Museu da Academia de Hollywood abre suas portas para o público
O museu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA (AMPAS, na sigla em inglês) abriu oficialmente suas portas para o público nesta quinta (30/9), após premières exclusivas para celebridades nos últimos dias. Maior museu dedicado a Hollywood, o projeto custou US$ 484 milhões aos cofres da instituição responsável pelo Oscar e compreende dois prédios no cruzamento da Wilshire Blvd. e Fairfax Ave. em Los Angeles, repletos de exposições, além de espaço para eventos, um estúdio focado na conservação de filmes e artefatos clássicos, um café, uma loja e duas salas de cinema com programação de títulos icônicos. A exposição de peças incluem mais de 13 milhões de artefatos da história do cinema, que remontam a 1927, ano de fundação da Academia, incluindo os chinelos de rubi de Dorothy de “O Mágico de Oz”, a máquina de escrever que Alfred Hitchcock usou para escrever o roteiro de “Psicose”, uma das capas de Bela Lugosi no primeiro “Drácula”, um tubarão de fibra de vidro usado no filme “Tubarão” e muito mais. Parte significativa do material foi reunida por meio de doações, e a principal doação veio do espólio da falecida atriz Debbie Reynolds, que tinha a maior coleção privada de figurinos da era de ouro de Hollywood. Durante décadas ela tentou fazer com que a Academia realizasse uma exposição de suas peças, mas era sempre dispensada e chegou a receber incentivo para vender tudo. Reynolds chegou a leiloar o esvoaçante vestido marfim que Marilyn Monroe vestiu em “O Pecado Mora ao Lado” e o chapéu de renda de Audrey Hepburn em “Minha Bela Dama”, conquistando quase US$ 10 milhões só pelas duas peças. E foi se desfazendo de várias outras peças icônicas, até o projeto do Museu da Academia perceber o valor inestimável da coleção de que tinha aberto mão, quando ela ofereceu expor tudo de graça. Sua coleção ainda incluía trajes icônicos que a atriz vestiu em “Cantando na Chuva”, figurinos criados para Mary Pickford, Deborah Kerr e Cyd Charisse, e memorabilia de clássicos como “O Mágico de Oz” e “O Falcão Maltês”. A doação do material, feita pelo filho da atriz, Todd Fisher, também incluiu itens de “Star Wars” de sua irmã, Carrie Fisher, que morreu um dia antes de sua mãe, em 2016, além de sua própria coleção particular de câmeras da História do cinema, inclusive as lentes usadas para filmar “Cidadão Kane”. Em homenagem à atriz, o estúdio de conservação do Museu foi batizado com o nome de Debbie Reynolds. Mas outros astros também contribuíram. Leonardo DiCaprio, Steven Spielberg e Terry Semel, ex-presidente da Warner Bros., se uniram em 2012 para comprar um dos quatro pares de sandálias de rubi remanescentes de “O Mágico de Oz” para o museu, quando o projeto era apenas um sonho. E houve doações anônimas, como o único trenó “Rosebud” que sobreviveu às filmagens de “Cidadão Kane” A Academia também investiu na aquisição de itens de leilão, como o vestido de Marlene Dietrich em “A Vênus Loura” e o figurino de Gene Kelly em “Sinfonia de Paris”, e resgatou até peças do lixo, como o tubarão eletrônico que entrou em curto e naufragou durante as filmagens do clássico de Steven Spielberg de 1975, e foi encontrado em 2016 num ferro-velho. A exposição já está com todos os ingressos esgotados para os próximos dias, mas é possível fazer reservas antecipadas no site oficial do Museu, academymuseum.org.
CEO da Netflix vira presidente do Museu da Academia de Cinema dos EUA
O executivo Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, foi eleito presidente do conselho de curadores do Museu da Academia de Cinema dos EUA. Ainda em fase de construção, o museu deve ser aberto em abril de 2021 em Los Angeles, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, tornando-se a primeira instituição do tipo nos EUA. “Ao crescer como amante do cinema, sempre desejei ter um lugar como o Museu da Academia – um lugar onde pudesse me perder na magia do cinema”, disse Sarandos em comunicado. “Me sinto honrado e inspirado em servir como presidente, ao lado do magnífico conselho de curadores e da equipe do museu, enquanto trabalhamos para nossa inauguração em abril de 2021”. A ironia não pode ser perdida de vista. O principal executivo da empresa que um dia foi vista como intrusa e sem lugar na Academia agora é presidente do maior empreendimento dessa mesma instituição. O conselho de curadores também contará com a produtora Miky Lee (de “Parasita”), eleita vice-presidente, e James Gianopulos, CEO da Paramount, eleito tesoureiro.
Tubarão artificial do filme de Spielberg é restaurado pelo museu da Academia de Cinema dos EUA
O tubarão artificial usado em cenas do clássico “Tubarão” (1975), de Steven Spielberg, foi incorporado ao acervo do museu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em Los Angeles, que ainda está em construção. Batizado de “Bruce”, ele é último sobrevivente entre os vários tubarões artificiais diferentes usados durante as filmagens do longa de 1975, muitos dos quais simplesmente entraram em curto e afundaram no mar. O tubarão artificial foi doado à instituição por Nathan Adlen, que por sua vez o herdou do seu pai, Sam, que o conseguiu quando o estúdio jogou fora vários carros antigos e acessórios usados em filmes. “Bruce” foi totalmente restaurado para a exibição. E o museu postou algumas fotos do processo (veja abaixo), mostrando o antes e depois dos trabalhos de restauração, a cargo do especialista Greg Nicotero, conhecido por criar as maquiagens dos zumbis de “The Walking Dead”. Apesar de a restauração estar completa, “Bruce” só poderá ser visto de perto a partir de 2020. O museu da Academia ainda foi oficialmente aberto para o público, e isso só deve acontecer após a cerimônia do Oscar do ano que vem, que ocorre em 9 de fevereiro. Just in time for the 44th anniversary of #Jaws (1975)…?An update on Bruce the shark's restoration! Special effects legend @G_Nicotero, his studio KNB EFX, and the #AcademyMuseum conservation team have fully transformed this undersea giant.Photos by Greg Nicotero. pic.twitter.com/np2SEzPkld — Academy Museum of Motion Pictures (@AcademyMuseum) June 20, 2019


