Pressionada, Disney volta atrás e libera jornalistas do LA Times em seus filmes
A Disney sentiu o peso e a força da imprensa norte-americana. Após entidades de críticos de cinema e os principais jornais dos Estados Unidos anunciarem boicote contra seus filmes, o estúdio voltou atrás em sua decisão de impedir que jornalistas do Los Angeles Times participassem das sessões de imprensa de seus lançamentos. Sem mencionar a repercussão da união de jornalistas do país contra o estúdio, um porta-voz da Disney divulgou uma nota, em que menciona “discussões produtivas” com o Los Angeles Times para permitir que os críticos do jornal voltem a ter acesso a seus filmes. “Tivemos discussões produtivas com a nova liderança recém-instalada no Los Angeles Times sobre nossas preocupações específicas”, diz o comunicado. “E, como resultado, concordamos em restaurar o acesso às sessões de imprensa para seus críticos de cinema”. O estúdio quis boicotar o jornal por não ter gostado de uma reportagem feita sobre o parque da Disneylândia na Califórnia. O jornal entrevistou uma série de autoridades do governo municipal e cidadãos da cidade de Anaheim, onde fica o parque, que se mostraram indignados com a forma como a Disney vem “sugando” incentivos e subsídios oferecidos pela cidade, a ponto de drenar a economia local muito mais do que a incentiva. Furiosa com a reportagem, a Disney vetou jornalistas do Times em qualquer atividade, ao afirmar, em nota, que a reportagem “mostrou um desprezo total por padrões jornalísticos básicos”. “Apesar de compartilhar inúmeros fatos indiscutíveis com o repórter, vários editores e a editoria ao longo de vários meses, o Times avançou com uma reportagem tendenciosa e imprecisa, inteiramente motivada por uma agenda política”, disse a empresa em comunicado, para justificar seu boicote. Entretanto, o estúdio não gostou de provar seu próprio remédio. A decisão de boicotar o Times levou quatro associações de críticos dos Estados Unidos e jornais como o New York Times e Washington Post a fazerem seu próprio boicote contra a Disney, ameaçando deixar de escrever críticas de seus filmes e produtos até o acesso dos jornalistas do LA Times ser restabelecido. A queda de braços não durou 24 horas, até o estúdio perceber a dimensão que tinha tomado sua decisão punitiva. O New York Times deu o tom ao divulgar sua decisão de forma editoral. “Uma empresa poderosa punir uma empresa de notícias por causa de uma reportagem que eles não gostaram gera um efeito arrepiante”, diz o texto. “Este é um precedente perigoso, que não é de interesse público”. Além dos jornais, o conselho executivo da Associação de Críticos de Televisão emitiu um comunicado em que critica a “ação punitiva” da Disney contra os jornalistas do Times. “Condenamos qualquer circunstância em que uma empresa tome medidas punitivas contra os jornalistas por fazer seu trabalho”, afirma a nota. As associações de críticos de Los Angeles, Nova York e Boston, além de uma entidade nacional (National Society of Film Critics), também emitiram um comunicado conjunto, em que taxaram a iniciativa da Disney de “antitética, diante dos princípios de uma imprensa livre”, além de estabelecer “um precedente perigoso em um momento de hostilidade já exacerbada em relação aos jornalistas”. Para os jornalistas americanos, a discussão deveria ter sido tratada publicamente e não com retaliações contra o trabalho da imprensa. “A resposta da Disney deve preocupar gravemente todos os que acreditam na importância de uma imprensa livre, artistas incluídos”, conclui o texto das associações.
Associações de críticos dos EUA decidem boicotar a Disney após estúdio impedir jornalistas de verem seus filmes
Quatro importantes associações de críticos americanos anunciaram nesta terça (7/11), que os filmes da Disney estão barrados de suas premiações de 2018, consideradas importantes termômetros para o Oscar. As associações de críticos de Los Angeles, Nova York e Boston, além de uma entidade nacional (National Society of Film Critics), resolveram barrar a Disney em resposta à decisão do estúdio de impedir que jornalistas do Los Angeles Times vejam seus filmes. O boicote contra o jornal aconteceu após o Times publicar denúncias contra o parque da Disneylândia na Califórnia. O Los Angeles Times entrevistou uma série de autoridades do governo municipal e cidadãos da cidade de Anaheim, onde fica o parque, que se mostraram indignados com a forma como a Disney vem “sugando” incentivos e subsídios oferecidos pela cidade, a ponto de drenar a economia local muito mais do que a incentiva. Por sua vez, a Disney afirma que a reportagem “mostrou um desprezo total por padrões jornalísticos básicos”. “Apesar de compartilhar inúmeros fatos indiscutíveis com o repórter, vários editores e a editoria ao longo de vários meses, o Times avançou com uma reportagem tendenciosa e imprecisa, inteiramente motivada por uma agenda política”, disse a Disney em comunicado. Mas a decisão de impedir que críticos do jornal vejam seus filmes foi considerada uma afronta pelas associações da categoria, que, em seu comunicado conjunto, taxaram a iniciativa de “antitética, diante dos princípios de uma imprensa livre”, além de estabelecer “um precedente perigoso em um momento de hostilidade já exacerbada em relação aos jornalistas”. “É reconhecidamente extraordinário que um grupo de críticos, ainda mais quatro grupos de críticos, tomem uma decisão que possa penalizar artistas de cinema por decisões além de seu controle. Mas a Disney precipitou essa ação quando escolheu punir os jornalistas do Times, em vez de expressar seu desacordo com uma história sobre negócios através de uma discussão pública. A resposta da Disney deve preocupar gravemente todos os que acreditam na importância de uma imprensa livre, artistas incluídos”, conclui o texto das associações.
