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    Bob Rafelson: Criador dos Monkees e diretor de filmes clássicos morre aos 89 anos

    24 de julho de 2022 /

    O cineasta Bob Rafelson, criador dos Monkees e considerado o responsável por trazer sensibilidade europeia ao cinema americano nos anos 1970, morreu na noite de sábado (23/7) em sua casa em Aspen, Colorado, aos 89 anos, cercado por sua família. Robert Rafelson era sobrinho de Samson Raphaelson (“A Loja da Esquina”), o roteirista favorito de Ernst Lubitsch. Nascido em Nova York em 1933, ele estudou Filosofia, trabalhou como radialista, fez traduções de filmes japoneses e começou a escrever para a TV em 1959, adicionando diálogos na série de teleteatro “Play of the Week”. Ele passou a trabalhar como produtor nos anos 1960, em atrações como “The Greatest Show on Earth” e “Channing”, antes de conceber seu primeiro sucesso: “Os Monkees”. A série dos Monkees foi imaginada como a resposta americana ao fenômeno dos Beatles, e seus integrantes foram selecionados por meio de audições de diferentes músicos, que também precisavam demonstrar suas capacidades de atuação para serem aprovados. Lançada em setembro de 1966, “Os Monkees” não demorou a virar febre e popularizar diversos hits cantados em seus episódios. Mas foi cancelada após dois anos e dois Emmys (Melhor Série de Comédia e Direção). Ironicamente, o final da série marcou o começo da carreira cinematográfica de Rafelson, que reuniu os músicos mais uma vez para lançar seu primeiro longa-metragem como diretor em 1968, “Os Monkees Estão Soltos” (Head), co-escrito pelo ator Jack Nicholson. A trama altamente psicodélica refletia ideais contraculturais de Rafelson e seu parceiro, o produtor Bert Schneider, com quem formou a Raybert (posteriormente rebatizada como BBS), produtora responsável por marcos como “Easy Rider – Sem Destino” em 1969 e “A Última Sessão de Cinema” em 1971. Seu segundo filme, “Cada um Vive como Quer”, estrelado pelo parceiro Jack Nicholson, foi o ponto mais alto de sua carreira – e do cinema da época. O filme atingiu um sucesso de crítica impressionante e projetou a carreira de Nicholson, ao incorporar pela primeira vez a influência da nouvelle vague francesa no cinema americano. Até o mestre sueco Ingmar Bergman elogiou e expressou admiração pela obra de Rafelson. “Cada um Vive como Quer” era um road movie com personagens que refletiam a visão de Rafelson sobre um outsider (Nicholson) aflito por uma dor profunda, criativa e não revelada. Em entrevista, ele confessou era a história dele mesmo, como alguém que não suportava a família e buscava fugir para longe de tudo. “Eu estava tentando escapar do meu passado desde os 14 anos”, disse o diretor, lembrando do alcoolismo de sua mãe. Indicado a quatro Oscars, incluindo Melhor Filme, a obra também sinalizou a entrada de Jack Nicholson ao time dos grandes astros, com sua primeira indicação ao troféu de Melhor Ator. Em menor escala, os filmes seguintes de Rafelson também foram reconhecidos por sinalizarem uma nova profundidade no cinema americano, incluindo “O Rei da Ilusão” em 1972 e “O Guarda-Costas” em 1976. Mas sua carreira foi afetada logo no começo por uma tragédia, quando sua filha de 10 anos, Julie, morreu na explosão de um fogão a gás em sua casa em Aspen em 1973. A partir daí, seus lançamentos passaram a ser mais esparsos e pessimistas. Rafelson se fixou em temas do cinema noir em dois lançamentos seguidos: a nova parceria com Nicholson em “O Destino Bate à sua Porta” (1981) e o filme de femme fatale “O Mistério da Viúva Negra” (1987), estrelado por Debra Winger e Theresa Russell. A fase rendeu bilheteria saudável e muitos elogios na Europa, onde a reputação de Rafelson permaneceu em alta. Entre os dois filmes, o cineasta ainda participou da História dos clipes musicais, ao dirigir o vídeo do hit de 1983 de Lionel Richie, “All Night Long (All Night)”, combinando a balada pop contagiante com um retrato colorido e abstrato de uma festa ao pôr do sol. Ele assinou seu filme de maior orçamento em 1990: “As Montanhas da Lua”, mistura de drama biográfico e aventura sobre o explorador Sir Richard Burton e sua missão de encontrar a nascente do Rio Nilo, na África. Para compensar o trabalho mais convencional, fez mais dois filmes com Nicholson: “O Cão de Guarda” (1992) e “Sangue & Vinho” (1996). E embora o ator considerasse Rafelson parte de sua “família”, o filme de 1992 foi o pior trabalho da carreira de ambos. Depois disso, o diretor voltou ao gênero noir para comandar o telefilme “Poodle Springs”, da HBO, que trazia James Caan como o detetive Philip Marlowe. E só assinou mais um longa nos cinemas, o thriller policial “Sem Risco Aparente”, estrelado por Samuel L. Jackson e Milla Jovovich, que implodiu nas bilheterias em 2002. Refletindo sobre sua própria carreira em uma entrevista de 2004, Rafelson foi filosófico: “Se acontece de as pessoas se identificarem com seu trabalho, bem, você tem muita sorte… isso lhe dá permissão para continuar fazendo filmes. Mas se você não receber os aplausos, bem, há outras coisas. Quero dizer, afinal, há sua vida para viver.”

