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  • Filme

    Morre Alain Delon, um dos maiores atores franceses, aos 88 anos

    18 de agosto de 2024 /

    Ele estrelou alguns dos principais clássicos europeus dos anos 1960 como "O Sol por Testemunha", "Rocco e Seus Irmãos", "O Leopardo", "Eclipse" e "O Samurai"

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  • Filme,  Música

    Documentário sobre a banda The Velvet Underground ganha trailer

    30 de agosto de 2021 /

    A Apple TV+ divulgou o trailer do documentário de Todd Haynes (“Carol”) sobre a banda The Velvet Underground, que revolucionou o rock nos anos 1960 e influencia novos artistas até hoje. A prévia oferece um passeio pelo lado selvagem das ruas então imundas de Nova York e a cena cultural criada em torno da Factory, um misto de estúdio de arte, estúdio de cinema e club de rock de Andy Warhol, incluindo cenas de arquivo com imagens da banda de Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Maureen “Mo” Tucker, além de depoimentos inéditos dos sobreviventes daquele período. O filme tem o apoio dos últimos membros sobreviventes do Velvet Underground, os músicos John Cale e Mo Tucker, e de Laurie Anderson, a artista que foi parceira de vida do cantor Lou Reed. Formada em 1966, Velvet Underground foi a antítese das bandas hippies da época. Enquanto os psicodélicos da Califórnia pregavam paz, amor e lisergia com músicas ensolaradas, a banda nova-iorquina investia em roupas pretas, óculos escuros e microfonia para exaltar o sadomasoquismo e as drogas mais pesadas, como heroína. Eram apadrinhados pelo artista plástico Andy Warhol, que fez a capa de seu primeiro disco, mas que também lhes impôs a cantora-modelo Nico como vocalista, com quem só gravaram um disco. Após cantar algumas das melhores músicas da banda, ela teve ajuda de Cale e Reed para se lançar em carreira solo. Eventualmente, os próprios Cale e Reed largaram o Velvet Underground, que acabou implodindo. A banda nunca fez sucesso em sua época. Mas sua repercussão a tornou lendária, como fomentadora do rock das décadas seguintes. Ela é citada como maior influência por David Bowie – que fez questão de produzir Lou Reed como artista solo – , Patti Smith, Joy Division, The Jesus and Mary Chain, Sonic Youth, My Bloody Valentine, Nirvana e The Strokes, para citar só alguns dos roqueiros que impactou. Intitulado “The Velvet Underground”, o documentário foi recebido com aplausos e elogios rasgados em sua première no Festival de Cannes deste ano, atingindo 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. O filme é a quarta obra roqueiro do diretor Todd Haynes, que começou a chamar atenção com “Velvet Goldmine” (1998), filme sobre artistas fictícios do rock glam, gênero influenciado pelo Velvet Underground, que incluía um personagem inspirado em Lou Reed. Ele também dirigiu “Não Estou Lá” (2007), baseado na vida de Bob Dylan, e, antes de tudo isso, um curta animado com bonecas sobre a cantora Karen Carpenter, “Superstar: The Karen Carpenter Story” (1988). A estreia está marcada para o dia 15 de outubro.

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  • Filme

    Jared Leto confirma que vai interpretar Andy Warhol no cinema

    7 de agosto de 2020 /

    O ator Jared Leto aproveitou o aniversário de Andy Warhol, que faria 92 anos na quinta (6/8), para revelar em seu Instagram que vai viver o célebre artista plástico, cineasta, produtor e empreendedor num novo filme. “Sim, é verdade, eu estarei vivendo Andy Warhol num próximo filme”, ele escreveu, acrescentando que se sentia “grato e emocionado pela oportunidade”, mas sem dar detalhes sobre o projeto. Há quatro anos, o nome de Leto foi associado a uma cinematografia de Warhol escrita por Terence Winter, criador das séries “Boardwalk Empire” e “Vinyl”, e roteirista de “O Lobo de Wall Street” (2013). O “novo” projeto deve ser o mesmo, intitulado “Warhol” e produzido por Michael De Luca (“Cinquenta Tons de Cinza”, “A Rede Social”). Caso isso se confirme, a trama será inspirada na biografia oficial do artista, publicada em 1989 e assinada por Victor Bockris. Andy Warhol, que morreu em 1987 aos 58 anos, deixou sua marca em quadros, esculturas, filmes, música e até no jornalismo, como o artista multimídia mais popular da História. Ele já foi personagem de 44 produções de cinema e TV. Dentre as versões mais famosas, destaca-se a interpretação do cantor David Bowie no filme “Basquiat – Traços de Uma Vida” (1996). Mais recentemente, ele foi interpretado por John Cameron Mitchell em três episódios da série “Vinyl”, criada justamente pelo autor da cinebiografia atual. O longa deve mostrar as inspirações e os bastidores das criações do artista, que começou a expor seus trabalhos ainda nos anos 1950. Suas obras, que misturavam ícones de consumo, estrelas de cinema e elementos da cultura pop norte-americana questionavam a própria definição do que era arte. O auge de sua popularidade aconteceu nos anos 1960, quando o artista manteve um badalado atelier em Nova York, The Factory, que serviu de ponto de encontro para os mais diferentes artistas e celebridades, em clima de festa permanente. Nesta época, ele revelou a banda Velvet Underground e produziu seu primeiro álbum, apresentando Lou Reed ao mundo e, de quebra, transformando a modelo Nico em cantora. Warhol também vislumbrou que modelos seriam as futuras estrelas de cinema, incentivou a popularização das drag queens, fomentou o movimento do cinema underground em antecipação à cena indie, produziu uma nova geração de cineastas, identificou que o grafite era uma forma de arte moderna, levando Jean Michel Basquiat para as grandes galerias, criou a revista Interview e famosamente profetizou que, no futuro, todo mundo seria famoso por 15 minutos – isto numa época em que não existia internet. Claro, ele também fez quadros fantásticos. As criações de Warhol tiveram impacto tão grande que valorizaram horrores e são reproduzidas à exaustão até hoje. Ver essa foto no Instagram Yes it’s true I will be playing Andy Warhol in an upcoming film. And so grateful and excited about the opportunity. 😊🙏 Happy belated birthday Andy 🎂🖤 We miss you and your genius Uma publicação compartilhada por JARED LETO (@jaredleto) em 7 de Ago, 2020 às 10:57 PDT

