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    Rolling Stones estaria gravando com Paul McCartney e Ringo Starr

    21 de fevereiro de 2023 /

    Os Rolling Stones e os Beatles, grandes rivais da história do rock, podem estar preparando uma colaboração. Segundo a revista americana “Variety”, os Stones estraram em estúdio com Paul McCartney e Ringo Starr, os dois Beatles ainda vivos. O próximo álbum dos Stones será o primeiro de inéditas desde 2005, quando “A Bigger Bang” foi lançado. A expectativa é que ele chegue às lojas e plataformas digitais ainda neste ano. O projeto estaria sendo produzido pelo vencedor do Grammy Andrew Watt. Depois de trabalhar com Ozzy Osbourne, o produtor tornou-se o favorito dos artistas de rock veteranos, apesar de ter uma discografia totalmente voltada para o pop. Ele já produziu sucessos de personalidades como Justin Bieber, Dua Lipa, Elton John e Britney Spears. Não está claro quais faixas entrarão no disco, nem se McCartney e Ringo colaboraram na mesma canção, mas ambos estiveram no estúdio usado pelos Stones em Los Angeles nas últimas semanas. Tanto Mick Jagger quanto Keith Richards disseram recentemente que planejam lançar um projeto novo em breve. Em 2021, Jagger disse que o grupo tem “muitas faixas prontas”, e o guitarrista Keith Richards disse no Instagram que “há algumas músicas novas a caminho”. Como o trabalho está em criação há anos, é provável que ele tenha a participação do baterista original Charlie Watts, morto em agosto de 2021. Nos shows que ocorreram após a morte do artista, Steve Jordan, colaborador de longa data dos Stones, assumiu a bateria. Apesar de terem surgido na mesma época e de pertencerem à mesma cena musical, os Rolling Stones e os Beatles sempre alimentaram uma rivalidade pública, mas isso não impediu que alguns membros das suas bandas se encontrassem em faixas, shows e especiais de televisão. Inclusive, “I Wanna Be Your Man”, o primeiro hit dos Stones em 1963, foi uma composição feita por John Lennon e Paul McCartney. Os músicos já disseram que a rivalidade entre as bandas era marketing. Mas não perdem oportunidade para se alfinetarem. Em 2021, McCartney disse que os Stones “são uma banda cover de blues”. Semanas depois, McCartney estava na plateia de um show deles e ouviu uma piada de Jagger, que afirmou que o músico se juntaria a eles “para tocar um cover de blues”.

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    Luciana Gimenez diz que Mick Jagger lhe ofereceu ajuda após acidente

    21 de janeiro de 2023 /

    A apresentadora Luciana Gimenez contou que Mick Jagger a contatou imediatamente para oferecer ajuda após ela sofrer um acidente de esqui em Aspen, nos Estados Unidos, em 7 de janeiro. “Mick entrou em contato imediatamente, perguntando se ele poderia fazer alguma coisa para ajudar, se eu precisava de alguma coisa. Assim como sua namorada Mel (a bailarina Melanie Hamrick, mãe do filho mais novo de Jagger, Deveraux)”, disse a brasileira ao jornal Daily Mail. Na entrevista ao jornal inglês, ela disse ainda que o pai de seu filho mais velho, Lucas Jagger, sempre fez com que ela se sentisse parte da “família extensa” dele. Luciana também enalteceu a ajuda que tem recebido do namorado, o empresário Renato Breia. “Eu odeio isso! Eu sou uma pessoa tão independente. Eu odeio ter que depender de outras pessoas assim, mas Renato tem sido incrível. Eu sei que tenho sorte de ter pessoas assim ao meu redor”, afirmou. No acidente de esqui, a apresentadora do “Superpop” quebrou a perna esquerda e teve que passar por uma cirurgia de emergência. Em publicações recentes, ela contou que está andando de cadeira de rodas e ainda sente muitas dores devido ao procedimento.