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  • Música,  Série

    Michael Nesmith (1942–2021)

    10 de dezembro de 2021 /

    O cantor, compositor, guitarrista e também ator, produtor de cinema e TV e diretor Michael Nesmith morreu nesta sexta (10/12) de causas naturais em sua casa na Califórnia. Ele tinha 78 anos e encerrara há poucas semanas uma turnê de despedida de sua famosa banda, The Monkees, da qual agora só resta o baterista Micky Dolenz. Concebida por ninguém menos que o cineasta Bob Rafelson como a resposta americana ao sucesso dos Beatles, a banda foi reunida por meio de audições de diferentes músicos, que também precisavam demonstrar suas capacidades como atores para passar no teste e ficar famosos. Lançada em setembro de 1966, a série “The Monkees” não demorou a virar febre e popularizar diversos hits cantados nos episódios. Mas os artistas sempre se incomodaram com o fato de serem vistos como fantoches e logo passaram a compor suas próprias músicas e fazer shows para mostrar seu verdadeiro talento. Para deixar bem claro que sabiam tocar, o último episódio da 1ª temporada foi “The Monkees on Tour”, com imagens gravadas em shows da banda, mostrando que eles eram músicos e não atores fingindo-se de roqueiros. A série durou dois anos e conquistou dois Emmys (Melhor Série de Comédia e Direção). Mas o mais interessante é que seu cancelamento apenas fortaleceu a carreira musical da banda. O final da produção televisiva transformou de vez a banda fictícia num atração do mundo real, graças à disposição do quarteto em permanecer junto, fazer mais shows e lançar novos discos. E que discos! “Headquarters” (1967) e “Pisces, Aquarius, Capricorn & Jones” (1968) foram considerados os melhores da carreira da banda. E “Headquarters” ainda conseguiu uma façanha, ao atingir o 1º lugar da parada de sucessos sem render singles. Nesta época, eles também chegaram a ter seu próprio longa-metragem, “Os Monkees Estão Soltos” (Head, de 1968), co-escrito pelo ator Jack Nicholson e dirigido por Rafelson em sua estreia como cineasta – depois, faria clássicos como “Cada um Vive como Quer” (1970) e “O Destino Bate à sua Porta” (1981). O filme virou cult e inspirou a rede NBC a produziu um último telefilme da banda em 1969, “33⅓ Revolutions Per Monkee”. Mas a falta de hits, motivada pela necessidade de provar seus próprios talentos, acabou criando atrito entre os integrantes. Desentendimentos forçaram a saída de Tork em 1968 e, um ano depois, Michael Nesmith também largou o grupo. Micky Dolenz e Davy Jones continuaram gravando e tocando juntos como The Monkees até 1971, quando o glam e o rock progressivo tornaram seu som ultrapassado. Mas eles nunca perderam contato, sempre dispostos a colaborar em novos trabalhos individuais de algum dos amigos. Michael Nesmith foi o Monkee que permaneceu mais distante do grupo. Em vez da música, acabou voltando-se para a TV e o cinema, escrevendo o roteiro de “O Cavaleiro do Tempo” (1982) e produzindo, entre outros, os filmes cults “Repo Man – A Onda Punk” (1984), com trilha punk rock, e “Tapeheads” (1988), sobre a indústria dos videoclipes, após ter ficado milionário com a herança de sua mãe, inventora do líquido corretivo branco – item obrigatório dos escritórios da era analógica. A propósito, Michael Nesmith também criou a MTV. Em 1977, ele produziu o clipe de sua música solo “Rio”. Ninguém sabia o que era videoclipe na época, mas “Rio” já tinha