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  • Filme

    Vencedores do Festival de Gramado são as principais estreias de cinema da semana

    30 de agosto de 2018 /

    Menos de uma semana após vencerem o Festival de Gramado 2018, “Ferrugem”, Melhor Filme Brasileiro, e “As Herdeiras”, Melhor Filme Estrangeiro, chegam aos cinemas. São os grandes destaques da programação desta quinta (30/8), repleta de filmes bons, que obviamente não entrarão em cartaz na maioria das cidades do país. O filme de Aly Muritiba, que aborda o universo adolescente e conta uma história de bullying, a partir do impacto do vazamento de um vídeo íntimo de uma garota, já tinha sido premiado no Festival de Seattle e bastante elogiado em sua passagem pelo Festival de Sundance, ambos nos Estados Unidos. É bastante impactante. E tinha tudo para ser campeão de bilheteria, caso chegasse a seu público alvo, nos shopping centers – onde serão exibidos os piores filmes da semana. Por sua vez, a obra do jovem paraguaio Marcelo Martinessi aborda a velhice, acompanhando um mulher sexagenária endividada e solitária, após sua parceira de toda vida ser presa por fraude bancária. O filme é sutil, mas lida com temas poderosos, como amor e companheirismo entre mulheres (LBGTQ, mesmo), decadência da classe média, crise econômica, Terceira Idade, etc. Coproduzido pela diretora carioca Julia Murat, também venceu os prêmios da Crítica e Melhor Atriz (Ana Brun) no Festival de Berlim. Há mais lançamentos brasileiros que merecem ser conferidos. Inspirado na história verídica de um jovem de 16 anos que cometeu suicídio em Porto Alegre, em 2006, “Yonlu” traz Thalles Cabral (da novela “Amor à vida”) mergulhado no personagem-título, numa reconstrução quase documental, mas também repleta de alegorias, que usa a música, poesia e desenhos verdadeiros do retratado para tentar compreender como e por que jovens decidem se matar com a ajuda da internet. Uma estreia forte do diretor e roteirista Hique Montanari. Já entre os documentários de verdade, o destaque é “Meu Tio e o Joelho de Porco”, que resgata a história esquecida da famosa banda paulista dos anos 1970. E por falar em música, fãs de rock não podem perder “Nico, 1988”, Melhor Filme da mostra Horizontes do Festival de Veneza e Melhor Roteiro na premiação da Academia de Cinema da Itália. O longa conta a história da famosa modelo e atriz alemã, que virou cantora no célebre disco “Velvet Underground and Nico” (1967), a partir de lembranças de seu último ano de vida, e tem 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. Por fim, para as crianças e especialmente seus acompanhantes, o destaque é a animação “Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas”. O filme baseado na série animada do Cartoon Network tem a maior distribuição da semana, em 500 cinemas. Mas não é um mero caça-nível. Longe disso, trata-se de uma melhores adaptações dos quadrinhos da DC Comics já levada ao cinema, com 90% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. Mais engraçada que “Lego Batman” e com mais super-heróis que “Liga da Justiça”, não poupa nem a Marvel com suas piadas. E ainda tem uma figuração de Stan Lee! Os outros dois filmes com distribuição ampla são perda de tempo (e dinheiro), mas podem ser conhecidos abaixo, junto com as sinopses e trailers de todos os lançamentos da semana nos cinemas. Ferrugem | Brasil | Drama Assim como a maioria dos adolescentes, a jovem Tati (Tiffanny Dopke) ama compartilhar sua vida nas redes sociais e registrar todos os momentos. Porém, após perder o inseparável celular, ela se vê vítima da criminosa divulgação de seus registros íntimos no grupo de WhatsApp da turma do colégio, o que gera terríveis consequências. As Herdeiras | Paraguai, Alemanha, Brasil | Drama Chela (Ana Brun) e Chiquita (Margarita Irún), herdeiras de famílias abastadas do Paraguai, vivem da venda de seus bens. Quando Chiquita acaba presa por dívidas jamais acertadas, a até então submissa e reclusa Chela precisa se virar e começa por acaso a prestar serviço para um grupo de senhoras ricas como motorista. Logo a nova realidade, e especialmente a exuberante Angy (Ana Ivanova), a quem conhece durante o trabalho, afetam os interesses, prioridades e atitudes da taxista amadora. Younlu | Brasil | Drama Baseado na história real de um garoto de 16 anos que queria ser músico, tinha uma rede de amigos virtuais e ninguém desconfiava que também participava de um fórum de potenciais suicidas. Younlu deixou um legado de cerca de 60 canções, que revelaram uma intrigante produção artística, todas compostas e gravadas inteiramente por ele em seu quarto. Nico, 1988 | Itália, Bélgica | Drama Christa Päffgen, mais conhecida pelo seu nome artístico Nico, fez muito sucesso no final da década de 60 ao lado da banda Velvet Underground. Vinte anos depois, a cantora tenta desenvolver a sua carreira solo ao mesmo tempo em que precisa lidar com os fantasmas do passado: o vício em drogas, a relação problemática com o filho e a depressão que a acompanhou durante toda a vida. Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas | Estados Unidos | Animação Robin, Ciborgue, Estelar, Ravena e Mutano são os Jovens Titãs. Ao perceberem que todos os super-heróis estão estrelando filmes, eles decidem se mobilizar para também ter espaço nas telonas. O líder do grupo, Robin, está determinado a ser visto como um astro e com ideias malucas e até uma canção eles partem em busca de um diretor de Hollywood, mas acabam enganados por um supervilão. Meu Tio e o Joelho de Porco | Brasil | Documentário Nesse documentário que mistura animação, relatos e material de arquivo, um menino passa a ter contato com o fantasma do tio depois que acha o diário do pai recém-falecido. A aparição leva o garoto para o cenário do punk paulistano e conta como a cena atual foi influenciada por uma irreverente banda do passado chamada “Joelho de Porco”, da qual ele e seus amigos faziam parte. O Candidato Honesto | Brasil | Comédia Após cumprir 4 dos 400 anos de cadeia, João Ernesto (Leandro Hassum) é convencido a se candidatar à presidência novamente. Adorado pelo povo por ser um político que assumiu seus erros, ele vence as eleições, mas não tem vida fácil em Brasília acompanhado excessivamente de perto pelo sinistro vice Ivan Pires (Cassio Pandolfh). Fica Mais Escuro Antes do Amanhecer | Brasil | Sci-Fi Iran vive em uma região extremamente afetada pelas mudanças climáticas causadas pelo ser humano. É certo que a população caminha para assistir ao último pôr do sol, mas, após uma tragédia famíliar, ele decide lutar contra a depressão aguda que tem acometido todos. Takara – A Noite em que Nadei | França, Japão | Drama Nas montanhas cobertas de neve no Japão, toda noite um pescador parte em direção ao mercado da cidade. Em uma dessas, seu filho de 6 anos é acordado por sua partida e não consegue voltar a dormir. Logo depois, no caminho para a escola, ainda sonolento, ele se afasta do caminho e decide vaguear sozinho pela neve. Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão | Estados Unidos | Drama Quando a igreja de Saint James é incendiada, devastando a congregação e o pastor Dave, a universidade vizinha, Hadleigh University, usa a tragédia para tentar despejar a igreja do campus. A batalha logo se levanta entre a igreja e a comunidade, o pastor contra um amigo seu, o presidente da universidade e a estudante Keaton, membro do ministério da igreja, questionando sua fé cristã. A Destruição de Bernardet | Brasil | Documentário Referência na reflexão sobre o cinema brasileiro, Jean-Claude Bernardet resolveu, aos 70 anos, se dedicar como ator em longas e curtas experimentais e ousados, dirigidos por jovens realizadores. Neste documentário, o próprio Bernardet reflete sobre as críticas recebidas por suas incursões como ator e revela suas perspectivas de vida, ao mesmo tempo em que precisa lidar com o fato de ser portador do vírus HIV. O Renascimento do Parto 3 | Brasil | Documentário Com depoimentos de mães, ativistas, médicos, enfermeiras obstetras, obstetrizes e outros profissionais de saúde, o diretor Eduardo Chauvet documenta o SUS que dá certo com o Centro de Parto Humanizado Casa Angela de São Paulo e a cena obstétrica na Holanda, na Nova Zelândia e no Camboja. Traz também importantes reflexões sobre diretrizes da Organização Mundial de Saúde em relação a maternidade que frequentemente são ignoradas. Elo Perdido – O Brasil que Pedala | Brasil | Documentário Em um Brasil cada vez mais motorizado, onde carros e motos são tidos como prioridade nas ruas, milhares de brasileiros permanecem dando preferência a utilização de bicicletas como principal meio de locomoção. Mais do que uma simples escolha, a alternativa reflete um momento peculiar do país, além de levantar reflexões a respeito da crescente industrialização.