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    Mick Jagger revela música criada para a série “Slow Horses”

    1 de abril de 2022 /

    Mick Jagger divulgou nas redes sociais e em seu canal no YouTube a música “Strange Game”, que foi composta para a trilha da série “Slow Horses”, lançada nesta sexta na Apple TV+. “Strange Game” resultou de uma parceria entre Jagger e Daniel Pemberton, compositor da trilha instrumental da série, que já foi indicado ao Oscar por “Os 7 de Chicago”. Pemberton também assinou as músicas de “Depois da Festa”, outra série da Apple TV+, além das trilhas de “Enola Holmes”, “Aves de Rapina” e “Homem-Aranha no Aranhaverso” Estrelada por Gary Oldman, vencedor do Oscar por “O Destino de uma Nação” (2017), “Slow Horses” acompanha uma equipe de agentes da inteligência britânica que atua no departamento menos importante do MI5, onde funcionários vão para encerrar a carreira após cometerem erros no trabalho. Até que se veem envolvidos num complô inesperado e precisam mostrar a competência que nunca tiveram, para não virarem danos colaterais de seus superiores. Desenvolvida por Will Smith (não o ator, mas o roteirista da série “Veep”), a adaptação do livro homônimo de Mick Herron tem um elenco impressionante, que ainda inclui Kristin Scott Thomas (também de “O Destino de uma Nação”), Jonathan Pryce (“Dois Papas”), Jack Lowden (“Dunkirk”) e Olivia Cooke (“Jogador Nº 1”).

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  • Música

    Mick Jagger e Dave Grohl lançam clipe-surpresa de rock sobre a pandemia

    13 de abril de 2021 /

    Os roqueiros Mick Jagger e Dave Grohl surpreenderam os fãs nesta terça (13/4) com o lançamento de um clipe surpresa. Os cantores dos Rolling Stones e Foo Fighters se juntaram para gravar “Eazy Sleazy”, música composta por Mick Jagger durante o recente lockdown britânico. O vídeo registra cenas de distanciamento social da dupla no estúdio. “Eazy Sleazy” fala do impacto da pandemia, listando as situações forçadas pelo confinamento (“cancelem todas as turnês”, “não temos mais folhetos de agências de viagem” e “tentando compor música, melhor fazer por Zoom”), o negacionismo desvairado (“tomando a vacina, Bill Gates na minha corrente sanguínea”) e o otimismo por um renascimento vibrante ao final do lockdown. “Será uma memória que vamos tentar nos lembrar de esquecer”, resume o verso final. Além de cantar, Jagger toca guitarra na canção, acompanhado por Grohl em todos os demais instrumentos – bateria, baixo, mais guitarras e ainda vocais de apoio. Os dois se tornaram amigos quando o Foo Fighters foi improvisado como banda de apoio do cantor durante uma participação especial no programa humorístico “Saturday Night Live” em 2012. Bastante pesado, o rock é quase grunge e mostra que Jagger não perdeu a voz nem a urgência para falar dos tempos em que vive. A gravação chega quatro anos após a lenda do rock ensaiar uma retomada de sua carreira solo com os singles politizados de “Gotta Get a Grip” e “England Lost”, lançados na época em que o Reino Unido discutia o Brexit.

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    Astro de Normal People estrela novo clipe dos Rolling Stones

    6 de agosto de 2020 /

    Os Rolling Stones divulgaram um clipe oficial para “Scarlet”, canção inédita que foi gravada em 1974 com participação de Jimmy Page, o lendário guitarrista do Led Zeppelin. O vídeo não traz nenhum dos músicos. Em vez disso, registra o ator Paul Mescal (da série “Normal People”) emocionado, tocando a gravação da música para a Scarlet do título, enquanto se movimenta – há dança em algumas cenas – por uma casa enorme e vazia, no mais completo isolamento social. A música foi resultado de uma jam, quando Jimmy Page, velho amigo da banda, apareceu para visitar os Stones na época do álbum “Goat’s Head Soup” (1973). O resultado foi gravado e Keith Richards chegou a espalhar que se tratava de uma música para um disco solo do colega. Page acabou com os boatos revelando que trabalhava no mais ambicioso disco do Led Zeppelin, o álbum duplo “Physical Graffiti” (1975). Na verdade, os planos sempre foram lançar a faixa num disco dos Stones, com Mick Jagger escrevendo uma letra e cantando sobre o material. O próprio Page acreditava que ela apareceria no lado B de algum single da banda. Mas “Scarlet” só foi veio à tona agora, em 2020. O título da faixa, por sinal, não tem nenhum fundo romântico como insinua o clipe, porque se trata de uma homenagem à filha mais velha de Page, chamada de Scarlet, que na época tinha três anos de idade. “Scarlet” será incluída como faixa extra numa nova versão estendida do álbum “Goat’s Head Soup”, que tem lançamento previsto para o dia 4 de setembro. Além desta música, o lançamento contará com mais duas gravações inéditas, também realizadas naquele período: “All the Rage” e “Criss Cross”.

