Jessica Chastain reúne Marion Cotillard, Penélope Cruz, Fan Bingbing e Lupita Nyong’o em thriller de espionagem
São cinco mulheres e muitos segredos, com Jessica Chastain, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Fan Bingbing e Lupita Nyong’o reunidas no elenco de um thriller de espionagem. Intitulado “355”, o projeto segue a tendência atual dos filmes de ação com protagonistas femininas. A diferença é que, como elenco deixa claro, trata-se de uma produção com apelo internacional, que junta estrelas de cinco diferentes nacionalidades (ou mais, no caso de Nyong’o, que é queniana-mexicana). Intitulado “355”, o filme parte de uma ideia de Chastain, que também produzirá as filmagens por meio de sua empresa, Freckle Films. O roteiro foi escrito por Theresa Rebeck (do infame “Mulher-Gato”) e a direção está a cargo de Simon Kinberg em seu segundo trabalho oficial na função, após “X-Men: Fênix Negra”, previsto para 2019. Kinberg também entra no projeto como produtor. A trama promete uma aventura mundial, com cinco atrizes de primeira linha representando espiãs de agências internacionais rivais, que se unem e superam suspeitas e conflitos enquanto lutam para impedir que uma organização global lance o mundo ao caos. Ao longo da jornada, estranhas e inimigas tornam-se companheiras e amigas, e uma nova irmandade de espionagem, de codinome 355, é formada. “Eu vejo a criação de algo como ‘355’ como uma oportunidade e privilégio de reunir um grupo diversificado de mulheres, que influenciaram muito a indústria cinematográfica através do seu trabalho, para se unirem igualmente e explorar o mundo ruim da espionagem internacional e os thrillers de ação” disse Chastain, em comunicado. “É algo que eu nunca vi, e é algo que, acredito, não será apenas incrivelmente divertido para o público global de hoje, mas também inspirador para um mundo cada vez mais dividido”, acrescentou Kinberg. Ainda não há previsão para a estreia do projeto.
Robert Downey Jr. anuncia supertime de atores de seu próximo filme
Robert Downey Jr. já tem um novo supertime para comandar após os Vingadores. O intérprete do Homem de Ferro nos filmes da Marvel divulgou em seu Twitter na terça (27/3) o elenco da sua próxima superprodução, “The Voyage of Doctor Dolittle” (a viagem do Dr. Dolittle). Trata-se de um novo filme do médico que fala com animais. E os demais atores vão dublar os bichos. Tem, inclusive, um Vingador no meio. Os dubladores originais são Emma Thompson (“O Bebê de Bridget Jones”), Rami Malek (série “Mr. Robot”), Octavia Spencer (“A Forma da Água”), Ralph Fiennes (“007 Contra Spectre”), Kumail Nanjiani (“Doentes de Amor”), Selena Gomez (“Vizinhos 2”), Craig Robinson (série “Ghosted”), Carmen Ejogo (“Alien: Covenant”), Tom Holland (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), Marion Cotillard (“Assassin’s Creed”), Frances De La Tour (“A Senhora da Van”) e John Cena (“Não Vai Dar”). A ilustração divulgada pelo ator (veja abaixo) revela o nome dos personagens de cada dublador e ainda o tipo de bicho. Selena Gomez, por exemplo, dará voz a uma girafa, enquanto Tom Holland será um cachorro. A história é baseada nos livros infantis dos anos 1920 de Hugh Lofting, que já renderam inúmeras adaptações, entre elas “O Fabuloso Doutor Dolittle” (1967), que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme, e “Dr. Dolittle” (1998), que teve até sequência de 2001, ambas estreladas por Eddie Murphy. A direção e o roteiro estão a cargo de Stephen Gagham, que nunca fez um filme infantil. Ele é mais conhecido por épicos político-econômicos como o premiado “Syriana – A Indústria do Petróleo” (2005) e o recente fracasso “Ouro” (2016). O lançamento está marcado para abril de 2019. I am most pleased to announce the stellar voice cast joining me on #TheVoyageofDoctorDolittle. #EmmaThompson @ItsRamiMalek @octaviaspencer #RalphFiennes @kumailn @selenagomez @MrCraigRobinson @carmenejogo @TomHolland1996 #MarionCotillard @RealFDLT @JohnCena pic.twitter.com/GmfjOCqv7w — Robert Downey Jr (@RobertDowneyJr) March 27, 2018