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  • Música

    Todd Haynes começa a trabalhar em documentário sobre a banda Velvet Underground

    28 de janeiro de 2018 /

    O projeto do documentário do cineasta Todd Haynes (“Carol”) sobre a banda Velvet Underground foi oficializado, com a divulgação de comunicado dos produtores e o início da produção. Haynes vai escrever, dirigir e produzir o filme, em parceria com a Polygram Entertainment e as gravadoras Verve e Universal, e pretende cobrir diversos tópicos, desde a formação da banda até seu impacto na música e na cultura global. “Eu não poderia estar mais entusiasmado em embarcar no meu primeiro documentário, tendo como tema uma das bandas de rock mais radicais e influentes do mundo da música: The Velvet Underground”, ele afirmou em comunicado. Danny Bennett, presidente e CEO da Verve Label Group, deu perspectiva histórica para a produção, ao lembrar: “A Verve Records contratou o Velvet Underground nos anos 1960 para expandir sua icônica trajetória no jazz e avançar os rumos da evolução musical, e sem dúvida eles se tornaram um das bandas mais influentes de todos os tempos. Suas gravações não só desafiaram o status quo, eles criaram uma nova geração musical, que continua a ter relevância até hoje. Sempre foi meu sonho produzir o documentário definitivo do Velvet Underground e me sinto orgulhoso de fazer parte desta produção. Esta história ambiciosa, significativa e envolvente só poderia ser contada por Todd Haynes e estou entusiasmado como os fãs para experimentar a história de The Velvet Underground no contexto de sua época”. O filme tem o apoio de um dos últimos membros fundadores sobreviventes do Velvet Underground, o músico John Cale, e de Laurie Anderson, a artista que foi parceira de vida do cantor Lou Reed. Formada em 1966 por Reed, Cale, o guitarrista Sterling Morrison e a baterista Maureen “Moe” Tucker, Velvet Underground foi a antítese das bandas hippies da época. Enquanto os psicodélicos da Califórnia pregavam paz, amor e lisergia, com músicas ensolaradas, a banda nova-iorquina investia em roupas pretas, óculos escuros e microfonia para exaltar o sadomasoquismo e as drogas mais pesadas, como heroína. Eram apadrinhados pelo artista plástico Andy Warhol, que fez a capa de seu primeiro disco, mas que também lhes impôs a cantora-modelo Nico, com quem só gravaram um disco. Após cantar algumas das melhores músicas da banda, ela teve ajuda de Cale e Reed para se lançar em carreira solo. Eventualmente, os próprios Cale e Reed largaram o Velvet Underground, que acabou implodindo. A banda nunca fez sucesso em sua época. Mas sua repercussão a tornou lendária, como fomentadora das décadas seguintes do rock. Ela é citada como influência por David Bowie – que fez questão de produzir Lou Reed em sua tentativa de emplacar como artista solo – The Jesus and Mary Chain, Sonic York e Nirvana, para citar alguns dos roqueiros que impactou. Haynes falou pela primeira vez do projeto em agosto do ano passado, durante participação no Festival de Locarno, onde foi homenageado pelas realizações de sua carreira. Na época, o diretor revelou as dificuldades previstas em sua empreitada, descrevendo o documentário como “desafiador”, diante da escassez de registros visuais sobre o grupo. Ele confirmou que irá usar os filmes experimentais de Andy Warhol, que registrou performances da banda, e se disse ansioso pela “emoção da pesquisa e montagem visual”. Vale lembrar que, duas décadas atrás, o diretor chamou atenção ao lançar “Velvet Goldmine” (1998), filme sobre artistas fictícios do rock glam, gênero influenciado pelo Velvet Underground, que incluía um personagem inspirado em Lou Reed. Ele também dirigiu “Não Estou Lá” (2007), baseado na vida de Bob Dylan, e um curta animado com bonecas sobre a cantora Karen Carpenter, “Superstar: The Karen Carpenter Story” (1988). Atualmente, Haynes está em cartaz nos cinemas com o filme infantil “Sem Fôlego”.

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  • Filme

    Mostra de Cinema de São Paulo terá vencedores de Cannes, Toronto e quase 400 filmes

    7 de outubro de 2017 /

    A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo divulgou neste sábado (7/10) a lista de filmes de sua 41ª edição. Entre os destaques estão o filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, “The Square”, de Ruben Östlund, o vencedor do troféu de Melhor Direção do Festival de Berlim, “O Outro Lado da Esperança”, de Aki Kaurismaki, o novo drama de Michael Haneke, “Happy End”, e muito, muito mais. Ao contrário do Festival do Rio, que diminuiu sua seleção como reflexo da crise econômica, a Mostra ampliou a quantidade de títulos exibidos em 2017, programando quase 400 filmes. Também diferente da opção carioca, o evento paulista não buscou enfatizar o cinema autoral mais óbvio – e comercial – , deixando Hollywood de lado para se focar num cinema, como diz sua denominação, internacional. Por isso, traz nada menos que 13 títulos que disputam vagas no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira: o argentino “Zama”, o sul-coreano “O Motorista de Táxi”, “Scary Mother” da Geórgia, o iraniano “Respiro”, o irlandês “Granito”, o islandês “A Sombra da Árvore”, o neozelandês “Mil Cordas”, o tcheco “Mães no Gelo”, o russo “Loveless”, o suíço “Mulheres Divinas”, o venezuelano “El Inca”, além do sueco “The Square” e o austríaco “Happy End”, já citados. Isto não significa que o cinema americano foi ignorado. O grande vencedor do Festival de Toronto e fortíssimo candidato ao Oscar 2018, “Três Anúncios Para um Crime”, de Martin McDonagh, será exibido na programação. Mas há mais ousadia. Basta verificar a grande quantidade de filmes sem distribuição assegurada no país em sua seleção com que a lista do Festival do Rio, cuja divulgação foi acompanhada por diversos releases de distribuidoras informando que a maioria estará em breve nos cinemas. Para o cinéfilo, isto é a chave do paraíso. Em comum com o Festival do Rio, e reflexo de uma tendência mundial, há uma forte presença de cineastas femininas na seleção. Do total dos 394 títulos, 98 são dirigidos por mulheres, sendo 18 de brasileiras. Um dos filmes que tende a gerar as maiores filas, por seu perfil absolutamente cult, é sobre e de uma mulher: “Nico, 1988”, de Susanna Nicchiarelli, cinebiografia da modelo, atriz e cantora da banda Velvet Underground, que venceu a seção Horizontes do Festival de Veneza. Este ano, a Mostra será aberta com a projeção de “Human Flow” (2017), documentário do artista plástico chinês Ai Weiwei sobre a crise mundial dos refugiados. Weiwei também assina o cartaz da Mostra e estará presente ao evento, assim como os outros homenageados: a cineasta belga Agnès Varda (“As Duas Faces da Felicidade”), que vai receber o Prêmio Humanidade e ganhará uma retrospectiva de onze longas, o diretor italiano Paul Vecchiali (“O Estrangeiro”), que também ganha retrospectiva e vem ao festival para receber o Prêmio Leon Cakoff, e o ator Paulo José (“Quincas Berro d’Água”), que será homenageado com documentários sobre sua trajetória e também receberá o troféu que leva o nome do criador da Mostra. Haverá também uma retrospectiva do cinema suíço, pouquíssimo conhecido no Brasil, com destaque para a obra do diretor Alain Tanner (“Jonas Que Terá Vinte e Cinco Anos no Ano 2000”), e exibições especiais, como uma projeção da obra-prima do cinema mudo “O Homem Mosca” (1923), grande sucesso de Harold Lloyd, ao ar livre no parque do Ibirapuera, e de clássicos do cinema brasileiro no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo acontece entre os dias 19 de outubro e 1 de novembro, e a venda dos ingressos já começa no próximo dia 14. A lista completa dos filmes será disponibilizada em breve no site oficial da Mostra.

