Alice Através do Espelho: Personagens do filme ganham pôsteres individuais
A Walt Disney Pictures divulgou os primeiros cartazes individuais de personagens de “Alice Através do Espelho”, continuação do filme “Alice no País das Maravilhas” (2010). As imagens destacam os protagonistas do primeiro filme, Mia Wasikowska (“Segredos de Sangue”) reprisando o papel de Alice Kingsleigh, Johnny Depp (“O Cavaleiro Solitário”) como o Chapeleiro Louco, Helena Bonham Carter (“Os Miseráveis”) como a Rainha Vermelha, Anne Hathaway (“Interestelar”) como a Rainha Branca, além de Sasha Baron Coen (também de “Os Miseráveis”), que debuta na franquia como o Tempo. O personagem de Coen, por sinal, não faz parte da trama do livro homônimo de Lewis Carroll, cuja preocupação com o tempo expressava-se apenas na obsessão do Coelho Branco com seu relógio. Em vez de cronômetros, a “Alice Através do Espelho” de Carroll lidava com um tabuleiro de xadrez. Não se trata, portanto, de uma adaptação e sim de uma história completamente original, escrita por Linda Wolverton (“Malévola”) para dar sequência ao primeiro filme. A direção está a cargo de James Bobin (“Os Muppets”) e a estreia acontece em 26 de maio no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Alice Através do Espelho: Veja o primeiro trailer da continuação de Alice no País das Maravilhas
A Disney divulgou o primeiro trailer de “Alice Através do Espelho”, continuação da fantasia “Alice no País das Maravilhas” (2010). A prévia mostra a atriz Mia Wasikowska (“Segredos de Sangue”) reprisando o papel de Alice Kingsleigh, em meio a muitos e coloridos efeitos visuais, para retornar à terra fantasiosa do primeiro filme e encontrar seus companheiros de aventura, em especial o Chapeleiro Louco, novamente vivido por Johnny Depp (“O Cavaleiro Solitário”), que corre algum tipo de perigo. A continuação inclui ainda os retornos de Helena Bonham Carter (“Os Miseráveis”) como a Rainha Vermelha, Anne Hathaway (“Interestelar”) como a Rainha Branca e a dublagem original de Michael Sheen (“A Rainha”) como o Coelho Branco. Mas se remete ao filme anterior, o roteiro abre mão da trama do livro homônimo de Lewis Carroll, que nunca criou um vilão chamado Tempo, apesar da obsessão do coelho com seu relógio. Em vez de cronômetros, a “Alice Através do Espelho” de Carroll lidava com um tabuleiro de xadrez. Já o personagem de Sasha Baron Coen (também de “Os Miseráveis”) apareceu num conto de L. Frank Baum, o criador do “Mágico de Oz”. Trata-se, portanto, de uma história original, escrita por Linda Wolverton (“Malévola”) e com direção de James Bobin (“Os Muppets”). A estreia acontece em 26 de maio no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
A Colina Escarlate materializa a beleza do terror
“A Colina Escarlate” oferece um sopro de beleza, de amor, de violência e de intensidade num ano escasso de obras de terror relevantes. E ainda assim tem dividido bastante as opiniões de público e crítica. Não é difícil entender porquê. Assim como seu filme anterior, “Círculo de Fogo”, homenagem aos filmes de monstros gigantes japoneses, a nova obra de Guillermo del Toro é um presente para os fãs de um subgênero muito específico: o horror gótico de Roger Corman (as adaptações de contos de Edgar Allan Poe), da produtora britânica Hammer (o sobrenome Cushing não foi escolhido à toa) e até dos pioneiros do giallo italiano. Trata-se de uma homenagem aos filmes de pavor dos anos 1960, inclusive no modo como o cineasta constrói seus personagens, que às vezes parecem um tanto exagerados em suas intenções. A direção de arte e a fotografia são impressionantemente estupendas em sua elegância, e por isso o local onde acontece a maior parte da trama é fundamental: um castelo decadente na Inglaterra. O castelo está submergindo numa espécie de lama vermelha, que é a matéria-prima da obsessão de Thomas, o personagem de Tom Hiddleston (“Thor”), que planeja, junto com sua irmã Lucille (Jessica Chastain, de “Interestelar”), conseguir dinheiro casando-se com a jovem herdeira americana Edith (Mia Wasikowska, de “Segredos de Sangue”). Na verdade, a intenção dos dois é ainda mais criminosa do que aparenta. Chama a atenção o modo como os monstros e os fantasmas são ao mesmo tempo horríveis e aterrorizantes na trama, mas não tanto quanto os vivos, esses sim capazes de causar dor e morte. Edith é assombrada pelo fantasma de sua mãe, que surge parecida com a criatura de “Mama” (2013), não por acaso uma produção de del Toro estrelada por Chastain. Entretanto, falta à “Colina Escarlate” justamente o sentimentalismo de “Mama” (dirigido pelo argentino Andrés Muschietti). A frieza marca os personagens, como costumava marcar os papeis de Vincent Price e Peter Cushing nos clássicos de referência da obra. Assim como a canastrice. Na pele de Lucille, a irmã fria e malévola, Jessica Chastain rouba todas as cenas em que aparece. Há quem considere uma composição exagerada. Mas é a melhor personagem do filme, a que mais se aproxima do mal arquétipo das bruxas de contos de fadas ou dos filmes de horror góticos. O forte do cineasta mexicano, porém, é a construção do conto macabro, pontuando a trama com violência gráfica, que mancha a tela de vermelho. O tom, aliás, já se pronuncia desde o início do filme, quando o logo da Universal Pictures desponta em escarlate, apontando para a valorização da cor pelo diretor A beleza das cenas sangrentas e violentas não encontra paralelos no horror contemporâneo, evocando os clássicos de Mario Bava e Dario Argento. Mas Del Toro não desaparece por trás das referências, manifestando sua marca autoral por meio de algumas de suas obsessões, como o pavor de insetos, insinuado desde seus primeiros filmes, “Cronos” (1993) e “Mutação” (1997), além de refazer o labirinto de “O Labirinto do Fauno” (2006) como a mansão que esconde segredos atrás de cada porta. Um terror belo não é um paradoxo. É uma obra de Guillermo del Toro.


