Criadora de Girls negocia escrever o remake de Toni Erdmann
A Paramount estaria negociando com Lena Dunham, criadora da série “Girls”, para escrever o roteiro do remake de “Toni Erdmann”, comédia premiada da cineasta alemã Mare Ade. Segundo o site Deadline, a negociação se encontra em estágios iniciais e Dunham trabalharia com Jenni Konner, produtora-roteirista de “Girls”. A versão americana deve ser estrelada por Jack Nicholson (“Melhor É Impossível”) no papel vivido pelo austríaco Peter Simonischek, como o pai de uma executiva bem-sucedida, que chega inesperadamente para uma visita questionando se ela era feliz. A atriz Kristen Wiig (“Caça-Fantasmas”) está cotada para viver a filha, interpretada no original pela alemã Sandra Hüller. A refilmagem terá produção da companhia Gary Sanchez Productions, comandada por Adam McKay (diretor e roteirista vencedor do Oscar 2016 por “A Grande Aposta”) e o comediante Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”). “Toni Erdmann” teve sua première mundial no Festival de Cannes 2016 e, apesar de ser ignorado pelo juri presidido por George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”), venceu o Prêmio da Crítica e não parou mais de acumular conquistas, entre elas cinco troféus da Academia Europeia de Cinema, inclusive Melhor Filme Europeu do ano. O longa também foi indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
Moonlight é o grande vencedor do “Oscar indie”
O drama “Moonlight” foi o grande vencedor do Independent Spirit Awards, principal premiação do cinema indie, considerado o “Oscar do cinema independente americano”. O filme escrito e dirigido por Barry Jenkins conquistou todos os cinco prêmios que disputava: Melhor Filme, Direção, Roteiro, Edição e Fotografia, além do troféu Robert Altman de melhor elenco. Por causa do troféu Robert Altman, cujo vencedor é definido previamente, nenhum dos atores de “Moonlight” disputou prêmios de interpretação. Assim, Casey Affleck ficou com o troféu de Melhor Ator por “Manchester à Beira-Mar” e Isabelle Huppert com mais uma estatueta de Melhor Atriz por “Elle” – um dia depois de conquistar o César, na França. Entre os coadjuvantes, Ben Foster venceu por “A Qualquer Custo” e Molly Shannon surpreendeu com o reconhecimento a seu trabalho em “The Other People”. Dos três brasileiros que concorriam, apenas um celebrou. O produtor Rodrigo Teixeira compartilhou a vitória do filme “A Bruxa” em duas categorias, Melhor Filme de Estreia e Melhor Roteiro de Estreia. O terror é uma coprodução da empresa brasileira RT Features, de Teixeira, com estúdios americanos. “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, que concorria na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira, perdeu para o alemão “Toni Erdmann”, de Maren Ade. Já “Melhores Amigos”, que concorria a Melhor Roteiro, escrito pelo americano Ira Sachs e o brasileiro Maurício Zacharias, foi um dos longas que perdeu para “Moonlight”. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Vencedores do Independent Film Awards 2017 Melhor Filme Moonlight Melhor Diretor Barry Jenkins (Moonlight) Melhor Atriz Isabelle Huppert (Elle) Melhor Ator Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar) Melhor Atriz Coadjuvante Molly Shannon (Other People) Melhor Ator Coadjuvante Ben Foster (A Qualquer Custo) Melhor Roteiro Barry Jenkins (Moonlight) Melhor Filme de Estreia A Bruxa Melhor Roteiro de Estreia Robert Eggers (A Bruxa) Melhor Edição Joi McMillon e Nat Sanders (Moonlight) Melhor Direção de Fotografia James Laxton (Moonlight) Melhor Documentário O.J.: Made in America Melhor Filme Estrangeiro Toni Erdmann (Alemanha e Romênia) Prêmio John Cassavetes (Melhor Filme Feito com Menos de US$ 500 mil) Spa Night Prêmio Robert Altman (Melhor Elenco) Moonlight
Indicados ao Oscar 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira divulgam manifesto contra “fanatismo” dos EUA