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  • Música

    Rolling Stones revelam canção inédita de 1974 com participação de Jimmy Page

    22 de julho de 2020 /

    Os Rolling Stones lançaram nesta quarta (22/7) uma canção inédita gravada com Jimmy Page, o lendário guitarrista do Led Zeppelin. A faixa “Scarlet” foi disponibilizada nas plataformas digitais, inclusive no YouTube, onde foi acompanhada por um clipe. O vídeo traz apenas a letra da canção e alguns rabiscos virtuais preenchidos na embalagem da fita master. A fita estava guardada desde os anos 1970. A gravação aconteceu em 1974, após os Stones lançarem o álbum “Goat’s Head Soup” (1973). Page apareceu para uma jam e o resultado acabou gravado. Keith Richards chegou a espalhar que se tratava de uma música para um disco solo do colega, mas os planos sempre foram de lançar a faixa num disco dos Stones, com Mick Jagger escrevendo uma letra e cantando sobre o material. O próprio Page acreditava que ela apareceria no lado B de algum single da banda. O nome da faixa, de todo modo, é uma homenagem à filha mais velha de Page, chamada de Scarlet, que na época tinha três anos de idade. O guitarrista do Led Zeppelin é um velho amigo dos Stones, tendo tocado ainda adolescente numa versão de “Heart of Stone”, de 1965, além de fazer o solo da música “One Hit (To the Body)”, em 1985. “Scarlet” será incluída numa versão estendida do álbum “Goat’s Head Soup”, que ganhará uma nova versão de luxo no dia 4 de setembro. Além desta faixa, o lançamento contará com mais duas faixas inéditas, gravadas naquele período: “All the Rage” e “Criss Cross”.

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    Veja os 20 melhores shows do festival digital One World: Together at Home

    19 de abril de 2020 /

    Ainda não há levantamento oficial, mas o festival “One World: Together at Home”, espécie de “Live Aid” online, deve ter batido recordes de audiência com sua sintonia global ao longo do sábado (18/4). Apesar disso, boa parte do evento foi dedicado a discursos e vídeos sobre a crise sanitária, com o espaço dedicado à música dividido entre talentos díspares. Considerado a “live das lives”, o festival online teve curadoria de Lady Gaga, que juntou artistas de diferentes gerações numa mistura desencontrada de nomes consagrados e representantes do pop menos memorável. Não bastasse o excesso de musiquinhas melosas, chamou atenção a preferência de pós-adolescentes por karaokês constrangedores de clássicos cinquentenários – só Billie Eilish acertou o tom. Coube aos veteranos Rolling Stones dar o melhor show da noite (mesmo com bateria pré-gravada e Charlie Watts tocando o ar), graças ao ainda impressionante vocal de Mick Jagger – em grande contraste ao fiapo de voz de Paul McCartney. Já na turma pop, Taylor Swift foi facilmente a mais emociante, com música inspirada na luta de sua mãe contra o câncer. Destaque da nova geração, a francesa Christine and the Queens representou bem a turma eletrônica, minoritária na seleção. Mas faltou reggae, música brasileira, mais rock, rap e talentos da cena indie para compensar o excesso enjoativo de breguice. Para completar, Beyoncé aparecer para não cantar só foi pior que a ausência de Madonna. Confira abaixo 20 shows que se destacaram na “live das lives”, pelo filtro da Pipoca Moderna – sem ordem de preferência, mas declaradamente em campanha pela versão Lollapalooza desse tipo de evento.

