Estreias | As 10 melhores novidades do streaming
Os destaques da programação de streaming da semana são 5 séries e 5 filmes, todos disponibilizados nas plataformas tradicionais. Entre as séries, chamam atenção três animações adultas, incluindo a volta de “Invencível” na Prime Video, baseada nos quadrinhos de super-heróis do criador de “The Walking Dead”. As outras duas são produções da Netflix centradas em tramas de samurais – uma inspirada num game da Capcom com direção do lendário Takashi Miike (“13 Assassinos”) e outra criada pelo roteirista de “Logan”, John Green. Já os filmes incluem os blockbusters “A Noite das Bruxas” e “John Wick 4: Baba Yaga”, além de atrações inéditas nos cinemas. Confira a relação completa do melhor do streaming na semana. SÉRIES INVENCÍVEL 2 – PARTE 1 | AMAZON PRIME VIDEO Uma das melhores séries de super-heróis da atualidade, a animação baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman (“The Walking Dead”) retoma sua história após o choque da descoberta do jovem Mark Grayson (voz de Steven Yeun, de “The Walking Dead”) sobre a verdadeira natureza de seu pai, o super-herói Omni-Man (J.K. Simmons, de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”), que na verdade queria conquistar a Terra para sua raça alienígena. Os novos episódios exploram o trauma de Mark e sua mãe, Debbie Grayson (de Sandra Oh, de “Killing Eve”), enquanto lidam com a dor e a raiva deixadas pela traição de Omni-Man. Os episódios também apresentam uma exploração mais profunda do mundo dos super-heróis, incluindo os desafios enfrentados pela nova equipe dos Guardiões do Globo, sob a supervisão de Cecil Stedman (Walton Goggins, de “Tomb Raider”), e a chegada de novos personagens, como Angstrom Levy (Sterling K. Brown, de “This Is Us”), cuja entrada traz uma reviravolta significativa na história, ampliando a escala e a complexidade do universo de “Invincible”. A 2ª temporada mantém a fidelidade ao material de origem, preservando o equilíbrio entre ação super-heróica, violência brutal e humor. Além disso, o elenco de voz, que inclui também Gillian Jacobs (“Community”) como a heroína Atom Eve, Zazie Beetz (“Deadpool 2”) como Amber Bennett, Seth Rogen (“Tommy and Pam”) como Allen, o Alien, e novos membros como Jay Pharoah (“Policial em Apuros”) e Ben Schwartz (“Parks and Recreation”), continua a entregar performances sólidas, contribuindo para a narrativa envolvente e emocionalmente carregada. O SAMURAI DE OLHOS AZUIS | NETFLIX A série animada americana narra a história de Mizu, uma samurai de olhos azuis em uma missão de vingança durante o período Edo no Japão, um momento histórico marcado pelo isolacionismo do país. Ao enfrentar o preconceito por ser mestiça, Mizu (voz de Maya Erskine, de “Obi-Wan Kenobi”) assume a identidade de um samurai masculino, ocultando não apenas sua identidade de gênero, mas também a cor única de seus olhos com o uso de óculos coloridos. Sua jornada é motivada pela busca de vingança contra os quatro homens brancos que estavam no Japão no momento de seu nascimento, um dos quais ela acredita ser seu pai. Criada pelo casal Michael Green (roteirista de “Logan”) e Amber Noizumi, a atração apresenta um elenco de vozes primoroso, que inclui Kenneth Branagh (“A Noite das Bruxas”) como Abijah Fowler, um comerciante irlandês inescrupuloso, e Masi Oka (“Heroes”) como Ringo, um jovem samurai aspirante que se torna um aliado de Mizu. Enquanto o samurai avança em sua jornada, ela encontra outros personagens que desafiam as normas sociais, incluindo a princesa Akemi (Brenda Song, de “Dollface”) e o samurai Taigen (Darren Barnet, de “Eu Nunca…”), que tem sua lealdade testada quando cruza caminhos com Mizu. O estilo de animação é notável, misturando a tradicional arte japonesa com técnicas modernas de animação 3D, proporcionando sequências de ação altamente estilizadas e uma representação visualmente rica do Japão feudal. A direção é de Jane Wu, que estreia na função após longa carreira na animação – inclusive no vencedor do Oscar “Homem-Aranha no Aranhaverso”. ONIMUSHA | NETFLIX É curioso a Netflix lançar duas séries animadas de samurais