“A Mãe” tem melhor estreia de filme da Netflix em 2023
O novo thriller de ação estrelado por Jennifer Lopez, “A Mãe”, atraiu impressionantes 83,71 milhões de horas visualizadas durante seu lançamento na Netflix. O filme estreou na última sexta-feira (12/5) e a recepção do público deu à produção a melhor abertura de fim de semana de um filme da Netflix em 2023. Os números superam as últimas grandes produções da plataforma, “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” (2022) e “Mistério em Paris” (2023). O mais curioso é que a lista dos 10 filmes mais assistidos na semana não tem mais nenhum filme da Netflix. A relação traz apenas produções de cinema, como “O Pior Vizinho do Mundo” (2022), “Os Croods” (2013), “Nas Profundezas do Mar sem Fim” (1999), “Synchronic” (2019), “Kung Fu Panda 3” (2016), “No Lugar Errado” (2022), “Vingança Entre Assassinos” (2009), “Escolha Perfeita” (2012) e “Fogo contra Fogo” (1995). Já a relação das séries é totalmente composta por produções originais. “Rainha Charlotte” continua no topo da lista de séries mais assistidas em sua segunda semana de exibição. Entre os dias 8 e 14 de maio, a série acumulou impressionantes 158,68 milhões de horas visualizadas. Desde sua estreia em 4 de maio, o spin-off de “Bridgeton” já chegou a um total de 307 milhões de horas visualizadas. Vale apontar que a série “Inventando Anna” ocupa o 10º lugar entre as mais populares do streaming, com 511 milhões de horas visualizadas em seus primeiros 28 dias. Se a nova criação de Shonda Rhimes continuar no mesmo ritmo, é provável que alcance esse marco. Inclusive, cada temporada de Bridgerton teve mais de 600 milhões de horas visualizadas em seus primeiros 28 dias, marcando presença nesta lista. Outro fator que torna o sucesso de “Rainha Charlotte” ainda mais surpreendente é sua curta duração, com apenas seis episódios – que geram menos horas de exibição por temporada que uma série convencional da Netflix. Todas as séries que estão na lista de mais populares de todos os tempos na Netflix têm pelo menos oito capítulos. O sucesso da atração derivada também trouxe “Bridgerton” de volta ao ranking do streaming. Em 5º lugar, a 1ª temporada da série acumulou mais 23,88 milhões de horas visualizadas. Já a 2ª temporada apareceu em 9º lugar, com 17,25 milhões de horas visualizadas. No restante da lista, destacam-se ainda as 2ª temporadas de “Amigas Para Sempre”, com 31,9 milhões de horas visualizadas, e “Sweet Tooth”, com 27,61 milhões de horas visualizadas. Por sinal, a temporada inaugural de “Sweet Tooth” também reviveu no ranking, retornando em 10º lugar com 11 milhões de horas visualizadas. O 4º lugar ficou com a série documental “Busca Imediata – Pessoas Desaparecidas”, com 23,95 milhões de visualizações. Enquanto isso, os mais recentes sucessos da plataforma perderam muitas posições. A série “O Agente Noturno” teve 20,34 milhões de horas visualizadas e aparece em 6º, enquanto o thriller político “A Diplomata” ficou em 8º lugar com 18,37 milhões de horas visualizadas. Embora esteja sendo rodeada de polêmicas e críticas negativas, o alvoroço em torno de “Rainha Cleópatra” a colocou entre as séries mais populares da semana. Marcando 20,18 milhões de horas visualizadas, ocupa a 7ª posição no ranking. Confira abaixo os trailers das cinco séries em inglês mais vistas da Netflix na última semana. 1 | RAINHA CHARLOTTE – UMA HISTÓRIA BRIDGERTON | NETFLIX 2 | AMIGAS PARA SEMPRE | NETFLIX 3 | SWEET TOOTH | NETFLIX 4 | BUSCA IMEDIATA – PESSOAS DESAPARECIDAS | NETFLIX 5 | BRIDGERTON | NETFLIX
Os Croods 2 passa de US$ 150 milhões nas bilheterias mundiais