Corra! lidera indicações ao Gotham Awards, que abre temporada de premiações do cinema americano
A organização do Gotham Awards, que premia os melhores filmes e talentos do cinema independente dos Estados Unidos, anunciou os indicados a sua edição de 2017. O troféu tradicionalmente abre a temporada de premiações da indústria cinematográfica americana e serve para apontar os primeiros favoritos aos prêmios mais cobiçados, entre eles o Oscar. Nos três últimos anos, os vencedores do Gotham foram “Birdman” (2014), “Spotlight” (2015) e “Moonlight” (2016), que também venceram o Oscar de Melhor Filme. A lista de indicados divulgada nesta quinta-feira (19/10) destaca o terror “Corra!”, que foi lembrado em quatro categorias: Melhor Filme, Diretor Revelação (Jordan Peele), Roteiro (também de Peele) e Ator (Daniel Kaluuya). Além disso, também disputa o Prêmio do Público. Três filmes aparecem em 2º lugar: “Me Chame pelo Seu Nome”, “Lady Bird” e “Projeto Florida”, com três indicações cada. Destes, apenas “Lady Bird” não disputa como Melhor Filme. Mas a atriz Greta Gerwing, responsável por “Lady Bird”, consagrou-se ao lado de Jordan Peele como quem mais recebeu indicações individuais. Empatados com duas indicações, os dois vão disputar as mesmas categorias: Diretor Revelação e Roteiro. Para completar, a disputa de Melhor Filme inclui ainda “Bom Comportamento” e “I, Tonya”, que também foram nomeados, respectivamente, nas categorias de Ator e Atriz pelo desempenho de seus protagonistas. A competição mais acirrada promete ser a categoria de Melhor Ator, em que até o falecido Harry Dean Staton foi lembrado. Ele aparece no páreo por seu último papel, no filme “Lucky”, e enfrentará Willem Dafoe (por “Projeto Florida”), James Franco (“Artista do Desastre”), Robert Pattinson (“Bom Comportamento”), Adam Sandler (“Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”) e Daniel Kaluuya (“Corra!”). Entre as Atrizes, a disputa envolve Margot Robbie (“I, Tonya”), Saoirse Ronan (“Lady Bird”), Melanie Lynskey (“Já Não Me Sinto Em Casa Nesse Mundo”), Haley Lu Richardson (“Columbus”) e Lois Smith (“Marjorie Prime”). O evento também entregará um troféu especial para “Mudbound”, de Dee Rees, dedicado à performance coletiva de seu elenco – composto por Carey Mulligan, Garrett Hedlund, Jason Clarke, Jason Mitchell, Rob Morgan e Jonathan Banks. A cerimônia do Gotham Awards 2017 será realizada no dia 27 de novembro em Los Angeles. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao Gotham Awards 2017 Melhor Filme “Me Chame pelo Seu Nome” “Projeto Florida” “Corra!” “Bom Comportamento” “I, Tonya” Diretor Revelação Maggie Betts, por “Novitiate” Greta Gerwig, por “Lady Bird” Kogonada, por “Columbus” Jordan Peele, por “Corra!” Joshua Z Weinstein, por “Menashe” Melhor Roteiro “Doentes de Amor” “O Estado das Coisas” “Me Chame pelo Seu Nome” “Columbus” “Corra!” “Lady Bird” Melhor Ator Willem Dafoe, por “Projeto Florida” James Franco, por “Artista do Desastre” Daniel Kaluuya, por “Corra!” Robert Pattinson, por “Bom Comportamento” Adam Sandler, por “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe” Harry Dean Stanton, por “Lucky” Melhor Atriz Melanie Lynskey, por “Já Não Me Sinto Em Casa Nesse Mundo” Haley Lu Richardson, por “Columbus” Margot Robbie, por “I, Tonya” Saoirse Ronan, por “Lady Bird” Lois Smith, por “Marjorie Prime” Ator Revelação Mary J. Blige, por “Mudbound” Timothée Chalamet, por “Me Chame pelo Seu Nome” Harris Dickinson, por “Beach Rats” Kelvin Harrison, Jr., por “Ao Cair da Noite” Brooklynn Prince, por “Projeto Florida” Melhor Documentário “Ex Libris – The New York Public Library” “Rat Film” “Strong Island” “Whose Streets?” “The Work” Série Revelação “Atlanta” “Dear White People” “Fleabag”
Rodrigo Santoro e Kleber Mendonça Filho estão entre os brasileiros que vão votar no Oscar 2018
O ator Rodrigo Santoro (“Ben-Hur”) e os diretores Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”), Cacá Diegues (“O Maior Amor do Mundo”), Nelson Pereira dos Santos (“A Música Segundo Tom Jobim”) e Walter Carvalho (“Brincante”) tornaram-se membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Os brasileiros integraram uma lista de 744 profissionais de cinema convidados a integrar o seleto clube dos eleitores do Oscar nesta semana. O número de convidados é recorde. Representa quase 100 pessoas a mais que no último ano, mostrando que a Academia continua sua política de renovação de quadros em busca de maior diversidade em sua premiação. Do total de novos integrantes, 39% são mulheres (aumento de 11% em relação a 2016) e 30% negros. Segundo dados da própria Academia, o número de negros convidados a votar no Oscar subiu 331% de 2015 a 2017. No mesmo período, a quantidade de mulheres aumentou 369%. A busca por maior diversidade entre os eleitores do Oscar foi consequência de protestos contundentes, após dois anos consecutivos da premiação ignorarem artistas negros, que nem sequer