na mesma semana. A japonesa “Onimusha” é baseada no videogame homônimo da Capcom e tem direção dos renomados cineastas Takashi Miike (“13 Assassinos”) e Shin’ya Sugai (dos filmes de “Evangelion”). A atração leva o público a uma jornada épica de samurais, demônios e busca por redenção, acompanhando Miyamoto Musashi, que, na aurora do Período Edo, parte em uma missão clandestina armado com a mítica “Manopla Oni” para exterminar demônios que assolam o país, enquanto luta para manter sua própria humanidade ao enfrentar um Oni dentro de si. A obra utiliza a semelhança do lendário ator Toshirô Mifune (1920-1997), astro de clássicos como “Os Sete Samurais” (1954) e “Yojimbo” (1961), para modelar o protagonista Musashi, que é dublado pelo veterano Akio Ôtsuka – voz original de Solid Snake, no game “Metal Gear Solid”, e de Batou na franquia “Ghost in the Shell”. Não por acaso, o verdadeiro Mifune interpretou Musashi numa trilogia cinematográfica, batizada no Brasil de “O Samurai Dominante” e lançada entre 1954 e 1956 – sem monstros ou demônios. A animação do estúdio Sublimation incorpora uma mescla de arte 2D e renderização em CGI (computação gráfica), apresentando uma visão única e distintiva. A transição entre os estilos de animação, apesar de às vezes abrupta, destaca-se especialmente nas sequências de ação, onde o movimento e a violência são capturados de maneira reminiscente à dinâmica do videogame. As escolhas de sombreamento de células e a qualidade pictórica conferem à série uma estética que, embora por vezes desafiadora, captura de forma crua e vibrante os confrontos sangrentos e o ambiente hostil que permeia a jornada de Musashi. TODA A LUZ QUE NÃO PODEMOS VER | NETFLIX A adaptação do best-seller do autor Anthony Doer, premiado com o Prêmio Pulitzer, elimina nuances e aspectos mais sombrios para apresentar a trama com o tom superficial de uma telenovela de grande orçamento. A história acompanha Marie-Laure (a estreante Aria Mia Loberti), uma garota cega que foge com seu pai (Mark Ruffalo, de “Vingadores: Ultimato”) da Paris ocupada por nazistas nos anos 1940 com um diamante lendário, que não pode cair nas mãos dos inimigos. Perseguidos por um cruel oficial que busca possuir a pedra, pai e filha encontram refúgio em St. Malo, onde passam a residir com um tio recluso que faz transmissões de rádio clandestinas para os aliados. Logo, Marie passa a ser a voz das transmissões, levando esperança para a população invadida. Nesta cidade litorânea, o caminho de Marie-Laure se cruza com Werner (Louis Hofmann, de “Dark”), um adolescente alistado pelos nazistas para rastrear foragidos, mas que, em vez de levar os soldados até ela, estabelece uma conexão secreta de fé e esperança com a jovem. A versão água com açúcar do drama de guerra e extermínio é criação dos cineastas Shawn Levy (diretor de “Free Guy” e produtor de “Stranger Things”) e Stephen Knight (roteirista de “Spencer” e criador de “Peaky Blinders”). Knight escreve e Levy dirige os quatro episódios HOMENS DA LEI: BASS REEVES | PARAMOUNT+ David Oyelowo (“Selma”) vive Bass Reeves, o primeiro delegado negro dos EUA na região Oeste do rio Mississippi. Segundo a lenda, ele foi o maior herói de fronteira da história americana, que trabalhou como oficial de paz federal no território indígena e capturou mais de 3 mil criminosos perigosos da região sem nunca ser ferido. A produção apresenta algumas de suas aventuras sem deixar de lado a questão racial, que diferencia Reeves de outros delegados da época, com aparição até da Ku Klux Klan, além de cenas da Guerra Civil dos EUA A série foi criada por Chad Feehan (roteirista de “Ray Donovan”) e conta com produção do prolífico Taylor Sheridan (criador de “Yellowstone”). O elenco inclui ainda os veteranos Donald Sutherland (“Jogos Vorazes”) e Dennis Quaid (“Quatro Vidas de um Cachorro”), além de Forrest Goodluck (“Cherry, Inocência Perdida”), Barry Pepper (“Conspiração Implacável”), Lauren E. Banks (“City on a Hill”) e Demi Singleton (“King Richard: Criando Campeãs”). A estreia está marcada para domingo (5/11). FILMES A NOITE DAS BRUXAS | STAR+ O terceiro filme recente de