As 10 melhores séries de outubro
Com cada vez mais séries lançadas todas as semanas nos diversos serviços de streaming em operação no Brasil, não há maratona de sofá que dê conta de acompanhar o ritmo do mercado. A seleção abaixo é um lembrete para reforçar produções que merecem atenção e que podem estar passando batidas entre a enxurrada de títulos recentes. O destaque é uma produção grandiosa de sci-fi, mas em meio às tramas de fantasia – e terror – destacam-se também séries dramáticas baseadas em histórias reais e títulos bastante representativos do novo humor britânico. Confira abaixo o Top 10 com os trailers de cada destaque. | PERIFÉRICOS | AMAZON PRIME VIDEO A série sci-fi produzida pelos criadores de “Westworld” traz Chloë Grace Moretz (“Suspiria”) como uma mulher desiludida dos EUA rural, que não vê futuro em sua vida. Até que o futuro chega pelas mãos de seu irmão, vivido por Jack Reynor (“Midsommar”): um novo simulador beta de realidade virtual. A princípio impressionada com o realismo das imagens do aparelho que o irmão foi contratado para testar, ela logo muda de ideia ao perceber que pode ser ferida de verdade ao usar o aparelho perigoso. Na verdade, o que os irmãos pensam ser uma simulação do ciberespaço revela-se uma conexão real com o futuro, possibilitada por uma tecnologia de outra época. A trama é baseada no best-seller homônimo de William Gibson, criador do movimento cyberpunk, e lida com linhas temporais diferentes e como um contato com o futuro pode influenciar o presente e impactar a História. A adaptação foi feita por Scott B. Smith, escritor dos livros que viraram o suspense “Um Plano Simples” (1998) e o terror “As Ruínas” (2008), com Jonathan Nolan e Lisa Joy (os criadores de “Westworld”) atuando como produtores por meio de sua empresa Kilter Films. A série é o primeiro fruto de um contrato fechado pelo casal com a Amazon para desenvolver novas atrações exclusivas. Para completar, o primeiro episódio tem direção do cineasta Vincenzo Natali (“Cubo”, “Splice – A Nova Espécie”). | O CLUBE DA MEIA-NOITE | NETFLIX A nova série de terror desenvolvida pelo cineasta Mike Flanagan, responsável pelas minisséries “A Maldição da Residência Hill”, “A Maldição da Mansão Bly” e “A Missa da Meia-Noite”, começa como um drama juvenil de doença, antes de sofrer uma reviravolta tensa e sobrenatural e se tornar uma das melhores do diretor – usando o horror como forma de ilustrar as piores coisas que podem se manifestar contra alguém. A trama gira em torno de um grupo de adolescentes com doenças terminais, que se reúne todo dia à meia-noite na clínica em que estão internados para contar histórias de terror. Essas histórias ganham vida nos episódios, mas há um fio narrativo que se sobrepõe. No espírito desses encontros, o grupo decide firmar um pacto sinistro: o primeiro deles que morrer deve tentar se comunicar com os amigos que sobreviveram. Pois assim que essa morte ocorre, coisas estranhas começam a acontecer. A produção adapta o livro homônimo de Christopher Pike com um elenco repleto de atores jovens, com destaque para Iman Benson (“Alexa & Katie”), Aya Furukawa (“O Clube das Babás”) e Igby Rigney (“Missa da Meia-Noite”), além dos adultos Zach Gilford (também de “Missa da Meia-Noite”) e a sumida Heather Langenkamp (a eterna Nancy de “A Hora do Pesadelo”) como um médico e uma enfermeira do hospital. | OS WINCHESTERS | HBO MAX Prólogo de “Supernatural”, a nova série semanal de terror conta a história dos pais de Sam e Dean, os irmãos Winchester do programa original. Enquanto Mary Campbell é apresentada como uma jovem de 19 anos que