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    Tarcísio Meira (1935-2021)

    12 de agosto de 2021 /

    Morreu nesta quinta-feira (12/8), um dos atores mais famosos da TV brasileira. Após cinco dias internado na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, em tratamento contra a covid-19, Tarcísio Meira faleceu aos 85 anos. Ele estava internado junto com Glória Menezes, o grande amor de sua vida, com que estava casado há 59 anos, mas ela superou a doença e “deve ter alta em breve”, segundo a assessoria de imprensa da família. Tarcísio Meira se chamava Tarcísio Magalhães Sobrinho. O sobrenome Meira veio “emprestado” da mãe, Maria do Rosário Meira Jáio de Magalhães, por ser mais sonoro também por superstição: o nome artístico tinha 13 letras. Na juventude, ele sonhava em ingressar no Instituto Rio Branco para se tornar diplomata. Mas foi reprovado na prova, em 1957, e graças a isso o Brasil ganhou um ícone. Virou ator de teatro e foi quando ensaiava a peça “As Feiticeiras de Salém”, dirigida por Antunes Filho, que viu pela primeira vez Gloria Menezes. O contato mais próximo, porém, só aconteceu na TV, quando fizeram juntos o teleteatro “Uma Pires Camargo” (1961). Em entrevista ao jornal O Globo de 2015, ele conta que, depois de ficarem amigos, decidiu se aproximar mais. “Quando ela lançou o filme “O Pagador de Promessas” (1962) em Cannes, mandei flores e um cartão escrito ‘volte, volte, volte'”. Na volta, eles se tornaram inseparáveis. Marcando a trajetória da televisão brasileira, os dois protagonizaram a primeira telenovela diária do país, “2-5499 — Ocupado”, na Excelsior, em 1963. O sucesso do formato catapultou o casal ao estrelato. Eles fizeram mais nove novelas juntos antes de assinar com a Globo, onde se tornaram o casal favorito da televisão brasileira. O primeiro trabalho na Globo foi “Sangue e Areia”, em 1967, que também entrou para a História por inaugurar a famosa faixa das 20h na teledramaturgia do canal. Até então, as novelas eram adaptações de tramas importadas, geralmente de época, e por isso eram referidas como folhetins – um termo francês que definia a narrativa literária seriada de romances do século 19. Mas Tarcísio ajudou a mudar a trajetória do gênero ao protagonizar “Irmãos Coragem”, trama de Janete Clair de 1970 que combinava uma narrativa muito brasileira e atual, com garimpo e violência no sertão. O ator viveu João Coragem que, ao lado dos irmãos interpretados por Cláudio Cavalcanti (1940-2013) e Cláudio Marzo (1940-2015) – além de, claro, Gloria Menezes – , desafiavam a autoridade do Coronel Pedro Barros (Gilberto Martinho). O sucesso de “Irmãos Coragem” foi tanto que derrubou o preconceito masculino contra o gênero, levando homens a se engajarem na história. “Foi a primeira novela que os homens admitiam que viam. Até então, eles viam meio escondidos, porque novela era coisa de mulher”, contou Tarcísio ao site projeto Memória Globo, lembrando que a audiência do penúltimo capítulo foi maior que a da final da Copa do Mundo de 1970. Ao longo da carreira, Tarcísio atuou em mais de 60 obras na TV, entre novelas, minisséries e especiais, vivendo personagens marcantes. Ele chegou da interpretar papéis duplos duas vezes, como Hugo Leonardo e Raul em “O Semideus” (1973) e Diogo Maia e Ciro em “Espelho Mágico” (1977). Outros personagens que marcaram seu auge como protagonista foram Ciro Valdez em “O Homem que Deve Morrer” (1971), Rodrigo Soares em “Cavalo de Aço” (1973), Antônio Dias em “Escalada” (1975) e Fernando Lucas em “Os Gigantes” (1979), Juca Pitanga em “Coração Alado” (1980), Renato Villar