mistérios de Agatha Christie, dirigido e estrelado por Kenneth Brannagh como o detetive Hercule Poirot, adapta um dos últimos e menos conhecidos livros da escritora britânica, em contraste com as produções anteriores, “Assassinato no Expresso Oriente” (2017) e “Morte no Nilo” (2022), baseadas em obras populares. Isso permite ao roteirista Michael Green tomar muitas liberdades com a história, que encontra Poirot já aposentado em Veneza, onde é persuadido por sua amiga Ariadne Oliver (interpretada por Tina Fey, de “30 Rock”) a participar de uma sessão espírita. O objetivo é descobrir se a médium Joyce (Michelle Yeoh, vencedora do Oscar por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”) é uma farsante. O evento ocorre num antigo palazzo onde uma mulher chamada Alicia morreu sob circunstâncias misteriosas. Durante a sessão, um dos convidados morre, instigando Poirot a iniciar uma investigação para identificar o assassino entre os presentes. O filme também inclui Kelly Reilly (“Yellowstone”), Jamie Dornan e Jude Hill (ambos do premiado filme “Belfast” de Branagh) no elenco, e se destaca por seu design de produção e atmosfera gótica. Diferentemente das outras obras, esta pende para o fantástico, incluindo elementos sobrenaturais para se aproximar do terror, embora preserve a essência de um mistério de Poirot. QUIZ LADY | STAR+ A comédia em que Sandra Oh (“Killing Eve”) e Awkwafina (“Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) vivem irmãs aborda de maneira bem-humorada os complexos laços de família. No centro da narrativa está Anne, interpretada por Awkwafina, uma jovem com uma paixão por game shows, que é incentivada pela irmã mais velha a competir num programa de perguntas da televisão para cobrir as dívidas de jogo da mãe. A situação se agrava quando o estimado cachorro de Anne é sequestrado e retido como garantia pelos cobradores de dívidas implacáveis. O enredo ganha impulso quando as irmãs embarcam na viagem para que Anne possa competir num game show popular. O filme tem roteiro de Jen D’Angelo (“Abracadabra 2”) e direção de Jessica Yu, conhecida por sua contribuição em séries populares como “Grey’s Anatomy” e “This is Us”, e conta com um elenco robusto, incluindo nomes como Jason Schwartzman (“O Grande Hotel Budapeste”), Holland Taylor (“Two and a Half Men”), Tony Hale (“Arrested Development”) e Will Ferrell (“Barbie”). NA PONTA DOS DEDOS | APPLE TV+ O romance de ficção científica explora um triângulo amoroso em um futuro próximo. Dirigido pelo grego Christos Nikou (“Fruto da Memória”) e produzido pela atriz Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”), o longa acompanha Anna (Jessie Buckley, de “Entre Mulheres”) e Ryan (Jeremy Allen White, de “O Urso”), que recorrem a uma máquina para determinar se estão realmente apaixonados. A trama se complica quando Anna, ao conhecer Amir (Riz Ahmed, de “Rogue One”)e, começa a questionar a possibilidade de amar duas pessoas ao mesmo tempo. O Love Institute, dirigido por Duncan (Luke Wilson, de “Stargirl”), é o cenário onde a maior parte da trama se desenrola. Anna quer trabalhar no instituto porque “Ginger Spice estudou lá”, e é lá que ela conhece Amir. A máquina do instituto, que determina a compatibilidade amorosa por meio das unhas dos dedos, já havia confirmado que Anna e Ryan eram um par perfeito. No entanto, a crescente atração entre Anna e Amir coloca essa certeza em xeque. O diretor Christos Nikou faz sua estreia em língua inglesa com a benção de Cate Blanchett, que queria estrelar seu próximo filme e foi procurá-lo pessoalmente, após ficar impressionada com seu primeiro longa, “Fruto da Memória”, no Festival de Veneza em 2020. Ao saber que não havia um papel para ela na nova trama do cineasta, a atriz resolveu produzir o filme. NYAD | NETFLIX A cinebiografia conta a jornada desafiadora da nadadora de maratonas Diana Nyad, que aspirava atravessar nadando o trecho entre Cuba e Flórida, um total de 110 milhas em oceano aberto, num feito inédito. Essa aventura foi inicialmente tentada por Diana aos 28 anos, sem sucesso, sendo retomada décadas depois com três tentativas adicionais. A...