tem lutado contra as forças das trevas desde a infância, John Winchester é um veterano da Guerra do Vietnã que até recentemente desconhecia a existência de demônios. Os personagens principais são interpretados por Meg Donnelly (“American Housewife”) e Drake Rodger (“Not Alone”). “The Winchesters” é comandada pelo showrunner Robbie Thompson, que foi co-produtor executivo de “Supernatural”, e conta com produção de Jensen Ackles, o Dean, que também participa como narrador da história. Outra curiosidade do elenco é a escalação de Tom Welling (o Clark Kent de “Smallville”) como Samuel Campbell, o pai de Mary, originalmente interpretado por Mitch Pileggi em “Supernatural”. Samuel é um caçador veterano e autoritário que ensinou a Mary tudo o que sabe, mas só surge na tela a partir do episódio sete. | TRÊS IRMÃS | NETFLIX Esta adaptação muito – mas muito – livre de “Adoráveis Mulheres”, clássico literário de Louisa May Alcott (levado às telas por Greta Gerwig em 2019), é um drama contemporâneo e capitalista sobre a luta de três irmãs para sair da pobreza, que surpreende com reviravoltas inesperadas. Vivendo uma vida sem luxos e enfrentando os desperdícios da mãe perdulária, as duas irmãs mais velhas da família Oh se esforçam para dar à mais nova e de inclinação artística um futuro melhor. Mas enquanto uma perde o emprego e se entrega ao álcool, a outra se envolve num perigoso esquema de peculato depois que um suicídio inesperado a deixa com 2 bilhões de won (em torno de R$ 7,3 milhões), conduzindo as irmãs a um enfrentamento com a família mais rica do país. As irmãs são vividas por Kim Go-eun (“O Rei Eterno”), Nam Ji-Hyun (“O Túnel”) e Park Ji-hu (“All of Us Are Dead”), e a trama é assinada pela premiada roteirista Jeong Seo-kyeong, parceira do diretor Park Chan-wook em cinco filmes, incluindo “Lady Vingança”, “A Criada” e o recente “Decision to Leave”. | RECOMEÇO | NETFLIX Na minissérie dramática, Zoë Saldaña (“Guardiões da Galáxia”) vive uma americana que se apaixona por um chef (o novato Eugenio Mastrandrea) enquanto estuda na Itália. O enredo romântico leva os dois a construírem uma vida nos Estados Unidos. Mas aí acontece a reviravolta tradicional do gênero – veja-se toda a prateleira de obras de Nicholas Sparks – , que envolve doença e a necessidade de seguir em frente. A diferença em relação aos vários exemplares similares é que essa história é real. A atração adapta um best-seller escrito pela também atriz Tembi Locke (das séries “Eureka” e “The Magician”) com base em sua própria vida. A adaptação é assinada pela irmã de Tambi, a roteirista Attica Locke, que escreveu episódios de “Empire” e da minissérie “Olhos que Condenam” (When They See Us), e é produzida pela própria Zoë Saldaña em parceria com Reese Witherspoon (de “Big Little Lies”). | A INUNDAÇÃO DO MILÊNIO | NETFLIX Baseada numa inundação real de 1997, a série polonesa de catástrofe acompanha os esforços para impedir que a capital da Baixa Silésia seja sepultada pelo avanço das águas. Mas quando os políticos tomam a decisão de salvar a cidade, as vilas e campos ao redor são entregues à própria sorte. Os criadores Kasper Bajon (de “A Saída”, também disponível na Netflix) e Kinga Krzemińska apresentam em detalhes as histórias das pessoas envolvidas na tragédia, encarregados da emergência e vítimas, criando um retrato convincente e imensamente envolvente da comunidade durante seis episódios. | SOM NA FAIXA | NETFLIX A indústria digital e seus “killer apps” têm rendido várias minisséries reveladoras, mas nenhuma tão focada quanto esta produção sueca, que oferece um relato acurado de como