“Ainda Estou Aqui” será lançado nos cinemas da China
O longa vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional terá distribuição pela Hishow Entertainment, que também levará "Central do Brasil" ao país
“Ne Zha 2” supera “Divertida Mente 2” e se torna a maior bilheteria da animação mundial
Produção chinesa arrecadou US$ 1,69 bilhão e também virou a oitava maior bilheteria mundial de cinema em todos os tempos
“Guerra Civil”, com Wagner Moura, lidera bilheterias e quebra recordes nos EUA
Thriller distópico registra maior estreia do estúdio A24 em todos os tempos e maior bilheteria de uma produção para maiores em 2024
Bilheteria | “Godzilla e Kong” segue na liderança dos EUA
Filme dos monstros gigantes supera com folga as estreias de "A Primeira Profecia" e "Fúria Primitiva"
Bilheteria | “Godzilla e Kong” tem estreia gigante nos Estados Unidos
O filme de monstros superou expectativas com uma arrecadação de US$ 80 milhões no mercado norte-americano - a 5ª maior da Páscoa em todos os tempos
China censura final de “Minions 2: A Origem de Gru”
Os censores chineses alteraram o final do recente filme de animação “Minions 2: A Origem de Gru” para liberar seu lançamento no país no última fim de semana. Usuários das mídias sociais chinesas comentaram as mudanças, que deram um final moralista para o desenho animado americano. De acordo com postagens e capturas de tela do filme compartilhadas no Weibo, uma plataforma semelhante ao Twitter, os censores colocaram um adendo no final, que explica que Wild Knuckles foi pego pela polícia e cumpriu 20 anos de prisão, enquanto Gru, co-conspirador de Wild Knuckles, “retornou para sua família” e “sua maior realização é ser o pai de três filhas”. Mas na versão que o resto do mundo viu, o filme termina com – SPOILER! – Gru e Wild Knuckles cavalgando juntos – após Wild Knuckles forjar a própria morte para evitar a captura pelas autoridades. Vários comentaristas online zombaram do adendo, dizendo que se assemelhava a uma apresentação de slides. A China impõe uma cota para o número de filmes estrangeiros que podem ser exibidos nos cinemas nacionais, e muitos filmes de Hollywood que são exibidos no país precisam se submeter à censura. No ano passado, os espectadores chineses notaram que o final original do clássico filme de 1999 “Clube da Luta” foi alterado para exibição no site de streaming doméstico Tencent Video. Na versão chinesa, a polícia “rapidamente descobriu todo o plano e prendeu todos os criminosos, impedindo com sucesso a explosão da bomba” que explode prédios no final original.
“Animais Fantásticos 3” escondeu sexualidade de Dumbledore em estreia na China
A exibição de “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” na China cortou todas as referências à homossexualidade de Dumbledore (Jude Law), incluindo um diálogo do filme. A diferença entre as edições foi revelada por um jornal australiano. A solicitação dos cortes foi feita pelo governo chinês e acatado pela Warner. Em comunicado enviado à imprensa dos EUA, o estúdio justificou a atitude explicando que, mesmo com a edição, história e “espírito” de “Os Segredos de Dumbledore” permaneceriam os mesmos. Só que não. A relação entre Dumbledore era muito mais que amizade com o vilão Grindelwald (Mads Mikkelsen) e o conflito se dá também no coração do futuro mentor de Harry Potter. Em “Animais Fantásticos 3”, Dumbledore assume para Grindelwald que “estava apaixonado por você” e relembra o passado dos dois como “o verão no qual Gerardo e eu nos apaixonamos”, ao comentar sua relação com o vilão para Newt (Eddie Redmayne) e seus aliados. Na prática, a Warner devolveu Dumbledore para o armário, lembrando a época muito antiga em que alguns galãs de Hollywood recebiam a recomendação de esconder do público e da mídia que eram gays. “Como estúdio, estamos comprometidos em proteger a integridade de todos os filmes que lançamos, e isso se estende a circunstâncias que exigem cortes sutis para responder com sensibilidade a uma variedade de fatores do mercado. Nossa esperança é lançar nossos filmes em todo o mundo conforme idealizado por seus criadores, mas historicamente enfrentamos pequenas edições feitas em mercados locais”, explicou o comunicado da Warner. “No caso de ‘Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore’, um corte de seis segundos foi solicitado, e a Warner Bros. aceitou essas mudanças para cumprir os requisitos locais, mas o espírito do filme permanece intacto. Queremos que o público em todo o mundo veja e aproveite esse filme, e é importante para nós que o público chinês tenha a oportunidade de experimentá-lo também, mesmo com essas pequenas edições”, completa o texto. “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” estreou na China na última sexta (8/4), onde rendeu cerca de US$ 10 milhões em seu primeiro fim de semana. O valor representa um declínio notável em relação aos antecessores da franquia no país, mas reflete o fechamento de metade do parque exibidor do país devido a uma nova onda de covid-19. Em comparação, “Animais Fantásticos e Onde Habitam” de 2016 abriu com US$ 40 milhões e “Os Crimes de Grindelwald” estreou com US$ 36 milhões na China. No Brasil, o terceiro longa da franquia spin-off de Harry Potter estreia nos cinemas nesta quinta-feira (14/4).