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    Mick Jagger, Roger Waters e Donald Sutherland protestam contra Trump e Bolsonaro no Festival de Veneza

    8 de setembro de 2019 /

    Os astros do rock Mick Jagger, Roger Waters e o ator Donald Sutherland manifestaram-se contra os governos de Jair Bolsonaro e Donald Trump na reta final do Festival de Veneza. Membro fundador da lendária banda Pink Floyd, Waters fez uma listão, criticando veementemente o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Trump, o ex-ministro do Interior italiano Matteo Salvini e o presidente do Brasil. “Eles estão obstinados a destruir este belo planeta”, disse ele, durante entrevista coletiva, antes de apresentar seu documentário “Us + Them” na sexta-feira (6/9). A manifestação de Jagger e Sutherland veio no sábado, na apresentação do “The Burnt Orange Heresy” (A heresia da laranja queimada, em tradução literal), dirigido pelo italiano Giuseppe Capotondi. “Estou com os jovens que protestam contra as mudanças climáticas”, afirmou o músico, que atua no filme, refletindo uma manifestação no tapete vermelho em frente ao Palácio do Cinema, na qual centenas de jovens chamam a atenção para as mudanças climáticas. “Estou feliz que protestem, eles herdarão o planeta”, continuou Jagger, que considera que os Estados Unidos “perderam seu papel de líder mundial no controle do meio ambiente e estão seguindo em outra direção”. O coprotagonista do filme, Donald Sutherland, conhecido pelos mais jovens como o vilão da franquia “Jogos Vorazes”, acrescentou Bolsonaro às críticas, com um pedido para que os eleitores não votem mais em pessoas como ele. “Mick tem razão, os controles (nos Estados Unidos) de Barack Obama eram pouco adequados, mas agora estão sendo destruídos. O mesmo acontece no Brasil e o mesmo acontecerá na Inglaterra após o Brexit”, alertou. “Quando os jovens de hoje tiverem 85 anos e possuírem filhos e netos, não terão mais planeta se continuarem a votar nessas pessoas no Brasil, em Londres e Washington”, ponderou. “Estão garantindo a ruína do mundo, algo para o qual todos temos contribuído”, concluiu Sutherland.

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    Nicolas Roeg (1928 – 2018)

