Vídeo legendado traça evolução de Wolverine no cinema e revela despedida emocionada de Hugh Jackman
A 20th Century Fox divulgou um vídeo legendado que traça a evolução de Hugh Jackman no papel de Wolverine, recuperando cenas de todos os filmes dos X-Men e dos lançamentos solo do personagem, para terminar no último dia de filmagem de “Logan”, no qual o ator agradece a todos os evolvidos por 17 anos emocionantes no papel. Confira abaixo. Atualmente em cartaz, “Logan” marca a despedida do ator ao personagem e está registrando público recorde em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Lana Condor sugere que voltará a viver Jubileu no próximo filme dos X-Men
A atriz Lana Condor indicou que deve retornar como Jubileu no próximo filme dos “X-Men”. Em seu Instagram, a atriz postou uma arte da personagem com a legenda: “Senti saudades, Jubileu. Vamos nos encontrar novamente em breve”. Veja abaixo. As filmagens foram confirmadas pelo produtor Simon Kinberg para a metade do ano, no Canadá. Ainda sem título oficial, o filme tem em Kinberg seu principal candidato a diretor. I miss ya Jubilee… let's hang out again soon ??? (thanks @mutanteorgulhosobr for the pic!) Uma publicação compartilhada por @lanacondor em Mar 6, 2017 às 4:11 PST
Hugh Jackman faz vídeo de agradecimento aos fãs por “17 anos incríveis” como Wolverine
Ainda sob a grande emoção de encerrar sua trajetória como o mutante Wolverine, o ator Hugh Jackman publicou um vídeo em seu Instagram para agradecer aos fãs pelo apoio ao longo dos “17 anos incríveis” em que viveu o personagem no cinema. Para evidenciar sua ligação com o público, o vídeo reúne diversas ilustrações feitas por fãs sobre “Logan”, o último filme de Wolverine, ao som da gravação de “Hurt”, de Johnny Cash, usada no primeiro trailer da produção. “Logan” chegou aos cinemas brasileiros em 2 de março e arrebentou nas bilheterias, faturando mais de R$ 25 milhões para se tornar a maior estreia do ano no país. O filme também se consagrou nos EUA, onde teve a maior estreia de toda a franquia solo do super-herói mutante. Thank you. HJ Uma publicação compartilhada por Hugh Jackman (@thehughjackman) em Mar 5, 2017 às 10:35 PST
Logan registra maior estreia da Fox em todos os tempos no Brasil
A Fox Filme do Brasil informou que “Logan”, o filme de despedida de Hugh Jackman do personagem Wolverine, repetiu no Brasil o desempenho visto mundialmente, superando as estimativas iniciais do mercado. “Logan” teria faturado R$ 28 milhões em seus primeiros quatro dias de exibição no país, R$ 3 milhões a mais que o estimado. Graças a isso, o longa registrou novos recordes nacionais. “Logan” já tinha sido destacado como maior estreia do ano no país. Mas agora também é oficialmente a maior estreia da história da Fox no Brasil. O recorde anterior pertencia a outro lançamento para maiores de 16 anos, “Deadpool”, que faturou R$ 25,1 milhões e levou 1,7 milhão de espectadores aos cinemas no ano passado. Em sua abertura, “Logan” foi visto por 1,8 milhões. Para completar, o filme ainda quebrou o recorde de maior bilheteria de estreia em 2D no Brasil. Apenas filmes com exibição em 3D e ingressos mais caros faturaram mais que ele em estreias nacionais. A revisão mundial das bilheterias da produção, que superaram todas as estimativas, também renderam outros recordes, como maior estreia internacional de um filme com classificação etária “R” (acima de 17 anos nos EUA) em todos os tempos. Saiba mais detalhes aqui.
