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    Grupo terrorista de direita assume atentado contra o Porta dos Fundos

    26 de dezembro de 2019 /

    Um grupo terrorista de direita, denominado Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira, assumiu a autoria do atentado à bomba contra a sede do Porta dos Fundos, que aconteceu na véspera do Natal no Rio. O grupo de três homens brancos encapuzados gravou um vídeo ameaçador, que começou a circular em nichos católicos e conservadores no dia de Natal. O material pode ser encontrado no YouTube quando se pesquisa pelo nome do grupo, mas não deve demorar a ser derrubado, já que afronta as regras do portal – e da civilização, de um modo geral. O vídeo já estaria sob investigação pela Polícia Civil do Rio, porque, além da confissão, traz imagens dos três encapuzados atirando coquetéis molotov na fachada do prédio em que funciona a produção do Porta dos Fundos. As cenas teriam sido comparadas às imagens das câmeras de segurança da produtora e da vizinhança, atestando sua autenticidade. Durante o vídeo, uma voz distorcida lê um manifesto, dizendo: “Nós, do Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira, reivindicamos a ação direta revolucionária que buscou justiçar os anseios de todo o povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica que o grupo de militantes marxistas culturais Porta dos Fundos tomou quando produziu o seu Especial de Natal…”. O texto de tom terrorista cita várias palavras-chaves da extrema direita brasileira, além de assumir caráter de defesa religiosa, com muitas citações a “Nosso Senhor Jesus Cristo”. Nesta parte, as declarações aproximam a violência brasileira da ação terrorista que resultou no massacre de humoristas da revista francesa Charlie Hebdo, realizado por militantes islâmicos, também em nome da defesa da sua fé, em 2015. O vídeo ainda destaca a bandeira do Brasil Império e outra com a letra grega sigma, que identificava a Ação Integralista Brasileira, organização fascista e antissemita que tentou realizar um Golpe de Estado em 1938, atacando o Palácio da Guanabara, então sede do governo federal, para tentar matar o presidente Getúlio Vargas. Na ocasião, um integrante da família real brasileira participou do atentado. O ataque ao Porta dos Fundos não foi o primeiro atentado realizado pelos terroristas atuais. O mesmo grupo já assumiu atentado à UniRio e à Universidade Federal Fluminense (FF), queimando bandeiras antifascistas nos campus. O Brasil não tinha terroristas desde a ditadura militar, mas discursos de ódio e intolerância que inspiram esse tipo de ação vêm tomando a mídia e as redes sociais de forma crescente, alimentados por pessoas que deveriam ter maior responsabilidade. Muitos dos argumentos usados pelos criminosos para justificar seus atos violentos encontram respaldo em falas e atitudes de políticos e religiosos brasileiros. É possível identificar traços comuns entre o manifesto dos novos integralistas e os diversos ataques sofridos pelo Porta dos Fundos desde o lançamento do Especial de Natal “A Primeira Tentação de Cristo”, na Netflix, que retratou Jesus Cristo como gay. E também com outros ataques à Cultura, vindos de diversos representantes do governo federal. Desde o início do ano, várias manifestações contra a classe artística têm sido feitas por representes da extrema direita nacional. A tendência se intensificou na última semana, devido ao Especial de Natal. Políticos conservadores até convocaram a Netflix para dar explicações ao Congresso sobre o programa. Líderes religiosos lançaram campanha de boicote à plataforma. “Reportagens” jornalísticas enfurecidas foram ao ar na rede Record, que é propriedade do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal. E uma entidade religiosa chegou a dar entrada num processo judicial, que encontrou respaldo numa promotora carioca disposta a enquadrar o Porta dos Fundos por “abuso da liberdade de expressão” e restabelecer a censura no país. O ataque com bombas é resultado desse acúmulo de ataques de outras espécies e revela a verdadeira extensão da intolerância no país, alimentada por discursos de ódio em todos os escalões da República e também de figuras religiosas, distorcendo os ensinamentos cristãos até culminar nesse presente de violência de Natal, em nome de “Nosso Senhor Jesus Cristo”. Quando Fernanda Montenegro posou em setembro para uma revista como vítima de caça às bruxas, amarrada a uma fogueira, para expressar a situação da arte no país sob o governo de Jair Bolsonaro, recebeu xingamentos virulentos do atual secretário da Cultura. A cada dia que passa, a imagem se mostra mais atual, uma verdadeira definição desses tempos, em que fanáticos religiosos usam fogo e violência para conduzir uma cruzada fundamentalista contra a arte e o entretenimento modernos. “Trata-se de uma guerra irrevogável”, conclamou Fernando Alvin em seu próprio manifesto no Facebook, quando atacou Fernanda e a classe artística por estar “deturpando os valores mais nobres de nossa civilização, propagando suas nefastas agendas progressistas, denegrindo nossa sagrada herança judaico-cristã, bom – com essa corja. Não há dialogo possível”. Um discurso, de fato, inspirador. A trocar o diálogo por coquetéis molotov. A propósito, se satirizar Jesus Cristo não fosse arte com valores nobres, o Especial de Natal do Porta dos Fundos do ano passado, “Se Beber, Não Ceie”, que transformou a Santa Ceia em piada, não teria vencido em novembro o prêmio Emmy Internacional de Melhor Comédia… do mundo.

