Philip Baker Hall (1931–2022)
O ator Philip Baker Hall, que se destacou em três filmes do diretor Paul Thomas Anderson, morreu no domingo à noite (12/6) em sua casa em Glendale, na Califórnia, aos 90 anos de idade. Com uma longa carreira cinematográfica, iniciada em 1970 como figurante em “Zabriskie Point” (o filme americano de Michelangelo Antonioni), ele também fez mais de 100 aparições em séries, além de inúmeras peças de teatro. Graças à expressão marcada por bolsas profundas sob os olhos, Hall sempre pareceu mais velho, mesmo antes de ter a idade equivalente, o que fez sua carreira ser marcada por papéis de autoridades, como juízes, padres, médicos, generais, diretores da CIA e até um presidente dos EUA. Hall interpretou Richard Nixon na aclamada peça “A Honra Secreta” e reprisou o papel do presidente desonrado no cinema em 1984, na adaptação do diretor Robert Altman. Dirigido por muitos cineastas renomados, ele teve sua parceria mais significativa com Paul Thomas Anderson, que conheceu quando este ainda era assistente de produção no canal público PBS. Os dois costumavam compartilhar cafés após o expediente e esta experiência resultou no curta “Cigarettes & Coffee” em 1993. Depois disso, Hall estrelou os três primeiros longas de Anderson: “Jogada de Risco” (1996), “Boogie Nights” (1997) e “Magnolia” (1999), todos aclamados pela crítica. O sucesso, entretanto, também serviu para interromper a parceria, pois Hall se tornou bastante requisitado em Hollywood, lotando a agenda de trabalhos. Só em 1998 foram 10 filmes, seguidos por mais 7 em 1999. Sua filmografia explodiu com blockbusters e obras premiadas como “O Show de Truman” (1998), de Peter Weir, “A Hora do Rush” (1998), de Brett Ratner, “O Informante” (1999) de Michael Mann, “O Talentoso Ripley” (1999), de Anthony Minghela, “Regras do Jogo” (2000), de William Friedkin, “A Soma de Todos os Medos” (2002), de Phil Alden Robinson, “Todo Poderoso” (2003), de Tom Shadyac, “Dogville” (2003), de Lars Von Trier, e até dois filmes sobre um dos mais famosos serial killers dos anos 1960 – “O Zodíaco” (2005) e “Zodíaco” (2007), este dirigido por David Fincher. Hall também teve presença constante na TV desde os anos 1970, participando principalmente de episódios de comédias clássicas (“Good Times”, “M*A*S*H”, “Cheers”), dramas (“The Waltons”, “Chicago Hope”, “The West Wing”) e séries policiais (“Matlock”, “Miami Vice”, “Cagney & Lacey”, “Carro Comando”, “LA Law”, “Assassinato por Escrito”). Mas nenhuma dessas aparições se comparou à repercussão de sua participação em “Seinfeld”. Hall roubou as cenas num episódio célebre de 1991, como um investigador de biblioteca chamado Joe Bookman, que persegue Jerry Seinfeld obstinadamente em busca de um livro que o comediante pegou emprestado há 20 anos. A participação chamou tanta atenção que Hall foi convidado a repeti-la no capítulo final de “Seinfeld”, exibido em 1998. Além disso, o criador da série, Larry David, o convocou a viver seu médico em dois dos episódios mais hilários de “Curb Your Enthusiam” (em 2004 e 2009). Durante sua trajetória televisiva, o ator teve poucos papéis fixos ou recorrentes. Entre os recontes estão o personagem Ed Meyers em “Falcon Crest” (entre 1989 e 1990), um juíz em “O Desafio” (em 1997), um médico em “Everwood” (entre 2003 e 2004) e um vizinho rabugento de “Modern Family” (entre 2011 e 2012). Já os fixos foram em séries que não passaram da 2ª temporada, com destaque para a comédia “The Loop” (2006–2007) e a recente drama “Messiah” (2020), da Netflix, seu último trabalho nas telas. Ele não deixou obras incompletas. Seus cinco filmes finais foram “Os Pinguins do Papai” (2011), com Jim Carrey, “50%” (2011), com Joseph Gordon-Levitt e Seth Rogen, “Argo” (2012), de Ben Affleck, “Palavrões” (2013), estreia do ator Jason Bateman na direção, e “A Última Palavra” (2017), de Mark Pellington, em que contracenou com uma das atrizes que idolatrava na juventude, Shirley MacLaine.