A animação “Os Croods 2: Uma Nova Era” manteve o 1º lugar das bilheterias dos EUA e Canadá, após recuperar o topo na semana passada – e isto foi dois meses após seu lançamento. A posição de destaque marca a quinta semana de liderança do filme, que está há 13 semanas em cartaz e já se encontra disponível na casa dos espectadores norte-americanos, via VOD. Graças à sua longevidade no ranking, a produção da DreamWorks Animation/Universal Pìctures ultrapassou os US$ 50 milhões de arrecadação doméstica e se encontra próximo de virar o filme de maior bilheteria da pandemia na América do Norte, recorde atualmente detido por “Tenet”, que fez US$ 57,9 milhões logo que os cinemas reabriram em agosto passado – período em que havia mais salas funcionando que agora. Entre sexta e domingo, “Os Croods 2” faturou US$ 1,7 milhão de ingressos vendidos em 1,9 mil salas dos EUA e Canadá. Mas ainda não começou a contar as bilheterias de muitos países, em que ainda não estreou. No Brasil, o lançamento está marcado apenas para 25 de março. No mundo inteiro, a Universal já contabilizou o dobro dos valores norte-americanos. O filme fez mais que US$ 100 milhões no mercado internacional, levando seu total a superar os US$ 150 milhões mundiais. Se este desempenho é festejado pelo estúdio, Hollywood inteira olha incrédula para as notícias que vem da China, onde filmes estão rendendo mais por dia que “Os Croods 2” faturaram até agora. Encabeça por blockbusters locais, como “Detective Chinatown 3”, “Hi, Mom” e “A Writer’s Odyssey”, a bilheteria chinesa somou nada menos que US$ 1,2 bilhão de arrecadação no atual feriado do Ano Novo Lunar.
Os Croods 2 volta a liderar bilheterias dos EUA após dois meses
A animação “Os Croods 2: Uma Nova Era” realizou um feito que não se via nas bilheterias da América do Norte desde os anos 1980. O filme da DreamWorks Animation/Universal Pictures voltou a vender mais ingressos que qualquer outro em sua 12ª semana em cartaz, reassumindo o 1º lugar. Lançado em novembro do ano passado, “Os Croods” tinha liderado originalmente as bilheterias por cinco fins de semanas, até 13 de dezembro. A reviravolta deste domingo (14/2) marca a primeira vez que o título aparece no topo do ranking em 2021. E isto acontece dois meses após perder a liderança e ficar disponível em VOD (aluguel digital) nos EUA. Para assumir o topo, a animação enfrentou três estreias. Mas eram títulos de circuito limitado, como “Judas e o Messias Negro”, de Shaka King, “Land”, a estreia da atriz Robin Wright na direção, e “The Mauritanian”, do veterano Kevin Macdonald, que chegaram aos cinemas como estratégia de campanhas por indicações ao Oscar. Além disso, “Judas e o Messias Negro” ainda foi disponibilizado simultaneamente na HBO Max. Isto explica porque, do ponto de vista tradicional, “Os Croods” conseguiu liderar com uma arrecadação baixa. Na verdade, seu faturamento foi típico de um filme que está a 12 semanas em cartaz: US$ 2 milhões (chegando a US$ 2,7 milhões com o fim de semana ampliado pelo feriado do Dia do Presidente nos EUA). O fato desse montante lhe render o 1º lugar se deve, além da falta de entusiasmo com as estreias, à queda generalizada das bilheterias devido ao coronavírus e também a um elemento de força maior: os EUA foram atingidos por uma forte tempestade de neve, que trancou as pessoas em suas casas durante o fim de semana. As vendas de “Os Croods 2” se concentraram nas regiões mais quentes do sul dos EUA, como opção de passatempo para famílias no feriadão. Ainda inédito no Brasil, “Os Croods 2” já arrecadou US$ 48,9 milhões na América do Norte e ultrapassou os US$ 150 milhões mundiais. O lançamento por aqui só vai acontecer em 25 de março.