Ciência do amor é posta à prova no trailer de “Na Ponta dos Dedos”
A Apple TV+ divulgou o primeiro trailer de “Na Ponta dos Dedos” (Fingernails), romance de ficção científica que explora um triângulo amoroso em um futuro próximo. A Ciência do Amor Dirigido pelo grego Christos Nikou (“Fruto da Memória”) e produzido pela atriz Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”), o longa acompanha Anna (Jessie Buckley, de “Entre Mulheres”) e Ryan (Jeremy Allen White, de “O Urso”), que recorrem a uma máquina para determinar se estão realmente apaixonados. A trama se complica quando Anna, orientada por Amir (Riz Ahmed, de “Rogue One”) no Love Institute, começa a questionar a possibilidade de amar duas pessoas ao mesmo tempo. O Love Institute, dirigido por Duncan (Luke Wilson, de “Stargirl”), é o cenário onde a maior parte da trama se desenrola. Anna quer trabalhar no instituto porque “Ginger Spice estudou lá”, e é lá que ela conhece Amir. A máquina do instituto, que determina a compatibilidade amorosa por meio das unhas dos dedos, já havia confirmado que Anna e Ryan eram um par perfeito. No entanto, a crescente atração entre Anna e Amir coloca essa certeza em xeque. A participação de Cate Blanchett Christos Nikou faz sua estreia em língua inglesa com a produção, após Cate Blanchett procurar o diretor, impressionada com seu primeiro longa, “Fruto da Memória”, visto no Festival de Veneza em 2020. Como não havia um papel para ela na trama, a atriz resolveu produzir o filme. “Na Ponta dos Dedos” terá lançamento limitado nos cinemas de Nova York e Los Angeles em 27 de outubro e estreará globalmente na Apple TV+ em 3 de novembro.
A Criada reúne surpresas, reviravoltas e tensão sexual num filme arrebatador
Cineasta com uma assinatura visual já consolidada e reconhecida, Park Chan-wook é também um mestre na arte de manipular o público, direcionando-o por vezes a territórios que os despistam quanto a grande história que está se costurando. Se em sua estreia em inglês, “Segredos de Sangue” (2013), as influências hitchcockianas renderam um belo e perturbador registro sobre o surgimento da psicopatia, com “A Criada” Chan-wook regressa à Coreia do Sul levando de sua estadia ocidental um romance da britânica Sarah Waters para fazer o seu “Azul é a Cor Mais Quente” (2013). Claro que a associação com o filme de Abdellatif Kechiche, que também disputou a Palma de Ouro em Cannes, ressoa somente na voltagem erótica. Já levado para a tevê em formato de minissérie com Elaine Cassidy, Sally Hawkins e Imelda Staunton no elenco, o texto original de “Fingersmith” é revirado por Chan-wook, cercando de perversão a premissa falsamente folhetinesca de uma jovem, Sook-hee (a promissora estreante Kim Tae-ri), persuadida pelo Conde Fujiwara (Ha Jung-woo, de “O Caçador”) a ser a criada de Lady Hideko (Kim Min-hee, de “Certo Agora, Errado Antes”), com quem pretende se casar e herdar toda a sua fortuna. Ao preparar o terreno para Fujiwara agir, Sook-hee se vê simpatizando com Lady Hideko, principalmente ao investigar o poder que o tio Kouzuki (Cho Jin-woong, de “Um Dia Difícil”) exerce sobre a sua vida. Mesmo de origens distintas e exercendo papéis sociais opostos, uma atração mútua se manifesta a partir de pequenas ações físicas que desencadeiam o desejo sexual de ambas. Como o tenso auxílio que Sook-hee presta ao readequar um dente de Lady Hideko que a incomoda enquanto chupa um pirulito – mais sugestivo, impossível! Como bem provou em sua trilogia da Vingança (“Mr. Vingança”, “Oldboy” e “Lady Vingança”), Park Chan-wook se diverte trabalhando com aparências, fazendo que o espectador descarte todo um raciocínio construído após uma boa demanda de tempo. Não é diferente em “A Criada”, tirando da manga uma surpresa narrativa, na metade da projeção, que fará tudo recomeçar praticamente do zero. Ou melhor: ofertará o privilégio de perseguir um novo ponto de vista, que dará um sentido muito mais amplo para todo o contexto. De todos os cineastas contemporâneos atraídos por narrativas não lineares, o sul-coreano é o que melhor as domina, usando o flashback não como uma ferramenta para mastigar os dados que devem preencher as lacunas sobre os históricos de personagens, mas para mostrar como o passado destes é essencial para redimensioná-los. Isso se aplica principalmente à Lady Hideko, ocultando um meio de vida tão doentio que o melhor a fazer é deixar o espaço para a imaginação. Acima de todo esse jogo entre criaturas dissimuladas, é incrível como “A Criada” ainda assim consegue ser tão verdadeiro no amor atípico que encena. Encontrar o fator humano em um freak show é um desafio, porque nenhuma violência é mais intensa e explícita do que o choque entre dois corpos que se desejam. Sem ninguém esperar, Park Chan-wook entrega o romance mais arrebatador dos últimos tempos.