    24 de novembro de 2018 /

    Morreu o aclamado diretor inglês Nicolas Roeg, o homem que caiu no cinema com David Bowie e Mick Jagger. Ele faleceu em sua casa, em Londres, na madrugada de sexta (23/11), aos 90 anos de idade. Referenciado por seus clássicos dos anos 1970, Roeg dizia que só tinha ingressado na indústria cinematográfica porque havia um estúdio em frente à sua casa de infância em Marylebone, no centro oeste de Londres, onde conseguiu seu primeiro emprego em 1947. Ele começou como office boy e foi subindo de escalão aos poucos, passando para ajustador de foco, operador de câmera e finalmente assistente de fotografia nos anos 1960, quando comandou a segunda unidade de blockbusters como “Lawrence da Arábia” (1962) e “Doutor Jivago” (1965). Logo, assumiu a direção de fotografia de produções cultuadas como “A Orgia da Morte” (1964), “Fahrenheit 451” (1966), “Longe Deste Insensato Mundo” (1967) e “Petúlia, um Demônio de Mulher” (1968). Sua estreia na direção foi em “Performance” (1970), concebido como veículo promocional para o cantor Mick Jagger, mas que acabou se tornando uma obra tão experimental e complexa que o próprio estúdio relutou em fazer seu lançamento. O longa ficou dois anos guardado antes de chegar às telas, e mesmo após a estreia demorou a ser apreciado, tornando-se um dos primeiros exemplos do que se costuma chamar de “cult movie”. Seu filme seguinte também virou cult, “A Longa Caminhada” (1971), sobre duas crianças perdidas no outback australiano – uma deles, o próprio filho do diretor – , que são salvas por um jovem aborígene em meio a uma caminhada ritualista. O drama de sobrevivência, porém, quase foi proibido pela censura britânica, devido a uma cena de nu frontal da atriz Jenny Agutter, então com apenas 17 anos, que rendeu muita polêmica na época. Da mesma forma, “Inverno de Sangue em Veneza” (1973), suspense estrelado por Donald Sutherland, também enfrentou forte censura por uma cena de sexo entre os protagonistas e só foi ter maior reconhecimento após sair da sombra de “O Exorcista”, o grande lançamento de terror do ano, que o eclipsou completamente. Revisto, passou a ser considerado uma obra-prima por sua edição não convencional, que antecipou o padrão de cortes frenéticos que viriam a ser associados à montagem dos suspenses das décadas seguintes. Por mais celebrados que esses filmes tenham se tornado entre cinéfilos, nenhum atingiu a idolatria gerada pelo quarto longa de Roeg, “O Homem que Caiu na Terra” (1976), que marcou a estreia de David Bowie no cinema. O filme também ajudou a popularizar a persona do cantor como um alienígena disfarçado entre humanos, imagem idealizada pelo próprio Bowie dois anos antes, na época do hit “Ziggy Stardust”. Bowie embarcou tanto no projeto que adotou como nova identidade o visual do filme, incorporando um personagem que batizou de Thin White Duke, além de usar fotos do longa como capas de dois discos, “Station to Station” (1976) e “Low” (1977). Mesmo assim, o impacto de “O Homem que Caiu na Terra” foi maior em circuitos de arte do que como sucesso comercial. Roeg voltou a trabalhar com um “roqueiro”, Art Garfunkel, em “Bad Timing – Contratempo” (1980), filme que venceu o Festival de Toronto, e decidiu tentar o cinema comercial com a comédia “Malícia Atômica” (1985), sobre um suposto encontro entre Marilyn Monroe e Albert Einstein, mas seu filmes dos anos 1980 tiveram ainda menos bilheterias. Em compensação, afetivamente essa foi sua melhor fase, graças à parceria artística e romântica com a atriz Theresa Russell, sua Marilyn Monroe e estrela da maioria de seus filmes do período, com quem se casou em 1986. Por ironia, ele só foi conhecer o êxito financeiro quando sua filmografia começou a estagnar e no primeiro filme sem a participação de sua esposa, desde que começaram a trabalhar juntos. Com “Convenção das Bruxas” (1990), Roeg finalmente atingiu as massas que não o conheciam, ao mesmo tempo em que manteve sua principal característica, ao criar um novo cult. Combinação de aventura e terror infantil, o filme em que Anjelica Huston vive uma bruxa continua a ser reprisado na TV e com grande audiência até hoje. O sucesso, porém, foi efêmero, já que o cineasta fez apenas mais três longas cinematográficos na carreira. O terror “Desejo Selvagem” (1991) marcou o fim de seu casamento com Theresa Russell e os dois últimos nem foram lançados no Brasil, apesar de “Two Deaths” (1995) ter sido estrelado por Sonia Braga. O diretor ainda fez alguns trabalhos na TV, como o telefilme “A Maldição da Selva” (1993), a minissérie “Sansão e Dalila” (1996) e um episódio de “O Jovem Indiana Jones”, que foi considerado o melhor da série, antes de sair de cena com o terror “Puffball” (2007), fracasso de público e crítica. O fato de não ter estudado cinema, mas aprendido na prática, numa escalada de funções ligadas à fotografia, ajudou-o a criar uma linguagem cinematográfica própria, que o tornou um verdadeiro autor e inspiração para gerações seguintes. “Filmes não são roteiros – filmes são filmes”, costumava dizer, para demonstrar a importância das imagens – da colocação das câmeras à edição, passando pela direção de arte e de artistas. Essa capacidade autoral não foi tão reconhecida como merecia. Ao longo da carreira, Nicolas Roeg foi indicado a três prêmios BAFTA (da Academia britânica), competiu três vezes pela Palma de Ouro e uma pelo Urso de Ouro nos festivais de Cannes e Berlim, além de ter vencido Toronto em 1980. Ainda assim, nada do que fez foi suficiente para que a Academia, o Globo de Ouro e sindicatos dos Estados Unidos percebessem que ele existia. Roeg jamais foi apreciado por Hollywood. Mas impactou cinéfilos de todo o mundo, tendo ajudado a formar o olhar cinematográfico de Christopher Nolan, Paul Thomas Anderson, Steven Soderbergh e Danny Boyle, que mais de uma vez assumiram-se influenciados por sua arte. Um diretor, em especial, deve sua paixão pelo cinema literalmente a Roeg, iniciada ainda na infância, no dia em que ele conheceu um set pela primeira vez, ao visitar o pai nas filmagens de “O Homem que Caiu na Terra”. Trata-se do filho de David Bowie e hoje cineasta Duncan Jones, que publicou uma foto no Twitter em que aparece de pijamas e pirulito na mão, ao lado do pai e de Roeg. “Obrigado por fazer tantas escolhas corajosas, e dar a este estranho rapaz de pijama um amor permanente pelo cinema”, ele escreveu, como homenagem. Just heard another great storyteller, the inimitable Nicolas Roeg left us today. What an incredible body of work he’s left us with!All my love to his family.Thank you for making so many brave choices, & giving this strange little lad in pajamas an ongoing love of filmmaking. pic.twitter.com/QVg2znq3Rs — Duncan Jones (@ManMadeMoon) November 24, 2018

