Venda da produtora The Weinstein Company é finalizada e empresa vai mudar de nome
A venda da produtora The Weinstein Company foi finalizada nesta segunda-feira (16/7). A empresa de investimentos Lantern Capital, sediada no Texas, assumiu o estúdio falido dos irmãos Bob e Harvey Weintein por US$ 289 milhões, o equivalente R$ 1,1 bilhão. A negociação já tinha sido previamente aprovada pelo governo americano, e Andy Mitchell e Milos Brajovic, proprietários da Lantern, agora são oficialmente os substitutos de Bob e Harvey Weinstein no comando da companhia. A TWC, como era conhecida, foi à falência após as denúncias de assédio sexual e estupro contra Harvey Weinstein, reveladas por reportagens do jornal The New York Times e da revista The New Yorker em outubro do ano passado. No momento, o ex-magnata de Hollywood aguarda julgamento criminal em liberdade. A Lantern Capital vai mudar o nome enlameado da produtora para Lantern Entertainment e inicialmente cuidar da biblioteca de 277 filmes da empresa e dos processos que o escândalo de Weinstein deve desencadear. Após essa transição tumultuada, a nova Lantern Entertainment deverá contratar uma nova diretoria para passar a desenvolver novos projetos no cinema e na TV, além de retomar produções interrompidas da TWC.
Criador de La Casa de Papel fecha contrato para produção de novas séries na Netflix
A Netflix anunciou um contrato de exclusividade com Álex Pina, o criador, roteirista e produtor da série espanhola “La Casa de Papel”. Com o contrato, ele produzirá novas séries e projetos para a plataforma. “É um grande prazer anunciar o acordo com Álex Pina e poder trabalhar com um criador e uma equipe de produção tão talentosos. Temos certeza de que Álex continuará quebrando barreiras e conquistando o mundo todo com sua visão e histórias tão singulares”, afirmou em comunicado Erik Barmack, vice-presidente de conteúdo original internacional da Netflix. Além de “La Casa de Papel”, que virou febre mundial ao ser exibida na Netflix, Pina também criou a cultuada série apocalíptica “El Barco”, a policial “Vis a Vis” e a comédia “Bienvenidos al Lolita”, demonstrando extrema versatilidade. Um dos primeiros projetos dentro de seu novo acordo é a produção da terceira parte de “La Casa de Papel”, que tem lançamento previsto para 2019. Pina também está desenvolvendo “Sky Rojo”, uma trama de ação com protagonista feminina, que tem seu início de produção previsto para 2019.
Fox ganha aval do governo britânico para comprar a Sky
O governo da Grã-Bretanha deu nesta quinta-feira (12/7) o sinal verde que a 21st Century Fox, do magnata Rupert Murdoch, aguardava para intensificar a disputa com a Comcast pelo conglomerado televisivo Sky, depois da apresentação de garantias de respeito à pluralidade de informações. Apesar da autorização, anunciada em um comunicado pelo ministro da Cultura e Meios de Comunicação, Jeremy Wright, a Comcast superou o lance da Fox pela aquisição da rede de canais pagos, com uma oferta US$ 34 bilhões na noite de quarta. O governo britânico estava preocupado com as consequências sobre a pluralidade de uma aquisição por parte de Murdoch, que já possui dois jornais de grande tiragem no Reino Unido: The Sun e The Times – e há sete anos teve que fechar o News of the World após um escândalo de espionagem de celebridades. Para superar possíveis barreiras ao negócio, Murdoch aceitou vender o grupo Sky – inclusive a Sky News – para a Disney ou outra empresa que adquirir a 21st Century Fox. A família Murdoch também é proprietária dos canais pagos Fox News e Fox Sports, do The Wall Street Journal e da agência DowJones, que não integram o grupo 21st Century Fox, atualmente disputado pela Disney e a própria Comcast. Além disso, a Fox já detém 39% das ações da Sky.
