Apple perde US$ 1 bilhão por ano em streaming
Relatório aponta perdas bilionárias com investimentos pesados em produções originais
“Napoleão” ganha versão estendida com 48 minutos de cenas inéditas na Apple TV+
Versão do diretor de Ridley Scott traz mais detalhes sobre a vida de Josefina e a queda de Napoleão
Oscar começa mais cedo neste domingo. Saiba onde ver
A transmissão do Oscar vai iniciar antes do horário tradicional, como iniciativa para atrair mais telespectadores
Estreias | Filme inédito do Oscar, “As Five” e “Xógum” são destaques do streaming
Novidades da programação digital também incluem "Minha Mãe e Eu" em VOD e a chegada de "Aquaman 2" e "Napoleão" nas plataformas
Bilheteria | Filme de Bob Marley supera “Madame Teia” na América do Norte
A cinebiografia da Paramount faturou o dobro da adaptação de quadrinhos da Sony durante semana prolongada por dois feriados nos Estados Unidos
Bilheteria | “Argylle” mantém liderança em fim de semana de baixa arrecadação nos EUA
Comédia de espionagem mantém 1º lugar apesar de queda acentuada nas vendas, enquanto "Lisa Frankenstein" estreia em 2º lugar com desempenho desestimulante
Bilheteria | “Argylle – O Superespião” é fracasso de público e crítica
A comédia de ação “Argylle – O Superespião” implodiu nas bilheterias norte-americanas. A produção de alto orçamento dirigida por Matthew Vaughn (da franquia “Kingsman”) arrecadou apenas US$ 18 milhões em sua estreia em 3.605 cinemas. O filme, que teve um custo de produção entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões, também fracassou no mercado internacional, onde arrecadou US$ 17,3 milhões em 78 países, totalizando uma abertura global de US$ 35,3 milhões. Apesar dos números baixos, a superprodução conseguiu liderar as bilheterias no fim de semana devido à falta de concorrência significativa. Entretanto, foi massacrado por público e crítica, com 35% de aprovação pela imprensa, segundo o Rotten Tomatoes, e nota C+ na avaliação do CinemaScore, pesquisa feita com os espectadores na saída dos cinemas dos EUA. “Argylle” foi o terceiro lançamento cinematográfico convencional da Apple nos últimos meses, seguindo os passos de “Assassinos da Lua das Flores” de Martin Scorsese e “Napoleão” de Ridley Scott, todos com orçamentos superiores a US$ 200 milhões e todos fracassos de bilheteria. Apenas “Assassinos da Lua das Flores” agradou a crítica, obtendo 10 indicações ao Oscar – mas arrecadou apenas US$ 157,6 milhões globalmente. O resto do Top 5 Além de “Argylle”, os cinemas dos Estados Unidos registraram a estreia de uma edição especial da série “The Chosen”, que exibiu os três primeiros episódios da 4ª temporada no circuito cinematográfico. A iniciativa surpreendeu ao ocupar o 2º lugar nas bilheterias, com US$ 6,1 milhões de 2.260 telas. Em 3º lugar ficou “Beekeeper – Rede de Vingança”, que continua a apresentar um bom desempenho em sua quarta semana de projeção. O thriller de ação estrelado por Jason Statham arrecadou US$ 5,3 milhões, elevando seu total doméstico para US$ 49,4 milhões. Mas é internacionalmente que tem se saído melhor, com uma arrecadação de US$ 73,1 milhões, que totaliza US$ 122,5 milhões mundiais. “Wonka” ficou em 4º lugar, mesmo estando em sua oitava semana de exibição. O filme adicionou US$ 4,7 milhões e superou os US$ 200 milhões domésticos. Globalmente, o musical estrelado por Thimotée Chalamet já acumula impressionantes US$ 571,7 milhões, tornando-se a maior bilheteria da temporada de final de ano. Fechando o Top 5, “Patos!” arrecadou US$ 4,2 milhões em sua sétima semana em cartaz. A animação tem apresentado um desempenho consistente nas bilheterias norte-americanas, totalizando US$ 106,2 milhões. No cenário global, alcançou US$ 210 milhões, um resultado respeitável considerando seu orçamento de produção de US$ 70 milhões. O filme tem se beneficiado de uma estadia prolongada nos cinemas, garantindo rentabilidade em sua exibição teatral. Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana. 1 | ARGYLLE – O SUPERESPIÃO 2 | THE CHOSEN 4 3 | BEEKEEPER – REDE DE VINGANÇA 4 | WONKA 5 | PATOS!