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    Mick Jagger vai estrelar suspense do diretor italiano da série Suburra

    8 de setembro de 2018 /

    Mick Jagger, vocalista do Rolling Stones, vai voltar a atuar no cinema. Ele entrou no elenco do suspense “The Burnt Orange Heresy”. O astro britânico vai se juntar a um elenco eclético, composto pelo dinamarquês Claes Bang (“The Square”), a francesa Elizabeth Debicki (“Guardiões da Galáxia Vol. 2”) e o americano Christopher Walken (“Sete Psicopatas e um Shih Tzu”), que serão dirigidos por um italiano, Giuseppe Capotondi, responsável pelo suspense “A Hora Dupla” (2009) e a elogiada série “Suburra” na Netflix, em seu primeiro filme falado em inglês. Descrito como um suspense no estilo noir, o filme tem como base o livro de Charles Willeford, que conta como o crítico de arte James (Bang) se apaixona por uma mulher chamada Berenice (Debicki). Mas quando viajam para negociar com o colecionador de arte (Jagger), este lhes faz uma proposta criminosa: roubar uma nova obra-prima para sua coleção. O roteiro é de Scott B. Smith (“Siberia”) e as filmagens começam ainda este mês, sem previsão de estreia. O cantor dos Stones não tinha um papel com falas no cinema desde “Confissões de um Sedutor” (2001), mas na juventude chegou a ensaiar uma carreira de ator aparecendo como protagonista nos clássicos “A Forca Será Tua Recompensa” (1970) e “Performance” (1970), antes de começar a fazer bombas como “Running Out of Luck”, trash com travestis no Rio, e a sci-fi B “Freejack: Os Imortais” (1992).

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  • Música

    Luke Evans e Jemima Kirke estrelam novos clipes de Mick Jagger

    5 de agosto de 2017 /

    Mick Jagger lançou dois clipes de surpresa para músicas inéditas com participações de atores famosos. “England Lost” e “Gotta Get A Grip” são descritas pelo cantor como respostas urgentes para a “confusão e frustração com os tempos em que vivemos”. Ele teria começado a compor as músicas em abril e decidiu lançá-las antes de ter mais material para um disco. As músicas, de fato, parecem mais esboços que canções acabadas, com paradas súbitas e melodias interrompidas. Mas têm uma pegada dançante e uma energia que não parecem vir de um senhor septuagenário. “England Lost” é especialmente contagiante. O clipe desta canção traz o ator Luke Evans (“A Bela e a Fera”) fugindo de tudo e todos ao seu redor, ao perceber que vive em meio a conspiradores. O figurino e o clima paranoico, filmado em preto e branco, que registra o pânico crescente de Evans e a noção de que se encontra cercado e sem saída, remete à “Vampiro de Almas” (1956). A letra poderia ser bobinha, sobre quando Mick Jagger foi ver uma partida de futebol sob a chuva e ficou encharcado só para ver a seleção da Inglaterra perder. Mas ele leva adiante a metáfora boleira, criando paralelos com o Brexit para falar sobre como a Inglaterra se perdeu. Já o clipe de “Gotta Get A Grip” traz Jemima Kirke (série “Girls”) farreando além da conta, numa noitada que descamba para a violência, quando os corpos suados querem avançar pela área VIP ou usar o banheiro ocupado. Na letra, Jagger descreve um mundo de cabeça para baixo, em que ninguém fala a verdade e os corruptos estão no poder. Ambos os vídeos foram dirigidos por Saam Farahmand, que o jornal The Guardian já chamou de “um dos mais talentosos diretores de clipes de sua geração”. Os trabalhos que renderam esse elogio incluem vídeos para as bandas The xx, Klaxons, Soulwax e The Last Shadow Puppets.