Cloris Leachman (1926 – 2021)
A veterana atriz Cloris Leachman, que venceu oito Emmys e um Oscar ao longo de uma carreira de sete décadas, morreu na terça-feira (26/1) de causas naturais em sua casa em Encinitas, na Califórnia, aos 94 anos. Nascida em 30 de abril de 1926, em Des Moines, Leachman começou sua carreira no showbiz ao participar do concurso de beleza Miss America de 1946, o que lhe deu projeção e a levou a aparecer em algumas das primeiras séries da televisão americana, como “The Ford Theater”, “Studio One”, “Suspense”, “Danger” e “Actor’s Studio”. Paralelamente, ela passou a chamar atenção na Broadway, onde começou no pós-guerra. Depois de alguns pequenos papéis, foi escalada como substituta da atriz principal de “South Pacific” e precisou ter que se apresentar no palco durante um imprevisto da intérprete original. Acabou roubando a cena, virando a estrela principal e protagonizando nada menos que oito outros shows da Broadway depois disso, só nos anos 1950. Este sucesso explica porque ela demorou um pouco para emplacar nas telas. Um de seus primeiros papéis recorrentes foi na série da cachorrinha “Lassie” (1957-1958), mas sua presença geralmente se restringia a um episódio por série, incluindo inúmeros trabalhos em séries clássicas dos anos 1960, como “Além da Imaginação” (The Twilight Zone), “Gunsmoke”, “Couro Cru” (Rawhide), “Os Intocáveis” (The Untouchables), “Rota 66” (Route 66), “Alfred Hitchcock Apresenta” (Alfred Hitchcock Presents), “77 Sunset Strip”, “Os Defensores”, “Têmpera de Aço”, “Lancer”, “Mannix”, “Perry Mason” e “Dr. Kildare”, onde voltou a aparecer em vários capítulos. Ao mesmo tempo, Leachman começou a investir na carreira cinematográfica. Seu primeiro papel no cinema foi uma pequena participação no clássico noir “A Morte num Beijo” (1955), de Robert Aldritch, seguido pelo drama de guerra “Deus é Meu Juiz” (1956), com Paul Newman. Seu sucesso na Broadway a manteve distante das telas grandes por mais de uma década, mas permitiu um reencontro com Newman em seu retorno, no clássico blockbuster “Butch Cassidy” (1968). No início dos anos 1970, Leachman finalmente se concentrou nos filmes. E foi reconhecida pela Academia por um de seus papéis mais marcantes, como Ruth Popper, a solitária esposa de meia-idade de um treinador de futebol americano, gay e enrustido, no cultuado drama em preto e branco “A Última Sessão de Cinema” (1971), de Peter Bogdanovich. Seu desempenho poderoso lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Em seguida, co-estrelou “Dillinger” (1973), de John Milius, voltou a trabalhar com Bogdanovich em “Daisy Miller” (1974) e quase matou o público de rir numa das comédias mais engraçadas de todos os tempos, “O Jovem Frankenstein” (1974), de Mel Brooks, como Frau Blücher, cujo nome dito em voz alta fazia até cavalos relincharem com apreensão. Brooks, por sinal, voltou a escalá-la como uma enfermeira suspeita em sua segunda melhor comédia, “Alta Ansiedade” (1977). Nesta época, ela também assumiu seu papel mais famoso da TV, como Phyllis Lindstrom, a vizinha metida da série “Mary Tyler Moore” (1970–1977). Ela foi indicada ao primeiro Emmy da carreira pelo papel em 1972. E finalmente venceu como Melhor Coadjuvante em 1974 e 1975. Após o segundo Emmy, sua personagem ganhou atração própria, “Phyllis”, que durou duas temporada (até 1977), além de aparecer em crossovers com a série original e outra derivada, “Rhoda” – e lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz. Mesmo com a agenda lotada, Leachman ainda conseguiu viver a Rainha Hipólita na série da “Mulher-Maravilha”, em 1975. Ela continuou a acumular créditos no cinema e na TV ao longo dos anos 1970 e 1980 antes de voltar a ter um papel fixo, o que aconteceu na série “Vivendo e Aprendendo” (The Facts of Life). A atriz assumiu o protagonismo