Comcast aumenta seu lance e cobre oferta da Fox pela Sky
Durou poucas horas a vantagem da 21st Century Fox sobre a Comcast na disputa pela Sky, gigante da TV paga europeia. Logo após a Fox subir sua oferta para US$ 32,5 bilhões, a Comcast deu novo lance, oferecendo US$ 34 bilhões. A batalha pela Sky está ocorrendo simultaneamente à disputa entre a Comcast e a Disney para adquirir a Fox, incluindo a participação que a empresa já tem na Sky, de 39%. A Disney está vencendo a guerra de lances pelos estúdios, plataformas e canais pagos da Fox com uma oferta de US$ 71 bilhões. Segundo analistas de mercado ouvidos por publicações americanas, a nova oferta pela Sky pode significar que a Comcast finalmente priorizou uma batalha, assumindo que será derrotada na outra. Já a Disney chegou a realizar projeções sobre a aquisição da Fox com e sem a Sky no portfolio de novas propriedades. Presente em 23 milhões de lares em toda a Europa, a Sky se tornou um ativo valioso devido aos programas que cria e à relação direta que mantém com os clientes, com um alcance que nenhuma outra rede possui no continente europeu. Este alcance pode ser minimizado pela Disney com o lançamento de seu serviço de streaming também na Europa. Mas a guerra de lances ainda não pode ser considerada encerrada.
Fox aumenta oferta para ficar com os canais pagos da rede britânica Sky
A briga pelo controle da Sky esquenta. A Fox fez uma nova proposta pela rede britânica de canais pagos, passando o valor oferecido anteriormente pela Comcast. O novo lance é de US$ 32,5 bilhões, um pouco mais que os US$ 31 bilhões oferecidos pela Comcast em abril. A dona da Universal e da rede NBC se meteu na tentativa da Fox de comprar os 61% da Sky que seu grupo ainda não possui em fevereiro, quando a Fox ainda enfrentava resistências do governo britânico, que teriam sido superadas recentemente graças às negociações de venda para a Disney. Agora, as agências regulatórias do Reino Unido precisam estudar a proposta e o impacto dela, para concretizar ou não o negócio. Nesta quarta, a Fox afirmou em comunicado: “Estamos profundamente comprometidos para fazer com que essas duas organizações se juntem para criar um negócio mundial posicionado para entregar o melhor do entretenimento no futuro. Em maior escala e com nossas capacidades de combinação, a Sky enriquecerá seu potencial de continuar com sua missão nos próximos anos, especialmente num momento de mudanças dinâmicas nesta indústria.” Ao receber a proposta, a Sky afirmou: “A oferta da Fox representa um aumento substancial no valor relativo à oferta da Comcast e à proposta original da Fox”. Especialistas indicam que o valor final desta negociação ainda pode subir, e a venda da Sky pode ficar entre US$ 35 bilhões e US$ 37 bilhões. Com a compra da Fox, a Disney assumiria a Sky e provavelmente a dívida. Presente em 23 milhões de lares em toda a Europa, a Sky se tornou um ativo valioso devido aos programas que cria e à relação direta que mantém com os clientes, com um alcance que nenhuma outra rede possui no continente europeu. Por curiosidade, a Comcast também tenta comprar a Fox, numa disputa que igualmente está perdendo.