Bilheteria final de Logan é ainda maior que as estimativas e quebra recorde internacional
Com todos os ingressos devidamente computados, a bilheteria final de “Logan” superou as estimativas divulgadas no fim de semana. Ao todo, o filme atingiu US$ 88,4 milhões na América do Norte – US$ 3 milhões a mais que o previamente divulgado. E a diferença é ainda maior no mercado internacional. Os US$ 159 milhões obtidos pelo filme no exterior estão US$ 7 milhões acima do estimado, o que é suficiente para bater um recorde importante de arrecadação: “Logan” superou a marca de maior estreia internacional de um lançamento com classificação etária “R” (para maiores de 17 anos) em todos os tempos, que pertencia a “Cinquenta Tons de Cinza”, com US$ 156 milhões em 2015. No mercado doméstico, a soma de US$ 88,4 milhões fez “Logan” subir três posições e ficar com a 4ª maior abertura de um filme de classificação “R”, atrás de “Deadpool” (US$ 132,4 milhões), “Matrix Reloaded” (US$ 91,77 milhões) e “American Sniper” (US$ 89,3 milhões). Entre outros recordes domésticos, “Logan” se tornou a maior estreia da carreira do diretor James Mangold e a terceira maior do astro Hugh Jackman, atrás de duas outras aparições como Wolverine, em “X-Men: O Confronto Final” (US$ 102,7 milhões) e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (US$ 90,8 milhões). O filme abriu em 1º lugar em 80 dos 81 países em que estreou. As maiores arrecadações internacionais foram: US$ 46,3 milhões na China, US$ 11,4 milhões no Reino Unido, US$ 9 milhões no Brasil, US$ 8,2 milhões na Coréia do Sul e US$ 7,1 milhões na Rússia. A soma mundial definitiva de “Logan” foi de US$ 247,4 milhões entre quinta e domingo (5/3).
Logan registra melhor estreia de cinema no Brasil em 2017
“Logan” repetiu no Brasil o fenômeno de bilheteria americano, abrindo em 1º lugar com mais de 1,6 milhão de espectadores e faturamento de R$ 25 milhões. Apesar da classificação etária elevada (para maiores de 16 anos no país), a produção da Fox tornou-se a estreia mais bem-sucedida de 2017 até agora. Curiosamente, antes de “Logan”, a melhor estreia de 2017 no Brasil tinha sido outro filme proibido para menores de 16 anos, “Cinquenta Tons Mais Escuros”, que entrou em cartaz em 13 de fevereiro com 1,3 milhão de espectadores e R$ 22 milhões de faturamento nas bilheterias. Segundo dados da empresa de monitoramento ComScore, o total arrecadado por “Logan” é cinco vezes maior que o segundo colocado e ainda supera a soma total das bilheterias dos outros filmes em cartaz entre quinta e domingo (5/3) nos cinemas brasileiros. Em todo o mundo, o filme já rendeu US$ 237,8 milhões – US$ 85,3 milhões só nos EUA. “A Grande Muralha”, com Matt Damon, faturou pouco mais de 20% do que arrecadou “Logan”, ocupando o 2º lugar com público de “apenas” 279 mil pessoas e arrecadação de R$ 4,8 milhões. O ranking também destaca o crescimento do interesse em torno de “Moonlight”. O drama indie tinha aberto em 10º em seu lançamento no fim de semana anterior, mas, após vencer o Oscar 2017, pulou para o 4º lugar, mesmo contando com uma distribuição bastante limitada. Vale lembrar que, além de “Logan”, a semana passada teve o lançamento de “Um Limite Entre Nós”, que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante a Viola Davis. Único dos filmes americanos que disputavam a premiação da Academia a chegar ao Brasil após a exibição da cerimônia, “Um Limite Entre Nós” não entrou no Top 10, mostrando o equívoco da estratégia de sua distribuidora. BILHETERIAS: TOP 10 Brasil 1. Logan Fim de semana: R$ 25 milhões Total: R$ 25 milhões 2. A Grande Muralha Fim de semana: R$ 4,8 milhões Total: R$ 21,2 milhões 3. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: R$ 3,5 milhões Total: R$ 60,6 milhões 4. Moonlight Fim de semana: R$ 1,5 milhão Total: R$ R$ 2,9 milhões 5. Lego Batman – O Filme Fim de semana: R$ 1,3 milhão Total: R$ 18,3 milhões 6. Internet – O Filme Fim de semana: R$ 1 milhão Total: R$ 4,1 milhões 7. Monster Trucks Fim de semana: R$ 873 mil Total: R$ 3,8 milhões 8. La La Land Fim de semana: R$ 724 mil Total: R$ 23,1 milhões 9. Aliados Fim de semana: R$ 573 mil Total: R$ 6,3 milhões 10. John Wick – Um Novo Dia Para Matar Fim de semana: R$ R$ 546 mil Total: R$ R$ 7,4 milhão