das duas últimas temporadas da atração (que durou nove anos) como substituta da estrela original, Charlotte Rae, interpretando Beverly Ann Sickle, a irmã tagarela da personagem de Rae, entre 1986 e 1988. Mais recentemente, ela ganhou dois Emmys e quatro outras indicações por seu papel na sitcom “Malcolm” (Malcolm in the Middle), como a mãe malvada de Jane Kaczmarek (de 2001 a 2006), além de ter rebido nova indicação ao Emmy por interpretar Maw Maw, a bisavó da personagem-título da sitcom “Raising Hope”, entre 2010 e 2014 na mesma rede. Leachman também foi a mãe agitada de Ellen DeGeneres na sitcom “The Ellen Show”, que foi ao ar em 2001-02, e uma paciente de terapia de Helen Hunt no revival de “Louco por Você” (Mad About You), exibido em 2019, quando já estava com 93 anos. A atriz ainda desenvolveu uma carreira robusta como dubladora, a partir da participação da versão “Disney” do anime clássico “O Castelo no Céu” (1986), de Hayao Miyazaki. Ela voltou a trabalhar em outra dublagem de Miyazaki em 2008, em “Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar”, fez parte do elenco do cultuado “O Gigante de Ferro” (1999) e teve um papel de voz breve, mas memorável no filme “Beavis e Butt-Head Detonam a América”, de 1996, como uma mulher idosa que encontra os meninos na estrada várias vezes, chamando-os de “Travis e Bob”. Entre seus últimos trabalhos, estão dublagens de personagens recorrentes das séries animadas da Disney “Phineas e Ferb” e “Elena de Avalor”. E ela ainda pode ser ouvida atualmente nos cinemas dos EUA em seu último papel, como Gran, a velha sogra do protagonista Grug (Nicolas Cage) em “Os Croods 2: Uma Nova Era”, após ser responsável pelas melhores piadas do primeiro filme, de 2013. Atrasado devido à pandemia, “Os Croods 2” só vai estrear no Brasil em março.
Na Mira do Perigo, com Liam Neeson, lidera bilheterias dos EUA pela segunda semana
Liam Neeson é o campeão da ação da pandemia. Ele já tinha liderado as bilheterias por duas semanas em outubro com “Legado Explosivo” e agora domina janeiro com “Na Mira do Perigo”, que chega à sua segunda semana no topo da arrecadação da América do Norte. O faturamento, porém, é baixo. A produção da Open Road rendeu US$ 2,03 milhões no fim de semana, o que totaliza US$ 6,09 milhões em dez dias. Este desempenho fraquíssimo reflete as bilheterias minguadas dos últimos dias, quando nem filmes de grandes orçamentos como “Mulher-Maravilha 2020” (lançada simultaneamente em streaming) e “Monster Hunter” (lançado exclusivamente nos cinemas) tiveram boas arrecadações. Com cerca de um mês em cartaz, “Mulher-Maravilha 2020” fez US$ 35 milhões e “Monster Hunter” US$ 10 milhões nos EUA e Canadá. Apenas a Universal está festejando a temporada. Não apenas por “Croods 2: Uma Nova Era” continuar em 2º lugar nas bilheterias e já somar US$ 41 milhões no mercado doméstico, mas porque este filme e outros relativos sucessos da temporada foram disponibilizados em PVOD (locação digital premium), onde lideram o ranking como os mais alugados, rendendo mais dinheiro para o estúdio que nos cinemas. A conta é simples e todos os grandes estúdios já a fizeram, o que explica os recentes adiamentos anunciados por Sony, Disney, Paramount e MGM. Até a Universal, que venceu a disputa histórica com os exibidores para diminuir a janela de exclusividade para lançamentos nos cinemas (faturando com o PVOD), também teve títulos adiados. Apesar do começo da vacinação, ainda vai demorar para a situação se normalizar e o impacto contínuo da pandemia de coronavírus tende a piorar cada vez mais as finanças dos donos de cinema. A expectativa de quebra-quebra só aumentou com o novo recuo dos estúdios, que desistiram de fazer lançamentos de impacto no primeiro semestre de 2021. O pior é que um novo ciclo de adiamentos não está descartado.