Carreira de Woody Allen pode ter chegado ao fim
A pressão de Dylan Farrow, que afirmou sua intenção de destruir a carreira de Woody Allen em sua recente e emocional entrevista televisiva, na qual cobrou atores e produtores que continuam trabalhando com seu pai, após ela acusá-lo de abuso sexual por mais de 20 anos, pode já ter conseguido seu objetivo. Várias publicações, como os jornais The New York Times, The New York Post, o inglês Daily Mail e o espanhol El País publicaram artigos no domingo (28/1), em que revelam que o diretor está enfrentando dificuldades para conseguir que atores se comprometam com seu próximo filme. Não só isso, a Amazon estaria querendo encerrar seu acordo de distribuição com Allen. E o novo longa já filmado do diretor, “A Rainy Day in New York”, tende a nem sequer ser lançado, pois vários atores que participaram da produção agora se recusam a promovê-lo. “’A Rainy Day in New York’ não vai sair ou (será) eliminado pela Amazon sem qualquer exibição de imprensa ou nos cinemas”, disse à coluna Page Six, do New York Post, um executivo da indústria cinematográfica que não quis ser identificado. Selena Gomez e Timothée Chalamet, que vivem os protagonistas do longa, recentemente doaram o dinheiro que receberam por participar da produção. Selena não mencionou o assunto e teria agido de forma anônima. Mas Timothée Chalamet, indicado ao Oscar de Melhor Ator pela atuação em “Me Chame Pelo Seu Nome”, comunicou no seu Instagram que doaria o cachê para três instituições. Rebecca Hall, que também faz parte do elenco, doou seu salário e ainda disse que não voltaria a trabalhar com o diretor. Já outros integrantes do elenco do filme – Elle Fanning, Jude Law, Liev Schreiber e Diego Luna – não se manifestaram. Outras atrizes que trabalharam como Woody Allen, como Marion Cotillard, Greta Gerwig e Mira Sorvino (que inclusive venceu um Oscar por um filme do diretor), disseram publicamente que não voltarão a trabalhar com ele. O New York Times ainda citou uma profissional de casting de Hollywood, que teria informado, sob a condição de anonimato para proteger seus relacionamentos profissionais, que está recomendando a seus clientes não trabalharem com Woody Allen. Ela disse que um papel em um filme de Allen está se tornando difícil de justificar – uma escolha de carreira, que pode colocar um ator numa saia-justa pouco indicada para o currículo. A reação negativa, por sinal, não se restringe a Hollywood. A produção de uma peça baseada num filme de Woody Allen também foi cancelada, com os produtores citando “os diálogos atuais sobre má conduta e assédio sexual.” Até o momento, a Amazon também não se pronunciou oficialmente sobre o futuro de seu contrato com Allen ou o lançamento de “A Rainy Day in New York”, que não tem estreia marcada. Letty Aronson, irmã mais nova de Woody Allen e produtora de seus filmes, lembrou que a Amazon tem contrato para financiar mais um filme de Allen. Ela também disse que ele pode trabalhar com novos atores. Ou escrever livros.