Ryan Reynolds libera o teaser de Deadpool 2 no YouTube
O ator Ryan Reynolds (o Deadpool) divulgou no YouTube o teaser de “Deadpool 2”, que está sendo exibido nos cinemas americanos antes da projeção de “Logan”. Dirigido por David Leitch, o responsável por “Deadpool 2”, o vídeo serve para mostrar aos fãs o que eles podem esperar do próximo filme de mutantes da Fox, com muito humor negro, metalinguagem, participação de Stan Lee, easter egg sobre Cable e zoação com Logan. A ideia é inovadora, no sentido de que não se trata propriamente de um trailer nem é uma cena, digamos, “pré-créditos”, pois não está ligada diretamente a “Logan”. Na verdade, está mais para os curtas da Disney, exibidos antes das animações em longa-metragem do estúdio. Por sinal, a produção desse teaser pode ter sido a responsável pelos mal-entendidos sobre a participação do tagarela no filme de Wolverine e da gravação da tal cena extra que não existe. “Logan” estreou na quinta (2/3) nos cinemas brasileiros sem esta cena. Já “Deadpool 2” só será lançado em 2018.
Deadpool 2 ganha primeiro teaser na abertura de Logan nos EUA
“Deadpool 2” ganhou seu primeiro teaser, exibido, por enquanto, apenas nos cinemas americanos antes da projeção de “Logan”. Dirigido por David Leitch, o responsável por “Deadpool 2”, o vídeo serve para mostrar aos fãs o que eles podem esperar do próximo filme de mutantes da Fox. A prévia começa em uma rua muito suja, com muito lixo voando, onde um homem anda com um casaco de moletom e um gorro cobrindo a sua cabeça. Parece até uma pegadinha para o público acreditar que “Logan” começou, interrompida quando o homem puxa seu capuz e revela ser Wade Wilson, interpretado por Ryan Reynolds com seu rosto inteiramente deformado. Wade remove o capuz ao ouvir um homem assaltado pedir ajuda e corre para uma cabine telefônica para vestir seu uniforme, ao som da música-tema do filme “Superman” (1978), criada por John Williams. A graça, porém, é que Wade começa a trocar de roupa dentro da cabine em tempo real, o que não é exatamente rápido como Superman. Ou seja, o homem continua pedindo ajuda, enquanto o protagonista tira cada peça de roupa para colocar, com muita dificuldade, o seu uniforme superapertado. Quando ele está quase acabando, escuta um tiro, indicando que a vítima foi assassinada. Já vestido, Deadpool encontra Stan Lee (ele mesmo) antes de se deparar com o homem caído no chão. Por motivo nenhum, ele termina o vídeo usando-o como um travesseiro e filosofando sobre como é possível encontrar uma cabine telefônica nos dias de hoje, e sobre como a vítima teria sobrevivido se ele fosse Logan, que não precisa mudar de roupas para entrar em ação. Vale comentar ainda um dos easter eggs, que surge numa pixação com o nome “Nate Summers” (o Cable), na porta da cabine telefônica. A ideia foi inovadora, no sentido de que não se trata propriamente de um trailer, nem é uma cena, digamos, “pré-créditos”, pois não está ligada diretamente ao filme. Na verdade, está mais para os curtas da Disney, exibidos antes das animações em longa-metragem. Por sinal, a produção desse teaser pode ter sido a responsável pelos mal-entendidos sobre a participação do tagarela no filme de Wolverine e da gravação da tal cena extra que não existe. “Logan” estreou na quinta (2/3) nos cinemas brasileiros, mas “Deadpool 2” só será lançado em 2018.
