michael Phillips, do jornal Chicago Tribune). “Não se engane: o ‘Dunkirk’ de Christopher Nolan é uma obra-prima da frieza. Nolan coloca o espectador direto na ação” (Lindsey Bahr, da agência Associated Press). “Sensacional em todos os sentidos da palavra. Direcionado ao coração e à cabeça, o filme chega lá através do sistema nervoso central” (Alonso Duralde, do site The Wrap). “É um feito impressionante de terror imersivo, abençoado por uma direção que é um nocaute e exige que ele seja visto na maior tela possível” (Dave Calhoun, da revista Time Out). “Mais perto de Sartre do que Spielberg, ‘Dunkirk’ é um trabalho deslumbrante sobre um espetáculo bruto que procura ordem no meio do caos” (David Ehrlich, do site IndieWire”). “É uma peça visceral do cinema” (Peter Bradshaw, do jornal inglês The Guardian). “’Dunkirk’ também tem uma das melhores trilhas do cinema recente. A música de Hans Zimmer desempenha um papel importante como qualquer outro personagem” (Brian Truitt, do jornal USA Today).
Rodrigo Santoro e Kleber Mendonça Filho estão entre os brasileiros que vão votar no Oscar 2018
O ator Rodrigo Santoro (“Ben-Hur”) e os diretores Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”), Cacá Diegues (“O Maior Amor do Mundo”), Nelson Pereira dos Santos (“A Música Segundo Tom Jobim”) e Walter Carvalho (“Brincante”) tornaram-se membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Os brasileiros integraram uma lista de 744 profissionais de cinema convidados a integrar o seleto clube dos eleitores do Oscar nesta semana. O número de convidados é recorde. Representa quase 100 pessoas a mais que no último ano, mostrando que a Academia continua sua política de renovação de quadros em busca de maior diversidade em sua premiação. Do total de novos integrantes, 39% são mulheres (aumento de 11% em relação a 2016) e 30% negros. Segundo dados da própria Academia, o número de negros convidados a votar no Oscar subiu 331% de 2015 a 2017. No mesmo período, a quantidade de mulheres aumentou 369%. A busca por maior diversidade entre os eleitores do Oscar foi consequência de protestos contundentes, após dois anos consecutivos da premiação ignorarem artistas negros, que nem sequer foram indicados em categorias de atuação em 2015 e 2016. A situação mudou radicalmente após estes protestos, resultando neste ano num Oscar de Melhor Filme para “Moonlight”, drama escrito, dirigido e estrelado por negros. A lista de convidados inclui profissionais de 57 países, mas boa parte já trabalha em Hollywood, como o próprio Santoro, a israelense Gal Gadot (“Mulher Maravilha”), o australiano Chris Hemsworth (“Thor”), o irlandês Domhnall Gleeson (“O Regresso”), a sueca Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Nação Secreta”), a italiana Monica Bellucci (“007 Contra Spectre”), a indiana Priyanka Chopra (“Baywatch”), o indiano Irrfan Khan (“O Espetacular Homem-Aranha”), o venezuelano Édgar Ramírez (“A Garota no Trem”), a francesa Charlotte Gainsbourg (“Independence Day: O Ressurgimento”), a japonesa Rinko Kikuchi (“Círculo de Fogo”), o croata Rade Šerbedžija (“Busca Implacável 2”), a espanhola Paz Vega (“O Mensageiro”), o chinês Donnie Yen (“Rogue One: Uma História Star Wars”) e o inglês Riz Ahmed (“O Abutre”). Além deles, também foram convocados a integrar a Academia os atores Dwayne Johnson (“Velozes e Furiosos 8”), Chris Pratt (“Guardiões da Galáxia”), Elizabeth Olsen (“Capitão América: Guerra Civil”), Kristen Stewart (“Personal Shopper”), Aaron Taylor-Johnson (“Vingadores: Era de Ultron”), Margot Robbie (“Esquadrão Suicida”), Channing Tatum (“Magic Mike”), Zachary Quinto (“Star Trek”), Leslie Jones (“Caça-Fantasmas”), Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”), Naomie Harris (“Moonlight”), Mary Elizabeth Winstead (“Rua Cloverfield 10”), Ruth Negga (“Warcraft”), Justin Timberlake (“Trolls”), Zoë Kravitz (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Amanda Seyfried (“Os Miseráveis”), Hailee Steinfeld (“A Escolha Perfeita 2”), B.D. Wong (“Jurassic World”), Shailene Woodley (“A Culpa É das Estrelas”), Elle Fanning (“Demônio de Neon”) e até a veterana Betty White (“Você de Novo”), de 94 anos de idade, entre outros. A lista dos diretores é que guarda as maiores surpresas, incluindo o campeão das longa-metragens, o filipino Lav Diaz, responsável por alguns dos filmes mais longos de todos os tempos. Outros convidados incluem o argentino Pablo Trapero (“O Clã”), o australiano Garth Davis (“Lion”), o chinês Johnnie To (“Eleição”), a chinesa Ann Hui (“Neve de Verão”), a francesa Emmanuelle Bercot (“De Cabeça Erguida”), o alemão Fatih Akin (“Soul Kitchen”), o português Pedro Costa (“Cavalo Dinheiro”), a grega Athina Rachel Tsangari (“Attenberg”), o iraniano Mohammad Rasoulof (“Manuscritos Não Queimam”), o mexicano Amat Escalante (“Heli”), o japonês Takashi Miike (“13 Assassinos”), o filipino Brillante Mendoza (“Lola”), o sul-coreano Kim Ki-duk (“Pietá”), o chileno psicodélico Alejandro Jodorowsky (“A Dança da Realidade”), o inglês Guy Ritchie (“Rei Arthur: A Lenda da Espada”) e os americanos Jordan Peele (“Corra!”), Derek Ciafrance (“A Luz Entre Oceanos”), David Ayer (“Esquadrão Suicida”) e os irmãos Russo (“Capitão América: Guerra Civil”) A premiação do Oscar 2018 será entregue no dia 4 de março, em Los Angeles.
Spielberg reúne destaques das séries americanas no elenco de seu próximo filme
O cineasta Steven Spielberg fechou o elenco de seu próximo filme. E os papéis coadjuvantes de “The Post”, drama de época que será estrelado por Tom Hanks (“Ponte de Espiões”) e Meryl Streep (“A Dama de Ferro”), foram preenchidos por destaques de algumas das séries mais premiadas da TV americana recente. A seleção de talentos inclui Sarah Paulson (série “American Crime History – The People Vs. O.J Simpson”), Bob Odenkirk (série “Better Call Saul”), Carrie Coon (série “The Leftovers”), Alison Brie (série “Community”), David Cross (série “Arrested Development”), Bruce Greenwood (série “American Crime History – The People Vs. O.J Simpson”), Tracy Letts (série “Homeland”), Jesse Plemons (séries “Breaking Bad” e “Fargo”), Matthew Rhys (série “The Americans”), Michael Stuhlbarg (série “Fargo”), Bradley Whitford (série “Transparent”) e Zach Woods (série “Silicon Valley”). “The Post” vai dramatizar o escândalo dos “Papéis do Pentágono”, um documento ultra-secreto de 14 mil páginas do governo dos Estados Unidos sobre o envolvimento americano na Guerra Vietnã. O título é uma referência ao jornal The Washington Post. Hanks, que voltará a ser dirigido por Spielberg após quatro filmes, viverá o editor do jornal, Ben Bradlee, enquanto Streep, que trabalhou anteriormente com o cineasta em “A.I. – Inteligência Artificial” (2001), terá o papel da publisher Kay Graham. Os dois desafiaram o governo federal sobre o direito de publicar os documentos secretos em 1971. Os papéis trouxeram à tona revelações embaraçosas sobre a ofensiva americana no Vietnã, que tinham sido omitidas pelo governo, desmascarando mentiras deslavadas e afetando a opinião publica. Além das consequências políticas da publicação das reportagens, os Papéis do Pentágono também geraram um debate sobre a liberdade de imprensa que chegou até a Suprema Corte dos EUA. Graças às denúncias, o então Presidente Nixon desistiu dos planos de ampliar a participação dos EUA no conflito. Três anos depois, ele precisou renunciar à presidência dos EUA, envolvido em outro escândalo: Watergate, também revelado pelo Washington Post. Mas só em 1975 as tropas americanas foram retiradas do Vietnã, numa derrota humilhante. O projeto foi trazido à Spielberg pela produtora Amy Pascal (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), que recebeu o roteiro original especulativo de Liz Hannah, uma estagiária e assistente de produção da série “Ugly Betty” e de filmes como “Encontro às Cegas” (2007) e “Reine Sobre Mim” (2007). A prioridade dada à “The Post” tirou da frente a produção de “The Kidnapping of Edgardo Mortara”, que seria o próximo longa-metragem do diretor e acabou escanteado. Spielberg está atualmente dando retoques na pós-produção da sci-fi “Ready Player One”, que estreia em 5 de abril de 2018.