A política internacional do governo de Donald Trump conseguiu uma façanha histórica, ao inspirar a união de todos os cineastas indicados na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Oscar 2017. Pela primeira vez na história do Oscar, os candidatos estrangeiros ao troféu da Academia emitiram um comunicado conjunto de cunho político, denunciando o fanatismo americano e de outros países. Palavras duras, no tom usado pelo próprio governo americano para descrever habitantes de outros países. Leia abaixo a íntegra do manifesto, assinado pelo dinamarquês Martin Zandvliet (“Terra de Minas”), o sueco Hannes Holm (“Um Homem Chamado Ove”), o iraniano Asghar Farhadi (“O Apartamento”), a alemã Maren Ade (“Toni Erdmann”) e os australianos Martin Butler e Bentley Dean (que concorrem juntos por “Tanna”). “Em nome de todos os candidatos, gostaríamos de expressar nossa desaprovação unânime e enfática ao clima de fanatismo e nacionalismo que vemos hoje nos EUA e em tantos outros países, em parte da população e, infelizmente, entre os líderes políticos. O medo gerado pela divisão em gêneros, cores, religiões e sexualidades como meio para justificar a violência destrói as coisas de que dependemos – não apenas como artistas, mas como seres humanos: a diversidade de culturas, a chance de ser enriquecido por algo aparentemente “estrangeiro” e a crença de que os encontros humanos podem nos mudar para melhor. Essas paredes divisórias impedem as pessoas de experimentar algo simples, mas fundamental: de descobrir que nem todos somos tão diferentes. Então nós nos perguntamos: o que o cinema pode fazer? Embora não queiramos superestimar o poder dos filmes, acreditamos que nenhum outro meio pode oferecer uma visão tão profunda das circunstâncias de outras pessoas e transformar os sentimentos de desconhecimento em curiosidade, empatia e compaixão – mesmo para aqueles que eles nos dizem que são nossos inimigos. Independentemente de quem ganhar o Oscar pelo Melhor Filme em Língua Estrangeira no domingo, nos recusamos a pensar em termos de fronteiras. Acreditamos que não há melhor país, melhor gênero, melhor religião ou melhor cor. Queremos que este prêmio seja um símbolo da unidade entre as nações e a liberdade das artes. Os direitos humanos não são algo que você tem que se candidatar. Eles simplesmente existem – para todos. Por isso, dedicamos este prêmio a todas as pessoas, artistas, jornalistas e ativistas que estão trabalhando para promover a unidade e a compreensão, e que defendem a liberdade de expressão e a dignidade humana – valores cuja proteção é agora mais importante do que nunca. Dedicando-lhes o Oscar, desejamos expressar-lhes o nosso profundo respeito e solidariedade.”
Três brasileiros disputam o “Oscar do cinema independente” neste sábado
O principal prêmio do cinema indie americano, o Independent Spirit Awards, que na noite deste sábado (25/2) em Santa Monica, na Califórnia, será transmitido ao vivo pelo canal pago A&E e pode render troféus a brasileiros. Além do diretor Kleber Mendonça Filho, que concorre a Melhor Filme Estrangeiro por “Aquarius”, o produtor Rodrigo Teixeira está representado por dois filmes na disputa: “A Bruxa”, que concorre na categoria de Melhor Filme de Estreia, e “Melhores Amigos”, que disputa o prêmio de Melhor Roteiro. Para completar, este roteiro foi escrito pelo americano Ira Sachs e o brasileiro Maurício Zacharias. Os três brasileiros disputam com filmes de peso, como “Moonlight”, “A Qualquer Custo” e “Manchester à Beira-Mar”, que também estão no Oscar. “A Bruxa”, dirigido por Robert Eggers e produzido por Teixeira, concorre com “A Infância de um Líder”, “The Fits”, “Other People” e “Um Cadáver para Sobreviver”. Zacharias e Ira Sachs disputam com os autores de “Moonlight”, “Manchester à Beira-Mar”, “A Qualquer Custo” e “Mulheres do Século 20”. E “Aquarius” enfrenta “Chevalier” (Grécia), “Três Lembranças da Minha Juventude” (França), “Toni Erdmann” (Alemanha) e “Sob as Sombras” (Irã e Reino Unido). Na categoria de Melhor Filme do ano, a disputa acontece entre “Moonlight”, “Jackie”, “Manchester à Beira-Mar”, “Chronic” e “Docinho da América”. