Stuart Margolin, ator de “Arquivo Confidencial”, morre aos 82 anos
O ator Stuart Margolin, conhecido pelo seu papel de Evelyn “Angel” Martin na série clássica “Arquivo Confidencial”, morreu na segunda (12/12) aos 82 anos. A notícia da sua morte foi divulgada por seu enteado, o ator Max Martini (“Bosch: Legacy”), numa publicação no Instagram, mas a causa da morte não foi divulgada. Além do papel na série clássica, Stuart Margolin teve uma carreira longeva que durou mais de 60 anos e superou os 120 créditos como ator, incluindo participações em filmes como “Os Guerreiros Pilantras” (1970) e “Desejo de Matar” (1974), e em séries conceituadas como “Terra de Gigantes”, “M*A*S*H*”, “Magnum”, “30 Rock” e “Arquivo X”. Nascido em 31 de janeiro de 1940, em Davenport, no estado americano de Iowa, Margolin começou sua carreira no início dos anos 1960 fazendo participações especiais em séries populares como “O Fugitivo” e “The Alfred Hitchcock Hour”. Ao longo da década, ele continuou a aparecer na TV em produções duradouras, incluindo “Têmpera de Aço” (Ironside), “O Homem de Virgínia”, “Os Monkees”, “A Feiticeira” e “The F.B.I.”. Ao mesmo tempo em que viu a carreira decolar no cinema, em filmes como “Por um Corpo de Mulher” (1968), “Os Guerreiros Pilantras” (1970) e “Acorrentadas ao Passado” (1972), ganhou seus primeiros papeis recorrentes, aparecendo em 29 episódios da série “O Jogo Perigoso do Amor” (exibidos entre 1969 e 1973) e em 24 episódios de “Nichols” (1971-1972). 1974 foi o ano da virada, quando participou do clássico “Desejo de Matar”, estrelado por Charles Bronson, e estreou na série “Arquivo Confidencial”, seu trabalho mais conhecido. A série trazia James Garner como o investigador particular Jim Rockford, que a cada episódio resolvia um caso diferente na cidade de Los Angeles. Margolin interpretava Evelyn “Angel” Martin, que Rockford conheceu quanto passou um tempo na prisão. O personagem era um vigarista pouco confiável e patologicamente mentiroso, cujos esquemas constantemente colocam o detetive em apuros, mas mesmo assim os dois continuavam amigos. Margolin venceu dois Emmys seguidos, em 1979 e 1980, por conta do seu trabalho na 5ª e 6ª temporadas da atração. Ele apareceu em mais de 30 de episódios, incluindo o primeiro e o último da série, exibido em 1980, além de ter participado de todos os oitos telefilmes derivados da série nos anos 1990. Para completar, ainda dirigiu dois episódios da produção. Curiosamente, “Arquivo Confidencial” não foi a primeira e nem a última parceria de Margolin com James Garner. Os dois já haviam trabalhado juntos na série de western “Nichols” (1971–1972) e voltaram a se encontrar novamente em “Bret Maverick” (1981-1982), continuação do western clássico “Maverick” (1957–1962). Nas décadas seguintes, o ator fez participações em diversas séries como “O Toque de um Anjo” (1997-2000), Beggars and Choosers” (1999-2000) e “Tom Stone”, na qual apareceu em 26 episódios, exibidos entre 2002 e 2004, além do revival de “Arquivo X” (em 2018). Ele também participou dos filmes “O Vigarista do Ano” (2006) e “A Negociação” (2012), ambos estrelados por Richard Gere, e continuava em atividade, tendo escrito e estrelado “What the Night Can Do”, que foi dirigido por seu filho Christopher Martini em 2020, e participado do curta “Home” neste ano, com direção do neto Sean Carlo Martini. Em sua postagem anunciando a morte de Margolin, Max Martini (o pai de Sean Carlo) o definiu como “um padrasto profundamente talentoso que sempre esteve presente com amor e apoio para sua família”. Confira a postagem abaixo. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Max Martini (@maxmartinila)
Gavin MacLeod (1931–2021)
O ator Gavin MacLeod, que estrelou as séries clássicas “Mary Tyler Moore” e “O Barco do Amor”, morreu na manhã deste sábado (29/5) aos 90 anos. A causa da morte não foi informada, mas sua saúde vinha deteriorando nos últimos meses. Nascido Allan George See, ele adotou o nome artístico ao estrear no cinema em 1958, como um policial no drama criminal “Quero Viver!”