Atriz de Aquarius será filha de Magneto na série derivada dos filmes dos X-Men
A atriz Emma Dumont, das séries “Bunheads” e “Aquarius”, entrou na produção televisiva derivada dos filmes dos X-Men, em desenvolvimento na rede Fox, para viver uma super-heroína bastante conhecida dos quadrinhos. Ela foi escalada no papel de Lorna Dane, que os leitores conhecem melhor como Polaris, uma mutante de cabelos verdes e filha de ninguém menos que Magneto. A descrição oficial da personagem inclusive aborda seus poderes, herdados do pai, descrevendo-a como “uma mutante corajosa, leal e teimosa, que tem a habilidade de manipular o magnetismo”. Polaris foi criada nos quadrinhos em 1968, com traço do genial Jim Steranko, e pode, inclusive, já ter aparecido nos filmes, em cenas de flashback e fotos da infância de Mercúrio, vistas em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014) e “X-Men: Apocalipse” (2016). A personagem é a segunda super-heroína estabelecida dos quadrinhos confirmada na produção da série. A primeira foi Blink, que será vivida por Jamie Chung (a Mulan de “Once Upon a Time” e Valerie Vale de “Gotham”). Já o outro mutante inicialmente escalado não parece ter referências nos gibis. Trata-se de Sam, líder nativo-americano de um grupo clandestino de resistência ao governo anti-mutante, vivido por Blair Redford (séries “The Lying Game” e “Satisfaction”). A trama, porém, vai se centrar numa família em fuga. Stephen Moyer (série “True Blood”) e Amy Acker (série “Pessoa de Interesse/Person of Interest”) serão os pais de adolescentes que possuem o gene mutante. Eles precisam fugir quando o governo descobre as mutações dos jovens e encontram refúgio com o grupo de resistência. Natalie Alyn Lind (a Silver St. Cloud de “Gotham”) e Percy Hynes White (“Between”) interpretarão os filhos. Desenvolvido por Matt Nix (criador de “Burn Notice”), o projeto terá seu piloto dirigido pelo cineasta Bryan Singer (da franquia “X-Men”). Mas este primeiro episódio ainda precisará ser aprovado pelos executivos da rede para o projeto virar série. Caso tudo corra como previsto, a expectativa é que o programa estreie na próxima temporada de outono, entre setembro e novembro nos EUA.
Amy Acker será a protagonista feminina da série dos X-Men
A atriz Amy Acker, que chamou atenção desde que apareceu em “Angel” em 2001 e que estava no ar até o ano passado em “Pessoa de Interesse/Person of Interest”, foi escolhida para estrelar a série derivada dos filmes dos X-Men na Fox. Ela formará um par relutante com o personagem de Stephen Moyer (série “True Blood”), como pais de jovens que possuem o gene mutante e, por isso, precisam fugir do governo anti-mutante e dos robôs Sentinelas para conseguir sobreviver. A personagem de Acker vai se chamar Kate Stewart. Ela está tentando lidar com a separação de seu marido Reed (Moyer) e criar seus complicados filhos adolescentes quando a situação se complica. No meio do caos, a personagem descobrirá que é mais forte que imagina. Uma de suas filhas também foi anunciada. Natalie Alyn Lind (a Silver St. Cloud de “Gotham”) viverá Lauren, uma adolescente muito inteligente, aplicada na escola, que já tem propostas para estudar em boas faculdades. Outro ator jovem, Percy Hynes White (“Between”) também entrou na série, mas seu papel foi anunciado apenas como Andy, “um garoto sensível e solitário, que se tornou introvertido para evitar o caos que enfrenta na escola e em casa”. Tudo indica que é o outro filho da história. Eles vão se juntar aos dois atores anteriormente confirmados: Jamie Chung (a Mulan de “Once Upon a Time” e Valerie Vale de “Gotham”), que viverá a mutante Blink, e Blair Redford (séries “The Lying Game” e “Satisfaction”) escalado como Sam, líder nativo-americano de um grupo clandestino de resistência ao governo anti-mutante. Desenvolvido por Matt Nix (criador de “Burn Notice”), o projeto terá seu piloto dirigido pelo cineasta Bryan Singer (da franquia “X-Men”). Mas este primeiro episódio ainda precisará ser aprovado pelos executivos da rede para o projeto virar série. Caso tudo corra como previsto, a expectativa é que o programa estreie na próxima temporada de outono, entre setembro e novembro nos EUA.