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao Independent Film Awards 2017 Melhor Filme American Honey Chronic Jackie Manchester à Beira-Mar Moonlight Melhor Diretor Andrea Arnold (American Honey) Pablo Larraín (Jackie) Jeff Nichols (Loving) Kelly Reichardt (Certas Mulheres) Barry Jenkins (Moonlight) Melhor Atriz Annette Bening (20th Century Women) Isabelle Huppert (Elle) Sasha Lane (American Honey) Ruth Negga (Loving) Natalie Portman (Jackie) Melhor Ator Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar) David Harewood (Free In Deed) Viggo Mortensen (Capitão Fantástico) Jesse Plemons (Other People) Tim Roth (Chronic) Melhor Atriz Coadjuvante Edwina Findley (Free In Deed) Paulina Garcia (Melhores Amigos) Lily Gladstone (Certas Mulheres) Riley Keough (American Honey) Molly Shannon (Other People) Melhor Ator Coadjuvante Ralph Fiennes (A Bigger Splash) Ben Foster (A Qualquer Custo) Lucas Hedges (Manchester à Beira-Mar) Shia LaBeouf (American Honey) Craig Robinson (Morris from America) Melhor Roteiro Barry Jenkins (Moonlight) Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar) Mike Mills (20th Century Women) Ira Sachs & Mauricio Zacharias (Melhores Amigos) Taylor Sheridan (A Qualquer Custo) Melhor Filme de Estreia The Childhood of a Leader The Fits Other People Swiss Army Man A Bruxa Melhor Roteiro de Estreia Robert Eggers (A Bruxa) Chris Kelly (Other People) Adam Mansbach (Barry) Stella Meghie (Jean of the Joneses) Craig Shilowich (Christine) Melhor Edição Matthew Hannam (Swiss Army Man) Jennifer Lame (Manchester à Beira-Mar) Joi McMillon e Nat Sanders (Moonlight) Jake Roberts (A Qualquer Custo) Sebastián Sepúlveda (Jackie) Melhor Direção de Fotografia Ava Berkofsky (Free In Deed) Lol Crawley (The Childhood of a Leader) Zach Kuperstein (The Eyes of My Mother) James Laxton (Moonlight) Robbie Ryan (American Honey) Melhor Documentário A 13ª Emenda Cameraperson I Am Not Your Negro O.J.: Made in America Sonita, uma Rapper Afegã Sob o Sol Melhor Filme Estrangeiro Aquarius (Brasil) Chevalier (Grécia) Três Lembranças da Minha Juventude (França) Toni Erdmann (Alemanha e Romênia) Sob as Sombras (Irã e Reino Unido) Prêmio John Cassavetes (Melhor Filme Feito com Menos de US$ 500 mil) Free In Deed Hunter Gatherer Lovesong Nakom Spa Night Prêmio Robert Altman (Melhor Elenco) Moonlight
Bill Murray era primeira opção do remake de Toni Erdmann que será estrelado por Jack Nicholson
A volta de Jack Nicholson ao cinema, após sete anos sem filmar, não foi comemorada por Bill Murray. Em entrevista ao canal de notícias CNBC, o ator revelou que foi trocado pelo astro de “O Iluminado” no remake de “Toni Erdmann”. “Kristen Wiig, a quem considero maravilhosa, me mandou algo dizendo: ‘você daria uma olhada nisso?’ E eu não sou muito organizado, por um tempo eu perdi, depois encontrei, mas eu não dediquei um tempo a assistir a essa coisa que ela queria que eu assistisse. E então ela disse: ‘bem, Jack Nicholson assumiu o papel’”, contou Murray, sobre a filmagem americana do longa alemão. Indicado ao Oscar 2017 de Melhor Filme de Língua Estrangeira,“Toni Erdmann”conta a história do piadista Winfried Conradi, que quase não vê sua filha Ines, que trabalha em Bucareste. Até que decide ir à Romênia sem avisar e descobre que ela se dedica demais ao trabalho. Decidido a fazê-la compreender que está desperdiçando a vida, ele passa a incorporar um personagem chamado Toni Erdmann e a realizar uma sucessão de pegadinhas. O remake será realizado pela Paramount Pictures com produção do cineasta Adam McKay (vencedor do Oscar 2016 de Melhor Roteiro por “A Grande Aposta”) e seus sócios, o comediante Will Ferrell e a produtora Jessica Elbaum, junto com diretora do longa original, Maren Ade.