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    Anita Pallenberg (1944 – 2017)

    13 de junho de 2017 /

    Morreu Anita Pallenberg, atriz e modelo de carreira intimamente ligada aos Rolling Stones. Ela tinha 73 anos e a causa da morte não foi revelada. Nascida em 1944 na Itália, Pallenberg estudou na Alemanha e era fluente em quatro idiomas. Sua carreira artística começou em Nova York, quando ela entrou na trupe do Living Theatre, participando da peça “Paradise Now”, repleta de nudez, numa época em que também era uma habitué da Factory de Andy Warhol. Em 1965, enquanto trabalhava como modelo, Pallenberg e um amigo conseguiram entrar nos camarins de um show de Rolling Stones em Munique, e isso levou a um romance com o guitarrista Brian Jones. Ela também namorou brevemente Mick Jagger, antes de iniciar um relacionamento duradouro com Keith Richards, com quem teve três filhos (um deles, morreu ainda bebê). Os dois ficaram juntos até 1980. Sua estreia no cinema aconteceu em 1967, protagonizando “Degree of Murder”, segundo longa do mestre alemão Volker Schlondorff, no qual assassinava um ex-amante e seduzia os dois homens que a ajudavam a se livrar do cadáver. A trilha sonora era de Brian Jones. Ao se estabelecer em Londres, Anita participou de grandes clássicos do cinema psicodélico. Além de aparecer em “O Muro das Maravilhas” (1968) e “Candy” (1968), viveu a Rainha Negra em “Barbarella” (1968), de Roger Vadim, seduzindo Jane Fonda, e foi muito íntima de Mick Jagger em “Performance” (1970), de Nicolas Roeg, que ficou dois anos aguardando liberação da censura britânica. As cenas de sexo, consideradas muito fortes para a época, eram resultado de muito “ensaio” – noite adentro, segundo “Life”, a autobiografia de Keith Richards. Ela ainda estrelou o filme seguinte de Schlondorff, “O Tirano da Aldeia” (1969), e “Dillinger Morreu” (1969), do italiano Marco Ferreri, no qual contracenou com Michel Piccoli. Mas os fãs de rock talvez a conheçam melhor por sua voz. É dela a principal voz do corinho de “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones. Sua presença também tem proeminência no documentário dirigido por Jean-Luc Godard em 1968, que tem o título da canção. Sua própria carreira ficou para trás quando nasceram seus filhos, a partir de 1969, que também foi o ano em que Brian Jones morreu. Por isso, há quem diga que ela foi a Yoko Ono dos Stones, afastando Jones da banda – ele nunca teria superado sua rejeição. Mas Anita contribuiu com críticas que levaram a uma remixagem extensiva do disco “Beggar’s Banquet” (1968) e com o sexo e as drogas que acompanharam as gravações de “Exile on Main Street” (1972). No meio disso tudo, ela só fez um longa-metragem nos anos 1970, ao lado da amiga roqueira Nico: “Le Berceau de Cristal” (1976), dirigido por Philippe Garrel. Em compensação, virou personagem favorita dos tabloides, por conta de seu envolvimento com drogas e pelo suicídio de um jovem em sua casa, mais especificamente na cama que ela compartilhava com Keith Richards em 1979. O relacionamento do casal não resistiu ao escândalo, mas o guitarrista não se tornou rancoroso, descrevendo-a de forma poderosa em seu livro. “Eu gosto de mulheres espirituosas. E com Anita, você sabia que estava enfrentando uma valquíria – ela é quem decide quem morre numa batalha”. Nos anos seguintes, sua memória acabou resgatada por clipes da música pop. A banda Duran Duran, batizada com o nome de um personagem de “Barbarella”, usou cenas em que ela aparecia na sci-fi de 1968 no clipe de “Wild Boys” (1985). Mas foi Madonna quem interrompeu sua aposentadoria precoce, convidando-a para participar do vídeo de “Drowned World/Substitute for Love” em 1999. Dois anos depois, Anita ressurgiu como o Diabo num episódio da série “Absolutely Fabulous”, contracenando com outra velha amiga, a cantora Marianne Faithfull, escalada no papel de Deus. A aparição fez tanto sucesso que, por um breve período, ela experimentou um renascimento de sua carreira, estrelando cinco filmes em sequência: “Mister Lonely” (2007), de Harmony Korine, “Chéri” (2009), de Stephen Frears, e três longas de Abel Ferrara – “Go Go Tales” (2007), “Napoli, Napoli, Napoli” (2009) e “4:44 – O Fim do Mundo” (2011). De forma impressionante, Anita Pallenberg só trabalhou com cineastas cultuados.

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