Estreias | “Mestres do Ar” e “Wonka” são destaques do streaming na semana
O Top 10 de streaming da semana lista 6 séries e 4 filmes, com destaque para 3 minisséries nos apps de assinatura e a chegada de 3 sucessos recentes de cinema ao serviços de VOD (para locação digital), incluindo a maior bilheteria do ano até o momento. Confira a seguir o melhor da programação. SÉRIES MESTRES DO AR | APPLE TV+ A terceira minissérie épica produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg sobre a 2ª Guerra Mundial forma uma trilogia com “Band of Brothers” e “The Pacific” na HBO. Cada uma dessas atrações acompanha uma Força Armada diferente. Após o Exército e a Marinha, a nova produção foca nos esforços da Aeronáutica no conflito dos anos 1940. Com cenas impressionantes de combates aéreos e muitas cenas de ação, “Mestres do Ar” destaca as participações dos atores Austin Butler (“Elvis”), Callum Turner (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”) e Barry Keoghan (“Saltburn”) como pilotos, além da camaradagem dos combatentes e a participação histórica de aviadores negros no conflito, fato que até o filme “Esquadrão Red Tails” (2012) costumava ser ignorados. Os episódios acompanham os desafios dos pilotos dos bombardeiros B-17 em missões perigosas sobre a Europa ocupada pelos nazistas entre 1942 e 1945. Conforme a trama avança, os dramas pessoais e os horrores da guerra proporcionam um panorama detalhado dos sacrifícios e da bravura dos jovens aviadores. Enquanto as cenas de combate aéreo são o grande destaque, demonstrando um alto nível de produção e realismo, a produção série equilibra a ação intensa com momentos de emoção e reflexão sobre as experiências vividas pelos personagens. Os 9 episódios foram inspirados no livro de não ficção de Donald L. Miller, escrito após entrevistas com vários aviadores e pesquisas exaustivas em arquivos sobre a guerra nos céus da Europa. O roteiro está a cargo de John Orloff, que trabalhou anteriormente em “Band of Brothers”, e a lista impressionante de diretores dos episódios inclui Cary Joji Fukunaga (“007: Sem Tempo para Morrer”), Dee Rees (“A Última Coisa que Ele Queria”), Timothy Van Patten (“The Pacific”) e o casal Ana Boden e Ryan Fleck (“Capitã Marvel”). Para completar, o elenco grandioso também inclui Anthony Boyle (“Tolkien”), Nate Mann (“Licorice Pizza”), Rafferty Law (filho de Jude Law), Josiah Cross (“King Richard: Criando Campeãs”), Branden Cook (“Me Conte Mentiras”) e Ncuti Gatwa (“Sex Education”). GRISELDA | NETFLIX Em seu primeiro papel dramático, Sofia Vergara (“Modern Family”) vive Griselda Blanco, poderosa chefona de um cartel de drogas. A personagem é durona, enfrenta ameaças e tiros de rivais, e reage à provocações com muito mais violência, sem receio de sujar as próprias mãos. Melhor de tudo: a história é baseada em fatos reais. Griselda – que também atendia pelos nomes de Viúva Negra, La Madrina e Madrinha da Cocaína – foi uma das maiores traficantes de cocaína dos anos 1980. Mas apesar disso – e de sua proximidade com Pablo Escobar e o cartel de Medellín – , não foi uma personagem de destaque em “Narcos”, série dos mesmos produtores da atual atração – entretanto, sua história já foi contada na tela, no filme “Cocaine Godmother”, de 2017, onde teve interpretação de Catherine Zeta-Jones. A série foi desenvolvida pelo produtor Eric Newman, showrunner de “Narcos” e “Narcos: Mexico”, e os episódios são escritos e dirigidos pelo colombiano Andrés Baiz, que também trabalhou na franquia “Narcos”. A trama retrata a vida de Griselda após sua fuga de Medellin em 1978 e chegada a Miami, onde se envolve no comércio de cocaína, ao mesmo tempo em que precisa lidar com misoginia, machismo, violência e intimidação. A história vai até 1981, quando encontra uma Griselda transformada em uma versão monstruosa de si mesma, impulsionada pelo poder e ganância. A opção de condensar três anos tumultuados da vida de Griselda em seis episódios resulta numa narrativa ágil, repleta de ação, moda e música de época, além de atuações convincentes, especialmente de Vergara, revelando novas facetas de seu talento em um papel sério. EXPATRIADAS | PRIME VIDEO A minissérie baseada no romance de Janice Y.K. Lee, explora as vidas entrelaçadas de três mulheres expatriadas em Hong Kong. Uma delas é Margaret, interpretada por Nicole Kidman (“Apresentando os Ricardos”), uma americana rica que vive na cidade com seu marido Clarke (Brian Tee de “Chicago Med”) e seus três filhos. A vida de Margaret é abalada quando seu filho mais novo desaparece, desencadeando uma espiral de trauma e alienação. A história segue também Mercy (Ji-young Yoo, de “The Sky Is Everywhere”), uma jovem recém-chegada de Nova York que encontra sua vida virada de cabeça para baixo após um encontro casual com Margaret, e Hilary (Sarayu Blue, de “Eu Nunca…”), uma vizinha de Margaret, cujo casamento está desmoronando. A atração é criada, escrita, dirigida e produzida por Lulu Wang, cineasta premiada de “A Despedida” (2019), e seu enredo também captura a dinâmica entre empregadores e empregados domésticos, além de abordar temas como maternidade e política, passando-se durante a Revolução dos Guarda-chuvas de 2014. O ritmo é lento, mas a obra se destaca por sua bela fotografia e por capturar a essência de Hong Kong. SEXY BEAST | PARAMOUNT+ Estreia do cineasta Jonathan Glazer (“Reencarnação” e “Sob a Pele”), “Sexy Beast” foi um filme de gângsteres de 2000 que rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para Ben Kingsley. Na trama de cinema, Ray Winstone vivia Gal Dove, um ladrão que resolve se aposentar da vida do crime, saindo em férias com sua mulher e amigos para a Espanha. Mas seu antigo parceiro Don Logan (papel de Kingsley) quer que ele participe de um último grande assalto em Londres e se recusa a aceitar “não” como resposta. Ian McShane também estava no elenco com o poderoso chefão Teddy Bass, que se beneficiaria do crime. A nova série é um prólogo focado no passado criminoso desses personagens, mostrando o começo da parceria entre Gal Dove e Don Logan, na época em que começam a trabalhar para o chefão Teddy Bass, período