foram indicados em categorias de atuação em 2015 e 2016. A situação mudou radicalmente após estes protestos, resultando neste ano num Oscar de Melhor Filme para “Moonlight”, drama escrito, dirigido e estrelado por negros. A lista de convidados inclui profissionais de 57 países, mas boa parte já trabalha em Hollywood, como o próprio Santoro, a israelense Gal Gadot (“Mulher Maravilha”), o australiano Chris Hemsworth (“Thor”), o irlandês Domhnall Gleeson (“O Regresso”), a sueca Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Nação Secreta”), a italiana Monica Bellucci (“007 Contra Spectre”), a indiana Priyanka Chopra (“Baywatch”), o indiano Irrfan Khan (“O Espetacular Homem-Aranha”), o venezuelano Édgar Ramírez (“A Garota no Trem”), a francesa Charlotte Gainsbourg (“Independence Day: O Ressurgimento”), a japonesa Rinko Kikuchi (“Círculo de Fogo”), o croata Rade Šerbedžija (“Busca Implacável 2”), a espanhola Paz Vega (“O Mensageiro”), o chinês Donnie Yen (“Rogue One: Uma História Star Wars”) e o inglês Riz Ahmed (“O Abutre”). Além deles, também foram convocados a integrar a Academia os atores Dwayne Johnson (“Velozes e Furiosos 8”), Chris Pratt (“Guardiões da Galáxia”), Elizabeth Olsen (“Capitão América: Guerra Civil”), Kristen Stewart (“Personal Shopper”), Aaron Taylor-Johnson (“Vingadores: Era de Ultron”), Margot Robbie (“Esquadrão Suicida”), Channing Tatum (“Magic Mike”), Zachary Quinto (“Star Trek”), Leslie Jones (“Caça-Fantasmas”), Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”), Naomie Harris (“Moonlight”), Mary Elizabeth Winstead (“Rua Cloverfield 10”), Ruth Negga (“Warcraft”), Justin Timberlake (“Trolls”), Zoë Kravitz (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Amanda Seyfried (“Os Miseráveis”), Hailee Steinfeld (“A Escolha Perfeita 2”), B.D. Wong (“Jurassic World”), Shailene Woodley (“A Culpa É das Estrelas”), Elle Fanning (“Demônio de Neon”) e até a veterana Betty White (“Você de Novo”), de 94 anos de idade, entre outros. A lista dos diretores é que guarda as maiores surpresas, incluindo o campeão das longa-metragens, o filipino Lav Diaz, responsável por alguns dos filmes mais longos de todos os tempos. Outros convidados incluem o argentino Pablo Trapero (“O Clã”), o australiano Garth Davis (“Lion”), o chinês Johnnie To (“Eleição”), a chinesa Ann Hui (“Neve de Verão”), a francesa Emmanuelle Bercot (“De Cabeça Erguida”), o alemão Fatih Akin (“Soul Kitchen”), o português Pedro Costa (“Cavalo Dinheiro”), a grega Athina Rachel Tsangari (“Attenberg”), o iraniano Mohammad Rasoulof (“Manuscritos Não Queimam”), o mexicano Amat Escalante (“Heli”), o japonês Takashi Miike (“13 Assassinos”), o filipino Brillante Mendoza (“Lola”), o sul-coreano Kim Ki-duk (“Pietá”), o chileno psicodélico Alejandro Jodorowsky (“A Dança da Realidade”), o inglês Guy Ritchie (“Rei Arthur: A Lenda da Espada”) e os americanos Jordan Peele (“Corra!”), Derek Ciafrance (“A Luz Entre Oceanos”), David Ayer (“Esquadrão Suicida”) e os irmãos Russo (“Capitão América: Guerra Civil”) A premiação do Oscar 2018 será entregue no dia 4 de março, em Los Angeles.
Millie Bobby Brown se divertiu tietando Emma Watson e Zac Efron no MTV Movie & TV Awards
A atriz Millie Bobby Brown, a Eleven de “Stranger Things”, de apenas 13 anos de idade, não saiu apenas com o troféu de Melhor Intérprete de Séries no MTV Movie & TV Awards, que aconteceu na noite de domingo (7/5) em Los Angeles. Ela também pôde realizar o desejo de conhecer de perto seus ídolos. Além de pedir uma foto e abraçar de olhinhos fechados Zac Efron (“Vizinhos”), ela foi flagrada tietando Emma Watson, vencedora do troféu de Melhor Intérprete de Cinema por “A Bela e a Fera”. Dá pra ver pelas fotos que ela deu uma surtadinha, observada pelo ator Hugh Jackman, que também saiu do evento com um troféu por “Logan”. Por sinal, Efron retribuiu o carinho publicando uma foto do abraço em seu Instagram, dizendo que ele é que é fã da Eleven de “Stranger Things”! Veja abaixo. Ah, sim, “Stranger Things” venceu como Melhor Série do Ano. Veja a lista completa dos premiados e um resumo de tudo o que aconteceu na premiação neste link. Always fan boy out too much when 0️⃣1️⃣1️⃣'s around. Great to run into the #StrangerThings crew- even BETTER- handing @milliebobbybrown her ?. #mtvawards Uma publicação compartilhada por Zac Efron (@zacefron) em Mai 7, 2017 às 6:48 PDT
Premiação de cinema e séries da MTV destaca A Bela e a Fera e Stranger Things