Jimmy Kimmel voltará a apresentar o Oscar em 2018
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta terça-feira (16/5) que o apresentador Jimmy Kimmel voltará a apresentar a cerimônia do Oscar em 2018. Será a segunda vez seguida em que o comediante comandará a premiação, apesar de ter dito, brincando, após a confusão do Oscar 2017, que nunca mais seria convidado novamente. A 90ª edição do Oscar também ganhou data. Ela vai acontecer no dia 4 de março de 2018. Um dos principais apresentadores de talk shows da televisão dos EUA, ele está à frente do “Jimmy Kimmel Live!” desde 2003. Além de apresentar o Oscar no ano passado, Kimmel também já esteve à frente de duas edições do Emmy, em 2012 e em 2016.
Oscar muda regras para animação e documentário, após vitória de série de TV
A vitória de “O.J.: Made in America” no Oscar 2017 fez a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas alterar as regras do Oscar 2018, deixando claro que produções seriadas não podem concorrer ao prêmio de Melhor Documentário. “O.J.: Made in America” foi uma produção do canal pago ESPN, exibida de forma episódica na TV americana, que acabou considerada para a premiação por ter sido exibida em festivais de cinema. A premiação, inclusive, animou outros canais a investirem em séries documentais. Mas a mudança da Academia impedirá qualquer outra produção do gênero de concorrer novamente. Graças a isso, “O.J.: Made in America” entra para a História como a única série consagrada com um Oscar em todos os tempos. O veto também vai recair sobre todos documentários exibidos na TV ou lançados em DVD antes de uma rodada de classificação nos cinemas. Outra mudança significativa é a ampliação do voto na categoria de Melhor Animação. Anteriormente decidida por um nicho de profissionais do gênero, agora a eleição estará aberta a todos os membros da Academia. A animação “Zootopia: Essa Cidade É o Bicho” foi a vencedora da categoria neste ano. Também foi proibido que membros da Academia participem de almoços ou jantares para um filme que concorre ao Oscar que não tenha uma exibição do filme. Em comunicado, a organização do Oscar 2018 informou que as novas regras são parte do “esforço contínuo para chamar a atenção para a questão de campanhas excessivas e manter a atenção nos filmes em si”.
Spielberg acelera produção de seu filme com Tom Hanks e Meryl Streep para tentar o Oscar 2018
Envolvido em várias produções, o cineasta Steven Spielberg decidiu priorizar “The Post”, drama político de época que será estrelado por Tom Hanks (“Ponte de Espiões”) e Meryl Streep (“A Dama de Ferro”). As filmagens foram adiantadas e marcadas para começar em maio. Com isso, o diretor pretende realizar um lançamento em dezembro, visando qualificar o longa para o Oscar 2018. “The Post” vai dramatizar o escândalo dos “Papéis do Pentágono”, um documento ultra-secreto de 14 mil páginas do governo dos Estados Unidos sobre o envolvimento americano na Guerra Vietnã. O título é uma referência ao jornal The Washington Post. Hanks, que voltará a ser dirigido por Spielberg após quatro filmes, viverá o editor do jornal, Ben Bradlee, enquanto Streep, que trabalhou anteriormente com o cineasta em “A.I. – Inteligência Artificial” (2001), terá o papel da publisher Kay Graham. Os dois desafiaram o governo federal sobre o direito de publicar os documentos secretos em 1971. Os papéis trouxeram à tona revelações embaraçosas sobre a ofensiva americana no Vietnã, que tinham sido omitidas pelo governo, desmascarando mentiras deslavadas e afetando a opinião publica. Graças às denúncias, o então Presidente Nixon desistiu dos planos de ampliar a participação dos EUA no conflito. Três anos depois, Nixon renunciou, envolvido em outro escândalo: Watergate, também revelado pelo Washington Post. Até que, em 1975, as tropas americanas foram retiradas do Vietnã, numa derrota humilhante. O projeto foi trazido à Spielberg pela produtora Amy Pascal (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), que recebeu o roteiro original especulativo de Liz Hannah, uma estagiária e assistente de produção da série “Ugly Betty” e de filmes como “Encontro às Cegas” (2007) e “Reine Sobre Mim” (2007). A prioridade dada à “The Post” fará com que a produção de “The Kidnapping of Edgardo Mortara”, que seria o próximo longa-metragem do diretor, seja adiada. Ele está atualmente dando retoques na pós-produção da sci-fi “Ready Player One”, que estreia em 5 de abril de 2018, e se prepara para filmar.