uma pequena empresa de Estocolmo revolucionou a indústria musical com a ideia de lançar uma plataforma (não pirata) de música por assinatura. Trata-se da história do Spotify. Com roteiro de Christian Spurrier (“Silent Witness”) e direção de Per-Olav Sørensen (“Royalteen”), a trama poderia se centrar apenas em Daniel Ek (Edvin Endre, de “Fartblinda”), que, frustrado por não ser considerado bom o suficiente para trabalhar no Google, acabou criando o Spotify. Em vez disso, divide seu protagonismo com outros profissionais que, de uma forma ou outra, imaginaram a resposta às preces das gravadoras durante a crise sem precedentes que ameaçou acabar com a indústria fonográfica no começo do século 21. | BRASSIC 3 | HBO MAX Uma das comédias britânicas mais populares da atualidade e maior sucesso do canal pago Sky em sete anos, “Brassic” segue a vida de Vinnie O’Neill (Joe Gilgun, de “Preacher”) e seus amigos na cidade fictícia de Hawley, no norte da Inglaterra. O grupo comete vários crimes para manter dinheiro no bolso, mas à medida que envelhecem e se tornam conhecidos dos guardas da prisão local, alguns começam a se perguntar se não existe outra forma de ganhar a vida – até surgir a ideia de outro golpe infalível. A boa audiência da série fez crescer o número de episódios a partir da 3ª estreia – de seis para oito capítulos – e já garantiu renovação até seu quinto ano de produção. Além de estrelar, Gilgun é cocriador da série com Danny Brocklehurst (“Shameless”) e foi indicado pelo papel, por dois anos seguidos, ao BAFTA TV (o Emmy britânico) como Melhor Ator de Comédia do Reino Unido. | OS FORA DA LEI | HBO MAX Criada por Stephen Merchant (co-criador de “The Office”) e Elgin James (criador de “Mayans M.C.”), a comédia britânica segue sete estranhos de diferentes estilos de vida que são forçados a cumprir uma sentença de serviços comunitários em Bristol, na Inglaterra. E durante a limpeza de uma casa abandonada e caindo aos pedaços, encontram uma fortuna em dinheiro escondido – que pertence a um perigoso criminoso. Todos têm planos para o dinheiro, inclusive o verdadeiro dono, o que os transforma em alvos. O elenco fantástico inclui o próprio Merchant, Eleanor Tomlinson (“The Nevers”), Darren Boyd (“Spy”), Rhianne Barreto (“Hanna”), Gamba Cole (“Guerrilha”) e o veterano Christopher Walken (“Sete Psicopatas e um Shih Tzu”), entre outros. Um detalhe interessante é que, além de obter muitas críticas positivas, “The Outlaws” virou notícia no Reino Unido devido a um episódio em que os personagens precisam pintar de branco alguns muros grafitados e acabam apagando uma obra de arte de ninguém menos que Banksy, para valer – melhor ainda: o desenho teria sido supostamente criado pelo próprio Banksy para este fim. A rede BBC já produziu uma 2ª temporada, ainda inédita no Brasil. | DERRY GIRLS 3 | NETFLIX Uma das melhores séries britânicas recentes chega ao fim. As duas primeiras temporadas tem “apenas” 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, destacando a irreverência das atrizes Saoirse-Monica Jackson, Louisa Harland, Nicola Coughlan e Jamie-Lee O’Donnell, além do “Derry Boy” Jamie-Lee O’Donnell, como adolescentes do começo dos anos 1990 na Irlanda do Norte. A trama acompanha seus cotidianos na escola, casa e ruas da cidade que batiza a produção. Como a comédia é uma história de amadurecimento, a história termina com os cinco adolescentes virando lentamente adultas… mas muito lentamente, enquanto a própria Irlanda do Norte amadurece, encerrando um período de confrontos entre católicos e protestantes, para entrar em uma fase mais esperançosa.