O primeiro MTV Movie e TV Awards 2017, nova versão da premiação que até o ano passado contemplava apenas as produções cinematográficas, consagrou “A Bela e a Fera” e “Strangers Things” como seus principais vencedores. Além de Melhor Filme e Melhor Série, as produções ainda destacaram suas protagonistas, Emma Watson e Millie Bobby Brown, como Melhores Atrizes. Uma vitória de targeting, acima de tudo. Mas o que chamou atenção foi o voto anti-racista que dominou as demais categorias, com a eleição da série “black-ish’ como Melhor História Americana e da personagem de Taraji P. Henson em “Estrelas Além do Tempo” como Melhor Heroína do Ano. Figura da vida real, a matemática Katherine Johnson venceu simplesmente os super-heróis Flash, Luke Cage, Arqueiro Verde, a superpoderosa Eleven de “Stranger Things” e a mártir espacial Jyn Erso de “Rogue One”. “Estrelas Além do Tempo” também venceu o novo prêmio Melhor Luta Contra o Sistema, inventado neste ano. Detalhe: entre os indicados, apenas a série “Mr. Robot” não tinha conteúdo anti-racista. Apenas uma produção de super-herói acabou premiada: “Logan”, que rendeu o troféu de Melhor Dupla para Hugh Jackman e Dafne Keen. Curiosamente, o filme foi proibido para menores nos EUA e visto por um público, digamos, diferente dos eleitores de “A Bela e a Fera” e “Strangers Things”. Houve ainda outro contraste curioso na categoria de interpretação cômica, que premiou o ator Lil Rel Howery por um filme de terror, “Corra!”. Para completar, a Pipoca de Melhor Beijo ficou para os jovens de “Moonlight”, filme vencedor do Oscar 2017, que era o único beijo entre atores negros e principalmente o único carinho homossexual entre os indicados. Pra dar um ar engraçadinho ao evento, a apresentação coube ao ator Adam Devine, que já entrou em cena disfarçado de Fera, contracenando com a Bela Hailee Steinfield – praticamente um ensaio para “A Escolha Perfeita 3”, que volta a reunir a dupla. Emma Watson, que estava na plateia parece ter aprovado. Emma aprovou ainda mais a decisão da MTV de juntar atores e atrizes num único troféu, derrubando a barreira de gêneros – ainda que isso represente menos gente premiada. Em seu discurso de agradecimento como vencedora do troféu unissex de Melhor Intérprete, ela destacou: “O movimento da MTV de criar um prêmio sem distinção de gênero significará algo diferente para todos. Mas, para mim, isso indica que atuar diz respeito à capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e isso não precisa ser separado em duas categorias diferentes”. Taraji P. Henson pegou a deixa e emendou, em sua vez de agradecer: “Eu odeio o separatismo. Odeio que seja homem contra mulher, brancos contra negros, gays contra héteros, seja o que for. Nós somos todos humanos, certo? Deus é muito sábio. Ele nos fez diferentes por uma razão, então a gente tem que entender isso”. Além dos discursos e troféus pipoqueiros, o evento saiu da pauta para empurrar uma apresentação de Noah Cyrus, a irmã de Miley, que está lançando a carreira musical. Mas voltou na apresentação de Camila Cabello, Pitbull e J Balvin, que cantaram “Hey Ma”, da trilha do oitavo longa da franquia “Velozes e Furiosos”, homenageada na cerimônia com o troféu Geração. Confira, sob as fotos dos destaques da premiação, a lista completa dos vencedores. E clique nas imagens abaixo para ampliá-las em tela inteira. Vencedores do MTV Movie e TV Awards 2017 Melhor Filme do Ano “A Bela e a Fera” Melhor Ator ou Atriz em Série Emma Watson, “A Bela e a Fera” Melhor Série do Ano “Stranger Things” Melhor Ator ou Atriz em Série Millie Bobby Brown, “Stranger Things” Melhor Beijo Ashton Sanders e Jharrel Jerome, “Moonlight” Melhor Vilão ou Vilã Jeffrey Dean Morgan, “The Walking Dead” Melhor Heroi ou Heroína Taraji P. Henson, “Estrelas Além do Tempo” Melhor Dupla Hugh Jackman e Dafne Keen, “Logan” Melhor Atuação Cômica Lil Rel Howery, “Corra!” Melhor Cena pra Chorar “This Is Us” – Jack e Randall no caratê Melhor História Americano “black-ish” Melhor Representação de Luta contra o Sistema “Estrelas Além do Tempo” Melhor Documentário “A 13ª Emenda” Melhor Reality Show de Competição “RuPaul’s Drag Race” Melhor Apresentador de TV Trevor Noah, “The Daily Show With Trevor Noah” Troféu Próxima Geração Daniel Kaluuya Troféu Geração Velozes e Furiosos
MTV vai premiar séries e divulga a lista dos indicados ao primeiro MTV Movie & TV Awards
A MTV divulgou a lista de indicados de sua premiação anual de cinema, que neste ano deixa de ser conhecida como MTV Movie Awards. A premiação alterou seu nome e abrangência para MTV Movie & TV Awards. Ou seja, o canal vai passar a premiar os melhores do cinema e da televisão. Como o público que vota no troféu das pipocas douradas é adolescente, a alteração deixou o prêmio parecidíssimo com o Teen Choice. Sem poder evitar esta comparação, a saída foi buscar outras mudanças, para diferenciar a entrega de pipocas da entrega de pranchas de surfe. A principal foi o fim da divisão de melhor interpretação por gêneros. Nesses dias de personagem sem gênero sexual definido, como mostra a série “Billions”, atores e atrizes vão competir na mesma categoria. Além disso, haverá prêmio para melhor representação de “luta contra o sistema”. A MTV é socialista? Tanto quando a Pepsi-Cola, cuja campanha atual junta protestos, polícia e celebridade de reality show. Na primeira premiação de séries do canal que já foi musical, “Stranger Things” lidera