Toni Erdmann é um filme de pegadinhas que surpreende pela profundidade
A primeira sugestão do que esperar das 2 horas e 32 minutos de “Toni Erdmann”, o candidato alemão ao Oscar 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira, é dada logo nos primeiros segundos da trama: uma câmera foca uma porta. Nada acontece durante um minuto e meio até que um carteiro chega, toca a campainha e é atendido por Winfried Conradi, um homem grisalho que comenta: “O que meu irmão comprou desta vez? Ele acabou de sair da prisão. Foi preso por mandar um pacote-bomba”. O carteiro segue impassível, Winfried sai de cena e retorna como se fosse o tal irmão. Essa “pequena peça sem graça” que ele tenta pregar no carteiro e a gordura exagerada da cena são um pequeno resumo do que “Toni Erdmann” irá oferecer a partir do terceiro minuto de projeção, e o fato da história sobreviver (e de Hollywood se interessar a ponto de preparar um remake com Jack Nicholson no papel principal) demonstra que, sim, há um grande filme aqui. Escrito e dirigido por Maren Ade, uma das cineastas expoentes do movimento Escola de Berlim, “Toni Erdmann” é uma interessante tragicomédia que observa as relações familiares no mundo moderno através de um filtro provocante: Winfried (o excelente Peter Simonischek) é um professor de música divorciado viciado em brincadeiras bizarras. Ele usa uma dentadura postiça, um terno velho e, quando assume a persona de Toni Erdmann, uma peruca hilária. Toni, o personagem de Winfried, nasce em uma viagem a Bucareste, cidade onde vive a filha Ines (a também excelente Sandra Hüller), executiva de uma grande empresa de demissões e terceirizações. A relação dos dois é distante e complica quando o pai pergunta: “Você é feliz aqui?”. Maren Ade explora com destreza o cânion que separa pais e filhos, ofertando situações cômicas e bizarras, como uma cena sensacional de sexo (em que a filha parece tentar herdar o “estranho” humor do pai – e ao menos aqui consegue), uma festa de aniversário com o pessoal “da firma” transformada em festa do cabide e num dos grandes momentos musicais do ano (Whitney sorri) resultando num filme que, apesar das arestas pontudas, se revela uma pequena joia cinematográfica.
Jack Nicholson vai voltar a atuar no remake da premiadíssima comédia alemã Toni Erdmann
Menos de um mês após ser “aposentado” pelo amigo Peter Fonda, Jack Nicholson topou voltar a Hollywood. Sem filmar desde “Como Você Sabe” (2010), ele estrelará o remake da comédia alemã “Toni Erdmann”, um dos longas europeus mais premiados de 2016 e candidato ao Oscar 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Segundo o site da revista Variety, o estúdio Paramount Pictures adquiriu os direitos cinematográficos da produção alemã após um pedido do próprio Nicholson, que seria um grande do filme. No remake, Nicholson terá o papel vivido pelo austríaco Peter Simonischek, como o pai de uma executiva bem-sucedida, que chega inesperadamente para uma visita questionando se ela era feliz. A atriz Kristen Wiig (“Caça-Fantasmas”) está cotada para viver a filha, interpretada no original pela alemã Sandra Hüller. A refilmagem terá produção da companhia Gary Sanchez Productions, comandada por Adam McKay (diretor e roteirista vencedor do Oscar 2016 por “A Grande Aposta”), pelo comediante Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) e pela produtora Jessica Elbaum, em parceria com a diretora do filme alemão, Maren Ade. “Toni Erdmann” teve sua première mundial no Festival de Cannes 2016 e, apesar de ser ignorado pelo juri presidido por George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”), venceu o Prêmio da Crítica e não parou mais de acumular conquistas, entre elas cinco troféus da Academia Europeia de Cinema, inclusive Melhor Filme Europeu do ano.
Toni Erdmann: Comédia alemã favorita ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ganha trailer legendado
A Sony divulgou o trailer legendado de “Toni Erdmann”, comédia alemã que é favorita a vencer o Oscar 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Embora tenha estreado sem impressionar o júri do Festival de Cannes, o filme de Maren Ade vem acumulando premiações importantes na temporada. Foi, por exemplo, o grande vencedor do European Film Awards, a premiação da Academia Europeia de Cinema, considerada o “Oscar europeu”, faturando os troféus de Melhor Filme, Direção, Roteiro (também de Ade), Ator (o austríaco Peter Simonischek) e Atriz (a alemã Sandra Hüller). A trama de “Toni Erdmann” conta de forma lúdica os esforços de um pai para recuperar o amor de sua filha, uma executiva agressiva que não encontra seu lugar na vida. O sucesso internacional do filme rendeu uma antecipação de sua estreia no Brasil, que acontecerá em 9 de fevereiro.