Acionista minoritário da Fox entra com processo para impedir venda para a Disney
Um acionista da 21st Century Fox decidiu travar a venda da empresa para a Disney. Robert Weiss entrou com uma ação na Justiça americana para impedir a negociação, em nome de outros acionistas minoritários da companhia. Segundo o processo, dados financeiros da Fox foram omitidos ou exagerados no relatório enviado para o governo americano a fim de que a compra pela Disney fosse aprovada, o que aconteceu no último dia 27 de junho. Os dados estariam incompletos no que se referem a investimentos ou lucros previstos no serviço de streaming Hulu e no canal pago britânico Sky, por exemplo. O Departamento de Justiça dos EUA deu o aval para a transação e só fez uma exigência: de que a Disney abrisse mão das emissoras regionais esportivas da Fox, o que foi prontamente acatado pela empresa. O processo de Weiss pode atrasar e até bloquear a finalização da compra. Tudo depende da decisão do juiz, que não deve sair tão cedo. Isso também dá mais fôlego para a rival da Disney na aquisição, a Comcast, que já é dona da Universal. O lance final da Disney foi de US$ 71,3 bilhões e precisou ser aumentado após a Comcast oferecer US$ 65 bilhões. Analistas do mercado financeiro acreditam que a Comcast planejava um novo lance, mas foi atropelada pela decisão da Justiça americana. A aprovação da compra da Fox pela Comcast não seria fácil de ser aprovada, pois a empresa já teve grandes dificuldades e sofreu diversas restrições ao comprar a Universal. Isto porque, enquanto o negócio da Fox com a Disney é horizontal, entre empresas iguais, a negociação com a Comcast é vertical, entre uma empresa distribuidora (internet, acesso à cabo) e outra criadora de conteúdo e dona de canais, o que criaria um monopólio de serviços.
Netflix pretende gastar US$ 13 bilhões em conteúdo, mais que qualquer estúdio ou TV dos EUA em 2018
A Netflix deve gastar até US$ 13 bilhões em programação original ao longo de 2018. Os números impressionantes, que ultrapassam muito os gastos dos maiores estúdios e as principais redes de TV dos Estados Unidos, foram revelados por uma reportagem da revista inglesa The Economist. Os valores são quase o dobro do originalmente anunciado – entre US$ 7 e $8 bilhões – em outubro passado. Na ocasião, já eram números atordoantes, que deixavam na sombra os US$ 4 bilhões previstos pela Amazon para investimento em conteúdo original e o US$ 1 bilhão que a Apple usaria para dar início à produção de séries para seu serviço de streaming. Segundo a publicação, a Netflix pretende gastar este montante em 82 filmes e até 700 programas televisivos – entre séries originais e licenciadas – e especiais de humor e jornalísticos. Este material inclui atrações produzidas em 21 países diferentes. Só os 82 filmes que a Netflix pretende lançar em 2018 equivalem a mais estreias que os grandes estúdios programaram para este ano – todos juntos. Como comparação, o estúdio com mais estreias previstas, a Warner, levará 22 filmes aos cinemas norte-americanos até o fim do ano. A Disney, por sua vez, terá só 10 lançamentos – incluindo títulos da Marvel, Pixar e Lucasfilm. O objetivo da empresa é se preparar para enfrentar a saída anunciada da Disney em 2019 e potencialmente de outros estúdios de seu catálogo, como já fez a Fox, produzindo material suficiente para manter o público disposto a manter suas assinaturas. E de preferência, claro, obter novos assinantes interessados em sua oferta avassaladora de conteúdo original e exclusivo.
Público americano já assiste mais Netflix que TV convencional
Pesquisa da empresa de consultoria Cowen & Co., publicada pela revista Variety nesta terça (3/7), revelou que o público americano já vê mais Netflix do que TV. A pesquisa perguntou a 2,5 mil pessoas “qual plataforma você usa mais frequentemente para ver conteúdo de vídeo na TV”. E 27% do público respondeu que usa a Netflix. Na segunda posição, a TV a cabo teve preferência de 20% do público, enquanto apenas 18% disseram preferir a TV aberta. Para completar, a pesquisa ainda assinalou que 11% assistem à maioria do seu conteúdo original no Youtube. A prevalência da Netflix é ainda maior quando a pesquisa considera apenas os entrevistados entre 18 e 34 anos, considerados o público alvo dos anunciantes da TV americana. Entre os jovens adultos, 40% preferem a Netflix, 17% usam mais o Youtube, 12,6% assistem à TV paga básica, 7,6% assinam o serviço Hulu e apenas 7,5% ainda assistem à TV aberta. Por fim, o levantamento também aponta que a Amazon tem um problema sério de conteúdo, já que apenas 3,4% dizem preferir o serviço, quase o mesmo número de pessoas que assinam pacotes premium da TV paga (tipo HBO). A empresa Cowen & Co. conclui que a dominação da Netflix só tende a crescer nos próximos anos, com o investimento cada vez maior do serviço de streaming. Mas a chegada de novos concorrentes de peso, como os serviços da Disney e da Apple, apontam ainda outra tendência: a irreversível obsolescência da TV convencional. Vale observar também que a pesquisa só levou em conta vídeos exibidos no aparelho televisor. Mas a maioria do público da Netflix, segundo estudos da própria plataforma, prefere assistir ao conteúdo da plataforma em aparelhos móveis. Ou seja, a percentagem do domínio da Netflix é muito maior, quando consideradas todas as formas de consumo de conteúdo de vídeo.