Dylan Farrow questiona credibilidade de Justin Timberlake por trabalhar com Woody Allen
O que começou com um tuíte inocente de Justin Timberlake virou uma acusação de complacência com um assediador, mostrando que Dylan Farrow vai tornar um inferno a vida de quem filmar com seu pai Woody Allen. Timberlake brincou com o significado de um antigo ditado popular inglês. “Alguém pode me explicar o ditado: ‘Você quer seu bolo e também comê-lo’. O que mais eu deveria fazer com o bolo?”, ele perguntou a seus seguidores. E recebeu a resposta de Dylan: “O ditado significa, por exemplo, que você não pode apoiar a Time’s Up e louvar predadores sexuais ao mesmo tempo. Você não pode manter sua credibilidade como ativista (ou seja, o bolo) e, ao mesmo tempo, elogiar um predador sexual (ou seja, comer o bolo)”. Veja abaixo. Ela se refere, claro, ao fato de Timberlake ter usado um broche da Time’s Up, iniciativa que visa apoiar vítimas de abuso sexual, durante o Globo de Ouro 2018, mas também filmou com Woody Allen o recente “Roda Gigante”. Ao contrário de outros atores que trabalharam com o diretor, ele não o condenou publicamente nos últimos dias. Farrow tem comemorado a reação a sua primeira entrevista televisiva, na qual até chorou ao lembrar que o pai a molestou quando ela tinha sete anos em 1992. A história é bastante controvertida, pois ela era muito pequena e um de seus irmãos denunciou que a mãe, Mia Farrow, ensaiou os filhos na época para acusar Allen de abuso sexual, durante a disputa da guarda das crianças na separação do casal. Na entrevista, Dylan disse que estava determinada a destruir a carreira de Woody Allen, e não tem medido esforços, visando desestabilizar aqueles que trabalharam com seu pai. Desde que ela iniciou sua cruzada, Mia Sorvino, Greta Gerwig, Rebeca Hall, Timothee Chalamet, Marion Cotillard e Colin Firth disseram que não voltarão a trabalhar com o diretor. Woody Allen também voltou a se manifestar, negando todas as acusações. The saying means, for example, you can’t support #TIMESUP and praise sexual predators at the same time. You can’t retain your credibility as an activist (i.e. – retain the cake) and, at the same time, praise a sexual predator (i.e. – eating the cake). — Dylan Farrow (@RealDylanFarrow) January 23, 2018
Marion Cotillard e Colin Firth dizem que não filmarão mais com Woody Allen
Woody Allen pode ter dificuldades para montar o elenco de seu próximo filme. A atriz francesa Marion Cotillard e o ator inglês Colin Firth também disseram que não voltarão a trabalhar com o diretor. Eles ecoam declarações anteriores de Mia Sorvino, Greta Gerwig, Rebeca Hall e Timothee Chalamet. Os dois últimos ainda doaram os cachês que receberam por “A Rainy Day in New York”, o próximo filme do diretor, para instituições que combatem o assédio sexual. Firth foi definitivo ao declarar ao jornal The Guardian que “não voltaria a filmar com ele novamente”. O ator estrelou “Magia ao Luar” (2014), dirigido por Allen. Já Cotillard foi menos incisiva, dizendo que “pensaria duas vezes” antes de decidir, mas deu uma longa explicação e lamentou não ter pesado melhor as consequências de trabalhar com o diretor em “Meia-Noite em Paris” (2011). “Quando eu trabalhei com ele, tenho que confessar que não me questionei”, disse ela, durante uma entrevista para falar de seu filme mais recente, “Ismael’s Ghosts”. “Eu não sabia muito sobre sua vida pessoal. Eu sabia que ele se casou com uma das suas (filhas), o que eu honestamente pensei que era estranho, mas não poderia julgar algo que eu não conhecia. Eu ignorava o que ele fez ou não fez. Mas vejo pessoas sofrendo e é terrível. Hoje, se ele me convidasse novamente, o que eu não acho que fará, recusaria. Toda a experiência que tivemos juntos foi muito estranha. Admiro alguns de seus trabalhos, mas não tivemos nenhuma conexão no set, eu o conheci cinco dias antes das filmagens. Eu questionaria mais se ele me pedisse para trabalhar novamente com ele. Talvez eu investigasse mais. Eu sou muito ignorante sobre a história com ele, e só vejo que isso machuca (sua filha).” Os comentários ocorrem depois de Dylan Farrow condenar os atores que continuam trabalhando com Allen. Eles