Estreias de séries sombrias se destacam na véspera do Halloween
Séries de terror, suspense e temática sobrenatural dominam a relação de lançamentos em streaming no fim de semana que antecede o Halloween. Mas a lista também têm comédias de humor sombrio e uma animação para adultos. Confira abaixo 10 séries e temporadas novas para maratonar. | O GABINETE DE CURIOSIDADES DE GUILLERMO DEL TORO | NETFLIX A nova série de terror em formato de antologia, concebida pelo diretor vencedor do Oscar por “A Forma da Água”, tem oito episódios, cada um com histórias, elencos e diretores distintos, e seguindo tendências diferentes do terror, do gótico clássico à fantasia mística. A qualidade varia – metade dos episódios é muito boa, a outra nem tanto – , refletindo a lista dos selecionados pelo cineasta para escrever e dirigir os episódios. São nomes bem conhecidos dos fãs do gênero, como Panos Cosmatos (“Mandy: Sede de Vingança”), Jennifer Kent (“O Babadook”), Vincenzo Natali (criador da franquia “Cubo”), Ana Lily Amirpour (“Garota Sombria Caminha pela Noite”), David Prior (“O Mensageiro dos Últimos Dias”), Keith Thomas (do remake de “Chamas da Vingança”) e até Catherine Hardwicke (“Crepúsculo”), além de Guillermo Navarro, diretor de fotografia dos filmes de Del Toro. O elenco é outro atrativo. Os episódios contam com atuações de Rupert Grint (“Harry Potter”), Andrew Lincoln (“The Walking Dead”), Sofia Boutella (“A Múmia”), Essie Davis (“O Babadook”), F. Murray Abraham (“Homeland”), Ben Barnes (“Sombra e Ossos”), Crispin Glover (“Deuses Americanos/American Gods”), Tim Blake Nelson (“Watchmen”) e Peter Weller (o RoboCop original), entre outros. | O FILHO BASTARDO DO DIABO | NETFLIX A adaptação da franquia literária “Half Bad”, de Sally Green, é uma boa surpresa para quem estava sentindo falta de um “Harry Potter” para adultos, como a saudosa “The Magicians/Escola de Magia” – isto é, encantamentos e poções combinados com palavrões e sexo. Jay Lycurgo (“Titãs”) vive um jovem bruxo com uma história sombria, nascido da união de membros de clãs rivais, cujo potencial mágico é complicado por uma profecia assustadora. Seu pai é o bruxo mais poderoso do mundo e, aparentemente, um maníaco genocida que matou vários integrantes do clã de sua mãe em uma reunião de paz. Como sua mãe morreu no parto, ele virou um pária, mas isso não impede outra bruxa adolescente e um trouxa hedonista de se interessarem por sua companhia – e mais – , ajudando-o a escapar quando as facções decidem intervir em seu destino. A produção é de Joe Barton (criador do thriller “Giri/Haji”), o elenco também destaca Nadia Parkes (“The Spanish Princess”) e Emilien Vekemans (“Instituto Voltaire”), e a trilha sonora – outro ponto alto do projeto – vem da banda Let’s Eat Grandma. | A HORA DO DIABO | AMAZON PRIME VIDEO O suspense britânico tem linhas do tempo paralelas e transversais, e explora como o distanciamento é capaz de tornar as memórias confusas e levar ficção a ser lembrada como fato. Isto é o que acontece com uma mulher que toda noite acorda infalivelmente às 3h33, a hora do diabo do título. A história da insônia estranha da mãe solteira, vivida por Jessica Raine (“Becoming Elizabeth”), e a falta de empatia de seu filho, gradualmente começa a convergir com o destino de outro personagem, vivido por Peter Capaldi (“Doctor Who”), um nômade recluso movido por uma obsessão assassina, que se torna o principal alvo de uma caçada policial liderada pelo detetive interpretado por Nikesh Patel (“Quatro Casamentos e Um Funeral”). A série tem produção de Steven Moffat, criador de “Sherlock”, e consegue manter um estado constante de alta tensão com o uso de sombras e ângulos sinistros. | MOTHERLAND: FORT SALEM 3 | STAR+ A série de Eliot Laurence (que também criou “Claws”) se passa numa realidade alternativa, onde as bruxas de Salem não foram exterminadas no final do século 17. Elas interromperam a caçada implacável com uma proposta irrecusável: lutar pela independência dos EUA em troca do fim de sua perseguição. Séculos depois, representam a força armada mais perigosa do país, responsáveis pela supremacia americana no