Departamento de Justiça dos EUA aprova a compra da Fox pela Disney
A compra da Fox pela Disney avançou nesta quarta-feira (27/6), com o aval positivo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A única ressalva do Departamento foi a determinação para a Disney vender as emissoras esportivas regionais da Fox, por entender que elas, em conjunto com a ESPN (que já é da Disney), poderiam constituir um monopólio no segmento. A compra estava sob análise da Justiça americana desde dezembro, quando a Disney anunciou a aquisição dos ativos da Fox pelo valor de US$ 52,4 bilhões. Enquanto a aprovação não saía, a Comcast, dona dos estúdios Universal, fez uma oferta maior, de US$ 65 bilhões, para ficar com a Fox. Mas diante da corrência a Disney subiu sua proposta na semana passada, levando-a ao valor de US$ 71,3 bilhões. O novo acordo foi aceito no mesmo dia pela Fox, segundo o jornal Wall Street Journal. Com a efetivação da compra, o império do Mickey crescerá ainda mais, com a incorporação do estúdio de cinema 20th Century Fox, as produtoras indies Fox Searchlight Pictures e Fox 2000, a produtora de TV da Fox e os canais pagos do grupo FX e National Geographic, assim como mais de 300 canais internacionais. Também estão inclusas a participação de 30% da Fox no serviço de streaming Hulu, a fatia de 50% da companhia na Endemol (responsável por criar reality shows como “Big Brother” e “MasterChef”) e a participação na rede de TV paga europeia Sky. Com o negócio, a Disney passar a reunir a maioria dos heróis da Marvel, juntando os X-Men, Deadpool e Quarteto Fantástico com os Vingadores. A Fox também detinha os direitos de um único filme da saga “Star Wars”: o “Guerra nas Estrelas” original, que agora passa a ser integrado com os demais na LucasFilm (comprada pela Disney em 2012). A empresa também se torna proprietária de outras grandes franquias do cinema, como “Avatar” e “Planeta dos Macacos”, e de produções menores, mas prestigiadas, como “Estrelas da Além do Tempo”, “Garota Exemplar” e “A Forma da Água”, vencedor do Oscar 2018. Já na TV, a Disney adquire séries de sucesso como “This Is Us”, “Modern Family” e “The Simpsons”, além de atrações de super-heróis como “Legion” e “Gifted”, sem esquecer a possibilidade de explorar o catálogo da Fox em novas séries. O objetivo da Disney é se reforçar para lançar seu serviço de streaming próprio e rivalizar com a Netflix e a Amazon a partir de 2019.