as indicações televisivas, concorrendo a quatro troféus, um a mais que “Atlanta”, “Game of Thrones” e “This Is Us”. Entre as produções de cinema, “Corra!” aparece em seis categorias, seguido por “A Bela e a Fera”, com quatro. Os vencedores serão revelados em cerimônia marcada para 7 de maio, em Los Angeles, com apresentação do ator Adam Devine (“A Escolha Perfeita”). Confira abaixo a lista completa dos indicados. Série do Ano “Atlanta” “Game of Thrones” “Insecure” “Pretty Little Liars” “Stranger Things” “This Is Us” Melhor Ator ou Atriz em Série Donald Glover, “Atlanta” Emilia Clarke, “Game of Thrones” Gina Rodriguez, “Jane the Virgin” Jeffrey Dean Morgan, “The Walking Dead” Mandy Moore, “This Is Us” Millie Bobby Brown, “Stranger Things” Melhor Reality Show de Competição “America’s Got Talent” “MasterChef Junior” “RuPaul’s Drag Race” “The Bachelor” “The Voice” Melhor Performance em Comédia Adam Devine, “Workaholics” Ilana Glazer e Abbi Jacobson, “Broad City” Lil Rel Howery, “Corra!” Seth MacFarlane, “Family Guy” Seth Rogen, “Festa da Salsicha” Will Arnett, “LEGO Batman – O Filme” Melhor Heroí ou Heroína Felicity Jones, “Rogue One: A Star Wars Story” Grant Gustin, “The Flash” Mike Colter, “Marvel’s Luke Cage” Millie Bobby Brown, “Stranger Things” Stephen Amell, “Arrow” Taraji P. Henson, “Estrelas Além do Tempo” Melhor Vilão ou Vilã Allison Williams, “Corra!” Demogorgon, “Stranger Things” Jared Leto, “Esquadrão Suicida” Jeffrey Dean Morgan, “The Walking Dead” Wes Bentley, “American Horror Story” Melhor Apresentador Ellen DeGeneres, “The Ellen DeGeneres Show” John Oliver, “Last Week Tonight With John Oliver” RuPaul, “RuPaul’s Drag Race” Samantha Bee, “Full Frontal With Samantha Bee” Trevor Noah, “The Daily Show With Trevor Noah” Melhor Dupla Adam Levine e Blake Shelton, “The Voice” Daniel Kaluuya e Lil Rel Howery, “Corra!” Brian Tyree Henry e Lakeith Stanfield, “Atlanta” Hugh Jackman e Dafne Keen, “Logan” Josh Gad e Luke Evans, “A Bela e a Fera” Martha Stewart e Snoop Dogg – “Martha & Snoop’s Potluck Dinner Party” Melhor Beijo Ashton Sanders e Jharrel Jerome, “Moonlight” Emma Stone e Ryan Gosling, “La La Land – Cantando Estações” Emma Watson e Dan Stevens, “A Bela e A Fera” Taraji P. Henson and Terrence Howard, “Empire” Zac Efron e Anna Kendrick, “Os Caça-Noivas” Melhor Cena de Fazer Chorar “Game of Thrones” – A morte de Hodor “Grey’s Anatomy” – Meredith conta para as crianças sobre a morte de Derek “Como Eu Era Antes de Você” – Will cont para Louisa que ele não pode ficar com ela “Moonlight” – Paula conta para Chiron que ela o ama “This Is Us” – Jack e Randall no caratê Melhor Conto Americano “black-ish” “Fresh Off the Boat” “Jane the Virgin” “Moonlight” “Transparent” Melhor Representação de Luta contra o Sistema “Corra!” “Estrelas Além do Tempo” “Loving” “Marvel’s Luke Cage” “Mr. Robot” Prêmio Próxima Geração Chrissy Metz Daniel Kaluuya Issa Rae Riz Ahmed Yara Shahidi Melhor Filme do Ano “A Bela e a Fera” “Corra!” “Logan” “Rogue One: Uma História Star Wars” “Quase 18” Melhor Ator ou Atriz em Série Daniel Kaluuya, “Corra!” Emma Watson, “A Bela e a Fera” Hailee Steinfeld, “Quase 18” Hugh Jackman, “Logan” James McAvoy, “Fragmentado” Taraji P. Henson, “Estrelas Além do Tempo” Melhor Documentário “13TH” “I Am Not Your Negro” “O.J.: Made in America” “This Is Everything: Gigi Gorgeous” “TIME: The Kalief Browder Story”
Patrick Stewart e Ian McKellen se beijam em premiação
A premiação de melhores do ano da revista britânica Empire, realizada em Londres, teve sua atenção roubada pelos atores Patrick Stewart e Ian McKellen, que protagonizaram um beijo em pleno palco. McKellen, que interpreta o vilão Magneto nos filmes da franquia X-Men, agraciou o colega (o eterno Professor Xavier) com o Legend Award, prêmio pela contribuição do artista para o cinema. Após Stewart subir ao palco para receber o prêmio, McKellen beijou o ator e o parabenizou pelo prêmio. “Finalmente! Esta noite está começando a fazer sentido (…) Ele é um dos meus heróis pelo jeito que apoia suas causas. Ele é o ator que as pessoas da minha geração gostariam de ser”, afirmou McKellen. Em seus agradecimentos, Stewart faz uma citação ao filósofo alemão Friedrich Nietzsche. “O sucesso é um impostor. Ele esconde a falha, a ferida e a dúvida fundamental no cerne do ‘ser’ dos artistas. Bom, eu só citei isso porque queria ser o único ator da história a citar Nietzsche. Mas, às vezes, senhor Nietzsche, o senhor tem razão”, afirmou. O beijo agradou aos fãs da franquia dos mutantes, já que os personagens que os atores também são intimamente ligados. Mas não foi a pela primeira vez que eles beijaram em público. Os dois já trocaram um selinho em 2015, também em Londres, durante a première do filme “Sr. Sherlock Holmes”, estrelado por McKellen. Amigos desde os anos 1970, McKellen inclusive foi responsável por celebrar a cerimônia de casamento de Stewart com a cantora de jazz Sunny Ozell em 2013.
