Richard Chamberlain, astro de “Shogun” e “Pássaros Feridos”, morre aos 90 anos
Ator foi ídolo romântico na TV dos anos 1960 e virou referência nas minisséries históricas das décadas seguintes
“O Conde de Monte Cristo” impressiona com 12 minutos de aplausos em Cannes
Épico francês é nova aventura clássica da equipe de "Os Três Mosqueteiros" e foi exibido no festival fora de competição
Christian Oliver, ator de “Speed Racer”, morre em acidente aéreo com as filhas
O ator alemão Christian Oliver, conhecido por seus papéis em “Saved by the Bell: The New Class”, “Speed Racer” e “Hunters”, morreu no Mar do Caribe na quinta-feira (4/12), após um acidente de avião privado em que viajava com suas duas filhas pequenas. A Polícia Real de São Vicente e Granadinas recuperou quatro corpos, incluindo o do ator e suas filhas. Conforme as autoridades locais, a aeronave decolou do Aeroporto J.F. Mitchell em Paget Farm, de São Vicente e Granadinas, por volta do meio-dia, com destino a Santa Lúcia. Mas, logo após a decolagem, a aeronave “enfrentou dificuldades e mergulhou no oceano”. A polícia local esclareceu na sexta-feira que os corpos foram inicialmente recuperados dos destroços da aeronave por mergulhadores locais antes de serem entregues ao pessoal da Guarda Costeira. Uma carreira longa e variada Christian Oliver era o pseudônimo de Christian Klepser, que apesar de ter nascido na Alemanha fez sua carreira nos EUA, iniciada em 1994 como integrante do elenco de “Saved by the Bell: The New Class”. Ele assumiu um dos papéis principais da série adolescente, dando vida a um dos estudantes da Bayside High. Mas não ficou muito tempo na atração, abandonando-a ao fim da 2ª temporada para se dedicar ao cinema. A estreia cinematográfica aconteceu em 1995 na cultuada comédia adolescente “O Clube das Babás”, mas a sequência de sua trajetória não se deu como ele planejou, com participações em episódios de séries, videogames, telefilmes, terrores baratos e produções feitas para o mercado de vídeo. A situação só começou a melhorar em meados dos anos 2000, quando sua ascendência germânica lhe garantiu papéis em produções de relevo, como “O Segredo de Berlim” (2007), de Steven Soderbergh, “Operação Valquíria” (2008), de Bryan Singer, e até “Speed Racer” (2008), das irmãs Wachowski, nos quais trabalhou com astros como George Clooney, Tom Cruise e Emile Hirsch, respectivamente. Ele também atuou na mais recente versão americana de “Os Três Mosqueteiros” (2011), de Paul W.S. Anderson, e em várias séries, incluindo “Sense8” (em 2015), onde foi novamente dirigido por Lana Wachowski, e a recente “Hunters” (em 2020), como um nazista. Seu último trabalho no cinema foi uma pequena participação nos bastidores de “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” (2023), gravando diversas vozes em alemão para cenas de fundo da trama.
Josephine Chaplin, atriz e filha de Charles Chaplin, morre aos 74 anos
A atriz Josephine Chaplin, filha do mestre do cinema mudo Charles Chaplin, faleceu no último dia 13 de julho em Paris, aos 74 anos. A informação foi divulgada pela família da atriz ao jornal francês Le Figaro nesta sexta-feira (21/7). Entretanto, seus filhos Charlie, Julien e Arthur não revelaram a causa da morte. Josephine seguiu os passos do pai no mundo artístico e conquistou uma carreira própria nas telas. Sua primeira aparição foi justamente em um dos filmes de Chaplin, o drama musical “Luzes da Ribalta” (1952), como uma criança que aparece na cena de abertura. Ela também apareceu brevemente no último filme de Chaplin, o romance “A Condessa de Hong Kong” (1967), ao lado das irmãs Geraldine e Victoria. Josephine teve nada menos que 9 irmãos, e nasceu do quarto casamento de Chaplin, com a atriz britânica Oona O’Neill. Clássicos, cults e filmes trash Nascida na cidade de Santa Monica, na Califórnia, em 1949, a atriz ficou mais conhecida pelo seu trabalho em diversas produções na França, onde passou grande parte da sua vida. Após as duas aparições nos filmes do pai, ela participou do drama político “L’odeur des Fauves” (1972) (O cheiro de animais selvagens” em tradução livre), dirigido pelo francês Richard Balducci. No mesmo ano, ainda estrelou mais outras duas produções: o thriller anti-comunista “A Grande Fuga do Comunismo”, de Menahem Golan, e teve seu primeiro papel substancial no clássico “Os Contos de Canterbury”, dirigido por Pier Paolo Pasolini. A trama reunia contos eróticos sobre um grupo de peregrinos que viaja rumo à Catedral de Canterbury, na Inglaterra, em uma longa caminhada que dura dias. Josephine interpretou May, a