Disney aumenta oferta e retoma compra da Fox
A Disney está disposta a pagar para ver até onde a Comcast está disposta a chegar na disputa pelo controle da Fox. A empresa do CEO Bob Iger fez uma nova oferta bilionário pelos ativos da 21st Century Fox, de cerca de US$ 71,3 bilhões, entre dinheiro vivo e ações. O montante é US$ 6 bilhões maior que a quantia oferecida pela Comcast para superar a primeira oferta da Disney – uma transação que seria originalmente fechada por US$ 52,4 bilhões. Mas não é só. A Disney também assumirá a dívida líquida da 21st Century Fox, de cerca de US$ 13,7 bilhões, o que eleva o negócio ao valor de US$ 85 bilhões. Por conta disso, os acionistas da Fox deram sinal verde para prosseguir com os planos originais de fusão com a Disney, que devem ser aprovados internamente nos próximos dias, caso a Comcast não apresente uma contraproposta. Em dezembro do ano passado, a Disney ofereceu um prêmio de US$ 28 por ação da Fox, o que resultava A nova proposta aumenta a oferta para US$ 38. A transação inclui os estúdios de cinema e TV, canais pagos, participação no serviço Hulu e empresas internacionais de TV do conglomerado do magnata Rupert Murdoch. “Nós estamos extremamente orgulhosos do negócios que construímos na 21st Century Fox, e acreditamos firmemente que essa combinação com a Disney irá liberar ainda mais valor aos acionistas à medida que a Disney mantenha o ritmo nesse tempo dinâmico para nossa indústria”, afirmou Murdoch, em comunicado, diante da nova oferta. O negócio leva para o portfólio da Disney franquias como X-Men, Avatar, Simpsons, além de canais como FX Networks e National Geographic. A compra também inclui a Endemol, que é dona dos formatos de populares reality shows, como “Big Brother”, “Masterchef”, além da série “Black Mirror”, atualmente exibida na Netflix. Ao assumir os 30% da participação da Fox no serviço de streaming Hulu, a Disney também obterá o controle majoritário de um dos principais concorrentes da Netflix. Além disso, a Fox também é a principal acionista da rede europeia de TV paga Sky, além da indiana Star India.
Oprah Winfrey fecha acordo para desenvolver programas para a Apple
A famosa apresentadora e empresária americana Oprah Winfrey fechou contrato com a Apple para produzir programas exclusivos para o vindouro serviço de streaming da empresa de tecnologia. A Apple não especificou os tipos de atrações que serão desenvolvidos pela ex-apresentadora do programa de variedades “Oprah” e dona do canal pago OWN (Oprah Winfrey Network), nem divulgou previsão de lançamento – como tem sido praxe com as diversas séries encomendadas pela empresa. Mas, segundo o site da revista The Hollywood Reporter, o acordo inclui programas de televisão, filmes, aplicativos e até livros. Desde o ano passado, a Apple vem investindo na encomenda de produções para um novo serviço de streaming, que a empresa pretende lançar, mas ainda não detalhou oficialmente. A associação com Oprah Winfrey é uma resposta às negociações feitas pela Netflix, que nos últimos meses fechou até com os antigos moradores da Casa Branca, Barack e Michelle Obama, além dos produtores Shonda Rhimes (“Grey’s Anatomy”, “Scandal”, “How to Get Away with Murder”) e Ryan Murphy (“Glee”, “American Horror Story”, “9-1-1”) para desenvolverem programas exclusivos.
AT&T muda o nome da Time Warner para WarnerMedia
A Time Warner já mudou de nome e de direção sob o comando da AT&T. A empresa, que inclui a HBO, Turner, a editora DC e o estúdio Warner Bros., foi rebatizada de WarnerMedia em um memorando distribuído aos funcionários pelo novo presidente da companhia nesta sexta-feira (15/6). A empresa de telecomunicações finalizou a compra da Time Warner na quinta-feira (14/6) depois de uma prolongada batalha antitruste com o governo dos Estados Unidos. Com isso, já começaram as mudanças internas na empresa, com o afastamento de diversos executivos da cúpula da Warner Bros. e da Turner. O presidente da nova WarnerMedia é John Stankey, um executivo da AT&T, que em seu memorando prometeu manter a autonomia criativa da HBO, Turner e Warner Bros., trabalhando em parceria com essas divisões da companhia para realizar o objetivo principal do negócio. O acordo, anunciado originalmente