Na Mira do Perigo: Novo filme de ação de Liam Neeson lidera bilheterias nos EUA
“Na Mira do Perigo” (The Marksman), novo thriller de ação de Liam Neeson, liderou a bilheteria do fim de semana na América do Norte, onde 60% de todos os cinemas estão fechados. A produção da Open Road, que tem estreia marcada para 18 de fevereiro no Brasil, foi o segundo filme de Neeson lançado durante a pandemia. O anterior, “Legado Explosivo”, também abriu em 1º lugar em outubro passado. Curiosamente, ambos foram rejeitados pela crítica. “Na Mira do Perigo” conquistou apenas 33% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. O chefe da Open Road, Tom Ortenberg, comemorou os US$ 3,2 milhões arrecadados pelo longa entre sexta e domingo (17/1), dizendo em comunicado que “é uma verdade universal que mesmo em um mercado deprimido existem oportunidades”. “Como ‘Legado Explosivo’, ‘Na Mira do Perigo’ preencheu uma lacuna no mercado. São distribuidores de médio porte como nós que conseguem preencher o vazio e atender às necessidades. Há uma grande sede de produto entre os consumidores e a oportunidade está aí. A competição é leve e podemos comercializar e distribuir filmes por menos dinheiro”. A animação “Os Croods 2: Uma Nova Era”, da Universal/DreamWorks Animation, ficou com o 2º lugar, somando mais US$ 2 milhões para atingir US$ 40,1 milhões após oito fins de semana em cartaz. O desempenho é considerado um sucesso não apenas devido à pandemia, mas principalmente porque o filme já está disponível em PVOD (locação digital premium) nos EUA há quatro semanas. A boa arrecadação de “Os Croods 2” é, na verdade, mundial. Antes mesmo de estrear no Brasil, o desenho já somou US$ 134,8 milhões em todo o mundo. O lançamento nacional só vai acontecer em 25 de março. O Top 3 norte-americano provavelmente se completa com “Mulher-Maravilha 1984”, mas os valores dos ingressos vendidos ainda não foram divulgados pela Warner. O site Box Office Mojo especula que o filme tenha arrecadado US$ 1,9 milhão no fim de semana, elevando seu montante para US$ 36 milhões nos EUA e Canadá desde seu lançamento em 25 de dezembro. Em todo mundo, seriam US$ 135 milhões, bem menos que os cerca de US$ 200 milhões gastos na filmagem. Mas a Warner já anunciou uma continuação, dizendo-se feliz com o resultado do lançamento simultâneo em streaming. A heroína da DC Comics atraiu muitos assinantes novos para a HBO Max, mas esses números também estão sendo mantidos em segredo pela empresa.
Monster Hunter perde aposta contra pandemia nas bilheterias dos EUA
A Sony fez uma aposta de risco em “Monster Hunter” e deve perder uma fortuna. O filme de monstros gigantes, orçado em US$ 60 milhões e estrelado por Milla Jovovich (“Resident Evil”), teve um desempenho muito pior que o esperado em sua estreia nos EUA e Canadá neste fim de semana. Com uma arrecadação de somente US$ 2,2 milhões entre sexta e domingo (20/12), ficou abaixo da média de US$ 3 milhões que vinha marcando as estreias dos últimos meses, durante a pandemia. O valor é reflexo da diminuição crescente dos salas de exibição em atividade. Apenas 2,3 mil cinemas estão abertos na América do Norte, dos quais 1,7 mil receberam a produção de efeitos visuais monstruosos. O estúdio não negociou um lançamento simultâneo ou antecipado em streaming com o parque exibidor, porque acreditava poder compensar o esperado prejuízo norte-americano com um grande sucesso asiático. A franquia “Resident Evil”, também estrelada por Jovovich, teve seu maior desempenho na China. Mas a estreia chinesa de “Monster Hunter” acabou prejudicada por uma cena que o público entendeu como racista, levando