devem “reconhecer sua cumplicidade” ao perpetuar a “cultura do silêncio” de Hollywood, ela disse, em sua primeira entrevista televisiva. A filha adotiva de Woody Allen acusa o pai de tê-la molestado em 1992, quando ela tinha sete anos, e diz que não descansará enquanto não “derrubar” o diretor, no sentido de acabar com a carreira dele. A acusação veio à tona em meio ao processo de separação de Allen e Mia Farrow, durante a luta pela custódia dos filhos, e foi contestada por investigações independentes de serviços de proteção aos menores. Mesmo assim, o juiz responsável pelo julgamento da custódio negou a guarda a Allen e a história continuou viva, graças a insistência de Dylan de acusar o pai. Allen sempre negou ter atacado sexualmente sua filha e emitiu uma nova nota a respeito disso, após a aparição televisiva da filha. Mas enquanto Hollywood parece finalmente ter chegado a um veredito sobre o diretor, seus outros filhos se dividem a respeito de sua culpa. Enquanto Ronan Farrow defende a irmã e também cobra publicamente atrizes que trabalham com Woody Allen, Moses Farrow veio a público dizer que se alguém era abusivo era sua mãe, que tinha coagido os filhos a mentirem e acusarem Woody Allen durante as audiências de guarda das crianças no processo de separação. Mia se separou de Woody Allen após ele se envolver, de forma escandalosa, com sua enteada Soon-Yi Previn, que a atriz tinha adotado quando era casada com André Previn. Diferente do que diz Marion Cotillard, Soon-Yi não era filha de Woody Allen. Também era maior de idade na ocasião. Mas o relacionamento dos dois – que dura até hoje – causou escândalo na época, dando maior credibilidade à acusação de assédio de Dylan. A história, entretanto, é muito mal-interpretada, como atesta a própria entrevista de Cotillard. Um único ator se pronunciou em defesa de Allen até o momento. Alec Baldwin foi às redes sociais lembrar que “acusar pessoas de tais crimes deve ser algo feito com cuidado”. “Woody Allen foi investigado por dois estados e nenhuma acusação foi formalizada. A renúncia a ele e ao seu trabalho, sem dúvida, serve a algum propósito. Mas é injusto e triste pra mim. Eu trabalhei com ele três vezes e foi um dos privilégios da minha carreira”, escreveu Baldwin. Ao contrário de outros casos de assédio, que alimentam o movimento #Metoo em Hollywood, ninguém mais acusa o diretor de comportamento abusivo. Apenas Dylan, que tinha sete anos na ocasião do suposto abuso.
Guillaume Canet e Marion Cotillard divertem como si mesmos na comédia Rock’n Roll
A grande surpresa da edição deste ano do Festival Varilux de Cinema Francês, a comédia “Rock’n Roll: Por Trás da Fama”, de Guillaume Canet, chega agora ao circuito comercial. No filme, Guillaume Canet é Guillaume Canet e Marion Cotillard é Marion Cotillard. Pra não mencionar os tantos outros atores e atrizes que interpretam a si mesmos. Pelo menos supostamente. Só por isso, o filme já se torna bastante curioso, como um mergulho na intimidade de grandes astros do cinema francês contemporâneo, ainda que existam várias piadas que só quem conhece a fundo a indústria cinematográfica francesa possa entender melhor. “Rock’n Roll” é dessas obras que acaba se encaminhando para algo totalmente diferente do previsto – um reality show no cinema – , e a surpresa é fundamental para que o filme seja apreciado ou até mesmo odiado. A primeira parte nos apresenta a Guillaume Canet, um ator na faixa dos 40 anos que percebe que já não está mais na turma dos jovens astros em ascensão. Isso acontece principalmente em uma entrevista que ele dá com a sua colega num filme fictício, vivida por Camille Rowe, belíssima jovem modelo e atriz que interpreta sua filha no filme dentro do filme. Indignado, Canet não acha nada legal estar fazendo o papel do pai daquela garota. E fica mais indignado ainda quando descobre que está nas últimas colocações de uma lista de atores “pegáveis” do cinema francês. Quer dizer, não adianta ser um cara estabelecido e ainda por cima casado com Marion Cotillard, a juventude acaba se tornando uma obsessão para ele. Marion Cotillard parece se divertir muito com seu papel, alimentando os estereótipos de uma atriz