em que Gal também conhece e se apaixona pela estrela de cinema adulto DeeDee – sua futura esposa. Gal é um ladrão brilhante e Don é um gângster cruel, e os episódios exploraram o complicado relacionamento do par, em meio à loucura sedutora do mundo criminoso de Londres durante os vibrantes e voláteis anos 1990. Os papéis principais são vividos por James McArdle (“Mare of Easttown”) como Gal, Emun Elliott (“Mistério no Mar”) como Don, Sarah Greene (“Normal People”) como Deedee, Stephen Moyer (“True Blood”) como Teddy, além de Tamsin Greig (“Episodes”) no papel da irmã controladora de Don, Cecília. A atração foi desenvolvida por Michael Caleo, roteirista das séries clássicas “Rescue Me” e “Os Sopranos”, além do filme “A Família”, de Luc Besson, e o primeiro episódio tem direção da cineasta Karyn Kusama (“O Peso do Passado”). VICKY E A MUSA 2 | GLOBOPLAY A primeira série musical do Globoplay traz uma história que mistura música pop, mitologia e dilemas da adolescência. A trama se passa no fictício bairro operário de Canto Belo, que, após a pandemia da Covid-19, precisou fechar as portas do único teatro da cidade, distanciando-se de qualquer tipo de manifestação artística. Tudo muda quando a jovem Vicky, interpretada por Cecília Chancez, pede ajuda às musas gregas e aos deuses da Arte, que respondem a seu apelo, assumindo a missão de devolver a alegria, a inspiração e o ritmo para os moradores locais. A musa da música Euterpe, vivida por Bel Lima (do teatro musical), e o deus do teatro Dionísio, interpretado por Túlio Starling (“O Pastor e o Guerrilheiro”), logo se misturam aos mortais para abrir um teatro musical comunitário, que engaja os jovens da trama, entre eles Tabatha Almeida (ex-“The Voice Kids”), Malu Rodrigues (“Minha Fama de Mau”), Nicolas Prattes (“Éramos Seis”), Pedro Caetano (“Sentença”), Cris Vianna (“Império”), Leonardo Miggiorin (“Malhação”), Jean Paulo Campo (“Carinha de Anjo”), João Guilherme (“De Volta aos 15”) e outros. Entretanto, na 2ª temporada, o dono do teatro invadido aparece para reclamar da ocupação – artística, segundo os jovens, criminosa segundo o proprietário. O dilema se instala e é preciso muita música, dança e dramaturgia para resolvê-lo. A série foi criada e escrita por Rosane Svartman, autora do folhetim de sucesso “Vai na Fé”, tem direção artística de Marcus Figueiredo (“Malhação”) e direção de gênero de José Luiz Villamarim (“Onde Está Meu Coração”). MESTRES DO UNIVERSO: A REVOLUÇÃO | NETFLIX Após duas temporadas de “Salvando Eternia”, a continuação enfrenta o desafio de desenvolver uma história completa em cinco episódios. A trama começa com as consequências da saga anterior. Eternia se vê sem um Preternia, seu lado celestial do pós-vida, deixando as almas em limbo ou Subternia. Teela, agora a Feiticeira de Grayskull, tem a missão de reconstruir esse paraíso. Paralelamente, o Rei Randor desafia He-Man a tomar uma escolha crucial entre reinar ou proteger Grayskull. A história ainda introduz o vilão Hordak e seu Exército do Mal, além de abordar o conflito entre tecnologia e magia, com participação de um Skeletor mais instável e aterrorizante. A temporada aposta em cenas de ação para atrair um público mais jovem e inclui diversos personagens queridos pelos fãs, fazendo até referências às diferentes variações da franquia, incluindo piadas meta sobre Gwildor do filme de 1987 e acenos para a recente série CGI. Com roteiros e produção de Kevin Smith (“O Balconista”), a produção destaca as vozes do casal Chris Wood e Melissa Benoist (ambos de “Supergirl”) como He-Man e Teela, Diedrich Bader (“Bela, Recatada e do Lar”) como Randor, Mark Hamill (“Star Wars”) como Skeletor e Keith David (“A Viagem”) como Hordak. FILMES WONKA | VOD* O prólogo musical do clássico “A Fantástica Fábrica de Chocolate” apresenta Timothée Chalamet (“Duna”) no papel de um jovem Willy Wonka, que chega a uma cidade europeia com o sonho de abrir sua própria loja de chocolates e doces. Diferente da versão mais madura e enigmática interpretada por Gene Wilder em 1971 e Johnny Depp em 2005, Chalamet é um Wonka ingênuo e sonhador, cujo amor pelo chocolate é herdado de sua mãe, interpretada por Sally Hawkins (“A Forma da Água”). O filme segue sua jornada enquanto ele tenta estabelecer seu negócio. A narrativa se desenrola em torno das tentativas de Wonka de se destacar no competitivo mundo dos doces, enquanto lida com a manipulação da astuta dona de uma pousada, Mrs. Scrubit, vivida por Olivia Colman (“A Favorita”), e a oposição do Cartel de Chocolate. Com a ajuda de uma órfã esperta e um grupo de cativantes personagens secundários, Wonka se aventura pela cidade, esquivando-se da polícia e experimentando suas invenções. O filme também apresenta Hugh Grant (“Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes”) como um Oompa Loompa, adicionando uma dimensão cômica à história. O diretor Paul King é conhecido por seu estilo visual distinto e habilidade em criar narrativas infantis encantadoras, como demonstrou em “Paddington” e sua sequência. E “Wonka” resulta num deleite visual, com cenários coloridos e extravagantes que lembram uma produção teatral. As canções originais do filme, compostas por Neil Hannon (da banda The Divine Comedy), ainda adicionam um charme musical, enquanto Chalamet e Grant dão vida a clássicos como “Pure Imagination” e “Oompa Loompa”. A abordagem do material é calorosa e acolhedora, sem a malícia presente na adaptação de Mel Stuart de 1971, fazendo de “Wonka” uma celebração do sonho e da imaginação, e uma experiência leve e agradável para o público. FERIADO SANGRENTO | VOD* Eli Roth, o diretor de “Cabana do Inferno” (2002) e “O Albergue” (2005), retorna ao terror, após um longo período distante, com uma produção que segue o modelo clássico dos slashers, incluindo um psicopata mascarado e uma data comemorativa. A trama se desenrola em Plymouth, Massachusetts, e começa com uma cena caótica de liquidação de Black Friday que termina em tragédia. Um ano após o evento, um assassino misterioso começa a matar aqueles que estiveram envolvidos no incidente, vestindo uma fantasia de peregrino e uma...