esposa adúltera do idoso Sir January (Hugh Griffith). Em 1974, Josephine apareceu em duas adaptações francesas do clássico “Os Três Mosqueteiros”, dirigidas por André Hunebelle, no papel de Constance, confidente da rainha e interesse amoroso de D’Artagnan. E em seguida, enveredou pelos suspenses baratos, estrelando “Noites Vermelhas” (1974), de Georges Franju, e “Jack, O Estripador”, assinado pelo cultuado cineasta trash Jesús “Jess” Franco. Os filmes baratos a levaram à TV francesa, onde estrelou minisséries e telefilmes, voltando ao cinema apenas uma década depois na produção franco-canadense “Virando Adulto” (1984). Ela também foi escalada por Claude Chabrol em “Um Tira Amargo” (1985). Mas logo retomou os trabalhos televisivos, destacando-se pelo papel de Hadley Richardson, a primeira esposa do escritor Ernest Hemingway, na minissérie “Hemingway” (1988), estrelada por Stacy Keach. Fim da carreira Sua última aparição nas telas foi no longa de ação “Downtown Heat” (1994), novamente dirigida por Jesús Franco. Filme de vingança, girava em torno de um compositor de jazz que teve a esposa assassinada por traficantes de drogas. Em paralelo à carreira como atriz, Josephine administrou um escritório de Charles Chaplin em Paris em nome de seus irmãos ao longo dos anos e ainda patrocinou uma estátua do pai em Waterville, na Irlanda, onde sua família costumava passar as férias. Ela foi casada duas vezes, sendo a primeira união com o empresário grego Nikki Sistovaris, entre 1969 a 1977. Depois do divórcio, ela viveu com o ator francês Maurice Ronet até a morte dele em 1983, casando-se pela segunda vez em 1989 com o arqueólogo Jean-Claude Gardin, que faleceu em 2013.
Ray Stevenson, de “Roma”, “Thor” e “RRR”, morre aos 58 anos
O ator britânico Ray Stevenson faleceu no último domingo (21/5) aos 58 anos. A informação foi confirmada nesta segunda pela assessoria do ator, após o jornal italiano La Repubblica informar sua hospitalização a ilha de Ischia durante as filmagens do longa de ação “Cassino in Ischia”, dirigido por Frank Ciota (“Cassino”). No entanto, a causa da morte não foi divulgada. O ator era conhecido por grandes produções dos gêneros de aventura e ação como “Os Três Mosqueteiros” (2011) e filmes de super-heróis, como “O Justiceiro: Em Zona de Guerra” (2007) e em três filmes de “Thor” da Marvel. A notícia sobre sua morte veio apenas três dias antes de seu aniversário de 59 anos. Nascido em Lisburn, Irlanda do Norte, em 25 de maio de 1964, Ray Stevenson iniciou sua carreira como designer em um escritório de arquitetura antes de seguir sua verdadeira paixão pela atuação. Ele se formou na Bristol Old Vic Theatre School, no Reino Unido, aos 29 anos. Em entrevistas passadas, Stevenson revelou que a atuação não foi uma escolha consciente, mas uma vocação que o escolheu. “Eu não tive escolha. Eu tive que aceitar me jogar nisso sem nenhuma garantia a não ser me entregar e apenas ir”, disse em 2016. Ele começou a aparecer em episódios de séries no começo dos anos 1990, mas só foi se destacar ao viver o legionário Titus Pullo na aclamada série “Roma” (2005), da HBO. O papel chamou tanta atenção que lhe rendeu o convide para interpretar o anti-herói da Marvel, Frank Castle, em “O Justiceiro: Em Zona de Guerra” (2008). Stevenson também marcou presença no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) como o valente Volstagg, membro dos Três Guerreiros que fazem parte da mitologia de Thor. Seu último trabalho no papel foi em “Thor: Ragnarok” (2017), quando os Três Guerreiros foram mortos por Hela (Cate Blanchett). O ator também conquistou seu espaço em outras franquias de sucesso, como “GI Joe: Retalhação” (2013), onde deu vida ao personagem Firefly, e na saga “Divergente” (2014), interpretando Marcus Eaton. Mais recentemente, ele recebeu elogios dos críticos por sua atuação como o governador Scott Buxton no sucesso indiano “RRR” (2022), que conquistou o prêmio de Melhor Música no Oscar e se tornou um dos filmes de maior bilheteria na Índia. No mundo das séries, ele ainda interpretou o mafioso ucraniano Isaak Sirko em “Dexter” (em 2012), o pirata Barba Negra em “Black Sails” (2016), o explorador Ótaro de Halogalândia em “Vikings” (2020) e deixou sua marca no universo de “Star Wars”, como um dos principais antagonistas da vindoura série “Ahsoka”, protagonizada por Rosario Dawson (“O Mandaloriano”). Seguindo um formato de minissérie, a produção deve chegar ao catálogo do Disney+ ainda neste ano. Ray Stevenson deixou três filhos, frutos de seu casamento com a antropóloga italiana Elisabetta Caraccia.
