Tessa Thompson revela sua espada em Thor: Ragnarok
A atriz Tessa Thompson (“Creed”) publicou em seu Instagram uma imagem dos bastidores de “Thor: Ragnarok”. A foto revela a espada que ela usa no filme, colocada sobre a cadeira de produção que traz o nome de sua personagem, Valkyrie – ou Valquíria, em português. Na postagem, Tessa contou que está cheia de contusões após as gravações das cenas de luta, além de músculos abdominais – “de tanto rir”. O post também confirma seu papel, que já tinha sido mais ou menos oficializado. Trata-se de mais uma heroína que tem sua raça alterada nos cinemas. Nos quadrinhos, Valquíria é logicamente loira como uma guerreira nórdica. A identidade civil da personagem, afinal, é Brunnhilde, como no mito viking e na ópera de Richard Wagner. Além dela, o filme contará com as voltas de Chris Hemsworth como Thor, Tom Hiddleston como Loki, Idris Elba como Heimdall e Anthony Hopkins como Odin, sem esquecer a participação especial de Mark Ruffalo no papel de Hulk e as estreias de Cate Blanchett (“Carol”) como Hela, a Deusa da Morte, Karl Urban (“Star Trek”) como Skurge, que os fãs de quadrinhos conhecem melhor pelo nome de guerra Executor, e Jeff Goldblum (“Independence Day”) como o Grã-Mestre, um imortal viciado em jogos. Dirigido por Taika Waititi (“What We Do in the Shadows”), “Thor: Ragnarok” tem estreia prevista para 27 de julho de 2017.
Mark Ruffalo mostra sua roupa de captura de performance nos bastidores de Thor: Ragnarok
O ator Mark Ruffalo publicou um novo vídeo dos bastidores de “Thor: Ragnarok” em seu Twitter, no qual aparece com sua roupa de captura de performance, para incorporar o Hulk. No curto vídeo, ele brinca sobre como a roupa lhe deixa ser visto sem parecer um homem. “É glamouroso, mas alguém precisa fazê-lo”, ironiza. Em “Thor: Ragnarok”, o Deus do Trovão encontra o Hulk num planeta distante, ao buscar uma arma para evitar o Apocalipse nórdico. Após lutarem em uma arena de gladiadores, a dupla vai se unir para impedir os planos da vilã Hela. O elenco também traz Chris Hemsworth (como Thor), Tom Hiddleston (Loki), Idris Elba (Heimdall), Anthony Hopkins (Odin), Jeff Goldblum (Grande Mestre), Tessa Thompson (Valquíria), Karl Urban (Skurge) e Cate Blanchett (Hela). Com direção de Taika Waititi (“What We Do in the Shadows”), o filme estreia em 26 de outubro no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA. Hi again. Here's another sneak peek at a day in the life of a #Hulk on the set of #Thor3 @thorofficialhttps://t.co/ojM5YPxSif — Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) July 12, 2016
Mark Ruffalo incopora Hulk em vídeo dos bastidores de Thor: Ragnarok
O ator Mark Ruffalo publicou um vídeo divertido dos bastidores de “Thor: Ragnarok” em seu Twitter, no qual aparece com próteses de mãos verdes gigantescas, para incorporar o Hulk. Na legenda do post, ele brincou que não é fácil “ser verde”. Em “Thor: Ragnarok”, o Deus do Trovão encontra o Hulk num planeta distante, ao buscar uma arma para evitar o Apocalipse nórdico. Após lutarem em uma arena de gladiadores, a dupla se une para impedir os planos da vilã Hela. O elenco também traz Chris Hemsworth (como Thor), Tom Hiddleston (Loki), Idris Elba (Heimdall), Anthony Hopkins (Odin), Jeff Goldblum (Grande Mestre), Tessa Thompson (Valquíria), Karl Urban (Skurge) e Cate Blanchett (Hela). Com direção de Taika Waititi (“What We Do in the Shadows”), “Thor: Ragnarok” tem estreia prevista para 26 de outubro no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA. Hello from the set of #Thor3! As you can see, I've got my hands full. It ain't easy being green….@thorofficialhttps://t.co/PnYTnX8n96 — Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) July 12, 2016
Só os dignos podem usar o banheiro no set de Thor: Ragnarok
O diretor Taika Waititi divulgou em seu Twitter uma foto dos bastidores das filmagens de “Thor: Ragnarok”, em que demonstra seu bom-humor – ele tem no currículo a comédia sobre vampiros “What We Do in the Shadows”, além das séries “Flight of the Conchords” e “The Inbetweeners”. A imagem mostra o Mjolnir, o martelo de Thor, em cima da tampa da privada do estúdio. Como os fãs do herói sabem, apenas os dignos podem erguer o martelo. Portanto, a situação se complica para os meros mortais que se sentirem apertados. Além de Chris Hemsworth como o poderoso Thor, o elenco do filme também inclui Cate Blanchett (“Carol”), Tessa Thompson (“Creed”), Karl Urban (“Star Trek”), Jeff Goldblum (“Independence Day”) e ainda destaca Mark Ruffalo no papel de Hulk, Tom Hiddleston como Loki, Idris Elba como Heimdall e Anthony Hopkins como Odin. A estreia está marcada para 26 de outubro no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA.