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    Homem que chamou Fernanda Montenegro de “sórdida” é o novo Secretário da Cultura do Brasil

    7 de novembro de 2019 /

    O presidente da República Jair Bolsonaro, que não cansa de demonstrar seu verdadeiro apreço pela cultura brasileira, nomeou o dramaturgo Roberto Alvim para o cargo de secretário especial de Cultura. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (7/11). Alvim exercia cargo de diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte (Fundação Nacional de Artes) e conquistou a simpatia do presidente quando, em setembro, usou seu Facebook para atacar e xingar a atriz Fernanda Montenegro, de 89 anos. Na publicação, o dramaturgo usou palavras como “sórdida” para descrever a estrela, grande patrimônio da cultura nacional e única atriz do país já indicada a um Oscar. O ataque gratuito foi consequência da capa da edição de outubro da revista literária Quatro cinco um, em que Fernanda é retratada como uma bruxa sendo queimada em uma fogueira de livros. A imagem é uma metáfora da forma como o governo Bolsonaro lida com a cultura. A “promoção” do incendiário Alvim apenas confirma a atualidade e a força da imagem. Em seu ataque a maior diva viva do teatro, cinema e TV do Brasil, Alvim também chamou a “classe artística que está aí” de “corja”, “podre”, “canalha” e responsável por deturpar “os valores mais nobres de nossa civilização, propagando suas nefastas agendas progressistas, denegrindo nossa sagrada herança judaico-cristã”. Por conta disso, afirmou que não pretendia dialogar, ameaçando retaliações. “Não há dialogo possível”. Ele acaba de ganhar mais poder para fazer isso. Importante lembrar ainda que o presidente da Funarte, Miguel Proença, foi demitido por Bolsonaro após afirmar ao jornal O Globo ter ficado “completamente chocado” com as palavras de Alvim. Alvim assume o cargo no mesmo dia em que o presidente jogou a atual Secretaria da Cultura em outra pasta, tirando-a do Ministério da Cidadania para transformá-la em linha auxiliar do Ministério do Turismo. Assim, o homem que considera os artistas podres e canalhas estará subordinado ao ministro Marcelo Álvaro Antônio, denunciado pelo Ministério Público Federal por envolvimento no escândalo de corrupção que é chamado pelo próprio Bolsonaro de “laranjal” do PSL. Na quarta, o antigo Secretário de Cultura, o economista Ricardo Braga, foi exonerado do cargo para assumir um novo posto no governo. Ele esteve à frente da pasta por menos de três meses, após seu antecessor, Henrique Pires, pedir demissão, afirmando que preferia “cair fora” a “ficar e bater palma para censura”, aludindo a perseguição do governo às produções de temática LGBTQIA+. Com Alvim, Jair Bolsonaro põe mais lenha em sua fogueira cultural e parte para o confronto, no momento em que seu nome aparece ligado a uma investigação de assassinato e seus filhos surgem em outras investigações criminais. Enquanto isso, Fernanda Montenegro volta a representar o país no Oscar, integrando o elenco de “A Vida Invisível”, candidato brasileiro a uma vaga na disputa de Melhor Filme Internacional na premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos.