cenário internacional. Mas a situação muda quando uma antiga organização de caçadores de bruxas trama para desacreditá-las e passa a influenciar o governo. A conclusão da série apresenta uma operação de guerrilha levada adiante por bruxas subversivas. Injustiçadas e incriminadas pelo governo americano, representantes de diferentes facções sobrenaturais se juntam para contra-atacar e expor a conspiração que coloca o mundo em risco. Apesar de reunir muitos personagens, as protagonistas são quatro jovens recrutas do exército de bruxas – as carismáticas Taylor Hickson (“Deadly Class”), Jessica Sutton (“A Barraca do Beijo”), Ashley Nicole Williams (“No Way Out”) e a norueguesa Amalia Holm (“Exposta”) – , que a série apresentou desde os treinamentos iniciais até os combates decisivos contra os inimigos, e que também chamaram atenção pela forma como representaram uma moralidade alternativa, inspirada na cultura arcana. | WISTING | HBO MAX Série mais cara produzida na Noruega, o suspense policial é baseado nos livros de Jørn Lier Horst, em que o detetive viúvo William Wisting (Sven Nordin, de “Rápidos e Perigosos”) lidera uma investigação de assassinato com a colaboração do FBI, já que o suspeito é um serial killer caçado nos EUA. Isto permite a participação de Carrie-Anne Moss (“Matrix”) como uma detetive americana, que precisa intervir quando a filha de Wisting se torna uma das vítimas. Metade da temporada inaugural gira em torno deste caso, enquanto a segunda parte traz Wisting como suspeito de adulteração de provas. As histórias são diferentes porque baseadas em livros distintos. A série adaptou mais obras do noir nórdico de Horst na 2ª e 3ª temporadas, ainda inéditas no Brasil. | PAGAN PEAK 2 | HBO MAX Outro suspense passado em cenários congelados, a série alemã acompanha uma dupla de policiais da Áustria e da Alemanha que precisa trabalhar junta nas montanhas da fronteira entre os dois países para caçar assassinos que se inspiram em lendas germânicas. Na 1ª temporada, o criminoso era um mascarado que se autodenominava Krampus (o Papai Noel do mal) e matava para punir malvados por seus pecados. Na 2ª, é um serial killer que caça e tortura vítimas do sexo feminino na floresta da região. Criada pelos alemães Cyrill Boss e Philipp Stennert (roteiristas de “O Segredo da Mansão Crocodilo”) e com produção da equipe de “Dark”, a série traz como protagonistas Julia Jentsch (“Edukators: Os Educadores”) e Nicholas Ofczarek (“Mulheres Divinas”). | OS FORA DA LEI | HBO MAX Criada por Stephen Merchant (co-criador de “The Office”) e Elgin James (criador de “Mayans M.C.”), a comédia britânica segue sete estranhos de diferentes estilos de vida que são forçados a cumprir uma sentença de serviços comunitários em Bristol, na Inglaterra. E durante a limpeza de uma casa abandonada e caindo aos pedaços, encontram uma fortuna em dinheiro escondido – que pertence a um perigoso criminoso. Todos têm planos para o dinheiro, inclusive o verdadeiro dono, o que os transforma em alvos. O elenco fantástico inclui o próprio Merchant, Eleanor Tomlinson (“The Nevers”), Darren Boyd (“Spy”), Rhianne Barreto (“Hanna”), Gamba Cole (“Guerrilha”) e o veterano Christopher Walken (“Sete Psicopatas e um Shih Tzu”), entre outros. Um detalhe interessante é que, além de obter muitas críticas positivas, “The Outlaws” virou notícia no Reino Unido devido a um episódio em que os personagens precisam pintar de branco alguns muros grafitados e acabam apagando uma obra de arte de ninguém menos que Banksy, para valer – melhor ainda: o desenho teria sido supostamente criado pelo próprio Banksy para este fim. A rede BBC já produziu uma 2ª temporada, ainda inédita no Brasil. | BRASSIC 3 | HBO MAX Uma das comédias britânicas mais populares da atualidade e maior sucesso do canal pago Sky em sete anos, “Brassic” segue a vida de Vinnie O’Neill (Joe Gilgun, de “Preacher”) e seus amigos na cidade fictícia de Hawley, no norte da Inglaterra. O grupo comete vários crimes para manter dinheiro no bolso, mas à medida que envelhecem e se tornam conhecidos dos guardas da prisão local, alguns começam a se perguntar se não existe