Marvel confirma Cate Blanchett como Hela e revela primeira arte conceitual de Thor: Ragnarok
A Marvel divulgou a primeira arte conceitual de “Thor: Ragnorak”, que destaca Hela, a Deusa da Morte, vilã que será vivida pela atriz Cate Blanchett (“Carol”). A imagem, vista em detalhe acima e completa abaixo, foi antecedida pelo anúncio oficial do elenco e dos personagens do filme, confirmando especulações sobre quem a atriz australiana interpretaria na trama. Outro boato que virou fato foi a inclusão da heroína Valquíria na trama, que será mesmo interpretada por Tessa Thompson (“Creed”). A escalação embute uma coincidência. Tessa coestrelou “Creed” com Michael B. Jordan, que foi o primeiro ator negro a interpretar um herói que sempre foi loiro nos quadrinhos. Tessa, por sua vez, será a primeira atriz negra a interpretar uma heroína loira dos quadrinhos. A guerreira nórdica, inspirada no mito de Brunilda, vai virar afro-americana. Um detalhe da trama foi adiantado na época de escalação da atriz e antes de seu papel se tornar conhecido. Ela teria entrado no filme como interesse romântico de Thor no lugar de Natalie Portman, que não retornará à franquia. Dois novos atores também foram confirmados no elenco. Karl Urban (“Star Trek”) vai viver Skurge, que os fãs de quadrinhos conhecem melhor por seu nome de guerra: Executor, vilão asgardiano que usa um machado mortal. E Jeff Goldblum (“Independence Day”) dará vida ao Grã-Mestre, um imortal viciado em jogos, que na saga “Planeta Hulk” organiza competições entre gladiadores alienígenas. A presença do Grã-Mestre é mais uma indicação clara sobre a trama, que, além de Chris Hemsworth como Thor, ainda destaca Mark Ruffalo no papel de Hulk, Tom Hiddleston como Loki, Idris Elba como Heimdall e Anthony Hopkins como Odin. Jamie Alexander, cuja volta como Sif era tida como certa, não foi anunciada no elenco oficial. A direção está a cargo do comediante Taika Waititi, que tem no currículo a comédia sobre vampiros “What We Do in the Shadows”, inédita no Brasil, além das séries “Flight of the Conchords” e “The Inbetweeners”. “Thor: Ragnarok” tem estreia prevista para 26 de outubro no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA. Clique na arte abaixo para ampliá-la em tela inteira.
Truque de Mestre 2: Novo trailer traz cenas inéditas
A Lionsgate divulgou um novo trailer da continuação de “Truque de Mestre” (2013). A prévia mostra algumas cenas novas dos Quatro Cavaleiros, que são coagidos a participar de um plano aparentemente engendrado pelo personagem de Morgan Freeman, preso no filme anterior, com a ajuda de Daniel Radcliffe (franquia “Harry Potter”). O novo desafio vem acompanhado por espetaculares números de magia, que mantêm o clima divertido responsável pelo sucesso do primeiro longa. “Truque de Mestre 2” vai se passar um ano depois do quarteto original de mágicos enganar o FBI e ganhar adulação do público com seus espetáculos alucinantes. Mas quando os Quatro Cavaleiros ressurgem, são forçados a realizar um assalto ainda mais audacioso. A gangue de mágicos volta a incluir Jesse Eisenberg, Woody Harrelson e Dave Franco, mas houve uma troca no elenco, com Lizzy Caplan (“A Entrevista”) assumindo a vaga de Isla Fisher, que estava grávida durante a produção. Além dos citados, o filme também terá a volta de Mark Ruffalo e Michael Caine. O roteiro foi escrito por Ed Solomon (um dos autores do primeiro filme) e Pete Chiarelli (“A Proposta”), e a direção está a cargo de Jon M. Chu (“G.I. Joe 2: Retaliação”). “Truque de Mestre: O Segundo Ato” estreia em 9 de junho no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Thor 3: Atriz de Creed será o novo interesse romântico do Deus do Trovão
A atriz Tessa Thompson (“Creed: Nascido Para Lutar”) entrou no elenco de “Thor: Ragnarok”. Segundo o site Deadline, ela viverá o novo interesse romântico de Thor (Chris Hemsworth), pois Natalie Portman, que interpretou Jane Foster em dois filmes, não voltará na continuação. Ainda não há definição de qual será seu papel, mas especula-se que a atriz interpretará umas das super-heroínas da Marvel, pois a proposta é para ela estrelar outros filmes do estúdio. Desde que o projeto de “Thor: Ragnarok” foi divulgado, persistem rumores sobre a inclusão na trama da heroína Valquíria, que nos quadrinhos é logicamente loira como uma guerreira nórdica. Enfim… O elenco também terá as voltas de Tom Hiddleston como Loki e Jamie Alexander como Sif, além da participação de Mark Ruffalo como Hulk e Cate Blanchett, que viverá a vilã da trama (provavelmente Hela). Com direção de Taika Waititi (“What We Do in the Shadows”), “Thor: Ragnarok” tem estreia prevista para 26 de outubro no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA.