Oppenheimer lidera lista dos indicados ao Oscar 2024
A lista oficial dos indicados ao Oscar 2024 foi anunciada nesta terça-feira (23/1), numa cerimônia comandada por Zazie Beetz (“Coringa”) e Jack Quaid (“The Boys”) em Los Angeles, nos Estados Unidos. A premiação está marcada para dia 10 de março com apresentação de Jimmy Kimmel – e começará mais cedo que o habitual, às 21h (horário de Brasília). A relação destacou o filme “Oppenheimer” com indicações em 12 categorias diferentes, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Christopher Nolan e Melhor Ator para a Cillian Murphy. “Pobres Criaturas”, com 11 indicações, e “Assassinos da Lua das Flores”, com 10, vem na sequência. E para quem desacreditou do potencial de “Barbie”, o filme conseguiu 8 indicações, incluindo Melhor Filme e uma dobradinha em Melhor Canção Original com “I’m Just Ken”, de Ryan Gosling, e “What Was I Made For?”, de Billie Eilish. No entanto, a diretora Greta Gerwig e a atriz Margot Robbie não foram indicadas. Já a indicação surpresa de America Ferrera fez da atriz de “Barbie” a primeira nomeada ao Oscar de ascendência hondurenha. Outro marco foi a indicação de Lily Gladstone como Melhor Atriz. A protagonista de “Assassinos da Lua das Flores” é a primeira nativa americana a concorrer ao Oscar. Além disso, Martin Scorsese alcançou sua 10ª indicação à estatueta, superando Steven Spielberg, indicado nove vezes, para se tornar o cineasta vivo que mais vezes foi indicado ao prêmio. Este também foi o ano em que Netflix superou os estúdios tradicionais de cinema com 18 indicações — 7 delas por “Maestro” —, ficando à frente de outra plataforma que já venceu o Oscar de Melhor Filme, a Apple TV+, além da Searchlight Pictures (Disney) e Universal, lembradas 13 vezes. Veja abaixo lista oficial dos indicados ao Oscar 2024. MELHOR FILME “American Fiction” “Anatomia de uma Queda” “Barbie” “Os Rejeitados” “Assassinos da Lua das Flores” “Maestro” “Oppenheimer” “Vidas Passadas” “Pobres Criaturas” MELHOR DIREÇÃO Justine Triet, por “Anatomia de uma Queda” Martin Scorsese, por “Assassinos da Lua das Flores” Christopher Nolan, por “Oppenheimer” Yorgos Lanthimos, por “Pobres Criaturas” Jonathan Glazer, por “A Zona de Interesse” MELHOR ATOR Bradley Cooper, por “Maestro” Colman Domingo, por “Rustin” Paul Giamatti, por “Os Rejeitados” Cillian Murphy, por “Oppenheimer” Jeffrey Wright, por “American Fiction” MELHOR ATRIZ Annette Bening, por “NYAD” Lily Gladstone, por “Assassinos da Lua das Flores” Sandra Hüller, por “Anatomia de uma Queda” Carey Mulligan, por “Maestro” Emma Stone, por “Pobres Criaturas” MELHOR ATOR COADJUVANTE Sterling K. Brown, por “American Fiction” Robert De Niro, por “Assassinos da Lua das Flores” Robert Downey Jr., por “Oppenheimer” Ryan Gosling, por “Barbie” Mark Ruffalo, por “Pobres Criaturas” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Emily Blunt, por “Oppenheimer” Danielle Brooks, por “A Cor Púrpura” America Ferrera, por “Barbie” Jodie Foster, por “NYAD Da’Vine Joy Randolph, por “Os Rejeitados” MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Justine Triet & Arthur Harari, por “Anatomia de uma Queda” David Hemingson, por “Os Rejeitados” Bradley Cooper & Josh Singer, por “Maestro” Sammy Burch, por “Segredos de um Escândalo” Celine Song, por “Vidas Passadas” MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Cord Jefferson, por “American Fiction” Greta Gerwig & Noah Baumbach, por “Barbie” Christopher Nolan, por “Oppenheimer” Tony McNamara, por “Pobres Criaturas” Jonathan Glazer, por “A Zona de Interesse” MELHOR ANIMAÇÃO “O Menino e a Garça” “Elementos” “Nimona” “Meu Amigo Robô” “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” MELHOR FILME INTERNACIONAL “Io Capitano” (Itália) “Perfect Days” (Japão) “A Sociedade da Neve” (Espanha) “The Teacher’s Lounge” (Alemanha) “A Zona de Interesse” (Reino Unido) MELHOR DOCUMENTÁRIO “Bobi Wine: The People’s President” “The Eternal Memory” “Four Daughters” “To Kill a Tiger” “20 Days in Mariupol” MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM “The ABCs of Book Banning” “The Barber of Little Rock” “Island in Between” “The Last Repair Shop” “Nai Nai & Wai Po” MELHOR CURTA-METRAGEM “The After” “Invincible” “Knight of Fortune” “Red, White & Blue” “The Wonderful Story of Henry Sugar” MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO “Letter to a Pig” “95 Senses” “Our Uniform” “Pachyderme” “War is Over (inspired by the music of John & Yoko)” MELHOR TRILHA SONORA “American Fiction” “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” “Assassinos da Lua das Flores” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR CANÇÃO ORIGINAL “The Fire Inside” (‘Flamin’ Hot’) “I’m Just Ken” (‘Barbie) “It Never Went Away” (‘American Symphony’) “Wahzhazhe (A Song for My People)” (‘Assassinos da Lua das Flores’) “What Was I Made For?” (‘Barbie’) MELHOR SOM “Resistência” “Maestro” “Missão: Impossível – Acerto de Contas” “Oppenheimer” “A Zona de