Messiah: Netflix cancela série sobre “segunda vinda de Cristo”
A Netflix cancelou a série “Messiah” após a 1ª temporada. Como a empresa só anuncia o que é positivo, a notícia do cancelamento foi dada pelo ator Wil Traval, que revelou o destino da série em seu Instagram na quinta-feira (26/3). “Hoje é um dia muito triste”, escreveu ele. “Acabei de receber a notícia da Netflix de que não haverá a 2ª temporada de ‘Messiah’. Gostaria de agradecer a todos os fãs por seu apoio e amor. Queria que as coisas fossem diferentes”. Segundo fontes do site Deadline, ‘Messiah’ era um tipo de produção impossível de resistir à pandemia de coronavírus. Além de um grande elenco internacional, a atração era gravada em vários países ao redor do mundo, o que já seria extremamente difícil de realizar em qualquer momento, mas impossível durante uma crise sanitária global. Além disso, a série enfrentou controvérsias. Desde seu primeiro trailer, “Messiah” provocou reações negativas em setores religiosos, inspirando uma petição por seu boicote. A Royal Film Commission da Jordânia chegou a vetar a exibição da atração, após apoiar suas gravações no país predominantemente muçulmano. Criada pelo belga Michael Petroni (roteirista de “A Menina que Roubava Livros”) e produzida pelo casal americano Mark Burnett e Roma Downey, responsável por várias produções cristãs, como a série “A Bíblia” e o remake de “Ben-Hur”, “Messiah” acompanha o surgimento de um homem milagroso que poderia representar o Segundo Advento – a segunda vinda de Cristo. Quando este homem, conhecido por alguns como Al-Masih, passa a atrair maior atenção e seguidores internacionais durante atos de perturbação pública, uma oficial da CIA embarca em uma missão global de alto risco para descobrir se ele é uma entidade divina ou um trapaceiro enganador. A série traz o belga Mehdi Dehbi (da série “Tyrant”) no papel-título e ainda destaca em seu elenco Michelle Monaghan (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”), Jane Adams (“Hung”), John Ortiz (“Bumblebee”), Melinda Page Hamilton (“Damnation”), Stefania LaVie Owen (“Chance”), Tomer Sisley (“Família do Bagulho”), Dermot Mulroney (“Álbum de Família”), Beau Bridges (“Homeland”) e o mencionado Wil Traval (“Jessica Jones”). Ver essa foto no Instagram It’s a very sad day today. I have just received news from Netflix that there will be no season 2 of #messiah I wanted to say to all the fans thank you for your support and love. I wish things were different. #noseasontwo #messiahnetflix #cancelled #devestated #tellthemno #netflix Uma publicação compartilhada por Wil Traval (@wiltraval) em 25 de Mar, 2020 às 3:08 PDT
Messiah: Netflix entra em nova polêmica religiosa internacional com série sobre “segunda vinda de Cristo”
O Especial de Natal do Porta dos Fundos não é a única produção recente a envolver a Netflix numa polêmica religiosa. Na véspera da estreia da série “Messiah”, a Royal Film Commission da Jordânia solicitou que a produção não fosse disponibilizada no país por violar “a santidade da religião” e as leis do país. O diretor da organização do governo da Jordânia, Mohannad al-Bakr, realizou uma entrevista coletiva na segunda-feira (30/12) em Amã para fazer o anúncio, que também foi publicado no site da RFC. “Ao tomar conhecimento de seu conteúdo, a RFC pediu oficialmente à direção da Netflix que se abstivesse de disponibilizar a série na Jordânia”, diz o comunicado da comissão. Um porta-voz da Netflix indicou que não recebeu uma solicitação legal formal para remover a série de seu serviço de streaming no país. “‘Messiah’ é uma obra de ficção”, disse um porta-voz da Netflix em comunicado publicado pelo site Deadline. “Não é baseado em nenhum personagem, figura ou religião. Todos os programas da Netflix apresentam classificações e informações para ajudar os membros a tomar suas próprias decisões sobre o que é certo para eles e suas famílias.” “A história é puramente fictícia e os personagens também”, concordou a comissão, antes de fazer ressalvas. “No entanto, a RFC considera que o conteúdo da série pode ser amplamente percebido ou interpretado como uma violação da santidade da religião, possivelmente violando as leis do país”. O anúncio da RFC representa uma reviravolta para a organização. “Messiah” foi parcialmente filmado na Jordânia em 2018 e teria recebido incentivos fiscais do governo jordaniano para sua produção. Criada pelo belga Michael Petroni (roteirista de “A Menina que Roubava Livros”) e produzida pelo casal americano Mark Burnett e Roma Downey, responsável por várias produções cristãs, como a série “A Bíblia” e o remake de “Ben-Hur”, “Messiah” acompanha o surgimento de um homem milagroso que poderia representar o Segundo Advento – a segunda vinda de Cristo. Quando uma oficial da CIA investiga este homem – conhecido por alguns como Al-Masih – , que atrai atenção e seguidores internacionais durante atos de perturbação pública, ela embarca em uma missão global de alto risco para descobrir se ele é uma entidade divina ou um trapaceiro enganador. A série traz o belga Mehdi Dehbi (da série “Tyrant”) no papel-título e ainda destaca em seu elenco Michelle Monaghan (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”), Jane Adams (“Hung”), John Ortiz (“Bumblebee”), Melinda Page Hamilton (“Damnation”), Stefania LaVie Owen (“Chance”), Tomer Sisley (“Família do Bagulho”), Dermot Mulroney (“Álbum de Família”), Beau Bridges (“Homeland”) e Wil Traval (“Jessica Jones”). A estreia está marcada para 1 de janeiro em streaming.
Messiah: Série sobre o Segundo Advento ganha trailer instigante da Netflix
A Netflix divulgou fotos e o primeiro trailer legendado de “Messiah”, série que tem uma premissa instigante, ao examinar o que aconteceria se alguém surgisse nos dias de hoje se dizendo a materialização do Segundo Advento – isto é, a segunda vinda de Cristo. A prévia mostra como um homem misterioso passa a ganhar cada vez mais seguidores na Síria, em Israel e nos Estados Unidos, onde é preso, investigado e começa a ter seus milagres registrados em vídeo. Criada por Michael Petroni, roteirista de “A Menina que Roubava Livros” (2013) e de “O Ritual” (2011), a série traz o belga Mehdi Dehbi (da série “Tyrant”) no papel-título e ainda destaca em seu elenco Michelle Monaghan (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”), Jane Adams (“Hung”), John Ortiz (“Bumblebee”), Melinda Page Hamilton (“Damnation”), Stefania LaVie Owen (“Chance”), Tomer Sisley (“Família do Bagulho”), Dermot Mulroney (“Álbum de Família”), Beau Bridges (“Homeland”) e Wil Traval (“Jessica Jones”). A estreia está marcada para 1 de janeiro em streaming.