Caça-Fantasmas é o filme favorito das crianças no Kids’ Choice Awards 2017
Um filme proibido para menores de 13 anos nos EUA foi escolhido o favorito das crianças americanas na premiação do Kid’s Choice Awards 2017, exibida na noite de sábado (11/3) no canal pago infantil Nickelodeon, com apresentação do lutador John Cena e muito esguicho de gosma verde. “Caça-Fantasmas” não apenas venceu como Filme Favorito, mas também recebeu os troféus de Ator (Chris Hemsworth) e Atriz (Melissa McCarthy) favoritos. Detalhe: a produção foi um fracasso de crítica e bilheteria. As crianças menores, que não poderiam vê-lo no cinema, devem ter assistido suas piadas para adolescentes em streaming e home video. Por outro lado, as crianças ainda veem muito desenhos animados, e “Procurando Dory”, “Pets – A Vida Secreta dos Bichos” e “Zootopia” se destacaram na distribuição de troféus. Curiosamente, os filmes de super-heróis representavam a tendência mais indicações, mas nenhum foi premiado. Entre as séries, deu uma produção da casa, como é praxe. Este ano, o vencedor foi “Henry Danger”, além de seu protagonista, Jace Norman. A surpresa ficou por conta da vitória de Zendaya como Atriz Favorita por uma atração do rival Disney Channel. As crianças também votaram nas séries que veem com a família e favorita nessa categoria foi “Fuller House”, primeira vitória da Netflix no troféu. A premiação também rendeu um banho de gosma verde em John Stamos e o melhor discurso da noite. Candace Cameron Bure agradeceu o prêmio evocando como a série atravessou gerações. “Isso significa muito para nós, porque os seus pais cresceram nos assistindo quando éramos crianças”, ela disse, lembrando da primeira encarnação da atração, “Três É Demais” (Full House), nos anos 1990. “E agora eles apresentaram para vocês a “Fuller House” e vocês adoraram. Então, obrigado por nos convidar para suas casas pelos últimos 30 anos.” Já o elenco de “Henry Danger” preferiu fazer uma piada, dizendo que “Moonlight” era o verdadeiro vencedor. Por fim, a parte musical mostrou o que as crianças americanas andam ouvindo. E ainda é Fifth Harmony. O grupo que agora é um quarteto também levou um jato de gosma verde em comemoração. Sim, os momentos mais esperados do Kid’s Choice são os jatos aleatórios de gosma que “premiam” os vencedores. Todo ano é igual e as crianças adoram a repetição da piada. Confira abaixo todos os vencedores. Vencedores do Kids’ Choice Awards 2017 Cinema Filme Favorito Caça-Fantasmas Ator Favorito Chris Hemsworth (Kevin, Caça-Fantasmas) Atriz Favorita Melissa McCarthy (Abby, Caça-Fantasmas) Animação Favorita Procurando Dory Dublador Favorito Ellen DeGeneres (Dory, Procurando Dory) Vilão Favorito Kevin Hart (Bola de Neve, A Vida Secreta dos Bichos) BFF’s (Melhores Amigos para Sempre) Kevin Hart & Dwayne Johnson (Bob/Calvin, Um Espião e Meio) Amigo-Inimigo Favorito Ginnifer Goodwin & Jason Bateman (Judy/Nick, Zootopia) Pet Favorito Bola de Neve, de A Vida Secreta dos Bichos (Kevin Hart) Equipe Favorita Procurando Dory – Ellen DeGeneres, Albert Brooks, Kaitlin Olson, Hayden Rolence, Willem Dafoe, Ed O’Neill, Ty Burrell, Eugene Levy Televisão Série Favorita – Infantil Henry Danger Série Favorita – Família Fuller House Reality Show Favorito America’s Got Talent Desenho Favorito Bob Esponja Calça Quadrada Artista Masculino de TV Favorito Jace Norman (Henry, Henry Danger) Artista Feminina de TV Favorita Zendaya (K.C., Agente K.C.) Música Grupo Favorito Fifth Harmony Cantor Favorito Shawn Mendes Cantora Favorita Selena Gomez Música Favorita Work from Home – Fifth Harmony ft. Ty Dolla $ign Artista Revelação Twenty One Pilots Clipe Favorito Juju On That Beat – Zay Hilfigerrr and Zayion McCall DJ Favorito Calvin Harris Trilha Sonora Favorita Esquadrão Suicida Artista Viral Favorito JoJo Siwa Artista Global Favorito Little Mix (UK) Games VideoGame Favorito Just Dance 2017 Lego Marvel’s Avengers Lego Star Wars: The Force Awakens Minecraft: Story Mode Paper Mario: Color Splash Pokémon Moon
La La Land, ops, Moonlight vence o Oscar 2017
Mais politizado, divertido e atrapalhado de todos os tempos, o Oscar 2017 culminou sua noite, após discursos e piadas disparadas na direção de Donald Trump, premiando o filme errado. No melhor estilo Miss Universo, só após os agradecimentos dos produtores de “La La Land” veio a correção. O vencedor do Oscar de Melhor Filme não foi o anunciado por Warren Beatty e Faye Dunaway. O próprio Beatty explicou ao microfone que tinham recebido o envelope errado, que premiava Emma Stone por “La La Land”. E foi o nome do filme da Melhor Atriz que Dunaway anunciou. O que deve dar origem a uma profusão de memes e piadas foi, na verdade, quase um ato falho. Enquanto a falsa vitória de “La La Land” foi aplaudidíssima, a verdadeira vitória de “Moonlight” foi um choque. De pronto, foi um prêmio para o cinema indie. Um dia antes, “Moonlight” tinha