em “Roda de Fogo” (1986), dando o que falar até em pequenas participações, feito o desempenho como Giusepe Berdinazi em “O Rei do Gado” (1996). “Os Gigantes”, por sinal, foi a primeira novela em que seu personagem viveu romance com outra mulher que não Gloria Menezes. Por curiosidade, apesar do longo romance histórico, ele chegou até mesmo a trair Gloria num casamento televisivo, com Natália do Vale na novela “Torre de Babel” (1998). Não foi a única vez que os autores de novela usaram sua trajetória para surpreender o público. Silvio de Abreu chegou a ser considerado ousado ao escalá-lo em “Guerra dos Sexos” em 1983, colocando Tarciso em sua primeira novela cômica. Mas não só o ator conhecido por papéis dramáticos correspondeu como protagonizou cenas de rolar de rir ao lado de Fernanda Montenegro e Paulo Autran. Ele se saiu tão bem que virou personagem-título de outra novela cômica, “Araponga” (1990), como o atrapalhado detetive Aristênio Catanduva, o Araponga. Além disso, estrelou uma sitcom com a esposa que tinha simplesmente o nome de “Tarcísio & Glória” (1988) – e um detalhe: Glória Menezes vivia uma alienígena! Versátil, o ator foi herói épico, vivendo o capitão Rodrigo Cambará na minissérie “O Tempo e o Vento” – dirigido pelo colega Paulo José, que morreu na quarta-feira (11/8) aos 84 anos – e também vilão marcante, como Renato Villar em “Roda de Fogo” e o terrível Dom Jerônimo da minissérie “A Muralha” (2000). Sua última novela foi “Orgulho e Paixão”, escrita por Marcos Bernstein em 2018, em que interpretou Lorde Williamson. Mas apesar de ter sido um dos atores mais ocupados da TV brasileira, Tarciso também criou uma obra significativa nos cinemas, iniciada por “Casinha Pequenina”, um dos maiores sucessos da filmografia de Mazzaropi, lançado em 1963. Seu talento contemplou mais de 20 produções cinematográficas, entre elas clássicos absolutos, como “A Idade da Terra” (1981), último filme de Glauber Rocha. “Um dia, Glauber me botou no meio de uma bateria de escola de samba. De uma hora para outra, na batida da música, notei algo: o que era para ser uma escola de samba virou uma banda militar, quase que numa marcha. Era um tipo de cinema que eu nunca tinha feito”, Tarcísio refletiu em outra entrevista para O Globo em 2010. Ele ainda foi o Dom Pedro Iº de “Independência ou Morte”, filme lançado em 1972 como grande destaque cultural do sesquicentenário da Independência Brasileira. Mas se agradou os militares na ocasião, ajudou a enfrentar e acabar com a censura ao protagonizar “O Beijo no Asfalto”, dirigido por Bruno Barreto em 1981. A adaptação da peça de Nelson Rodrigues gerou polêmica na época, devido ao beijo na boca do personagem de Tarcísio em Ney Latorraca. A lista de filmes históricos inclui a aventura “O Caçador de Esmeraldas” (1974) de Oswaldo de Oliveira, o drama “O Marginal” (1974) de Carlos Manga, o corajoso “República dos Assassinos” (1979) de Miguel Faria Jr, o sucesso “Eu Te Amo” (1981) de Arnaldo Jabor, o polêmico “Amor, Estranho Amor” (1982), de Walter Hugo Khouri, e o vibrante “Boca de Ouro” (1990), outra adaptação de Nelson Rodrigues, com direção de Walter Avancini. O último longa do ator foi a comédia “Não se Preocupe, Nada Vai Dar Certo!”, de Hugo Carvana, lançada em 2011. No fim de 2019, Tarcísio também se despediu dos palcos com a reencenação de “O Camareiro”, peça que já tinha estrelado em 2015 e lhe rendido o Prêmio Shell de Melhor Ator. Além da esposa, ele deixa o filho Tarcísio Filho, de 58 anos, além de Amélia Brito, 64, e João Paulo Brito, 62, frutos do casamento anterior de Glória com Arnaldo Brito.