Interesse” MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO “Barbie” “Assassinos da Lua das Flores” “Napoleão” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR FOTOGRAFIA “El Conde” “Assassinos da Lua das Flores” “Maestro” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR CABELO E MAQUIAGEM “Golda” “Maestro” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” “A Sociedade da Neve” MELHOR FIGURINO Jacqueline Durran, por “Barbie” Jacqueline West, por “Assassinos da Lua das Flores” Janty Yates, por “Napoleão” Ellen Mirojnick, por “Oppenheimer” Holly Waddington, por “Pobres Criaturas” MELHOR MONTAGEM “Anatomia de uma Queda” “Os Rejeitados” “Assassinos da Lua das Flores” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHORES EFEITOS VISUAIS “Resistência” “Godzilla Minus One” “Guardiões da Galáxia Vol. 3” “Missão: Impossível – Acerto de Contas” “Napoleão”
BAFTA | Oscar britânico esnoba “Barbie” e destaca “Oppenheimer”
A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (BAFTA, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta (18/1) os indicados a sua premiação de melhores do cinema em 2023. Considerado o Oscar britânica, a cerimônia acontecerá em Londres no dia 18 de fevereiro. O destaque das nomeações ficaram com “Oppenheimer”, com 13 indicações, seguido por “Pobres Criaturas”, lembrado em 11 categorias diferentes. Já “Barbie” acabou esnobado, ficando fora da disputa de Melhor Filme. Entretanto, ainda concorre em 5 categorias, incluindo Melhor Atriz para Margot Robbie e Melhor Ator Coadjuvante para Ryan Gosling. Confira abaixo a relação completa dos indicados ao BAFTA Awards 2024. MELHOR FILME “Anatomia de Uma Queda” “Os Rejeitados” “Assassinos da Lua das Flores” “Maestro” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR ATRIZ Carey Mulligan – “Maestro” Emma Stone – “Pobres Criaturas” Fantasia Barrino – “A Cor Púrpura” Margot Robbie – “Barbie” Sandra Hüller – “Anatomia de Uma Queda” Vivian Oparah – “Rye Lane – Um Amor Inesperado” MELHOR ATOR Bradley Cooper – “Maestro” Colman Domingo – “Rustin” Paul Giamatti – “Os Rejeitados” Barry Keoghan – “Saltburn” Cillian Murphy – “Oppenheimer” Teo Yoo – “Past Lives” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Claire Foy- “Todos Nós Desconhecidos” Danielle Brooks – “A Cor Púrpura” Da’Vine Joy Randolph – “Os Rejeitados” Emily Blunt – “Oppenheimer” Rosamund Pike – “Saltburn” Sandra Hüller – “Zona de Interesse” MELHOR ATOR COADJUVANTE Robert De Niro – “Assassinos da Lua das Flores” Robert Downey Jr. – “Oppenheimer” Jacob Elordi – “Saltiburn” Ryan Gosling – “Barbie” Paul Mescal – “Todos Nós Desconhecidos” Dominic Sessa – “Os Rejeitados” MELHOR DIREÇÃO Andrew Haigh – “Todos Nós Desconhecidos” Justine Triet – “Anatomia de Uma Queda” Alexander Payne – “Os Rejeitados” Bradley Cooper – “Maestro” Christopher Nolan – “Oppenheimer” Jonathan Glazer – “Zona de Interesse” MELHOR FILME BRITÂNICO “Todos Nós Desconhecidos” “How to Have Sex” “Napoleão” “The Old Oak” “Pobres Criaturas” “Rye Lane – Um Amor Inesperado” “Saltburn” “Scrapper” “Wonka” “Zona de Interesse” MELHOR FILME DE LÍNGUA NÃO-INGLESA “20 Days In Mariupol” “Anatomia de Uma Queda” “Past Lives” “A Sociedade da Neve” “Zona de Interesse” MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO “The Boy And The Heron” “A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nugget” “Elemental” “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” MELHOR ROTEIRO ORIGINAL “Anatomia de Uma Queda” “Barbie” “Os Rejeitados” “Maestro” “Past Lives” MELHOR ROTEIRO ADAPTADO “Todos Nós Desconhecidos” “Oppenheimer” “American Fiction” “Pobres Criaturas” “Zona de Interesse” MELHOR ELENCO “Todos Nós Desconhecidos” “Anatomia de uma Queda” “Os Rejeitados” “How to Have Sex” “Assassinos da Lua das Flores” MELHOR ESTREIA DE ROTEIRISTA, DIRETOR OU PRODUTOR Lisa Selby, Rebecca Lloyd-evans, Alex Fry Christopher Sharp Savanah leaf, Shirley O’Connor, Medb Riordan Molly Manning Walker Ella Glendining MELHOR CURTA-METRAGEM “Festival of Slaps” “Gorka” “Jellyfish and Lobster” “Such a Lovely Day” “Yellow” MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO “Crab Day” “Visible Mending” “Wild Summon” MELHOR FOTOGRAFIA Rodrigo Prieto, por “Assassinos da Lua das Flores” Matthew Libatique, por “Maestro” Hoyte van Hoytema, por “Oppenheimer” Robbie Ryan, por “Pobres Criaturas” Lukasz Zal, por “A Zona de Interesse” MELHOR EDIÇÃO Laurent Sénéchal – “Anatomia de uma Queda” Thelma Schoonmaker – “Assassinos da Lua das Flores” Jennifer Lame – “Oppenheimer” Yorgos Mavropsaridis – “Pobres Criaturas” Paul Watts – “A Zona de Interesse” MELHOR FIGURINO Jacqueline Durran – “Barbie” Jacqueline West – “Assassinos da Lua das Flores” Dave Crossman & Janty Yates – “Napoleão” Ellen Mirojnick – “Oppenheimer” Holly Waddington – “Pobres Criaturas” MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO Sarah Greenwood & Kate Spencer – “Barbie” Jack Fisk & Adam Willis – “Assassinos da Lua das Flores” Ruth De Jong & Claire Kaufman – “Oppenheimer” Shona Heath, James