vencido o Spirit Awards, premiação do cinema independente americano. Rodado por cerca de US$ 5 milhões, o filme fez apenas US$ 22,2 milhões nos EUA e jamais venceria um concurso de popularidade. Pelo conjunto da noite, sua vitória também representou um voto de protesto. Menos visto pelo grande público entre todos os candidatos, era o que representava mais minorias: indies, pobres, negros, imigrantes, latinos e gays. Para completar, o ator Mahershala Ali, que venceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu micro papel de traficante cubano radicado em Miami, é muçulmano na vida real – e se tornou o primeiro ator muçulmano premiado pela Academia. Ao todo, “Moonlight” levou três Oscars. O terceiro foi de Melhor Roteiro Adaptado, dividido entre o cineasta Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney, autor da história e da peça original. “La La Land”, porém, venceu o dobro de prêmios: seis ao todo. Entre as conquistas do musical, a principal foi tornar Damien Chazelle o diretor mais jovem a ganhar um Oscar, aos 32 anos de idade. Além disso, Emma Stone venceu como Melhor Atriz. “Manchester à Beira-Mar” e “Até o Último Homem” se destacaram a seguir, com dois Oscar cada. Enquanto o filme de Mel Gibson levou prêmios técnicos, o segundo drama indie mais premiado da noite rendeu uma discutível vitória de Casey Affleck como Melhor Ator e a estatueta de Melhor Roteiro Original para o cineasta Kenneth Lonergan. Viola Davies confirmou seu favoritismo como Melhor Atriz Coadjuvante por “Um Limite Entre Nós”, tornando-se a primeira atriz negra a vencer o Emmy, o Tony e o Oscar. Sua vitória ainda ajudou a demonstrar como o Oscar se transformou com as mudanças realizadas por sua presidente reeleita Cheryl Boone Isaacs, que alterou o quadro de eleitores, trazendo maior diversidade para a Academia. Após um #OscarSoWhite 2016 descrito francamente como racista pelo apresentador Jimmy Kimmel, na abertura da transmissão, a Academia premiou negros como atores, roteiristas e até produtores. Mas o recado foi ainda mais forte, ao premiar os candidatos com maior potencial de dissonância, especialmente aqueles ligados aos países da lista negra de Donald Trump. O diretor inglês de “Os Capacetes Brancos”, Melhor Documentário em Curta-Metragem, sobre o trabalho humanitário em meio à guerra civil da Síria, generalizou em seu agradecimento, mesmo tendo seu cinematógrafo impedido de viajar aos EUA para participar do Oscar. Já o iraniano Asghar Farhadi, que venceu seu segundo Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira com “O Apartamento”, foi na jugular. Sua ausência já era um protesto em si contra o que ele chamou, em texto lido por seus representantes, ao “desrespeito” dos EUA. “Minha ausência se dá em respeito aos povos do meu pais e de outros seis países que foram desrespeitados pela lei inumana que bane a entrada de imigrantes nos Estados Unidos”. Foi bastante aplaudido. Interessante observar que, apesar do clima politizado manifestado por meio da seleção de vencedores, apenas os estrangeiros e Jimmy Kimmel fizeram discursos contundentes. Os americanos sorriram amarelo e agradeceram suas mães, enquanto artistas de outros países provocaram reações pontuadas por aplausos com suas declarações contrárias à política internacional americana. Até Gael Garcia Bernal, convidado a apresentar um prêmio, deixou seu texto de lado para se manifestar “como mexicano”. Menos evidente, mas igualmente subversivo, foi o fato dos serviços de streaming e a TV paga terem se infiltrado na premiação. Assim como aconteceu no Globo de Ouro, Jeff Bezos, dono da Amazon, ganhou destaque e propaganda gratuita (será?) do apresentador no discurso de abertura. A Amazon produziu um dos filmes premiados, “Manchester à Beira-Mar”, e foi a distribuidora oficial de “O Apartamento” nos EUA – filme que, prestem atenção, não entrou em circuito comercial nos cinemas americanos. A Netflix também faturou seu Oscar por meio de “Os Capacetes Brancos”, que – prestem mais atenção – é inédito nos cinemas. Para completar, o Oscar de Melhor Documentário foi para “O.J. Simpson: Made in America”, uma minissérie de cinco episódios do canal pago ESPN. Sinal dos tempos. E sinal de alerta para o parque exibidor. Confira abaixo a lista completa dos vencedores. Vencedores do Oscar 2017 Melhor Filme “La La Land” “Moonlight” Melhor Direção Damien Chazelle (“La La Land”) Melhor Ator Casey Affleck (“Manchester à Beira-Mar”) Melhor Atriz Emma Stone (“La La Land”) Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali (“Moonlight”) Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis (“Um Limite entre Nós”) Melhor Roteiro Original Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira-Mar”) Melhor Roteiro Adaptado Barry Jenkins (“Moonlight”) Melhor Fotografia Linus Sandgren (“La La Land”) Melhor Animação “Zootopia” Melhor Filme em Língua