as autoridades do país a ordenarem a retirada do filme de cartaz. Para completar, a crítica não aprovou a nova adaptação de videogame, considerada medíocre, com 48% de notas positivas na média compilada pelo site Rotten Tomatoes. De todo modo, essa nota é bem maior que a média dos filmes de “Resident Evil”, qualificados como lixo, em aprovações que variaram de 22% a 38% em toda a franquia. Os US$ 2,2 milhões de “Monster Hunter” se tornam ainda mais abissais quando comparados à estreia que ocupou o fim de semana antes do Natal em 2019. Neste período do ano passado, “Star Wars: A Ascensão Skywalker” abriu com nada menos que US$ 177,3 milhões no mercado norte-americano. Graças ao desastre da Sony, devem diminuir muito as críticas feitas contra a Warner por decidir lançar seus filmes, a partir de “Mulher-Maravilha 1984”, simultaneamente nos cinemas e na plataforma HBO Max para os assinantes do serviço de streaming, que por enquanto só é comercializado na América do Norte. Um bom parâmetro pode ser traçado pelo desempenho de “Croods 2: Uma Nova Era”, da Universal e DreamWorks Animation. Cumprindo seu cronograma de apenas três fins de semana exclusivos nos cinemas, o filme foi lançado na sexta (18/12) em PVOD (locação digital premium) e, mesmo assim, ocupou o 2º lugar no ranking das bilheterias de cinema, com uma arrecadação muito próxima da atingida pelo líder estreante: US$ 2 milhões. A sequência de “Os Croods” rendeu até agora US$ 27 milhões nos cinemas norte-americanos, mas já soma US$ 84,5 milhões mundiais, com cerca de 60% desse valor vindo da China, onde o filme faturou US$ 50 milhões. Tanto “Monster Hunter” quanto “Os Croods 2” sofreram adiamentos em suas previsões de estreia para o Brasil. Os dois filmes foram remanejados para janeiro, respectivamente nos dias 14 e 21. Mas, com isso, correm o risco de encontrarem os cinemas fechados devido à disparada de casos de covid-19 no país.
Os Croods 2 completa três fins de semanas no topo das bilheterias dos EUA
A animação “Os Croods 2: Uma Nova Era” manteve sua liderança nas bilheterias da América do Norte em seu terceiro fim de semana seguido. O filme da DreamWorks/Universal faturou US$ 3 milhões entre quinta e domingo (13/12), totalizando US$ 24,1 milhões na América do Norte. No mercado internacional, a sequência arrecadou outros US$ 8,4 milhões, chegando a um total global de US$ 76,3 milhões. Apesar do valor razoável diante da pandemia, ainda não é suficiente para equilibrar as despesas. A animação custou US$ 65 milhões apenas para ser produzida. Mas os planos da Universal para recuperar o investimento neste e em outros títulos têm chamado a atenção do mercado. Graças a um acordo sem precedentes com as redes de cinema dos EUA, que permite ao estúdio encaminhar os títulos em cartaz para locação online após apenas três fins de semana nos cinemas, o retorno tem sido praticamente garantido. Isto também dá à Universal uma disposição para realizar lançamentos nos cinemas que nenhum de seus rivais parece demonstrar. Não por acaso, os cinemas dos EUA atualmente só exibem filmes da Universal, ao lado de títulos antigos de catálogo (como “Um Duende em Nova York” e “Férias Frustradas de Natal”) e a comédia indie “Guerra com o Vovô”. Não houve nenhum novo lançamento amplo no circuito norte-americano desde que “Os Croods 2” foi lançado por volta do Dia de Ação de Graças. No entanto, o drama romântico “Wild Mountain Thyme”, estrelado por Emily Blunt, teve um lançamento limitado na sexta passada (11/12). Destruído pela crítica (só 28% de aprovação no Rotten Tomatoes), o longa chegou em 450 cinemas e rendeu somente US$ 100 mil.