Price & Zsuzsa Mihalek – “Pobres Criaturas” Chris Oddy, Joanna Maria Kuś & Katarzyna Sikora – “A Zona de Interesse” MELHOR CABELO E MAQUIAGEM “Assassinos da Lua das Flores” “Maestro” “Napoleão” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL Robbie Robertson – “Assassinos da Lua das Flores” Ludwig Göransson – “Oppenheimer” Jerskin Fendrix – “Pobres Criaturas” Anthony Willis – “Saltburn” Daniel Pemberton – “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” MELHOR SOM “Ferrari” “Maestro” “Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1” “Oppenheimer” “A Zona de Interesse” MELHOR EFEITOS ESPECIAIS “Resistência” “Guardiões da Galáxia Vol. 3” “Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1” “Napoleão” “Pobres Criaturas” MELHOR DOCUMENTÁRIO “20 Dias em Mariupol” “American Symphony” “Beyond Utopia” “Still: A Michael J. Fox Movie” “Wham!” MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO “O Menino e a Garça” “A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets” “Elementos” “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”
Estreias | “Eco” e “True Detective” chegam ao streaming
Os destaques da programação de streaming são duas séries, “Eco”, nova produção da Marvel, e a 4ª temporada de “True Detective” com Jodie Foster, que estreia no domingo (14/1). Entre os filmes, há chegada de “Assassinos da Lua das Flores” para os assinantes da Apple TV+, “Napoleão” em VOD e duas comédias de ação inéditas para arriscar – contra a opinião da crítica. Confira a lista das 10 principais novidades da semana. SÉRIES ECO | DISNEY+ A série mais inovadora da Marvel destaca uma personagem indígena, surda e amputada. Longe das convenções tradicionais dos super-heróis, a produção mergulha em territórios inexplorados ao acompanhar Maya Lopez, interpretada por Alaqua Cox, de volta para sua cidade natal em Oklahoma, onde confronta seu passado e planeja vingança contra o vilão Wilson Fisk, interpretado por Vincent D’Onofrio. Este retorno força Maya a enfrentar traumas familiares e a reconectar-se com seus avôs. O enredo se desenrola em meio a uma mistura de misticismo indígena e conflitos familiares. Apesar de ser uma série de ação, “Eco” é mais notável por suas cenas emocionais e representação cultural do que por suas sequências de luta. Entretanto, quando o quebra-quebra começa, rende algumas das sequências mais viscerais da Marvel, com um trabalho excepcional de dublês. O uso da perna protética de Maya nos combates é um exemplo de como a série inova, utilizando elementos característicos da personagem para enriquecer a ação. “Eco” é significativa no contexto do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) não apenas pela representação de minorias, mas também por sua abordagem única na narrativa, inaugurando o novo selo Marvel Spotlight. Este selo tem como objetivo trazer histórias mais focadas e autocontidas, diferenciando-se das produções interconectadas e de grande escala típicas do MCU. Com a minissérie, o estúdio demonstra uma abordagem mais íntima e específica, voltando-se para a exploração profunda de um único personagem e sua jornada, ao invés de entrelaçar diversas narrativas e heróis de seu universo compartilhado. Entretanto, a narrativa é claramente amarrada na continuidade do MCU. Maya Lopez foi apresentada em “Gavião Arqueiro” e a trama é desdobramento do aconteceu naquela série. Além disso, os episódios trazem personagens da série “Demolidor”, como o mencionado Wilson Fisk e o próprio herói-título, novamente interpretado por Charlie Cox. A produção tem até cena pós-créditos, que introduz o enredo da nova série do Demolidor. A direção é de Sydney Freeland (“Star Trek: Strange New Worlds”) e o elenco também inclui Chaske Spencer (“The English”), Graham Greene (“Espíritos Obscuros”), Tantoo Cardinal (“Assassinos da Lua das Flores”), Devery Jacobs (“Reservation Dogs”) e Zahn McClarnon (“Westworld”). TRUE DETECTIVE: TERRA NOTURNA | HBO MAX A 4ª temporada da renomada série “True Detective”, intitulada “Terra Noturna”, estabelece um novo marco na franquia, que bateu recordes de audiência. Ambientada na gélida localidade de Ennis, no Alasca, os novos episódios seguem a detetive Liz Danvers, interpretada por Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), e sua parceira, Evangeline Navarro, papel de Kali Reis (“Catch the Fair One”), na investigação do desaparecimento de oito cientistas em um remoto centro de pesquisa. A direção é da mexicana Issa López, conhecida pelo premiado terror “Os Tigres Não Têm Medo” (2017), que usa sua experiência no gênero para combinar o mistério com elementos sobrenaturais. Junto de cenas fortes, como a descoberta de um bloco gigante de carne formado por cinco corpos congelados, e uma abordagem atmosférica, que explora o ambiente hostil à vida humana, ainda há o retorno do símbolo em espiral que marcou a 1ª temporada. Para quem não lembra, ele foi associado ao Rei Amarelo, uma entidade misteriosa e aparentemente cósmica que inspirou ataques