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  • Filme

    Mostra Indie 2017 traz retrospectiva de Philippe Garrel, clássicos e filmes premiados nos grandes festivais

    14 de setembro de 2017 /

    A mostra Indie completa 17 anos de poucas concessões, trazendo alguns dos cineastas mais obscuros e as produções mais autorais do cinema contemporâneo ao Brasil. Em 2017, o evento “começa ao contrário”, por São Paulo, estendendo-se por um semana a partir de quarta (13/9), antes de ser retomado em Belo Horizonte, seu lar original, na terça (20/9). Entre os 43 filmes, selecionados de 15 países, 22 pertencem a uma retrospectiva do diretor francês Philippe Garrel, mais conhecido das novas gerações como o pai do galã Louis Garrel. O próprio cineasta selecionou os títulos e decidiu quais seriam exibidos em cópias de 35mm e quais teriam exibição digital. Nove filmes fazem parte do começo experimental de sua carreira – obviamente – , incluindo o curta “Actua I” (1968), um registro raro de maio 1968, cuja cópia era considerada perdida até pouco tempo. Mas a maior curiosidade é “La Cicatrice Intérieure” (1972, foto acima), estrelado pela modelo, atriz e cantora Nico, da banda Velvet Underground. A tradicional Mostra Mundial traz 16 filmes anti-comerciais, dentre eles seis dirigidos por mulheres. Os destaques são para “Na Praia à Noite Sozinha”, do sul-coreano Hong Sang-Soo, que vendeu o prêmio de Melhor Atriz (Kim Minhee) no Festival de Berlim deste ano, e “Jovem Mulher”, da francesa Léonor Serraille, premiado com a Câmera de Ouro (melhor primeiro filme) no Festival de Cannes 2017. O festival também tem uma seção chamada Clássica, que apresentar clássicos restaurados. Este ano, terão projeção em 4K duas obras-primas que estão completando 50 anos: “A Bela da Tarde” (1967), de Luis Buñuel, e “A Primeira Noite de Um Homem” (1967), de Mike Nichols. A lista também inclui “Stromboli” (1950), de Roberto Rossellini, “Acossado” (1960), de Jean Luc-Godard, e o contemporâneo “Mulholland Drive – Cidade dos Sonhos” (2001), de David Lynch. Para saber mais sobre a programação do evento, cinemas e horários, visite o site oficial.

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    Novo filme de Guillermo del Toro vence o Festival de Veneza 2017