Um dos melhores filmes do ano, A Criada ganha trailer e data de estreia no Brasil
A Mares Filmes divulgou o trailer nacional de “A Criada” (The Handmaiden), um dos melhores filmes de 2016, que também ganhou data de estreia no país. A prévia não tem diálogos, mas revela o clima intrigante da produção sul-coreana, que combina erotismo, suspense e uma trama de vingança com estrutura narrativa não convencional e reviravoltas inesperadas. “A Criada” é um dos grandes filmes que o juri do Festival de Cannes negligenciou neste ano (foram vários) em favor de produções inferiores. Após a première no evento francês, o novo trabalho do diretor Park Chan-wook (“Oldboy”) conquistou diversos prêmios, desde a consagração do público da Mostra de São Paulo até a recente eleição de Melhor Filme Estrangeiro do ano pelos críticos de Los Angeles. A trama é uma adaptação do romance lésbico “Na Ponta dos Dedos” da escritora galesa Sarah Waters, mesma autora do livro que inspirou a minissérie britânica “Toque de Veludo” (Tipping the Velvet, 2002) e o filme “Afinidade” (Affinity, 2008), todos de temática lésbica e passados na Inglaterra vitoriana. Park manteve o enredo, mas avançou algumas décadas, mudou a locação e alterou a etnia das personagens. Passada na Coreia nos anos 1930, durante o período de domínio colonial japonês, a trama acompanha Sook-Hee, uma espécie de “Oliver Twist” lésbica, garota órfã de bom coração que mora num cortiço com ladrões e vigaristas, e que se vê envolvida num elaborado golpe do baú planejado por um vigarista profissional. O trapaceiro consegue empregar a jovem órfã como criada na casa de uma família japonesa rica, esperando que ela convença Lady Hideko, herdeira de uma fortuna, a casar-se com ele. Seu plano, porém, não conta com o sentimento que surge entre as duas mulheres. Não por acaso, o título de duplo sentido do romance original alude tanto aos dedos leves dos larápios quanto ao prazer sexual provocado por massagens. O elenco conta com Kim Min-hee (“Certo Agora, Errado Antes”), Ha Jung-woo (“O Caçador”), Jo Jin-woong (“Um Dia Difícil”) e lança a promissora Kim Tae-ri, intérprete da jovem Sook-Hee, que vai estrelar a seguir a adaptação do mangá “Little Forest”, do aclamado artista japonês Daisuke Igarashi. A estreia de “A Criada” está marcada para 12 de janeiro no Brasil.