. No ano seguinte, teve pequenos papéis nos clássicos “Estranha Obsessão” e “Os Bravos Morrem de Pé”, e acabou se destacando como coadjuvante na comédia de guerra “Anáguas a Bordo”, de Blake Edwards. “Anáguas a Bordo” foi uma prévia do tipo de papel que ele faria alguns anos depois na série “Marinha de McHale”, na qual viveu o marinheiro “Happy” Haines. Exibida de 1962 a 1966, a série sobre a tripulação de um torpedeiro americano durante a 2ª Guerra Mundial fez tanto sucesso que originou dois filmes, “Marujos do Barulho” (1964) e “Os Marujos… na Força Aérea” (1966), ambos com MacLeod em seu elenco. Ele continuou na Marinha na aventura clássica “O Canhoneiro do Yang-Tsé” (1966), estrelada por Steve McQueen, e voltou a trabalhar com Blake Edwards na comédia mais engraçada do diretor, “Um Convidado Bem Trapalhão” (1968), com Peter Sellers. Depois de estrelar outra famosa comédia de guerra, “Os Guerreiros Pilantras” (1970), ao lado de Clint Eastwood, entrou no elenco fixo de “Mary Tyler Moore” como Murray Slaughter, redator do telejornal em que a protagonista trabalhava, atuando em cada um dos 168 episódios das sete temporadas da atração. “Mary Tyler Moore” marcou época, influenciou costumes, especialmente os direitos femininos, rendeu três séries derivadas e até um telefilme de reencontro no ano 2000. Mas poucos integrantes do elenco tiveram a sorte de trocar o sucesso daquela série por outro programa de grande audiência. MacLeod foi um deles. O ator emendou “Moore” com “O Barco do Amor”, ficando fora do ar apenas dois meses entre as duas séries, em 1977. O novo trabalho foi ainda mais duradouro. Em “O Barco do Amor”, ele interpretou o capitão Stubing, responsável por comandar o navio de cruzeiros românticos por nada menos que 249 episódios em 10 anos. E mesmo após o fim da viagem televisiva, em 1987, ainda voltou para um telefilme de reencontro, “O Barco do Amor: O Dia dos Namorados”, em 1990, e num episódio do reboot “Love Boat: The Next Wave”, em 1998. Apesar de não ter emplacado outros papéis fixos, o ator continuou no ar por vários anos, aparecendo em episódios de “Oz”, “The King of Queens”, “JAG: Ases Invencíveis”, “O Toque de um Anjo”, “That ’70s Show” e “Zack & Cody: Gêmeos à Bordo”. Além disso, o sucesso de “O Barco do Amor” lhe garantiu outro emprego duradouro, como porta-voz da empresa de cruzeiros marítimos Princess Cruises. Nos últimos anos, MacLeod e sua esposa Patti Kendig se tornaram evangélicos, o que resultou numa reconciliação – e segundo casamento – após o divórcio, além de levar o casal a estrelar juntos a sci-fi cristã “A Jornada: Uma Viagem pelo Tempo”, em 2002. Sua despedida do cinema foi com outro filme evangélico, “As Histórias de Jonathan Sperry”, em 2008. Cinco anos depois, ele publicou seu livro de memórias, “This Is Your Captain Speaking: My Fantastic Voyage Through Hollywood, Faith & Life”. Ed Asner, que interpretou o chefe de MacLeod em “Mary Tyler Moore” – e que os mais jovens conhecem como a voz do velhinho ranzinza de “Up – Altas Aventuras” – prestou homenagem ao amigo no Twitter, escrevendo: “Meu coração está partido. Gavin era meu irmão, meu parceiro no crime (e na comida) e meu conspirador cômico. Te vejo daqui a pouco, Gavin. Diga à turma que os verei em breve. Betty! Agora somos só você e eu”, completou, citando Betty White (“Super Gatas”). Os dois são os últimos astros remanescentes da série dos anos 1970.
Renegades: Luc Besson recicla Os Guerreiros Pilantras em trailer de novo filme de ação
A EuropaCorp divulgou o pôster e o trailer de “Renegades”, novo filme de ação escrito e produzido por Luc Besson (criador da franquia “Busca Implacável”). E como Besson não aprende, após ter sido condenado por plágio de “Fuga de Nova York” (1981) na criação de “Sequestro no Espaço” (2012), o novo filme é praticamente uma nova versão de “Os Guerreiros Pilantras” (1970). A diferença é que, em vez de se passar na 2ª Guerra Mundial como o filme estrelado por Clint Eastwood, a ação agora acontece nos anos 1990, durante a guerra da Bósnia. Mas a premissa é a mesma, envolvendo um grupo de militares renegados, que resolve assumir uma missão por interesse próprio, visando recuperar uma fortuna em ouro nazista supostamente escondido em território inimigo. Como curiosidade, o filme de 1970 foi uma coprodução iugoslava filmada onde hoje é a Croácia. A versão de Besson aumenta a dificuldade do golpe ao esconder o ouro numa cidade bósnia submersa, devido à explosão de uma represa na 2ª Guerra. Assim, além de invadir as linhas inimigas, os novos renegados precisarão recuperar a fortuna do fundo de um lago. Por “coincidência”, seu meio de transporte favorito também é um tanque de guerra. O elenco inclui Sullivan Stapleton (série “Blindspot”), Ewen Bremner (“Trainspotting”), Diarmaid Murtagh (série “Vikings”), Charlie Bewley (“Martelo dos Deuses”), o alemão Clemens Schick (“Caçadores de Emoção: Além do Limite”), a holandesa Sylvia Hoeks (“O Melhor Lance”) e J.K. Simmons (“Whiplash”) como comandante que não percebe o golpe debaixo de seu nariz. A história foi coescrita por Richard Wenk (“O Protetor”) e dirigida por Steven Quale (“Premonição 5”). A estreia está marcada para 3 de fevereiro nos EUA e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.