rituais e assassinatos. Embora o autor dos crimes originais tenha sido encontrado na temporada inaugural, os detalhes mais sutis sobre o que é o Rei Amarelo e de onde ele veio permaneceram um mistério, que retorna para assombrar os espectadores. Para aumentar mais a tensão, a investigação é dificultada pela chegada da noite longa na cidade de Ennis, no Alasca, que deixa o lugar sem luz solar por vários dias. Essa situação ainda é agravada por graves falhas elétricas, que mergulham a região na escuridão. A química entre Foster e Reis é o ponto alto da produção, com atuações intensas que capturam a essência de suas personagens. Foster, com uma presença marcante, expressa nuances emocionais complexas, enquanto Reis, com seu histórico no boxe, apresenta uma performance visceral e carregada de intensidade. O ótimo elenco da produção também conta com John Hawkes (“Três Anúncios para um Crime”), Christopher Eccleston (“The Leftovers”), Fiona Shaw (“Killing Eve”), Finn Bennett (“Domina”) e Anna Lambe (“Three Pines”). Os atores Matthew McConaughey e Woody Harrelson, que estrelaram a aclamada 1ª temporada, são produtores executivos da atração, ao lado do criador da série, Nic Pizzolatto, que pela primeira vez não escreveu os episódios. GAROTO DEVORA UNIVERSO | NETFLIX A adaptação do best-seller de Trent Dalton é uma saga épica de amadurecimento ambientada nos subúrbios de Brisbane, Austrália, nos anos 1980. Esta história semi-autobiográfica segue Eli Bell (Zac Burgess, de “One Night”), um jovem que enfrenta as duras realidades da vida. Sua família é composta por um pai ausente, um irmão mudo, uma mãe em recuperação de vício e um padrasto traficante de heroína. No elenco, Phoebe Tonkin (“The Originals”) e Simon Baker (“O Mentalista”) interpretam os pais, Travis Fimmel (“Vikings”) é o padrasto e o veterano Bryan Brown (“Bem-Vindos à Austrália”) retrata o criminoso real Slim Halliday. A história explora a jornada de Eli e seu irmão August, criados em meio ao comércio de heroína, conduzindo até a prisão de sua mãe. A figura de Slim Halliday, um criminoso que atua como uma espécie de mentor para Eli, adiciona outra dimensão à história, misturando elementos da realidade com a mística que circunda sua persona. Este encontro entre o real e o fantasioso é central na forma como a trama trata os aspectos mais sombrios e desafiadores da vida do jovem com um senso de maravilha e otimismo. Há uma tensão constante entre a dura realidade do submundo do crime e a inocência do jovem alimentado por sonhos e aspirações. Além disso, a série utiliza elementos visuais e narrativos para enfatizar seu aspecto lúdico, como sequências em que palavras escritas no ar tomam forma ou em cenas que retratam as visões e sonhos de Eli. Publicado em 2018, o romance de Dalton tornou-se o livro de estreia mais vendido na Austrália e ganhou quatro prêmios no Australian Book Industry Awards de 2019. Adaptado para o teatro pela Queensland Theatre em 2021, o espetáculo tornou-se o mais vendido na história de mais de 50 anos da companhia. A série desenvolvida por John Collee (roteirista de “Atentado ao Hotel Taj Mahal”) visa continuar a tradição de sucesso com uma recriação fiel do romance de Dalton, oferecendo uma mistura única de realismo mágico e crueza temática – situações dramáticas, mas infundidas com humor, calor e um senso de otimismo esperançoso. HISTÓRICO CRIMINAL | APPLE TV+ A série policial coloca frente a frente Peter Capaldi (“Doctor Who”) e Cush Jumbo (“The Good Wife”), que vivem uma colisão inevitável nos papéis de policiais com posições antagônicas sobre um antigo caso. Na trama, após uma investigação trazer informações que podem inocentar um condenado por assassinato, a jovem detetive June Lenker (Jumbo) confronta o experiente detetive inspetor-chefe Daniel Hegarty (Capaldi), que encerrou o caso rapidamente com uma confissão. Enquanto Lenker busca se provar como uma detetive, Hegarty resolve impedi-la de enxovalhar o seu legado. Criada por Paul Rutman (indicado ao BAFTA TV por “Five Days”), a série provoca uma avaliação instigante e desconfortável do racismo atual no Reino Unido, examinando práticas policiais prejudiciais e as mentiras que as pessoas contam a si mesmas para justificar seus preconceitos. FILMES ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES | APPLE TV+ O novo épico de Martin Scorsese (“O Irlandês”) desvenda a história real dos assassinatos da Nação Osage no início do século 20, quando várias mortes ocorreram após descobertas de grandes depósitos de petróleo nas terras indígenas em Oklahoma. A narrativa segue Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), que se muda para Fairfax, Oklahoma, na década de 1920, para viver com seu tio, William Hale (Robert De Niro), conhecido como King Bill Hale, um influente pecuarista local. Sob a manipulação de seu tio, Ernest se envolve com Mollie (Lily Gladstone), uma mulher Osage, com o objetivo sombrio de herdar os direitos lucrativos de petróleo de sua família, caso