Raquel Welch, sex symbol de Hollywood, morre aos 82 anos
Raquel Welch, um dos maiores símbolos sexuais de Hollywood, que marcou época em filmes como “Mil Séculos Antes de Cristo” (1966) e “Viagem Fantástica” (1966), morreu nesta quarta-feira (15/2) aos 82 anos. Estrela que se manteve em cartaz por cinco décadas, Rachel Welch nasceu Jo Raquel Tejada (seu nome de batismo) em 5 de setembro de 1940, em Chicago. Quando tinha dois anos, ela se mudou com a família para San Diego, onde passou boa parte da juventude. Enquanto ainda estava na escola, venceu diversos concursos de beleza e chegou a ganhar uma bolsa de estudos para a Universidade Estadual de San Diego, onde estudou teatro por um tempo. Ela ganhou o sobrenome do seu primeiro marido, James Welch, com quem teve dois filhos. Em 1963, já divorciada, Raquel se mudou para Los Angeles, onde começou a trabalhar como atriz. Em seu começo de carreira, fez pequenas aparições em filmes e séries (como “O Homem de Virgínia” e “A Feiticeira”), mas logo ganhou um papel de destaque em “Viagem Fantástica”, uma aventura sci-fi sobre a a tripulação de um submarino especial, que é reduzido a um tamanho microscópico para entrar na corrente sanguínea de um paciente importante e salvar sua vida, realizando uma cirurgia delicada dentro de seu corpo. Usando um traje emborrachado de mergulhador branco e justo, ela hipnotizou o público e ajudou a transformar o longa num grande sucesso, que marcou época. Em seguida, Raquel apareceu num traje ainda mais chamativo, ao entrar na fantasia pré-histórica “Mil Séculos Antes de Cristo” (1966). Apesar de só dizer uma fala de roteiro, o filme foi responsável por transformá-la em uma estrela. Toda a divulgação da obra foi focada em Welch e no biquíni “pré-histórico” que ela usava. A atriz não estava preparada para toda essa atenção. “De uma vez só, tudo na minha vida mudou e tudo sobre o meu verdadeiro ‘eu’ foi varrido”, escreveu ela, anos depois, sobre a fama repentina. “Ela veio à consciência pública como uma presença física, sem voz… Parecia que eu tinha tropeçado em uma armadilha”. Nos anos seguintes, Welch estrelou filmes internacionais, como a comédia “As Rainhas” (1966) e a francesa “O Amor Através dos Séculos” (1967). Nos EUA, ela apareceu em “A Mulher de Pedra” (1968), ao lado de Frank Sinatra, “O Preço de um Covarde” (1968), com James Stewart, e “100 Rifles” (1969), em que formou um casal interracial com o ator Jim Brown. No filme “O Diabo É Meu Sócio” (1967), de Stanley Donen, ela foi vista seduzindo um jovem que vendeu a sua alma para o Diabo. “Eu não tinha muitas falas”, lembrou ela numa entrevista para o site The Hollywood Reporter em 2019. “Tudo o que fiz foi passear em um biquíni de renda vermelha e dizer: ‘Pãezinhos com manteiga quente?’ Eu fiz isso com um sotaque sulista porque imaginei que Lust [luxúria] vinha de um lugar quente”. Pouco tempo depois, ela estrelou aquele que se tornou o seu papel mais arriscado: “Homem e Mulher Até Certo Ponto” (1970). O filme é uma adaptação do romance escandaloso de Gore Vidal sobre um cinéfilo gay que finge sua própria morte, passa por uma operação de mudança de sexo e depois afirma ser sua própria viúva. A atriz interpretou o papel principal. Apesar de a produção ter sido um desastre, com diversos atrasos do diretor Michael Sarne e conflitos internos, Welch sempre se orgulhou da sua personagem no filme. “Myra Breckinridge é a antítese do símbolo sexual”, disse ela à GQ em 2012. “Ela é revolucionária. Ela é uma guerreira.” Mas “Homem e Mulher Até Certo