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    Mabel Calzolari (1999-2021)

    22 de junho de 2021 /

    A atriz Mabel Calzolari, que apareceu em “Malhação” e fez parte do elenco da novela “Orgulho e Paixão”, exibida pela Globo em 2018, morreu nesta terça (22/6) aos 21 anos após lutar contra uma aracnoidite torácica, doença rara e fatal que causa inflamação da medula espinhal. Nascida na Argentina, Maria Belén Calzolari mudou-se na infância para Campo Mourão, no interior do Paraná, onde chegou a ser eleita miss infantil local. Ela recebeu o diagnóstico da doença em 2019, após o nascimento de seu único filho, Nicolas. O menino, que tem hoje 1 ano e 11 meses, é filho do também ator João Fernandes, que se destacou ainda criança nas novelas “Caminho das Índias”, “Avenida Brasil” e “Cordel Encantado”, e recentemente fez a série “1 Contra Todos”. Calzolari vinha detalhando sua internação nas redes sociais e chegou a tranquilizar os seguidores após uma cirurgia realizada em março. Durante seu tratamento, ela contou com o apoio de uma campanha financeira com a participação das atrizes Talita Younan, Viviane Araújo, Aline Dias e Monique Curi. Foi a última quem noticiou sua morte nas redes sociais. “Tudo começou com a aracnoidite, uma inflamação na coluna com a qual ela foi diagnosticada em 2019, pouco depois de dar à luz. A luta dela era para não ficar tetraplégica. A partir daí a gente pediu ajuda. Todo mundo ajudou tanto. Só que, de dezembro para cá, ela abriu a coluna nove vezes. Abrir tanto a coluna desse jeito, eles tentando resolver o problema da aracnoidite, pode ter causado alterações no sistema nervoso. Porque ela começou a ter sintomas, e ninguém conseguia descobrir o que era. Os exames não davam nada. Não tinha infecção, não tinha nada. Ela fez não sei quantas ressonâncias, tomografias, cintilografias… Ela fazia tudo e não dava nada. Na semana passada, ela começou a ter convulsões e começou a não reconhecer mais as pessoas”, contou. Monique Curi ainda revelou que Mabel Calzolari teve uma parada respiratória na última sexta-feira (18) e precisou ser intubada: “De lá para cá, agravou bastante a situação dela. Porque teve parada respiratória, depois teve parada cardíaca de 12 minutos. Ela estava intubada, começou a não responder mais aos estímulos. A gente foi no domingo visitá-la. Foi ontem. Porque ontem verificaram um inchaço grande no cérebro dela. Provavelmente já estava ocorrendo a morte cerebral. Porque, quando acontece inchaço muito grande no cérebro, o sangue não chega”, explicou. “Eles pediram até hoje para dar uma resposta. Tiraram a sedação dela, fizeram todos os exames para confirmar a morte cerebral. Confirmando a morte cerebral, de acordo com a lei, é dado o óbito. Vinte e um anos, linda, carisma, de uma bondade, mãe do Nicolas, filha da Silvinha, que está destruída. Ela não está aqui mais. Agora, só pedir a Deus que a receba, que ela fique bem. Agradecer a cada um de vocês que participaram com orações, com a vaquinha. O dinheiro da vaquinha vai para a Silvinha. Ela vai precisar muito”, finalizou. João Fernandes também se despediu da ex-mulher no Instagram. “Eu sempre enxerguei suas fraquezas, seus medos, mas ninguém nunca lutou tão bem contra eles quanto você. Você nunca chegou a ter a real noção do tamanho da sua grandeza e força”, escreveu ele em um trecho. Em seu Instagram, ela própria escreveu: “Somos instantes, e sou grata por ter vivido cada um deles!”. Ao lado do texto, uma foto em que mostrava a cicatriz na sua coluna, o filho e o ex-marido. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por mabel calzolari (@mabelcalzolarii)

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