toda a estética que marcaria a geração MTV. Foi o primeiro vídeo musical feito para a TV que não incluía uma banda tocando ao vivo. Em vez disso, mostrava uma historinha com diferentes cenários, danças e vários figurantes. Para exibir o primeiro clipe, o roqueiro criou o primeiro programa de clipes musicais da TV. Chamado de “PopClips”, a atração batizou os videoclipes e também inventou os VJs, já que trazia apresentadores (incluindo Charles Fleischer, a futura voz de Roger Rabbit) para fazer comentários e introduzir os poucos vídeos de música que começavam a ser produzidos. Lançado no canal pago infantil Nickelodeon em 1980 pelo executivo John Lack, o programa estourou em audiência, tornando-se um dos favoritos das crianças. Vice-presidente da Warner, Lack cresceu o olho e negociou a compra do formato com Nesmith. Naquela época, o estúdio tinha lançado o primeiro canal pago temático, The Movie Channel, dedicado a filmes, e Lack contratou o responsável por aquele lançamento, Bob Pittman, para fazer o mesmo com um canal totalmente musical, usando como base o formato de “PopClips”. Quando eles receberam sinal verde, procuraram Nesmith para lhe oferecer um cargo executivo, em reconhecimento a sua iniciativa. Mas o músico recusou. Ele preferiu fazer um especial, “Elephant Parts”, que combinava clipes, esquetes de humor, e comerciais falsos. Lançada direto em vídeo, a produção venceu o primeiro Grammy entregue para a categoria de Vídeo Musical do Ano. “Elephant Parts” também se provou uma grande influência no novo canal, que também passou a incluir vídeos autorais em seus comerciais. O novo projeto de Nesmith foi lançado em 1 de julho de 1981. Exatamente um mês depois, em 1 de agosto de 1981, a MTV foi ao ar. Rico e disposto a deixar o passado para trás, Nesmith também se recusou a participar da primeira turnê de reencontro dos Moonkees, em comemoração aos 20 anos da banda, em 1986. Mas dez anos depois mudou de ideia. O quarteto original se reuniu pela primeira vez, desde 1968, no aniversário de 30 anos da banda, em 1996, época em que os Monkees também gravaram um álbum de músicas inéditas e ganharam um programa especial na TV, “Hey, Hey, It’s the Monkees”, que Nesmith dirigiu. Davy Jones faleceu em 2012. Em sua homenagem, Nesmith topou voltar a se reunir com Dolenz e Tork para uma nova turnê, que projetou vídeos de Jones durante os shows. Peter Tork morreu em 2019. E novamente os sobreviventes decidiram homenagear o amigo com novos shows. Por causa da pandemia, a turnê só pôde ser realizados entre setembro e novembro deste ano. E foi com estas últimas apresentações que Nesmith também, literalmente, despediu-se dos fãs. “Meu coração está partido”, tuitou Micky Dolenz nesta sexta. “Perdi um querido amigo e parceiro. Agradeço muito por termos conseguido passar os últimos meses fazendo o que mais gostamos, cantando e sorrindo”, acrescentou o baterista, junto de uma foto dos dois se abraçando. Lembre abaixo a música-tema e cinco hits dos Monkees I’m heartbroken.I’ve lost a dear friend and partner.I’m so grateful that we could spend the last couple of months together doing what we loved best – singing, laughing, and doing shtick.I’ll miss it all so much. Especially the shtick.Rest in peace, Nez.All my love,Micky pic.twitter.com/xe8i5jmNgL — Micky Dolenz (@TheMickyDolenz1) December 10, 2021

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  • Música,  Série

    Peter Tork (1942 – 2019)