que tem mania de usar o método de imersão para dar força a seus papéis. É assim que, depois de convidada para atuar em um filme de Xavier Dolan (o não citado “É Apenas o Fim do Mundo”), cisma que precisa estudar e ficar falando o francês com sotaque de Quebec. E isso não é nada bom para o marido que queria ao menos desfrutar de uma noite de sexo com a esposa. E aí começam as mudanças de comportamento: se ele não é do tipo que bebe e usa drogas, passa a querer provar para os outros que pode sim ser rebelde e ter uma vida desregrada, o que acaba rendendo algumas situações engraçadíssimas, com direito a paralisia facial. Aos poucos, vamos percebendo que o próprio Canet aparece mais envelhecido de propósito para compor esse personagem decadente. Mais adiante, os trabalhos de maquiagem se tornarão fundamentais para a segunda e mais ousada parte do filme. Também escrito pelo próprio Canet, “Rock’n Roll” faz uma crítica contundente ao impulso de querer ser “forever young”, mas o faz de maneira muito espirituosa, divertida e sem parecer uma lição de moral. Os excessos são abraçados pelos personagens e a sensação de estranheza acaba sendo mais do que bem-vinda. E se antes o grande público percebia Canet apenas como o ator que despontou em “A Praia” (2000), coadjuvando Leonardo DiCaprio, e por filmes populares como “Feliz Natal” (2005), “Não Conte à Ninguém” (2006) e “Apenas uma Noite” (2010), pode se ver incentivado a querer saber mais sobre sua carreira. “Rock’n Roll” já é o quinto filme dirigido pelo talentoso francês, que é muito mais que o marido galã de sua famosa esposa.
Um Instante de Amor destaca grande interpretação de Marion Cotillard
Distúrbios mentais podem trazer comportamentos extremados, contrastantes e mesmo opostos na mesma pessoa, como, de um lado, a exacerbação do desejo, de outro, o isolamento, a depressão, ou o binômio agressividade e apatia. E, ainda, serem recheados de sentimentos persecutórios e a presença de delírios ou alucinações. Personagens assim costumam ser muito explorados pelos roteiros cinematográficos em filmes de mistério, suspense, fantasia ou terror, mas é menos frequente encontrá-los nas histórias de amor. A personagem Gabrielle, magnificamente interpretada por Marion Cotillard (“Aliados”) em “Um Instante de Amor”, de Nicole Garcia (“Place Vendôme”), é uma figura assim, cheia de contrastes e incongruências, com reações que escapam ao seu próprio controle e surpreendem os que com ela convivem. Os pais dela buscam acalmar seu furor por meio de um casamento arranjado, que vai complicar as coisas, envolvendo um contrato, digamos, alternativo, que colocará em jogo a vida sexual, a questão da gravidez e até mesmo a do aborto. O marido, o pedreiro José, em muito bom desempenho de Alex Brendemühl (“O Médico Alemão”), entra no jogo, mas mesmo assim sofre consequências inesperadas e doloridas para sua vida. O destino de Gabrielle acaba sendo um sanatório, que se baseava na cura ou no alívio proporcionado por águas termais. A razão desse rumo seriam dores renais, um mal de pedras do título original do romance de Milena Agus, “Mal de Pierres”, que inspirou “Um Instante de Amor”. Algo como o deslocamento do problema mental para um elemento físico do corpo, este mais possível de admissão e tratamento do que a “loucura”. Mas lá Gabrielle conhece um militar, o tenente André, papel de Louis Garrel (“Saint Laurent”), doente em estado terminal. E dessa relação algo importante surgirá. O que é objetivo ou subjetivo nessa história acabará sendo a grande questão do filme, uma vez que esses limites estão borrados pelas características da personagem de Gabrielle e de suas circunstâncias. Uma história de amor inusitada resulta dessa trama e acaba por surpreender o espectador, oferecendo à grande atriz Marion Cotillard uma oportunidade para explorar uma personagem complexa e intrigante. De Louis Garrel, ao contrário, se exige o minimalismo interpretativo de alguém que já perdeu suas forças, e de Alex Brendemühl, ambiguidade e contenção. Esse trio de protagonistas é um dos pontos altos do filme. A personagem Gabrielle e a atriz que lhe dá vida são a razão de ser e o sustentáculo de “Um Instante de Amor”.