Truque de Mestre: O Segundo Ato ganha novo trailer legendado
A Paris Filmes divulgou o segundo trailer legendado da continuação de “Truque de Mestre” (2013), que também ganhou quatro pôsteres em estilo retrô, dedicados ao seus mágicos protagonistas. A prévia mostra os Quatro Cavaleiros sendo coagidos a participar de um plano aparentemente engendrado pelo personagem de Morgan Freeman, preso no filme anterior, que conta com a ajuda de Daniel Radcliffe (franquia “Harry Potter”). O novo desafio vem acompanhado por espetaculares números de magia, que mantêm o clima divertido responsável pelo sucesso do primeiro longa. “Truque de Mestre 2” vai se passar um ano depois do quarteto original de mágicos enganar o FBI e ganhar adulação do público com seus espetáculos alucinantes. Mas quando os Quatro Cavaleiros ressurgem, são forçados a realizar um assalto ainda mais audacioso. A gangue de mágicos inclui Jesse Eisenberg, Woody Harrelson e Dave Franco, mas houve uma troca no elenco, com Lizzy Caplan (“A Entrevista”) assumindo a vaga de Isla Fisher, que estava grávida durante a produção. Além dos citados, o filme também terá a volta de Mark Ruffalo e Michael Caine. O roteiro foi escrito por Ed Solomon (um dos autores do primeiro filme) e Pete Chiarelli (“A Proposta”), e a direção está a cargo de Jon M. Chu (“G.I. Joe 2: Retaliação”). “Truque de Mestre: O Segundo Ato” estreia em 9 de junho no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Personagens de Truque de Mestre: O Segundo Ato ilustram 9 pôsteres individuais
A Lionsgate divulgou nove pôsteres destacando individualmente os personagens centrais da continuação de “Truque de Mestre” (2013). O filme, que ganhou o subtítulo de “O Segundo Ato”, será novamente estrelado por Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Mark Ruffalo, Dave Franco, Michael Caine e Morgan Freeman, e receberá os reforços de Lizzy Caplan (substituindo Isla Fisher, que estava grávida), Jay Chou (“O Besouro Verde”) e Daniel Radcliffe (franquia “Harry Potter”). “Truque de Mestre: Segundo Ato” vai se passar um ano depois do quarteto original de mágicos enganar o FBI e ganhar adulação do público com seus espetáculos alucinantes. Mas quando os Quatro Cavaleiros ressurgem, são confrontados por um novo inimigo, um jovem prodígio (Radcliffe), que os força a realizar um assalto ainda mais audacioso. O roteiro foi escrito por Ed Solomon (um dos autores do primeiro filme) e Pete Chiarelli (“A Proposta”), e a direção está a cargo de Jon M. Chu (“G.I. Joe 2: Retaliação”). A estreia está marcada para 9 de junho nos cinemas do Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Diretor de Thor: Ragnarok revela que o Hulk será mais inteligente no filme
O diretor Taika Waititi (“What We Do in the Shadows”) confirmou um dos boatos que cercam a produção de “Thor: Ragnarok”. Aparentemente, o Hulk vai se mostrar mais inteligente no filme. Em entrevista ao site Hit Fix, Waititi revelou que há uma discussão entre os roteiristas e os produtores para definir o nível de inteligência que o personagem vai demonstrar, afirmando que há conversas sobre se ele deve ou não falar. “Há uma grande conversa nesse momento sobre o quão longe podemos levar isso. Acho que a maioria dessas conversas tem mais a ver sobre o que aconteceria nos filmes futuros. Então, acho que muitas dessas decisões são maiores do que algo só para mim e para os roteiristas. Há um monte de coisa que é preciso considerar. Mas acho que essa é a melhor forma de fazer isso. Acho que todos querem ver esse desenvolvimento e essa evolução do personagem. E também acho que é possível fazer isso de uma forma bem-humorada”. Além de Chris Hemsworth como Thor e Mark Ruffalo como Hulk, o filme tem confirmadas as participações de Tom Hiddleston como Loki, Jaimie Alexander como Sif e Cate Blanchett, cuja personagem não foi oficialmente confirmada, mas indícios apontam para Hela, a Deusa da Morte. A produção tem estreia marcada para 26 de outubro no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA.