Logan é o filme de super-heróis que os fãs sempre pediram
Comprometido com o papel de vilão em “Missão: Impossível 2”, Dougray Scott não teve agenda para fazer “X-Men”. Como plano B, a Fox e o diretor Bryan Singer optaram pelo, até então, desconhecido australiano Hugh Jackman para ser Wolverine na adaptação que fez Hollywood e o público respeitarem filmes baseados em histórias em quadrinhos. O primeiro “X-Men” (2000) até que foi legal, mas Jackman roubou a cena e valeu muito mais que o filme inteiro. Não demorou e veio “X-Men 2” (2003), esse sim um grande filme, e outras sete participações do ator como Wolverine. Só que, 17 anos depois, ainda faltava aquela pitada de coragem para entregarem um filme que representasse o furioso mutante do jeito que os fãs queriam – de forma brutal, descarregando sua raiva nos inimigos e com muito sangue espirrando na plateia. E prestígio na indústria é isso aí: perto de completar 50 anos, Jackman disse que faria o personagem apenas mais uma vez, porém exigindo que o filme saísse como queria. Conseguiu carta branca e entregou o projeto a um diretor de sua confiança, James Mangold. O resultado é “Logan”, o filme do Wolverine que os fãs sempre pediram. Um dos maiores elogios que se pode fazer é que não parece uma adaptação de histórias em quadrinhos – e é muito importante incluir isso – do modo como Hollywood acostumou o púlico. Trata-se de um filme completo, dramático quando exigido e raivoso quando a história pede. Sem acrobacias, cenas de ação à la 007, como a sequência do trem em “Wolverine: Imortal” (2013), curiosamente dirigido pelo mesmo James Mangold (que diferença faz a liberdade para tocar um filme), mas com muita porrada, membros decepados, palavrões (a primeira fala do filme é “FUCK”), sangue jorrando de maneira intensa, violentíssima, porém compreensível, aceitável quando entendemos Wolverine após quase duas décadas. Ainda mais porque, desta vez, ele está velho, cansado e com seu poder de regeneração bastante debilitado. Mas não é o caso de se apegar tanto à violência, tensão, adrenalina ou mesmo os efeitos visuais, porque o segredo do sucesso de “Logan” está no título. Apesar de tudo, não é um filme sobre um super-herói, mas sobre um homem em busca de sua humanidade perdida em um passado doloroso e que não volta mais. É o filme mais humano e centrado em personagens já feito sobre quadrinhos da Marvel, com diálogos reflexivos, pausas silenciosas e atuações definitivas de Hugh Jackman e Sir Patrick Stewart, que não precisam de muita coisa para cortar o coração do espectador nas simples conversas que Logan e Xavier travam sobre amor, a aceitação da morte, família, culpa, esperança, liderança e a relação pai e filho ou pai e filha. É onde entra a grande surpresa do filme, a pequena Dafne Keen, que rouba a cena como Laura (pode chamar de X-23) não somente nas sequências impressionantes de ação, mas também pelo seu potencial como atriz, apontando a franquia para um futuro promissor que o sucesso deste filme pode ajudar Hollywood a compreender. Em termos de adaptações de quadrinhos, “Logan” só é comparável a “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), embora seja completamente diferente do filme de Christopher Nolan. Em diversos momentos, parece mais uma produção da Nova Hollywood dos anos 1970, devido à ousadia de querer sair fora dos padrões. Mas seu espírito verdadeiro pertence aos westerns e road movies, o bom e velho filme de jornada, em que anti-heróis enfrentam percalços em fuga ou em busca de seu caminho. Como em “Os Imperdoáveis” (1992), “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007) e até “A Qualquer Custo” (2016), os protagonistas são corroídos por arrependimentos, cercados por violência e carregam hábitos e memórias de uma época que passou. Entretanto, nada é tão grandioso quanto o amor de James Mangold pelo clássico “Os Brutos Também Amam” (1953). Para os fãs de Wolverine, esse é o filme dos sonhos. Outros atores poderão interpretar Wolverine, claro, mas nenhum será o Logan de Hugh Jackman, como nenhum outro 007 foi o James Bond de Sean Connery. Isso é sair por cima.