Marion Cotillard dá à luz uma menina
Nasceu a filha do casal de atores franceses Marion Cotillard e Guillaume Canet. A menina se junta à família que já tem um menino, Marcel Canet, de cinco anos e meio. A notícia da gravidez veio à tona em setembro, em meio ao “furacão de notícias” sobre o envolvimento da atriz com Brad Pitt durante as filmagens de “Aliados”. Para enfrentar as mentiras disseminadas por tabloides e webloides, ela contou com o apoio inabalável do marido, e soltou o seguinte desabafo: “Essa será a minha primeira e única reação ao furacão de notícias que pipocaram nas últimas 24 horas, nas quais fui arrastada. Eu não costumo comentar coisas assim nem levá-las a sério, mas essa situação está se desdobrando e afetando pessoas que amo, então tenho que falar. Primeiramente, há muitos anos eu conheci o homem da minha vida, pai do nosso filho e do bebê que eu estou esperando. Ele é o meu amor, meu melhor amigo, o único que eu preciso”, escreveu. Cotillard e Canet vivem juntos há uma década e acabam de estrelar um novo filme em parceria, “Rock’n roll”, lançado em fevereiro na França.
Marion Cotillard aparece sexy e irreconhecível de lábios volumosos em fotos de seu Instagram
A atriz Marion Cotillard (“Aliados”) chamou atenção ao postar fotos em seu perfil no Instagram caracterizada para seu novo filme. Nas imagens, a atriz francesa de 41 anos aparece com os cabelos diferentes, os lábios extremamente volumosos e com um look sexy e decotado. “Ser ou não ser rock’n’roll”, escreveu ela na legenda do registro, em referência ao longa “Rock’n Roll”, atualmente em cartaz na França, que usa essa expressão como slogan. No filme, ela é dirigida pelo marido, Guillaume Canet, que também está no elenco. Para completar, os dois interpretam eles mesmos na trama – uma versão exagerada de suas personas. As imagens surpreenderam muita gente, que ficaram imaginando se a estrela francesa tinha passado por alguma cirurgia plástica. O site de fofocas HollywoodLife caiu na armadilha e publicou como notícia esta mentira, dizendo, inclusive, que ela tinha virado um clone de Angelina Jolie. Mas a mudança foi prostética e temporária, realizada com ajuda de maquiagem cinematográfica, para uma cena do final de “Rock’n’Roll”. Cotillard, na verdade, está atualmente bem diferente, graças à gravidez de seu segundo filho. “Rock’n’Roll” ainda não tem previsão de estreia no Brasil.
Marion Cotillard se apaixona por Louis Garrel no trailer legendado de Um Instante de Amor
A Mares Filmes divulgou o trailer legendado do romance “Um Instante de Amor” (Mal de Pierres), estrelado por Marion Cotillard (“Aliados”), que teve oito indicações ao César 2017, o “Oscar francês”. Dirigido pela cultuada cineasta francesa Nicole Garcia (“O Adversário” e “Place Vendôme”), o filme é baseado no best-seller homônimo de Milena Agus, traduzido para mais de 15 línguas. A trama se passa após a 2ª Guerra Mundial e acompanha uma mulher (Cotillard) de espírito livre, que alguns chamariam de doida de pedra. Apesar disso, sua beleza atrai um homem (Àlex Brendemühl, de “O Médico Alemão”) que decide embarcar com ela num casamento sem amor. Sua “doença” é finalmente diagnosticada como pedras no rim. E ao ser internada num hospital para se curar, ela acaba conhecendo e se apaixonante por outro homem (Louis Garrel, de “Saint Laurent”). A estreia vai acontecer em 22 de junho no Brasil.