Spolight faz registro histórico dos últimos dias do jornalismo investigativo
Um roteiro sobre pedofilia cometida por padres da Igreja Católica provavelmente viraria um filme focado nas vítimas ou nos sobreviventes. Mas “Spotlight – Segredos Revelados” usa o polêmico tema para falar nas entrelinhas sobre o fim da era do jornalismo investigativo. Isso faz com que, não a polêmica, mas o dramalhão fique em segundo plano para dar lugar à urgência de um tom mais tenso, que geralmente era empregado nos filmes policiais dos anos 1970. Com bons tiras substituídos por outros profissionais em extinção, movidos por uma coceira que jamais para até que a verdade seja encontrada e divulgada. Baseado em fatos reais, o filme dirigido pelo ator Tom McCarthy (“Trocando os Pés”), que também divide o roteiro com Josh Singer, bebe na fonte das melhores produções sobre jornalismo, sendo a principal delas o clássico “Todos os Homens do Presidente” (1976), de Alan J. Pakula, o clássico em que Dustin Hoffman e Robert Redford revivem a investigação dos jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward, do Washington Post, sobre o escândalo Watergate. O tom de “Spotlight” é esse. É o herdeiro direto do filme de Pakula, mas a diferença é que “Todos os Homens do Presidente” foi feito no auge do jornalismo investigativo e apenas dois anos após a renúncia do presidente Richard Nixon em decorrência do escândalo relatado. Já “Spotlight” foi lançado numa época em que a profissão privilegia o factual e não as grandes reportagens, mais de uma década após a reportagem retratada no longa. Aqui, os olhos de Tom McCarthy estão direcionados para as ações do Boston Globe num mundo prestes a ser dominado pela internet. Mais precisamente em uma divisão (a Spotlight) coordenada por quatro jornalistas – Walter Robinson (Michael Keaton), Mike Rezendes (Mark Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matt Carroll (Brian d’Arcy James), observados de perto pelo editor Ben Bradlee Jr. (John Slattery), que curiosamente é filho de Ben Bradlee, o editor do Washington Post durante o caso Watergate. Eles agem como a S.W.A.T. do jornal, sempre responsáveis pelas investigações mais parrudas. Com a entrada de um novo editor-chefe, Marty Baron (Liev Schreiber), eles são “convidados a aceitar” um caso que o próprio jornal ignorou anos atrás: partir para cima da Arquidiocese de Boston, que teria jogado para debaixo do tapete crimes de abuso sexual cometidos por padres. O elenco está impecável. Difícil escolher um nome que se destaque mais. É um trabalho de conjunto, seguindo o que os personagens fizeram na vida real. De repente, podemos preferir Mark Ruffalo, o jornalista obstinado, de postura torta, talvez corcunda, sem tempo para a vida social. Mas, então, lembramos que McCarthy praticamente não mostra os repórteres da Spotlight se relacionando com parentes ou amigos – com exceção da personagem de Rachel McAdams, que mesmo assim fica ao redor deles reagindo ao trabalho. Agindo como se não houvesse amanhã, cientes ou não – pouco importa – de que essa vertente da profissão estivesse com os dias contados, o quarteto vai atrás de suas fontes e o ritmo de thriller predomina até o fim. Talvez a gente esteja acostumado com uma direção em que o cineasta “participa” mais da história, tentando em alguns momentos criar uma tensão mais forte. Acontece que nem todo mundo tem a energia de um Martin Scorsese ou mesmo Michael Mann, como em outro filme estupendo sobre jornalismo, “O Informante” (1999). Mas nem Alan J. Pakula era assim. O trabalho de McCarthy segue a escola Clint Eastwood, que apenas observa e conduz a história com segurança, ao se apoiar na excelência de três fatores – roteiro, elenco e edição. Deste modo, ele parece um cineasta com o espírito da Hollywood dos anos 1970, exercendo seu ofício no século 21. Mas é importante ressaltar que “Spotlight” não abraça a nostalgia. É um filme atual, urgente pela força de seu roteiro e pelo que coloca sob seu “holofote” – entre outras coisas, como o jornalismo deveria ser diferente da busca por likes a qualquer custo. Se dói lembrar que o jornalismo está moribundo, é reconfortante saber que não comprou um lugar no Céu, ao desmascarar, em seus últimos suspiros, a farsa religiosa da trama. O filme não quer revelar que existem padres pedófilos – isso pode ser redundante –, mas ajuda a entender que os casos que vieram à tona não foram isolados. A Igreja protegeu e praticamente financiou a safadeza toda. De forma interessante para este contexto, o jornalismo celebrado em “Spotlight” também se mostra uma profissão de fé, revelando que só se encontra a verdadeira paz na busca, o tempo todo, do caminho da verdade.