Os Croods 2 aumenta domínio do estúdio Universal nas bilheterias dos EUA
A animação “Os Croods 2: Uma Nova Era” manteve sua liderança nas bilheterias da América do Norte em seu segundo fim de semana em cartaz. Exibido em 2.205 telas, o filme da DreamWorks Animation/Universal faturou US$ 4,4 milhões entre sexta e domingo (6/12). Lançado em 25 de novembro, na véspera do feriadão do Dia de Ação de Graças, o longa já soma US$ 20,3 milhões nos EUA e Canadá. Muito pouco para 12 dias em qualquer outro ano, mas o suficiente em tempos de pandemia. De acordo com estimativas da Comscore, apenas 35% dos cinemas estão funcionando na América do Norte e, mesmo assim, os que permanecem abertos estão operando com capacidade reduzida, horários limitados e mantendo requisitos de distanciamento social. Em termos de comparação, há sete anos o primeiro “Croods” (2013) arrecadou US$ 89 milhões durante seus dois primeiros fins de semana, com lançamento em 4 mil salas. Apesar do predomínio da sequência animada, o circuito recebeu algumas estreias neste fim de semana, como a comédia “Half Brothers”, coprodução mexicana que abriu em 2º lugar, mas fez apenas US$ 720 mil em 1.369 locais, e o romance “All My Life”, estrelado por Jessica Rothe e Harry Shum Jr., que ficou em 4º lugar, com US$ 350 mil em 970 salas. O detalhe é que estas duas estreias são produções da Universal, assim como “Os Croods 2” e o 3º lugar do ranking, o terrir “Freaky – No Corpo de um Assassino” (US$ 460 mil em 1.502 telas). De forma impressionante, das oito maiores bilheterias do fim de semana, apenas um título não foi produzido pela Universal, a comédia indie “Guerra com o Vovô”, estrelada por Robert De Niro, que aparece em 5º lugar. O estúdio reina sozinho nos cinemas, enquanto os demais fogem do circuito como o diabo da cruz, preferindo adiar seus filmes à arriscar as arrecadações pífias da pandemia. A coragem da Universal, na verdade, reflete um acordo do estúdio com duas das principais redes de cinema dos EUA, a AMC e a Cinemark, para encurtar a janela de exibição. Em vez de deixar os filmes em cartaz por até três meses, o estúdio acertou mantê-los em tela grande por apenas três fins de semana, passando a seguir a disponibilizá-los em PVOD para locação digital. O detalhe é que outras redes que se recusaram a negociar essa janela estão exibindo os filmes assim mesmo, simplesmente porque não tem opção. Não há outros filmes para exibir. Com isso, apenas as produções da Universal, alguns títulos independentes e outros lançados simultaneamente em PVOD estão chegando ao mercado exibidor. A Warner pretende se juntar em breve ao circuito com um modelo de distribuição ainda mais radical: lançamentos simultâneos em cinema e streaming (via HBO Max) nos EUA. A iniciativa vai começar com “Mulher-Maravilha 1984”, que recebeu comentários elogiosíssimos no fim de semana, após as primeiras sessões para a crítica americana. Além deste filme, a Sony manteve o lançamento de “Monster Hunter” para o Natal nos EUA, mas sua estratégia digital ainda não é conhecida.
Os Croods 2 fatura menos que Tenet em sua estreia nos EUA
Único grande estúdio de Hollywood que está lançando filmes de forma praticamente semanal desde a reabertura dos cinemas na América do Norte, a Universal manteve o cronograma para sua principal estreia em meio à pandemia de coronavírus. Mas a animação “Os Croods 2: Uma Nova Era” cumpriu as piores expectativas, faturando bem menos que a estreia de “Tenet” entre sexta e domingo. O desenho animado arrecadou US$ 9,7 milhões nos três dias do fim de semana oficial, menos da metade dos US$ 20,2 milhões de “Tenet” em sua estreia. Mas, em compensação, aumentou bastante seu montante ao longo do feriado estendido do Dia de Ação de Graças nos EUA, devido a uma abertura antecipada na quarta-feira (25/11). Com os dois dias extras, o fim de semana de cinco dias de “Os Croods 2” pode ter rendido entre US$ 14 e US$ 17 milhões, segundo diferentes avaliações publicadas na imprensa especializada dos EUA. Os valores são bem mais elevados que a média recente das estreias no país, a maioria na casa dos US$ 3 milhões. Mas no contexto dos