Logan é a principal estreia de cinema da semana – e talvez do ano
Principal estreia de cinema nesta quinta (2/3), “Logan” é o segundo filme de super-heróis da Marvel/Fox lançado para maiores de 16 anos no Brasil. O primeiro foi “Deadpool”, no ano passado, completamente diferente em tom. Enquanto o filme estrelado por Ryan Reynolds era insanamente divertido, o último longa de Hugh Jackman como Wolverine aposta na seriedade. Tendo em vista como as produções da DC Comics/Warner se equivocam ao se levar a sério, o acerto de “Logan” abre um novo caminho, deixando claro o que realmente faz diferença. E é bem simples. Desde sua concepção, o longa dirigido por James Mangold evitou se limitar ao mundinho dos fanboys adolescentes. O que a Warner esqueceu, ao buscar um tom mais sombrio para seus filmes, foi que a própria DC Comics buscou o público adulto quando promoveu sua grande guinada rumo a histórias sombrias nos anos 1980. Já faz 30 anos que os quadrinhos de super-heróis se sofisticaram, com o lançamento de graphic novels e o fim do código de ética, um selinho que garantia conteúdo infantil. “Logan” é a versão de cinema dessa revolução. Um filme de super-heróis maduro, influenciado pelo western e passado num mundo tão violento quanto os quadrinhos se tornaram. Não é que “Logan” se afasta dos quadrinhos para se tornar um filme para maiores. Ao contrário. Ele é o primeiro filme que realmente compreendeu o que aconteceu nos quadrinhos nas últimas três décadas. O filme mostrou sua carta de intenções ao fazer uma première num local inusitado: um festival de cinema europeu, em Berlim, onde produções sérias e dramáticas têm prioridade. E acabou sendo a obra mais aplaudida e comentada de todo o evento. A crítica mundial caiu para trás. Nos EUA, onde “Logan” estreia na sexta, os elogios renderam 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Nem “Deadpool”, que chegou a ganhar indicações a prêmios dos prestigiosos sindicatos de Hollywood, agradou tanto (84%). Tendo isso em vista, “Logan” ganha sua devida perspectiva. Não é apenas a principal estreia da semana. Pode ser o mais importante lançamento do ano. Seu sucesso ou fracasso influenciará inúmeras decisões sobre o futuro das adaptações de super-heróis em Hollywood. Por via das dúvidas, chega em 1,2 mil salas, num empurrão para virar blockbuster. Apenas mais duas estreias completam o circuito. Uma delas, inclusive, já estava em cartaz em circuito de “pré-estreias pagas”. Último longa americano do Oscar 2017 a estrear no Brasil, “Um Limite entre Nós” rendeu a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante a Viola Davis, um prêmio que ela vinha ensaiando vencer desde 2009. A atriz já tinha conquistado o equivalente teatral, o Tony Awards, pelo mesmo papel, como uma mãe sofredora nos anos 1950, casada com um lixeiro orgulhoso, numa família endurecida pelo racismo da época, que tenta ensinar a vida para o filho. Denzel Washingon é seu parceiro, indicado ao Oscar e favorito de muita gente ao prêmio – venceu o troféu do Sindicato dos Atores dos EUA (SAG Award). Ele também dirigiu o longa, adaptado postumamente para o cinema pelo autor da peça, August Wilson. O menor lançamento é “Waiting for B”, que, apesar do título, é um documentário nacional sobre a vinda de Beyoncé ao Brasil. O filme se foca no público, sua obsessão pela estrela e a dedicação que leva fãs a acampar diante de uma bilheteria dias antes da data marcada para o show. Foi exibido com sucesso em vários festivais internacionais.