Spotlight denuncia um dos maiores escândalos do século em homenagem ao bom e velho jornalismo
Um dos filmes mais incensados pela crítica americana em 2015, favorito a diversos prêmios da temporada, “Spotlight – Segredos Revelados” chega aos cinemas em sintonia com estes tempos de denúncias de esquemas de corrupção em grandes corporações e no governo, mas também das revelações pessoais em redes sociais, de gente disposta a compartilhar a sua própria experiência como vítima de abuso sexual na infância ou na adolescência. O longa de Tom McCarthy trata de um escândalo específico, trazido à luz pela imprensa americana em 2002: o número alarmante de ocorrências de padres católicos que abusaram sexualmente de crianças em suas paróquias. A trama acompanha o trabalho investigativo de um grupo de repórteres do jornal The Boston Globe, que tem início com a chegada de um novo editor, interessado no caso de abuso de um padre local, abafado pela Igreja. Puxando o fio da meada, a investigação chega a novos casos e passa a ganhar proporções assustadoras, envolvendo dezenas de sacerdotes e vítimas. Mas nenhum caso tivera repercussão até então, graças ao trabalho de advogados, acordos financeiros e pressão social. Impressionados com a descoberta, os repórteres decidem enfrentar a poderosa Igreja Católica, revelando uma sordidez que repercute até os dias de hoje, levando até o Papa Francisco a se manifestar. Além da trama relevante, “Spotlight” materializa uma realização técnica admirável. A fotografia, de Masanobu Takayanagi, dá profundidade de campo a ambientes de trabalho reduzidos, como a redação do jornal, e a cenografia, figurino etc. também não ficam atrás. A reconstituição é fidedigna e feita de forma discreta e sóbria, evocando a estética elegante de clássicos do jornalismo político, como “Todos os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula, e “Rede de Intrigas”, de Sidney Lumet, ambos de 1976, com direito a toda a carga de urgência e suspense que obras como essas requerem. Para completar, o elenco é formado por artistas de peso como Michael Keaton (“Birdman”), Mark Ruffalo (“Os Vingadores”), Rachel McAdams (“Questão de Tempo”), Brian d’Arcy James (série “Smasht”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e John Slattery (série “Mad Men”), intérpretes da equipe que sacrifica a vida pessoal pela dedicação ao trabalho. De fato, é curioso como os cônjuges dos jornalistas praticamente não aparecem em cena, sinalizando a obsessão pela notícia que marca a vida desses profissionais. O filme também apresenta seu caso como um símbolo de resistência, diante do fechamento ou demissões em massa que vêm acontecendo nos jornais, devido à popularização dos sites da internet. O fato é que a nova mídia não demonstrou, até agora, interesse em bancar investigações ao longo de meses de pesquisa e aprofundamento como a realizada pela equipe de “Spotlight”. A perda dos jornais, representaria a perda da informação. Portanto, “Spotlight” supre duas funções: o de filme-denúncia e de filme-homenagem ao estilo de jornalismo old school e às pessoas que o fazem/faziam. Mas é mesmo como filme-denúncia que a obra de Tom McCarthy se mostra mais contundente, ao revelar uma instituição religiosa insuspeita como uma espécie de máfia, capaz de esconder todas as fontes, comprar advogados ou oferecer altas somas em dinheiro em troca do silêncio. Troque a religião por partido político, e a história também pode servir de paradigma para iluminar outras lamas profundas.