Estrangeira “O Apartamento” (Irã) Melhor Documentário “O.J. Made in America” Melhor Edição John Gilbert (“Até o Último Homem”) Melhor Edição de Som Sylvain Bellemare (“A Chegada”) Melhor Mixagem de Som Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie e Peter Grace (“Até o Último Homem”) Melhor Desenho de Produção David Wasco e Sandy Reynolds-Wasco (“La La Land”) Melhores Efeitos Visuais Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Dan Lemmon (“Mogli, o Menino Lobo”) Melhor Canção Original “City of Stars”, de Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul (“La La Land”) Melhor Trilha Sonora Justin Hurwitz (“La La Land”) Melhor Cabelo e Maquiagem Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson (“Esquadrão Suicida”) Melhor Figurino Colleen Atwood (“Animais Fantásticos e Onde Habitam”) Melhor Curta “Sing” Melhor Curta de Animação “Piper” Melhor Curta de Documentário “Os Capacetes Brancos”
Elle vence o César 2017 e é o Melhor Filme francês do ano
O suspense “Elle” foi o grande vencedor do César 2017, a principal premiação do cinema francês, equivalente ao Oscar americano. Além de vencer como Melhor Filme do ano, o longa do holandês Paul Verhoeven rendeu o César de Melhor Atriz para sua estrela, Isabelle Huppert, em cerimônia realizada na noite desta sexta-feira (24), em Paris. Verhoeven, porém, não levou o troféu de Melhor Diretor. Ele foi superado pelo jovem canadense Xavier Dolan, que venceu por “É Apenas o Fim do Mundo”, drama que divide opiniões da crítica. O cineasta, por sinal, venceu dois César. O segundo foi pela edição do filme. “É Apenas o Fim do Mundo” também premiou o desempenho Gaspard Ulliel com o César de Melhor Ator. Outro filme que também recebeu três troféus foi “Divines”, distribuído pela Netflix: venceu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Deborah Lukumuena), Revelação Feminina (Oulaya Amamra) e Melhor Filme de Estreia para a diretora Houda Benyamina, que já tinha sido premiada com a Câmera de Ouro (Melhor Filme de Estreia) no Festival de Cannes. Também repetindo Cannes, o Vencedor da Palma de Ouro, o britânico “Eu, Daniel Blake”, de Ken Loach, ficou com a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, superando o brasileiro “Aquarius”. Favorito na premiação, o drama “Frantz”, de François Ozon, acabou decepcionando. Indicado a 11 troféus, o longa só venceu um: de Melhor Fotografia. Perdeu até como Roteiro Adaptado, categoria que foi vencida, de forma surpreendente, por “Minha Vida de Abobrinha”, premiada também como Melhor Animação. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Vencedores do César 2017 Melhor Filme “Elle” Melhor Direção Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Isabelle Huppert (“Elle”) Melhor Ator Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Coadjuvante Déborah Lukumuena (“Divines”) Melhor Ator Coadjuvante James Thierrée “Chocolate” Melhor Revelação Feminina Oulaya Amamra (“Divines”) Melhor Revelação Masculina Niels Schneider (“Diamant Noir”) Melhor Roteiro Original Raoul Ruiz (“O Efeito Aquático”) Melhor Roteiro Adaptado Céline Sciamma (“Minha Vida de Abobrinha”) Melhor Filme Estrangeiro “Eu, Daniel Blake” (Reino Unido) Melhor Filme de Estreia “Divines” Melhor Animação “Minha Vida de Abobrinha” Melhor Trilha Sonora Ibrahim Maalouf (“Dans les Forêts de Sibérie”) Melhor Fotografia Pascal Marti (“Frantz”) Melhor Edição Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Figurino Anaïs Romand (“La Danseuse”) Melhor Cenografia Jérémie D. Lignol (“Chocolate”) Melhor Som Marc Engels, Fred Demolder, Sylvain Réty, Jean-Paul Hurier (“L’odyssée”) Melhor Documentário “Merci Patron”
Mogli vence o prêmio do sindicato dos técnicos de efeitos visuais
Mistura de animação com filme de ator, “Mogli, O Menino Lobo” foi o grande vencedor do prêmio anual Sociedade de Efeitos Visuais (VES), o sindicato dos técnicos da categoria, em evento realizado na noite de terça-feira (7/1). A aventura da Disney recebeu cinco troféus, incluindo o prêmio máximo de Melhores Efeitos Visuais em filme, derrotou o líder de indicações “Rogue One: Uma História Star Wars”. É o segundo prêmio de efeitos visuais conquistado pelo filme do diretor Jon Favreau nos últimos dias. No fim de semana, “Mogli” também venceu o Annie 2017 (considerado o “Oscar da animação”) na categoria. “Kubo e as Cordas Mágicas” levou o prêmio de Melhores Efeitos em Animação. Os dois filmes concorrem ao Oscar 2017 de Melhores Efeitos Visuais, ao lado de “Rogue One” e “Doutor Estranho”. Já mas categorias de TV, o episódio épico “Battle of the Bastards” rendeu a “Game of Thrones” cinco vitórias. Além destes prêmios, foram entregues o troféu de Visionário do ano para Victoria Alonso, produtora do Marvel Studios, e o VES Award pela carreira ao vencedor de cinco Oscars e pioneiro em efeitos visuais Ken Ralston (“O Retorno de Jedi”, “Forest Gump”).