China censura BTS, Lady Gaga e Justin Bieber no especial de “Friends”
O especial de reencontro de “Friends” foi censurado na China, resultando na eliminação dos convidados musicais da atração, Lady Gaga, Justin Bieber e BTS. Eles não são bem-vistos pelos órgãos de controle chineses por diferentes razões. Justin Bieber, por exemplo, entrou na lista negra por ter postado em seu Instagram fotos do Santuário Yasukuni, em Tóquio, no Japão, em 2014. O local presta homenagem aos mortos da 2ª Guerra Mundial, incluindo os criminosos de guerra. A China achou ofensivo. Já Lady Gaga teve um encontro com o líder espiritual Dalai Lama, em 2016. Por sua campanha pela libertação do Tibet, o monge vive sob ataques do regime chinês. Esse encontro, inclusive, fez Gaga ser cortada da transmissão chinesa da cerimônia do Oscar 2019, em que cantou “Shallow” (do filme “Nasce Uma Estrela”), música que inclusive venceu o prêmio de Melhor Canção. cortada Por fim, o governo chinês detesta o BTS por dois motivos. Um deles é político. Os cantores se negaram a exaltar o sacrifício das tropas chinesas ao relembrar a Guerra da Coréia, em que os chineses ajudaram os norte-coreanos a lutar contra as forças democráticas. O outro motivo é considerar o uso ostensivo de maquiagem pelos garotos um mau exemplo para os jovens do país. Só que a censura teve um efeito colateral inesperado. Grande parte do público local preferiu prestigiar versões piratas de “Friends: The Reunion”, com a íntegra do programa. Versões sem cortes foram disponibilizadas na plataforma Bilibili, espécie de YouTube chinês, fazendo com que as empresas com direito à versão oficial – iQiyi, Tencent e Youku – protestassem nas redes sociais. Ao reclamarem que a pirataria “prejudicava os interesses dos criadores e dos detentores dos direitos”, as empresas tiveram que ouvir vários usuários questionarem se a censura também não era desrespeitosa com o trabalho dos criadores. Embora a pirataria já tenha sido mais disseminada na China, sua defesa como forma de rebelião contra a censura é novidade entre o público chinês, doutrinado a reagir de forma favorável às desculpas nacionalistas e patrióticas – como as listadas no começo do texto – que justificam uma guerra cultural pelos motivos mais obscuros.
John Cena pede desculpas à China por chamar Taiwan de país
O ator John Cena se submeteu nesta terça (25/5) à censura voluntária de Hollywood para agradar ao Partido Comunista Chinês, após cometer o “erro” de chamar Taiwan de país. As redes sociais chinesas descobriram uma entrevista em que Cena chamou Taiwan de país e começaram a planejar um boicote ao novo filme do ator, “Velozes e Furiosos 9”, que estourou nas bilheterias chinesas em seu lançamento no fim de semana. Por menos, o próprio governo de Pequim tirou filmes de cartaz. Os nacionalistas chineses consideram Taiwan, que tem governo próprio democrático, como uma província rebelde, que deve retornar ao controle do Partido Comunista – à força, se necessário. Qualquer tentativa diplomática de reconhecê-la como nação irrita o governo e também o público chinês, que costuma seguir cegamente a política estatal – na verdade, não há alternativa. Para evitar prejuízo e outras complicações ao estúdio Universal, Cena se desculpou no Weibo, o Twitter da China. E em mandarim! “Dei muitas entrevistas para ‘Velozes e Furiosos 9’ e cometi um erro durante uma delas”, reconheceu em vídeo. O chamado “erro” aconteceu quando deu uma entrevista à emissora taiwanesa TVBS e disse “Taiwan é o primeiro país que pode assistir [ao filme].” “Agora eu tenho que dizer uma coisa que é muito, muito, muito importante: eu amo e respeito a China e o povo chinês”, ele disse no novo vídeo. “Estou muito arrependido pelo meu erro. Sinto muito”, acrescentou o ator, sem repetir o polêmico termo. O vídeo com as desculpas já teve mais de 2,5 milhões de visualizações na rede social, que é estritamente controlada pelo governo. Muitos usuários consideram que a desculpa não foi sentida e permanece incompleta. “Por favor, diga ‘Taiwan faz parte da China’ em chinês. Caso contrário, não aceitaremos suas desculpas”, disse um internauta no Weibo. Cena tem a seu favor o fato de ter estudado mandarim por anos e costumar postar regularmente no Weibo. A interação atual não foi pontual, mas parte de uma campanha do ator e ex-campeão de luta livre para se tornar mais conhecido no país. “Velozes e Furiosos 9” estreou em 21 de maio na China, arrecadando US$ 148 milhões em seu primeiro fim de semana. Foi a segunda maior bilheteria de estreia da Universal no país, atrás apenas de “Velozes e Furiosos 8”. No filme, Cena interpreta o novo vilão, que também é o irmão (que nunca tinha sido citado) do protagonista Dominic Toretto, vivido por Vin Diesel. O lançamento de “Velozes e Furiosos 9” só vai acontecer no Brasil em 22 de julho.