os membros de sua família morram. O drama se intensifica à medida que membros da família de Mollie são assassinados um a um, destacando uma trama maior de ganância e exploração. A complexa rede de mentiras e corrupção é revelada gradualmente, com o envolvimento de vários membros da comunidade que, silenciosamente, consentem ou contribuem para os crimes. A interpretação de Gladstone como Mollie, que enfrenta a dor insuportável da perda enquanto descobre a verdade sobre seu marido e a conspiração em andamento, tem sido apontada como garantida no Oscar 2024. A colaboração entre Scorsese e seus dois atores favoritos, DiCaprio e De Niro, juntos pela primeira vez num filme do cineasta – após estrelarem separadamente suas obras mais famosas – é um atrativo à parte. E suas cenas são a base da história envolvente, roteirizada por Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”) e baseado no livro homônimo de David Grann, que mistura crime verdadeiro com elementos de faroeste e consegue prender a atenção do espectador ao longo de suas quase 3 horas e meia de duração. Tão surpreendente quanto a extensão do filme só a vitalidade do diretor de 80 anos, que descobriu um novo terreno visual e dramático para se expressar, mergulhando pela primeira vez nos vastos espaços abertos e na atmosfera dos bangue-bangues clássicos para criar seu primeiro western, com indígenas, pistoleiros, fazendeiros corruptos e homens da lei. A decisão de filmar em locais autênticos em Oklahoma, proporcionando um pano de fundo realista e engajando comunidades locais no processo, aumenta a autenticidade e a riqueza visual e cultural da produção, que merecidamente arrancou elogios em sua première no Festival de Cannes e atingiu 96% de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes. NAPOLEÃO | VOD* O novo épico de Ridley Scott marca um reencontro com Joaquin Phoenix, 23 anos após “Gladiador”. O ator (hoje mais lembrado por “Coringa”) encarna Napoleão desde sua ascensão como jovem tenente, mostrando sua habilidade em navegar e manipular o cenário político e social da França revolucionária em sua caminhada para assumir o título de imperador. Mas embora concentre-se na trajetória política e militar, o longa também mergulha na relação tumultuada de Napoleão com a Imperatriz Josephine, interpretada por Vanessa Kirby (“Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um”), numa dinâmica que oscila da paixão intensa a confrontos tempestuosos. Notável pela execução técnica, o filme apresenta cenas espetaculares de batalhas com uma combinação de som impactante e coreografia intrincada, capturando o caos e a precisão das estratégias de Napoleão. Os detalhes de figurino e design de produção meticulosamente elaborados são outros destaques da produção grandiosa. Mas todo esse apuro esbarra na opção do diretor em retratar um Napoleão caricatural, sujeito a pitis e frases infantis, que não parece fazer justiça ao papel histórico do personagem. Ele é apresentado como uma figura ambígua, capaz de estratégias geniais, mas que também demonstra enorme instabilidade emocional diante de desastres, como a lendária derrota em Waterloo. Além disso, a importância de Josephine é bastante minimizada, num retrato superficial da imperatriz. Os críticos franceses odiaram – chamaram o filme de “Barbie e Ken sob o Império”, indicando a artificialidade nas representações dos protagonistas, além de francófobo. Os críticos anglófilos acharam mais satisfatório. Basicamente, os 58% de aprovação no Rotten Tomatoes devem-se ao visual das batalhas. São seis ao todo. Só que, mesmo com duas horas e meia, não faltam cenas apressadas e cheias de imprecisões históricas. JOGO DO DISFARCE | PRIME VIDEO A comédia de ação tem uma premissa que já foi explorada em outros filmes, centrada em uma mulher levando uma...
Bilheteria | “Wonka” estreia em 1º lugar no Brasil
A estreia de “Wonka”, prólogo de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, foi o filme mais visto no Brasil durante o fim de semana. O musical estrelado por Timothée Chalamet foi assistido por 482 mil pessoas entre quinta-feira e domingo (10/12) e arrecadou R$ 10,36 milhões segundo dados da consultoria Comscore. O pódio ainda contou com “Napoleão”, que faturou R$ 2,66 milhões e foi visto por 97 mil espectadores, seguido por “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” com renda de R$ 2,51 milhões e público de 114 mil pessoas. As estreias do thriller nacional “O Sequestro do Voo 375” e o terror “Feriado Sangrento” completaram o Top 5, arrecadando R$ 1,7 milhão e R$ 1,6 milhão em seus primeiros quatro dias em cartaz. Vale apontar ainda que o filme brasileiro “Ó Paí Ó 2” conseguiu se manter no Top 10, em 8º lugar, em sua terceira semana de exibição. Ao todo, os cinemas brasileiros receberam 987 mil pessoas no fim de semana e faturaram R$ 21,7 milhões com a venda de ingressos, numa recuperação diante do desempenho da semana anterior, quando o mercado reportou o pior público do ano.