The Handmaiden: Drama lésbico do diretor de Oldboy ganha 62 fotos e trailer americano
A Magnolia Pictures divulgou 62 fotos, o pôster e o primeiro trailer americano de “The Handmaiden” (Ah-ga-ssi), nova provocação do diretor sul-coreano Park Chan-wook (“Oldboy”). A prévia é repleta de momentos fetichistas, que evocam sua temática sexual, além de destacar a reprodução de época e um certo clima de suspense. O filme é uma adaptação do romance lésbico “Na Ponta dos Dedos” da escritora galesa Sarah Waters, mesma autora do livro que inspirou a minissérie britânica “Toque de Veludo” (Tipping the Velvet, 2002) e o filme “Afinidade” (Affinity, 2008), todos de temática lésbica e passados na Inglaterra vitoriana. Park manteve o enredo, mas avançou algumas décadas, mudou a locação e alterou a etnia das personagens. Passada na Coreia nos anos 1930, durante o período de domínio colonial japonês, a trama acompanha Sook-Hee, uma espécie de “Oliver Twist” lésbica, garota órfã de bom coração que mora num cortiço com ladrões e vigaristas, que se vê envolvida num elaborado golpe do baú planejado por um vigarista profissional. O trapaceiro consegue empregar a jovem órfã como criada na casa de uma família japonesa rica, esperando que ela convença Lady Hideko, herdeira de uma fortuna, a casar-se com ele. Seu plano, porém, não conta com o sentimento que surge entre as duas mulheres. Não por acaso, o título de duplo sentido do romance original alude tanto aos dedos leves dos larápios quanto ao prazer sexual provocado por massagens no clitóris. A belíssima Kim Tae-Ri faz sua estreia no cinema, após ser escolhida entre 1,5 mil candidatas, como Sook-Hee, enquanto Kim Min-hee (“Assassino Profissional”) interpreta Lady Hideko. O elenco também inclui Ha Jung-woo (“O Caçador”) e Jo Jin-woong (“O Almirante: Correntes Furiosas”). “The Handmaiden” teve sua première no Festival de Cannes e já estreou na Ásia. O lançamento nos EUA está marcado pra 4 de outubro e, por enquanto, não há previsão para sua chegada ao Brasil.
Cannes: Park Chan-wook seduz com lesbianismo explícito em The Handmaiden
Cannes ficou mais picante com a exibição do thriller erótico “The Handmaiden” (Ah-ga-ssi), do diretor sul-coreano Park Chan-wook (“Oldboy”). O filme é uma adaptação do romance lésbico “Na Ponta dos Dedos” da escritora galesa Sarah Waters, mesma autora do livro que inspirou a minissérie britânica “Toque de Veludo” (Tipping the Velvet, 2002) e o filme “Afinidade” (Affinity, 2008), todos de temática lésbica e passados na Inglaterra vitoriana. Park manteve o enredo, mas avançou algumas décadas, mudou a locação e alterou a etnia das personagens. Passada na Coreia nos anos 1930, durante o período de domínio colonial japonês, a trama acompanha Sook-Hee, uma espécie de “Oliver Twist” lésbica, garota órfã de bom coração que mora num cortiço com ladrões e vigaristas, que se vê envolvida num elaborado golpe do baú planejado por um vigarista profissional. O trapaceiro consegue empregar a jovem órfã como criada na casa de uma família japonesa rica, esperando que ela convença Lady Hideko, herdeira de uma fortuna, a casar-se com ele. Seu plano, porém, não conta com o sentimento que surge entre as duas mulheres. Não por acaso, o título de duplo sentido do romance original alude tanto aos dedos leves dos larápios quanto ao prazer sexual provocado por massagens no clitóris. A encenação das cenas de sexo evoca o frisson provocado por “Azul É a Cor Mais Quente”, vencedor da Palma de Ouro no festival de 2013. Durante o encontro com a imprensa, Park Chan-wook defendeu o lesbianismo explícito dizendo que evitar o sexo seria como fazer “um filme de guerra, sem cenas de batalha”. “É claro que o amor entre estas duas mulheres é o elemento chave do filme”, ele explicou. “Na interpretação deste amor, não há nenhuma maneira de contornar o ato que surge a partir de tanta emoção e desejo”. Mas quando o golpe de sedução falha e vira paixão, o filme adentra outra área, em que Park Chan-wook já se mostrou especialista: a vingança. Juntas, as duas mulheres traçam um plano sangrento contra os homens que tentaram destruí-las. O resultado é uma fantasia de vingança lésbica, que pode ser considerada apelativa para alguns, mas nem por isso deixa de ser lindamente fotografada, muito bem dirigida e absolutamente excitante. Se não estourar nos cinemas, vai virar cult. “Com tantos pequenos detalhes suculentos aqui e ali, eu diria que é a minha obra mais colorida”, acrescenta o cineasta. “The Handmaiden” é o terceiro longa do diretor exibido em Cannes, que reverenciou suas participações anteriores, “Oldboy” (2003) e “Sede de Sangue” (2009), com o Prêmio do Júri. A produção também marca o retorno de Park Chan-Wook ao seu país de origem, após filmar nos EUA o suspense “Segredos de Sangue” (2013). Além do filme, que vai ser lançado nos EUA pela Amazon, o diretor pretende lançar um livro com as fotografias em preto e branco que ele registrou no set durante as filmagens. Ainda não há previsão para a estreia.