Vitória de Chloé Zhao no Oscar 2021 é censurada na China
A vitória da cineasta chinesa Chloé Zhao no Oscar 2021 está sendo ignorada na China. Nascida em Pequim, ela venceu o Oscar de Melhor Direção e também o de Melhor Filme por “Nomadland”, mas nenhuma repercussão ao seu triunfo pode ser encontrada nesta segunda-feira (26/4) nas redes sociais chinesas. Zhao se tornou a primeira asiática e segunda mulher a vencer o Oscar na categoria de melhor direção, além da primeira cidadã chinesa premiada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. A ausência de comemorações é deliberada. O Oscar deste ano não foi transmitido em nenhum lugar da China – inclusive em duas grandes plataformas de streaming, onde a cerimônia havia sido exibida ao vivo em anos anteriores. Até em Hong Kong, onde supostamente há mais liberdade, uma emissora importante optou por não exibir o Oscar pela primeira vez em mais de meio século. O motivo não foi apenas a previsão de consagração de Zhao. O Oscar também irritou chineses nacionalistas por conta da indicação a “Do Not Split”, um filme de 35 minutos que narra os protestos pró-democracia de Hong Kong em 2019, que concorria ao prêmio de Melhor Documentário em Curta-metragem (acabou não ganhando). Mas existe sim uma reação contrária à cineasta, iniciada logo após sua vitória no Globo de Ouro, no começo de março. Na ocasião, ela chegou a ser comemorada nas redes sociais chinesas e até recebeu homenagem da mídia estatal oficial como um “motivo de orgulho para a China”. Além disso, o lançamento de seu filme, “Nomadland”, foi aprovado para exibição nos cinemas locais em 23 de abril, véspera do Oscar, quando deveria ser recebido com grande fanfarra. Entretanto, a consagração levou muitos a questionarem se ela era realmente chinesa e por qual motivo ela morava nos EUA. Blogueiros logo encontraram uma entrevista da cineasta à Filmmaker Magazine em 2013, onde ela descreveu sua criação na China como “um lugar onde há mentiras por toda parte”. A revista já tinha deletado essa entrevista de seu site em meados de fevereiro, dias antes do anúncio da data de lançamento de “Nomadland” na China, sem maiores explicações. Mas os equivalentes a bolsominions chineses encontraram os rastros da declaração e não perdoaram a diretora, protestando em massa contra ela. Quatro dias após Chloé Zhao vencer o Globo de Ouro já não era mais possível encontrar menções a seu nome e à “Nomadland” na internet chinesa. A reação nacionalista levou a um apagamento da diretora e de seu filme nas redes sociais e uma completa censura à suas conquistas posteriores, com os pôsteres promocionais de seu filme retirados do Douban (um Facebook cultural). Tudo indica que “Nomadland” não vai mais ser exibido no país. A rápida rejeição de Zhao demonstra como o sentimento nacionalista encontra-se difundido na China, um país em que as pessoas acreditam em tudo o que diz seu presidente, Xi Jinping, porque o contraditório é proibido. Zhao não fala criticamente da China desde que alcançou a fama, mas um único comentário feito há oito anos foi suficiente para destruir sua imagem e interromper o lançamento de seu filme em sua terra natal. O Partido Comunista da China também viu problemas na comemoração de Zhao por conta de sua educação ocidental e privilegiada. A cineasta frequentou escolas na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, antes de finalmente se matricular na escola de cinema da Universidade de Nova York, experiência fora do alcance da maioria dos chineses, que a descredenciaria, no manual populista, a ser apresentada como uma história de sucesso chinesa. Em toda a imprensa chinesa, apenas o Global Times, jornal nacionalista que expressa a opinião do Partido Comunista, manifestou-se em tom ameaçador sobre a conquista da diretora – em poucas linhas e sem destaque. Num artigo intitulado “’Nomadland’ lembra àqueles que foram pegos entre a rivalidade EUA-China para manter a fé”, o jornal descreve as vitórias de Zhao como “boas”, mas acrescenta: “Esperamos que ela [Zhao] possa se tornar mais e mais madura”. O texto também observa: “O agravamento dos laços bilaterais está diminuindo o espaço para intercâmbios culturais entre os povos dos dois países. As pessoas que estão tentando explorar oportunidades neste campo encontrarão problemas e protestos nunca vistos no passado. Eles descobrirão que é difícil agradar aos dois lados.” Para quem não entendeu a mensagem cifrada, ela foi direcionada à Disney, que neste ano pretende lançar na China sua próxima superprodução da Marvel, “Eternos”, dirigida justamente por Chloé Zhao. O PCC quer que a diretora “amadureça” (fale bem do governo chinês) para “agradar aos dois lados” (conseguir liberar o lançamento do filme no país).