    9 de setembro de 2017 /

    O novo filme de Guillermo del Toro, “A Forma da Água” (The Shape of Water), foi o vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza 2017. Combinação de fábula, romance e terror, o filme conta a história de uma faxineira muda que se apaixona por uma criatura aquática aprisionada em um laboratório secreto do governo americano. “Quero dedicar esse prêmio a todos os diretores americanos e latino-americanos que desejam fazer filmes que mexam com nossa imaginação”, disse Del Toro ao receber o troféu. “Eu acredito em vida, amor e cinema. E nesse momento da minha vida eu me sinto cheio de vida, amor e de cinema”. Criador da série “The Strain” e especializado em filmes de terror e fantasia (como “Hellboy”, “O Labirinto do Fauno” e “A Colina Escarlate”), Del Toro é o terceiro cineasta mexicano a lançar uma produção bem recebida em Veneza nos últimos anos. Embora Alfonso Cuarón (“Gravidade”, 2013) e Alejandro Iñárritu (“Birdman”, 2015) não tenham vencido o Leão de Ouro, eles saíram do festival italiano embalados por críticas positivas e acabaram vencendo o Oscar com seus filmes. O Grande Prêmio do Júri, considerado o 2º lugar da premiação, foi para “Foxtrot”, do israelense Samuel Maoz. O cineasta tinha vencido o Leão de Ouro de 2009 com sua estreia, o drama de guerra “Lebanon”. Em sua nova obra, ele descreve três momentos da família de um bem-sucedido arquiteto de Tel Aviv a partir do instante em que recebe a notícia da morte do filho mais velho, um soldado do Exército. O Prêmio do Júri, equivalente ao 3º lugar, ficou com “Sweet Country”, de Warwick Thorton, um western ambientado no outback australiano dos anos 1920. Thornton tinha vencido a Câmera de Ouro em Cannes com sua estreia, “Sansão e Dalila” (2009), e é o único cineasta aborígene consagrado pela crítica internacional. O Leão de Prata de Melhor Direção foi para o francês Xavier Legrand, pelo drama “Custody” (Jusqu’à la Garde), sobre um marido com fama de violento que consegue o direito de passar os fins de semana com o filho mais novo. É o primeiro longa dirigido por Legrand, que também venceu o Leão do Futuro, dado à melhor obra estreante do festival. O jovem cineasta entrou no cinema ainda criança, como ator no clássico “Adeus, Meninos” (1987), de Louis Malle, mas já tem uma indicação ao Oscar no currículo, por seu curta “Avant que de Tout Perdre” (2013). A Copa Volpi de Melhor Atriz foi para Charlotte Rampling, por sua interpretação em “Hannah”, da italiana Andrea Pallaoro (“Medeas”). A veterana estrela inglesa, que estreou no filme dos Beatles “Os Reis do Ié-Ié-Ié” (1964) e foi sex symbol dos anos 1970, experimenta um renascimento da carreira na Terceira Idade, após vencer o Urso de Prata do Festival de Berlim por seu filme anterior, “45 Anos” (2015), pelo qual também concorreu ao Oscar. Em “Hannah”, ela vive a personagem-título, uma mulher septuagenária em crise de identidade, provocada por uma revelação relacionada ao marido. Já a Copa Volpi de Melhor Ator foi para Kamel El Basha, pelo drama libanês “The Insult”, de Ziad Doueiri (ex-assistente de câmera de Tarantino), sobre uma briga judicial entre um mecânico cristão e um empreiteiro palestino de origem muçulmana, em Beirute. O prêmio de Melhor Roteiro ficou com “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”. Ainda mais sombria que “Na Mira do Chefe” (2008) e “Sete Psicopatas e um Shih Tzu” (2012), a terceira comédia de humor negro do inglês Martin McDonagh acompanha uma mãe (Frances McDormand) de uma pequena cidade do Missouri, inconformada com a incompetência da polícia após o estupro da filha, e foi um dos filmes mais comentados do festival. O troféu Marcello Mastroianni de melhor ator ou atriz revelação foi para o americano Charlie Plummer, por sua performance no drama “Lean on Pete”, dirigido por Andrew Haigh (de “45 Anos”), no qual interpreta um adolescente de 15 anos que arranja um emprego como assistente de um treinador fracassado de cavalos de corrida. O rapaz foi um dos finalistas ao papel do novo Homem-Aranha, está atualmente em cartaz no Brasil em “O Jantar” e poderá ser visto no fim do ano no novo longa de Ridley Scott, “All the Money in the World”. O júri da competição oficial deste ano foi presidido pela atriz americana Annette Bening (“Mulheres do Século 20”) e formado pelo diretor americano Edgar Wright (“Em Ritmo de Fuga”), a atriz inglesa Rebecca Hall (“Homem de Ferro 3”), a cineasta húngara Ildiko Enyedi (“On Body and Soul”), o diretor mexicano Michel Franco (“Depois de Lúcia”), a atriz francesa Anna Mouglalis (“Coco Chanel & Igor Stravinsky”), o crítico inglês David Stratton, a atriz italiana Jasmine Trinca (“Saint Laurent”) e o cineasta taiwanês Yonfan (“Príncipe das Lágrimas”). Além da competição oficial, também foram divulgados os trabalhos premiados nas mostras paralelas. O principal destaque coube ao vencedor da seção Horizontes: “Nico, 1988”, da italiana Susanne Nicchiarelli (“Cosmonauta”), sobre os últimos anos de vida da ex-modelo e cantora alemã Nico, ex-vocalista da banda Velvet Underground. Outro filme que chamou atenção foi o argentino “Hunting Season” (Temporada de Caza), primeiro longa de Natalia Garagiola, vencedor da seção Semana da Crítica, cujo prêmio é conferido pelo público. Confira abaixo a lista dos premiados. Vencedores do Festival de Veneza 2017 Mostra Competitiva Melhor Filme: “The Shape of Water”, de Guillermo del Toro Grande Prêmio do Júri: “Foxtrot”, de Samuel Maoz Melhor Diretor: Xavier Legrand (“Custody”) Melhor Ator: Kamel El Basha (“The Insult”) Melhor Atriz: Charlotte Rampling (“Hannah”) Melhor Roteiro: “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, de Martin McDonagh Prêmio Especial do Júri: “Sweet Country”, de Warwick Thorton. Ator/Atriz Revelação: Charlie Plummer (“Lean on Pete”, de Andrew Haigh) Prêmio Leão do Futuro (Diretor Estreante): Xavier Legrand (“Jusqu’à la Garde”) Mostra Horizontes Melhor Filme: “Nico, 1988”, Susanna Nicchiarelli Melhor Direção: Vahid Jalilvand, “No Date, No Signature” Prêmio Especial do Júri: “Caniba”, Verena Paravel and Lucien Castaing-Taylor Melhor Atriz: Lyna Khoudri, “Les bienheureux” Melhor Ator: Navid Mohammadzadeh, “No Date, No Signature” Melhor Roteiro: “Oblivion Verses”, Dominique Wellinski e Rene Ballesteros Melhor curta-metragem: “Gros chagrin”, Céline Devaux Mostra Semana da Crítica Melhor Filme: “Hunting Season”, de Natalia Garagiola Leão do Futuro Prêmio “Luigi De Laurentiis” de Filme de Estreia: “Custody”, de Xavier Legrand Clássicos de Veneza Melhor Documentário sobre Cinema: “The Prince and the Dybbuk”, de Elvira Niewiera e Piotr Rosolowski Melhor Filme Restaurado: “Vá e Veja” (1985), de Elem Klimov Competição de Realidade Virtual Melhor Realidade Virtual: “Arden’s Wake (Expanded)”, de Eugene Y.K. Chung Melhor Experiência de Realidade Virtual: “La Camera Isabbiata”, de Laurie Anderson e Hsin-chien Huang Melhor História de Realidade Virtual: “Bloodless”, de Gina Kim