Assassin’s Creed quer ser Avatar, mas é só outra adaptação fraca de videogame
Baseado no popular game que acompanha as aventuras de membros de uma secular irmandade de assassinos, “Assassin’s Creed” traz para o cinema a tediosa experiência de se assistir outra pessoa jogar videogame. A impressão que dá é que todo mundo na tela está se divertindo – do ator (e aqui produtor) Michael Fassbender com suas lutas coreografadas, até o diretor Justin Kurzel (que dirigiu Fassbender antes em “Macbeth”) com seus movimentos de câmera rebuscados e cenários grandiosos pra brincar – enquanto quem está sentado na poltrona só pode torcer para acabar logo, para poder fazer outra coisa. Não que seja tudo um desastre. O filme é visualmente deslumbrante e o elenco é excelente – tem ainda Marion Cotillard (também de “Macbeth”), Jeremy Irons (“Batman vs. Superman”), Brendan Gleeson (“O Guarda”), Charlotte Rampling (“45 Anos”) e Ariane Labed (“Alpes”). Mas há um problema básico na concepção, que tenta equilibrar duas linhas temporais de forma paralela por toda a história. Por um lado, acompanhamos no presente um prisioneiro (Fassbender) que tem uma espécie de memória genética despertada graças a equipamentos de extrema tecnologia. Por outro, acompanhamos esta mesma memória na figura de um antepassado dele (Aguilar, vivido pelo mesmo Fassbender, membro do credo de assassinos do título, em luta contra a Inquisição pela proteção de um objeto misterioso) na Espanha de 1492. E aí começam os problemas de uma produção que parece querer ser “Avatar”, sem os ingredientes certos pra isso. Como o assassino do presente não é capaz de interferir ou modificar o passado, não há nenhum tipo de identificação ou torcida por Aguilar, já que sua participação é apenas flashback de fatos já estabelecidos. Imagine “Matrix” com o Neo podendo apenas assistir ao que ocorre no mundo virtual, sem chance de agir por conta própria. Ao mesmo tempo, a montagem que insiste, a todo instante, cortar do passado para o presente, reforçando o espelhamento dos movimentos do assassino, quebra constantemente o clima da história vista, já que qualquer ação é interrompida em uma época para mostrar outra. As cenas de ação, inclusive, são por vezes confusas, com a câmera próxima demais, em contraste com os belos planos gerais que sempre abrem cada nova memória. A Espanha de 1492 é um cenário qualquer que nunca é realmente explorado, não há um real estranhamento do personagem do presente em estar em um lugar tão diferente, com características tão peculiares. Há um ou outro momento divertido, visual bacana (que é mérito do jogo), mas tudo engolido por uma trama confusa habitada por pessoas confusas para as quais não ligamos. Partindo de ideias no mínimo duvidosas – como a criminalidade ser algo hereditário – “Assassin’s Creed” pode até agradar aos fãs do jogo já familiarizados com sua complexa mitologia, mas ainda não é dessa vez que uma adaptação de game funciona como cinema puro e simples.
Marion Cotillard e Charlotte Gainsbourg vão à praia na primeira foto de filme de fantasmas
A distribuidora francesa Le Pacte divulgou a primeira foto de “Les Fantômes d’Ismaël” (título internacional: “Ismaël’s Ghosts”), que reúne Marion Cotillard (“Assassin’s Creed”) e Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”). A imagem mostra as duas tomando sol numa praia. O detalhe é que uma delas interpreta supostamente um fantasma. A trama gira em torno de Ismaël Vuillard, um cineasta que desenvolve um projeto inspirado na vida de seu irmão, quando é surpreendido pela volta de sua ex-mulher do mundo dos mortos. Cotillard vive a falecida, enquanto Gainsbourg é a atual companheira do protagonista, vivido por Mathieu Amalric (“O Grande Hotel Budapeste”). O elenco grandioso ainda inclui Alba Rohrwacher (“As Maravilhas”), Hippolyte Girardot (“Amar, Beber e Cantar”), Samir Guesmi (“Carga Explosiva: O Legado”) e Louis Garrel (“Saint Laurent”). O filme tem roteiro e direção de Arnaud Desplechin (“Três Lembranças da Minha Juventude”) e está cotado para ter sua première no Festival de Cannes. Por isso, ainda não tem previsão de estreia comercial.