Avatar lidera bilheterias chinesas pela segunda semana
Após recuperar o recorde de maior bilheteria mundial de todos os tempos, “Avatar” ampliou ainda mais sua liderança sobre “Vingadores: Ultimato” com o sucesso sem precedentes de seu relançamento na China. O filme de 2009 faturou mais US$ 14 milhões entre sexta e este domingo (121/3) no mercado chinês. Com isso, já são US$ 41,1 milhões em dez dias de relançamento na China. A bilheteria da sci-fi de James Cameron representa o maior faturamento de um relançamento desde que os cinemas voltaram a abrir na China, em julho passado, e a projeção para os próximos dias é que seu desempenho não diminua, devendo render até US$ 60 milhões a mais para os cofres da Disney, quase 12 anos após seu lançamento original. O sucesso é ótimo para a franquia, que volta a ser lembrada e celebrada enquanto James Cameron prepara sua volta aos cinemas, desta vez com lançamentos inéditos. Já filmada, a continuação “Avatar 2” tem estreia marcada para dezembro de 2022, com novos filmes planejados para os anos seguintes.
Avatar lidera bilheterias mundiais com mais US$ 21 milhões da China
Após recuperar o recorde de maior bilheteria mundial de todos os tempos no sábado (13/3), “Avatar” ampliou ainda mais sua liderança sobre “Vingadores: Ultimato” com o sucesso sem precedentes de seu relançamento na China. O filme de 2009 faturou cerca de US$ 21 milhões entre sexta e este domingo (14/3) no mercado chinês, atingindo um total mundial de US$ 2,81 bilhões. “Vingadores: Ultimato”, que tinha ultrapassado “Avatar” em julho de 2019, tem ao todo US$ 2,79 bilhões. A bilheteria da sci-fi de James Cameron representa o maior faturamento de um relançamento desde que os cinemas voltaram a abrir na China, em julho passado. O mais impressionante é que “Avatar” também se tornou o líder das bilheterias chinesas neste fim de semana, e a projeção para os próximos dias é que seu desempenho não diminua, devendo render até US$ 60 milhões a mais para os cofres da Disney. “Avatar” também foi o filme que mais vendeu ingressos no mundo nos últimos três dias, quase 12 anos após seu lançamento original. Detalhe: o relançamento visou majoritariamente salas Imax. O CEO da IMAX, Rich Gelfond, emitiu um comunicado comemorando o feito: “’Avatar’ mudou tudo para o Imax – catapultando nossa marca para a estratosfera e nos colocando no mapa da China – e somos gratos por ajudar James, Jon (Landau) e este filme decisivo a consolidar ainda mais seu lugar na história do cinema. Mais uma vez, os cinéfilos chineses estão demonstrando uma demanda reprimida por sucessos de bilheteria, algo que aguardam os cinemas em todo o mundo, à medida que começam a reabrir, e o Imax continua ajudando a liderar a recuperação do setor cinematográfico global.” O sucesso é ótimo para a franquia, que volta a ser lembrada e celebrada enquanto James Cameron prepara sua volta aos cinemas, desta vez com lançamentos inéditos. Já filmada, a continuação “Avatar 2” tem estreia marcada para dezembro de 2022, com novos filmes planejados para os anos seguintes.