em 2016, permitirá que a AT&T alie novas ofertas de conteúdo em TV e streaming, junto com seus serviços principais de provedora de TV paga e banda larga. O novo nome enfatiza como a AT&T enxerga sua aquisição, como fonte de conteúdo de mídia. Mas também confirma o fim de uma era. Vale lembrar que o nome Time Warner foi estabelecido em 1989, quando editora Time Inc., que publicava a Time e outras revistas, fundiu-se com a Warner Communications, uma empresa de filmes, música e TV paga, formando a Time Warner – então o maior conglomerado de mídia e entretenimento do mundo. Mas a chegada da internet tornou o negócio impresso deficitário, levando a empresa a ser dividida e vendida, a ponto de a única parte da Time que ainda permanecia no grupo estava em seu próprio nome. A editora de revistas foi adquirida no ano passado pela Meredith Inc. A Time Warner Cable foi vendida em 2016 para a gigante Charter Communications Inc. E a ironia é que até mesmo a própria revista Time está perto de ser vendida novamente pela Meredith, tamanha é a crise atual das publicações impressas. Em seu memorando, Stankey disse que a AT&T decidiu mudar o nome não apenas por a empresa não ter mais nada a ver com a Time, mas porque as pessoas ainda confundiam a Time Warner, empresa de mídia, com a Time Warner, a antiga empresa de TV paga do grupo, embora a Charter a tenha renomeado como Spectrum ao comprá-la em 2016. “Nossa pesquisa de consumo sugere que essa confusão não vai desaparecer tão cedo”, disse ele, no texto que justificou a mudança.
AT&T fecha negócio de US$ 85 bilhões pela Warner, DC, HBO, CNN, Turner e meia rede CW
Após a autorização da Justiça Federal dos Estados Unidos, a AT&T finalizou a aquisição da Time Warner nesta quinta (14/6) e agora controla um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, que inclui a Warner Bros., HBO e Turner. O valor total do negócio chega à cifra de US$ 85,4 bilhões. Segunda maior empresa de telecomunicações, vice-líder em banda larga e maior provedora de TV paga do país dos Estados Unidos, a AT&T já havia adquirido a DirecTV e agora acrescenta diversos canais, como a CNN, TNT, Cartoon Network, a citada HBO, etc, sem esquecer metade da rede CW, 10% da Hulu, a editora de quadrinhos DC Comics, os estúdios de cinema e TV da Warner, New Line e muitos outros ativos, para se tornar uma empresa que alia conteúdo, tecnologia e transmissão de dados. O objetivo assumido é enfrentar a concorrência da Netflix e de futuros produtos da Apple, Google, Facebook e até da Disney no mercado de streaming. A primeira tentativa de fusão dos grupos aconteceu em novembro de 2017, mas foi barrada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, sob a alegação de a centralização de tais produtos e marcas poderiam prejudicar os consumidores. No mês passado, o Departamento de Justiça fez seu último esforço para fazer as gigantes desistirem do negócio, pedindo para a Justiça impedir a fusão porque temia que o grupo barrasse o conteúdo produzido pelo conglomerado fossem em serviços rivais de TV e streaming. “A evidência demonstrou que a maior parte (embora não todos) dos efeitos anticoncorrenciais fluem da combinação de Turner com a DirecTV”, disse o Departamento de Justiça na época. Mas o juiz federal Richard Leon rejeitou a alegação do Departamento de Justiça na terça passada (12/6). Em sua decisão, ele julgou que o governo não conseguiu demonstrar como a concentração de conteúdo, tecnologia e distribuição resultaria em preços mais altos para os consumidores e prejudicaria a concorrência, considerando toda a argumentação do Departamento de Justiça feita sobre afirmações empíricas. Ao mesmo tempo, o juiz considerou sólidos os dados trazidos pelos executivos da AT&T e da Time Warner, que demonstraram que a única maneira de uma empresa de mídia sobreviver em um ambiente cada vez mais dominado por gigantes da tecnologia é combinando estúdios de cinema, canais de TV, distribuição e processamento de dados em uma única corporação. Assim que a aprovação da fusão foi pela Justiça, as ações da Time Warner subiram 5.37% em questão de minutos. Mudanças operacionais devem começar a acontecer a partir de julho, quando o governo não poderá mais apelar contra a fusão.