Ponto” também acabou se tornando cultuado por seu apelo sexual, com Rachel Welch em cenas lésbicas e se portando como uma dominatrix em situações de dominação picantes. Várias imagens da produção viraram pôsteres, enquanto a fama do filme entre pervertidos e cinéfilos continuou aumentando ao longo das décadas. Entretanto, foi um fracasso de crítica e bilheteria na época de seu lançamento. Depois de chocar puritanos com a obra, ela optou por projetos mais comerciais na década de 1970, estrelando filmes como “Brutal Beleza” (1972), sobre uma patinadora que tenta equilibrar sua vida pessoal e seus sonhos de estrelato, “Os Três Mosqueteiros” (1973), adaptação da obra de Alexandre Dumas, “O Fim de Sheila” (1973), thriller de mistério no estilo de Agatha Christie, “Festa Selvagem” (1975), comédia sobre a chegada do cinema falado, e “Emergência Maluca” (1976), co-estrelado por Bill Cosby e Harvey Keitel. Em 1982, Welch entrou com um processo contra o estúdio MGM, após ser despedida do filme “Esquecendo o Passado” (1982) sob a justificativa de que ela estava se atrasando para as filmagens. Ela acabou vencendo o processo de US$ 10 milhões em indenização, mas seu nome ficou manchado em Hollywood, na época extremamente machista e incapaz de perdoar a ousadia de uma mulher de enfrentar um estúdio. Por conta disso, seus papéis minguaram. Ela passou anos sem aparecer no cinema, fazendo apenas telefilmes, e quando voltou seus trabalhos se resumiram a pequenas participações em filmes como “Escândalo na Cidade” (1988), “Sombra na Noite” (1993) e “Corra que a Polícia vem Aí! 33 1/3: O Insulto Final” (1994). Depois disso, ela ainda apareceu nas séries “Lois & Clark – As Novas Aventuras do Superman” (1995), “Seinfeld” (1997) e “Spin City” (1997 e 2000). Até ser resgatada em 2001 na comédias “Legalmente Loira” e “Sabores da Vida”. Seus últimos filmes foram as comédias “Forget About It” (2006), com Burt Reynolds, e o sucesso “Como se Tornar um Conquistador” (2017), com Eugenio Derbez – inspiração da série “Acapulco”.
The Musketeers vai acabar na 3ª temporada
O canal britânico BBC One anunciou que a série “The Musketeers” vai se encerrar em sua 3ª temporada, que ainda não estreou. “A 3ª temporada de ‘The Musketeers’ completa as 30 horas desta série com ambição e energia”, disse a produtora executiva Jessica Pope sobre a última temporada. “Está cheio de ação e aventura, diversão e drama do começo ao fim”. Baseada na clássica aventura literária “Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, a série foi criada por Adrian Hodges (roteirista de “Sete Dias com Marilyn” e criador da série “Primeval”) e se passa em Paris, no século 17, em torno de um grupo de soldados treinados para proteger a coroa e o país de traidores. O elenco traz Luke Pasqualino (série “Skins”) como o jovem D’Artagnan, Tom Burke (“O Libertino”) como Athos, Santiago Cabrera (série “Merlin”) como Aramis e Howard Charles (“Floresta Negra”) como Porthos, os mosqueteiros do título, que defendem o Rei Luis XIII (Ryan Gage, de “O Hobbit: A Desolação de Smaug”) contra as tramas do Cardeal Richelieu (Peter Capaldi, da série “Doctor Who”) e a bela Milady de Winter (Maimie McCoy, da série “Personal Affairs”), uma das mais misteriosas mulheres de Paris. A série é filmada na República Tcheca e repleta de anacronismos, mostrando os heróis com um figurino de couro que só se tornaria moda após a revolução industrial. A data de estreia dos episódios finais não foi anunciada, mas a previsão é que eles comecem a ser exibidos ainda este ano.