outra forma de ganhar a vida – até surgir a ideia de outro golpe infalível. Sua boa audiência fez crescer o número de episódios a partir da 3ª estreia – de seis para oito capítulos – e garantiu renovação até seu quinto ano de produção. Além de estrelar, Gilgun é cocriador da série com Danny Brocklehurst (“Shameless”) e foi indicado por dois anos seguidos ao BAFTA TV (o Emmy britânico) como Melhor Ator de Comédia do Reino Unido. | MEU QUERIDO ZELADOR | STAR+ A comédia de humor sombrio traz Guillermo Francella (“O Clã”) no papel-título, um veterano zelador do prédio de uma empresa proeminente, que descobre os planos da diretoria para demiti-lo e decide se vingar antes disso. Muito divertida, a produção foi desenvolvida pela dupla de cineastas argentinos Mariano Cohn e Gastón Duprat, responsáveis pelos ótimos filmes “Cidadão Ilustre” (2016) e “Concorrência Oficial” (2021). | BIG MOUTH 6 | NETFLIX Criada pelos roteiristas Nick Kroll (criador do “Kroll Show”), Andrew Goldberg (“Uma Família da Pesada/Family Guy”), Mark Levin e Jennifer Flackett (ambos de “Viagem ao Centro da Terra – O Filme”), “Big Mouth” é uma série protagonizada por adolescentes e monstros. Mas são monstros simbólicos, hormonais, que se manifestam como vozes da consciência dos personagens centrais, jovens passando pelas mudanças físicas e biológicas da puberdade. Na nova temporada, os dramas de pais e filhos ganham destaque equivalente, assim como as crises de um casal de monstros hormonais, em meio ao nascimento de seu primogênito. O elenco de dubladores originais inclui John Mulaney (série “Mulaney”), Maya Rudolph (série “Up All Night”), Jason Mantzoukas (“Como Ser Solteira”), Jordan Peele (humorístico “Key and Peele”), Fred Armisen (humorístico “Portlandia”) e Jenny Slate (a voz da Arlequina em “Lego Batman: O Filme”).
William Lucking (1941–2021)
O ator William Lucking, que estrelou a série “Sons of Anarchy”, morreu no dia 18 de outubro aos 80 anos, de causa não divulgada. O falecimento foi informado nesta quinta (4/11) pela mulher do ator, a figurinista Sigrid Insull. “Embora William muitas vezes representasse homens durões, em sua vida real ele era um homem elegante com um intelecto brilhante que adorava discutir sobre política e assuntos atuais, discutir filosofia e física e afirmar opiniões precisas sobre arte e poesia”, ela descreveu. Lucking teve uma longa carreira no cinema e na televisão. Seus primeiros papéis foram participações nas séries “Têmpera de Aço” (Ironside) e “Missão Impossível” em 1968, antes de aparecer na maioria das séries de western do período, incluindo “Bonanza”, “O Homem de Virgínia”, “Chaparral”, “Lancer” e “Gunsmoke”. A estreia no cinema aconteceu em 1971, ano em que trabalhou em nada menos que três longas: “Os Dois Indomáveis”, “Os Desajustados” e “Ensina-me a Viver”. Bastante ativo, também coadjuvou em “A Fúria dos 7 Homens” (1972), “Poço de Ódio” (1973), “Doc Savage, o Homem de Bronze” (1975), “O Retorno do Homem Chamado Cavalo” (1976), “Mulher Nota 10” (1979), “Recrutas da Pesada” (1981), “O Rio Selvagem” (1994), “Dragão Vermelho” (2002) e “Desafiando os Limites” (2004), quase sempre em papéis de policial ou bandido. Antes de entrar em “Sons of Anarchy”, ele chegou a integrar duas séries rapidamente canceladas dos anos 1980, “Os Fora da Lei” e “Shannon”, e feito aparições recorrentes em “Esquadrão Classe A” e “Star Trek: Deep Space Nine”. Mas Piermont “Piney” Winston foi mesmo seu papel mais marcante. O visual de durão casou perfeitamente com o personagem, um motoqueiro veterano e cancerígeno, fundador da gangue Sons of Anarchy, que carregava sempre a tiracolo um tanque de oxigênio. O ator apareceu em 49 episódios da série, entre 2008 e 2011, representando com sua experiência e exemplo a integridade que o motoclube deveria representar. E, por conta disso, teve um final trágico, assassinado na 4ª temporada pelo ambicioso vilão Clay Morrow (Ron Pearlman). Depois de “Sons of Anarcy”, ele ainda fez o filme “Contrabando” (2012) com Mark Wahlberg e se despediu das telas após passagens pelas séries “Switched at Birth” (em 2013) e “Murder in the First” (2014).