lançamentos históricos do feriadão do “Thanskgiving”, os números são horríveis. Para completar, a animação não é um filme barato, mesmo que tenha sido realizada de forma mais econômica que o longa original de 2013. Sua produção teve custo estimado de US$ 65 milhões – metade do que custou o primeiro filme, porque agora a Universal é dona da DreamWorks Animation. Mas ainda somam-se a isso os valores de P&A, cópias e publicidade. A consultoria iSpot apurou que a Universal gastou mais US$ 27 milhões apenas em anúncios televisivos para promover a estreia nos EUA. Com cinemas vazios ou fechados na América do Norte, a expectativa do estúdio para recuperar o investimento está focada no lançamento em PVOD (aluguel digital premium), que, graças a diversos acordos com exibidores, deverá acontecer em menos de 20 dias. Mas ainda há esperanças de retorno nos cinemas do mercado internacional, especialmente na Ásia, onde o controle da pandemia tem sido melhor administrado. “Os Croods 2” faturou cerca de US$ 20,8 milhões no exterior, dos quais US$ 19,2 milhões vieram da China. Esse retorno faz com que a soma completa de suas bilheterias chegue, numa avaliação otimista, a US$ 37,8 milhões mundiais. O lançamento de “Os Croods 2” também estendeu o reinado da Universal nas bilheterias dos EUA, que agora soma cinco fins de semanas consecutivos (ou um mês completo). O atual Top 5 dos filmes mais vistos no país incluem 4 títulos do estúdio: o terrir “Freaky – No Corpo de um Assassino” (2º), o thriller “Let Him Go” (4º) e o terror “Come Play” (5º), que já saiu em PVOD nos EUA. Entre eles, ainda aparece em 3º lugar a comédia independente “Guerra com o Vovô”, estrelada por Robert De Niro (no papel do vovô). No Brasil, a estreia de “Os Croods 2: Uma Nova Era” está, a princípio, marcada para os cinemas no dia 24 de dezembro.
Continuação da animação Os Croods é cancelada
A DreamWorks Animation e a Universal Studios anunciaram que desistiram de fazer a continuação da animação “Os Croods”. Segundo o site da revista Variety, a produção já tinha sido iniciada e foi interrompida imediatamente após a decisão. Em torno de 30 funcionários, que estavam trabalhando há três anos e meio no projeto, serão deslocados para novas funções. A DreamWorks garantiu que eles continuarão empregados na empresa, sendo distribuídos em filmes futuros ou no programa de treinamento para desenvolvimento artístico. A produção foi a primeira vítima da compra da DreamWorks Animation pela Comcast, dona da rede NBC e do estúdio Universal. Como a Universal também distribui as animações da produtora Illumination, que têm se mostrado cada vez mais populares (“Minions”, “Pets” e o vindouro “Sing”), a decisão levou em conta um calendário lotado de lançamentos. “Os Croods” foram deixados de lado por terem seu potencial dilapidado pela própria DreamWorks, quando a produtora fez uma série animada com os personagens – “Dawn of the Croods”, na Netflix. Lançado em 2013, “Os Croods” contava a história de uma família pré-histórica e tinha entre seus dubladores Nicolas Cage (“Snowden”), Emma Stone (“O Espetacular Homem-Aranha”), Ryan Reynolds (“Deadpool”) e Catherine Keener (minissérie “Show Me a Hero”). Com orçamento de US$ 135 milhões, a produção foi considerada um sucesso ao arrecadar US$ 587 milhões em todo o mundo. Mas os valores mal equilibraram as despesas de marketing.
Veja o primeiro trailer da série animada baseada no filme Os Croods
O serviço de streaming Netflix divulgou o primeiro trailer legendado da série “Croods – O Início”, atração derivada do filme animado “Os Croods” (2013). Ao contrário de “Os Pinguins de Madagascar” e “Dragões – Pilotos de Berk”, também produzidas pela DreamWorks Animation, a série não foi desenvolvida via computação gráfica, mantendo grande diferença estética em relação à produção cinematográfica. Mas as personalidades da família pré-histórica permanecem inalteradas, como demonstram as piadas da prévia. A trama, por sinal, passa-se antes dos eventos do filme e inclui participações de novos personagens. “Croods, o Início” terá todos os seus episódios disponibilizados no Netflix em 24 de dezembro.