    21 de fevereiro de 2019 /

    O músico e ator Peter Tork, que ficou conhecido como integrante da banda The Monkees, morreu nesta quinta (21/2), aos 77 anos. Baixista e vocalista dos Monkees, Tork foi diagnosticado em 2009 com um carcinoma que afetou sua língua, mas não há informações se este mal teve relação com a morte. Banda criada especificamente para estrelar uma série de televisão, os Monkees chegaram a rivalizar com os Beatles e os Rolling Stones no final dos anos 1960. A formação artificial aconteceu por meio de testes realizados com centenas de jovens, pelo produtor Bob Rafelson e seu sócio Bert Schneider (futuro produtor de “Easy Rider”), que queriam lançar um programa inspirado nos filmes dos Beatles “Os Reis do Iê-Iê-Iê” (A Hard Day’s Night, 1964) e “Help!” (1965). Os jovens escolhidos foram Peter Tork, Davy Jones, Mike Nesmith e Micky Dolenz, graças à boa aparência, afinação e capacidade de tocar instrumentos. Tork foi o último escolhido. Ele vinha tocando na cena folk de Greenwich Village e soube dos testes por meio de Stephen Stills (de Crosby, Stills, Nash & Young), que Rafelson e Schneider já tinham rejeitado no programa. Lançada em 1966, a série acompanhava uma banda fictícia que, quando não estava nos palcos, se metia em aventuras completamente nonsense. O sucesso foi instantâneo – de público, não de crítica. Músicos e críticos de rock ridicularizaram o fenômeno, acusando os atores de serem mímicos, fingindo que tocavam na série, já que os instrumentos eram gravados por profissionais. Ainda assim, músicas como “I’m a Believer” e “Daydream Believer” alcançaram o topo das paradas. A própria banda reagiu mal ao ver seu primeiro álbum estourar nas paradas de sucesso. Os quatro ficaram furiosos por a série ter cruzado uma fronteira perigosa, já que eles foram contratados como atores e o disco com a trilha sonora tinha saído como se fossem uma banda real, sem créditos para quem realmente tocou. A partir daí, decidiram assumir o controle dos rumos do programa, o que gerou uma crise, com demissão do supervisor musical – Don Kirshner, que depois estouraria as músicas da série animada “Os Archies”. Os Monkees decidiram tocar todas as músicas dali para frente. E, para deixar bem claro, o último episódio da 1ª temporada foi “The Monkees on Tour”, com imagens gravadas em shows da banda, mostrando que eles eram músicos de verdade. A série durou dois anos e conquistou dois Emmys (Melhor Série de Comédia e de Direção). Mas o mais interessante é que seu cancelamento apenas fortaleceu a carreira musical verdadeira da banda. Isto é, os artistas se uniram após o final da produção televisiva, transformando de vez a banda fictícia num atração do mundo real, graças à disposição em fazer mais shows e lançar mais discos. Com o fim da série, eles também passaram a compor seu próprio repertório – que até então era criado por compositores contratados. E o resultado surpreendeu até quem minimizava seus talentos. Os discos “Headquarters” (1967) e “Pisces, Aquarius, Capricorn & Jones” (1968) foram considerados os melhores da carreira da banda. E “Headquarters” ainda conseguiu uma façanha, ao atingir o 1º lugar da parada de sucessos sem render singles. Nesta época, eles também chegaram a ter seu próprio longa-metragem, “Os Monkees Estão Soltos” (Head, de 1968), co-escrito pelo ator Jack Nicholson e dirigido por Rafelson, em sua estreia como cineasta – depois, faria clássicos como “Cada um Vive como Quer” (1970) e “O Destino Bate à sua Porta” (1981). O filme virou cult e a rede NBC ainda produziu um telefilme da banda em 1969, “33⅓ Revolutions Per Monkee”. Mas a falta de hits, motivada pela necessidade de provar seus próprios talentos, acabou criando atrito entre os integrantes. Desentendimentos forçaram a saída de Tork em 1968 e, um ano depois, o guitarrista Michael Nesmith também largou o grupo. The Monkees foi dissolvido oficialmente no início dos anos 1970, mas voltou à moda no final dos anos 1980, com o surgimento da MTV, que reprisou a série e despertou interesse sobre a banda entre uma nova geração. Pouco a pouco, os músicos ensaiaram um reencontro, até que, nos anos 1990, voltaram a se reunir, resultando no especial para TV “Hey, Hey, É o Monkees” (Hey, Hey, It’s the Monkees, 1997). Houve um novo encontro em 2001 e outro em 2011. Eles tinham muitos fãs famosos, inclusive entre roqueiros inesperados, como John Lennon, que os chamava de “os irmãos Marx do rock”, Frank Zappa, que participou de seu longa-metragem, e até Sid Vicious, que tocou uma música da banda nos pouco shows que realizou após sair dos Sex Pistols. Tork se manteve ativo na música, acompanhando outros artistas e também à frente de sua própria banda. E desde os anos 1990 tinha voltado a aparecer na TV, em breves participações nas séries “O Mundo É dos Jovens” (Boy Meets World), “O Rei do Queens” (The King of Queens) e “Sétimo Céu” (7th Heaven). Ele foi o segundo integrante da banda a morrer. O cantor Davy Jones faleceu aos 66 anos em 2012, após um ataque cardíaco.

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