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  • Música

    Todd Haynes prepara documentário sobre a banda Velvet Underground

    7 de agosto de 2017 /

    O próximo filme de Todd Haynes marcará uma progressão na carreira do cineasta, da ficção para a realidade. Duas décadas após lançar “Velvet Goldmine” (1998), filme sobre artistas fictícios do rock glam, gênero influenciado por Lou Reed, entre outros, ele vai filmar um documentário sobre a pioneira banda Velvet Underground, liderada por Lou Reed nos anos 1960. Ainda sem título, o projeto será o primeiro documentário do diretor, e marcará os 50 anos de lançamento do álbum de estreia do Velvet Underground – “The Velvet Underground and Nico”, com capa exclusiva do artista plástico Andy Warhol. O anúncio foi feito durante a participação de Haynes no Festival de Locarno, onde está sendo homenageado pelas realizações de sua carreira. Em entrevista para a revista Variety, o diretor revelou as dificuldades previstas em sua empreitada, descrendo o documentário como “desafiador”, diante da escassez de registros visuais sobre o grupo. Ele confirmou que irá usar os filmes experimentais de Andy Warhol, que registrou performances da banda, além de outros momentos de seus integrantes, e se disse ansioso pela “emoção da pesquisa e montagem visual”. Haynes também pretende incluir entrevistas dos membros sobreviventes da banda e de seus contemporâneos dos anos 1960. Ele também revelou que, paralelamente a este projeto, está preparando uma minissérie para a Amazon sobre “uma figura intensamente importante e de imensa influência histórica e cultural”, sem dar maiores detalhes.

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  • Etc,  Filme

    Anita Pallenberg (1944 – 2017)

    13 de junho de 2017 /

    Morreu Anita Pallenberg, atriz e modelo de carreira intimamente ligada aos Rolling Stones. Ela tinha 73 anos e a causa da morte não foi revelada. Nascida em 1944 na Itália, Pallenberg estudou na Alemanha e era fluente em quatro idiomas. Sua carreira artística começou em Nova York, quando ela entrou na trupe do Living Theatre, participando da peça “Paradise Now”, repleta de nudez, numa época em que também era uma habitué da Factory de Andy Warhol. Em 1965, enquanto trabalhava como modelo, Pallenberg e um amigo conseguiram entrar nos camarins de um show de Rolling Stones em Munique, e isso levou a um romance com o guitarrista Brian Jones. Ela também namorou brevemente Mick Jagger, antes de iniciar um relacionamento duradouro com Keith Richards, com quem teve três filhos (um deles, morreu ainda bebê). Os dois ficaram juntos até 1980. Sua estreia no cinema aconteceu em 1967, protagonizando “Degree of Murder”, segundo longa do mestre alemão Volker Schlondorff, no qual assassinava um ex-amante e seduzia os dois homens que a ajudavam a se livrar do cadáver. A trilha sonora era de Brian Jones. Ao se estabelecer em Londres, Anita participou de grandes clássicos do cinema psicodélico. Além de aparecer em “O Muro das Maravilhas” (1968) e “Candy” (1968), viveu a Rainha Negra em “Barbarella” (1968), de Roger Vadim, seduzindo Jane Fonda, e foi muito íntima de Mick Jagger em “Performance” (1970), de Nicolas Roeg, que ficou dois anos aguardando liberação da censura britânica. As cenas de sexo, consideradas muito fortes para a época, eram resultado de muito “ensaio” – noite adentro, segundo “Life”, a autobiografia de Keith Richards. Ela ainda estrelou o filme seguinte de Schlondorff, “O Tirano da Aldeia” (1969), e “Dillinger Morreu” (1969), do italiano Marco Ferreri, no qual contracenou com Michel Piccoli. Mas os fãs de rock talvez a conheçam melhor por sua voz. É dela a principal voz do corinho de “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones. Sua presença também tem proeminência no documentário dirigido por Jean-Luc Godard em 1968, que tem o título da canção. Sua própria carreira ficou para trás quando nasceram seus filhos, a partir de 1969, que também foi o ano em que Brian Jones morreu. Por isso, há quem diga que ela foi a Yoko Ono dos Stones, afastando Jones da banda – ele nunca teria superado sua rejeição. Mas Anita contribuiu com críticas que levaram a uma remixagem extensiva do disco “Beggar’s Banquet” (1968) e com o sexo e as drogas que acompanharam as gravações de “Exile on Main Street” (1972). No meio disso tudo, ela só fez um longa-metragem nos anos 1970, ao lado da amiga roqueira Nico: “Le Berceau de Cristal” (1976), dirigido por Philippe Garrel. Em compensação, virou personagem favorita dos tabloides, por conta de seu envolvimento com drogas e pelo suicídio de um jovem em sua casa, mais especificamente na cama que ela compartilhava com Keith Richards em 1979. O relacionamento do casal não resistiu ao escândalo, mas o guitarrista não se tornou rancoroso, descrevendo-a de forma poderosa em seu livro. “Eu gosto de mulheres espirituosas. E com Anita, você sabia que estava enfrentando uma valquíria – ela é quem decide quem morre numa batalha”. Nos anos seguintes, sua memória acabou resgatada por clipes da música pop. A banda Duran Duran, batizada com o nome de um personagem de “Barbarella”, usou cenas em que ela aparecia na sci-fi de 1968 no clipe de “Wild Boys” (1985). Mas foi Madonna quem interrompeu sua aposentadoria precoce, convidando-a para participar do vídeo de “Drowned World/Substitute for Love” em 1999. Dois anos depois, Anita ressurgiu como o Diabo num episódio da série “Absolutely Fabulous”, contracenando com outra velha amiga, a cantora Marianne Faithfull, escalada no papel de Deus. A aparição fez tanto sucesso que, por um breve período, ela experimentou um renascimento de sua carreira, estrelando cinco filmes em sequência: “Mister Lonely” (2007), de Harmony Korine, “Chéri” (2009), de Stephen Frears, e três longas de Abel Ferrara – “Go Go Tales” (2007), “Napoli, Napoli, Napoli” (2009) e “4:44 – O Fim do Mundo” (2011). De forma impressionante, Anita Pallenberg só trabalhou com cineastas cultuados.