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    Fernanda Montenegro é atacada por diretor da Funarte e viraliza nas redes sociais

    23 de setembro de 2019 /

    As hashtags #SomosTodosFernanda, #SomosTodosFernandaMontenegro e #FernandaMeRepresenta viralizaram no Twitter nas últimas 24 horas, após Roberto Alvim, diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, atacar publicamente a atriz. Em uma publicação em seu Facebook, Alvin chama a atriz de 89 anos, patrimônio da cultura brasileira, de “sórdida”. O texto foi uma reação à capa da edição de outubro da revista literária Quatro Cinco Um, em que Fernanda é retratada como uma bruxa sendo queimada em uma fogueira de livros. “Um amigo meu, bem-intencionado, me perguntou hoje se não era hora de mudar de estratégia e chamar a classe artística pra dialogar. Não. Absolutamente não. Trata-se de uma guerra irrevogável. A foto da sórdida Fernanda Montenegro como bruxa sendo queimada em fogueira de livros, publicada hoje na capa de uma revista esquerdista, mostra muito bem a canalhice abissal destas pessoas, assim como demonstra a separação entre eles e o povo brasileiro”, escreveu Alvim. “Temos, sim, que promover uma renovação completa da classe teatral brasileira. É o único jeito de criarmos um renascimento da Arte no Teatro nacional. Porque a classe teatral que aí está é radicalmente podre e com gente hipócrita e canalha como eles, que mentem diariamente, deturpando os valores mais nobres de nossa civilização, propagando suas nefastas agendas progressistas, denegrindo nossa sagrada herança judaico-cristã, bom – com essa corja. Não há dialogo possível”, concluiu. Após as declarações extremamente agressivas, a Associação dos Produtores de Teatro (APTR) emitiu um comunicado repudiando o diretor da Funarte e classificando a fala sobre Fernanda Montenegro como “infantil, mentirosa e canalha”. “É absolutamente inadmissível que uma atriz com a sua trajetória seja atacada em seu livre exercício de expressão”, diz o texto da APTR. Milhares de perfis das redes sociais se engajaram na discussão, fazendo o nome da atriz disparar entre os tópicos mais usados do Twitter no Brasil. Políticos como Ciro Gomes, jornalistas como José Simão e artistas como Marina Lima e Guta Stresser se juntaram aos anônimos em protesto contra o ataque gratuito do funcionário público. Não satisfeito com a repercussão que causou, Alviu voltou a ofender Fernanda na tarde de segunda-feira (23/9), num post em que não só reafirmou suas declarações como assumiu desprezar a atriz, a quem classificou como “mentirosa”. “Acuso Fernanda de mentirosa, além de expor meu desprezo por ela, oriundo de sua deliberada distorção abjeta dos fatos”, ele escreveu, no mesmo fôlego em que defendeu o presidente Jair Bolsonaro de críticas da classe artística e assumiu posição de vítima de uma ira supostamente infundada da classe artística. “Fernanda mente escandalosamente, deturpa a realidade de modo grotesco, ataca o Presidente e seus eleitores de modo brutal, e eu sou grosseiro e desrespeitoso, apenas por ter revidado a agressão falaciosa perpetrada por ela?”. O presidente da Funarte, Miguel Proença, afirmou ao jornal O Globo estar “completamente chocado” com as palavras de Alvim. “Já pedi um auxílio do ministro da Cidadania (Osmar Terra), pedi uma audiência com ele, para tomar uma providência. Admiro muito a Fernanda, além de ser a grande dama do teatro ela é uma grande amiga. Fiquei com esse peso nas costas, o Brasil inteiro está de olho na Funarte hoje por causa disso. E aqui produzimos arte e beleza, não agressão”. Apesar disso, o Ministério da Cidadania, órgão a que a Funarte está submetido, disse que não vai se manifestar nem agir contra Alvim. “Não vamos comentar uma opinião pessoal do diretor da Funarte”, diz um comunicado do órgão público. Por conta disso, continuam a se multiplicar os posts com o nome de Fernanda Montenegro. A atriz integra o elenco do filme selecionado para representar o Brasil no Oscar 2020, “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz (“Praia do Futuro”), que já pode ser visto de forma limitada nos cinemas de Fortaleza (CE), e tem seu lançamento nacional amplo marcado para o dia 31 de outubro. Vale observar a ironia. A manifestação de ódio do diretor da Funarte praticamente reencena a foto de capa da revista, em que Fernanda Montenegro aparece amarrada e prestes a ser queimada numa fogueira por manifestantes de uma extrema direita que encara a cultura como inimigo e usa expressões como “guerra” para tratar sua relação com os artistas. A foto é a imagem acima. A descrição do que ela representa está nos textos de Roberto Alvim.

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