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  • Jared Leto
    Filme

    Jared Leto vai viver Andy Warhol em cinebiografia

    20 de setembro de 2016 /

    O ator e cantor Jared Leto, que venceu o Oscar por “Clube de Compra Dallas” (2013) e recentemente interpretou o Coringa em “Esquadrão Suicida”, vai viver o artista plástico Andy Warhol em uma cinebiografia escrita por Terence Winter, criador das séries “Boardwalk Empire” e “Vinyl”. Segundo o site The Hollywood Reporter, Leto também vai produzir o filme, intitulado “Warhol”, em parceria com Michael De Luca (“Cinquenta Tons de Cinza”, “A Rede Social”). Ainda não há diretor definido no projeto, mas as filmagens só devem acontecer em 2017. Andy Warhol, que morreu em 1987, aos 58 anos, deixou sua marca em quadros, esculturas, filmes, música e até no jornalismo, como o artista multimídia mais popular da História. O filme será inspirado em sua biografia, publicada em 1989, de autoria de Victor Bockris. O longa deve mostrar as inspirações e os bastidores das criações do artista, que começou a expor seus trabalhos ainda nos anos 1950. Suas obras, que misturavam ícones de consumo, estrelas de cinema e elementos da cultura pop norte-americana questionavam a própria definição do que era arte. Nos anos 1960, o artista manteve um badalado atelier em Nova York, The Factory, que serviu de ponto de encontro para os mais diferentes artistas e celebridades, em clima de festa permanente. Ele também ajudou a lançar e produziu o primeiro álbum da banda Velvet Underground, que tinha Lou Reed como guitarrista, transformou a modelo Nico em cantora, vislumbrou que modelos seriam estrelas de cinema, incentivou a popularização das drag queens, fomentou o movimento do cinema underground em antecipação à cena indie, produziu uma nova geração de cineastas, identificou que o grafite era uma forma de arte moderna e levou Jean Michel Basquiat para as galerias de arte, criou a revista Interview, profetizou que, no futuro, todo mundo seria famoso por 15 minutos. E tudo isso sem falar em seus quadros fantásticos. As criações de Warhol tiveram impacto tão grande que são reproduzidas à exaustão até hoje. Warhol já foi personagem de 44 produções de cinema e TV. Dentre as aparições mais famosas, destaca-se a interpretação do cantor David Bowie, no filme “Basquiat – Traços de Uma Vida” (1996). Mais recentemente, ele foi interpretado por John Cameron Mitchell em três episódios da série “Vinyl”, criada justamente pelo autor da cinebiografia atual.

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  • Música

    Playlist: 20 baladas clássicas femininas dos anos 1960

    20 de março de 2016 /

    Da grandiloquência orquestral de “You Don’t Own Me”, de Leslie Gore, trilha da recente campanha da série “Penny Dreadful”, passando por várias composições luxuosas de Burt Bacharach, até chegar à caixinha de música de “Sunday Morning”, que Nico gravou com o Velvet Underground, as 20 baladas abaixo traduzem relacionamentos e ressentimentos em vozes femininas que marcaram os anos 1960. Torch songs, cantadas por gargantas privilegiadas ou balbuciadas por lábios perfeitos, e tão cinematográficas que, vez ou outra, reaparecem em trilhas de cinema. Confira as baladeiras.

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