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro define finalistas sem nenhum latino-americano
O Brasil ficou de fora da lista dos indicados ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA divulgou na noite desta quinta-feira (15/12) a lista com os nove finalistas da categoria, decepcionando muitos cinéfilos pelos títulos definidos. O brasileiro “Pequeno Segredo” acabou não emplacando, após ser escolhido sobre “Aquarius” pela comissão do Ministério da Cultura. Por outro lado, “Aquarius” tampouco conseguiu se qualificar para o Globo de Ouro. Na verdade, a Academia não deu brecha para nenhum filme latino-americano. Nem mesmo para o chileno “Neruda”, vencedor do prêmio Fênix e selecionado para o Globo de Ouro – que estreou justamente nesta quinta no Brasil. A lista é, na verdade, bem polêmica. Deixou de fora até o francês “Elle”, de Paul Verhoeven, que conquistou o Critics Choice Award da categoria e tem rendido vários prêmios à atriz Isabelle Huppert, além do espanhol “Julieta”, de Pedro Almodóvar. Já o melhor filme do ano, “A Criada”, nem foi submetido pela Coreia do Sul, que, assim como o Brasil, optou por um longa mais comercial. Em compensação, está lá o canadense “É Apenas o Fim do Mundo”, de Xavier Dolan, que apesar de premiado em Cannes foi massacrado pela crítica internacional – tem ridículos 44% de aprovação no Rotten Tomatoes, cotação que envergonha a lista do Oscar. Há até um desenho animado, o suíço “Ma Vie De Courgette”, de Claude Barras, que com isso ganha força para integrar a lista da categoria de animação. Mas o que mais chama atenção é o fato de a península da Escandinávia estar representada de forma integral. E talvez a maior surpresa seja mesmo a inclusão do norueguês “The King’s Choice”, de Erik Poppe, drama histórico que a crítica de seu país elogia muito, mas que é totalmente desconhecido para o público internacional, pois não passou em nenhum festival nem repercutiu fora de seu país. Com as ausências e equívocos, o caminho para a vitória do alemão “Toni Erdmann”, encontra-se praticamente assegurado. A comédia de Maren Ade também passou em branco em Cannes, mas venceu o chamado “Oscar europeu”, que é o prêmio de Melhor Filme do ano conferido pela Academia Europeia de Cinema, e vem conquistando todos os troféus em que não disputa com “Elle”. Premiado como Melhor Roteiro em Cannes, também chega forte o iraniano “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, cineasta que já venceu o Oscar por “A Separação” (2011). Para completar, outro veterano das premiações americanas, o russo Andrei Konchalovsky (não tem um Oscar, mas possui um Emmy) chega à competição com o peso do troféu de Melhor Diretor por seu novo filme, “Paraíso”, no recente Festival de Veneza. Vale apontar ainda que, dos nove candidatos, seis são europeus (metade vindo da Escandinávia) e que o candidato canadense também é estrelado por europeus. Assim sendo, apenas o filme australiano (centrado em aborígenes) e o representante asiático não retratam dramas de homens brancos. Confira abaixo a lista completa dos pré-selecionados. A relação definitiva dos cinco indicados será conhecida no dia 24 de janeiro de 2017, quando serão anunciados todos os concorrentes ao Oscar 2017. Finalistas do Oscar 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira “O Apartamento”, de Asghar Farhadi (Irã) “É Apenas o Fim do Mundo”, de Xavier Dolan (Canadá) “Um Homem Chamado Ove”, de Hannes Holm (Suécia) “Ma Vie de Courgette”, de Claude Barras (Suíça) “Paraíso”, de Andrei Konchalovsky (Rússia) “Tanna”, de Bentley Dean e Martin Butler (Austrália) “Terra de Minas”, de Martin Zandvliet (Dinamarca) “The King’s Choice”, de Erik Poppe (Noruega) “Toni Erdmann”, de Maren Ade (Alemanha)
Toni Erdmann é o melhor filme do ano na premiação da Academia Europeia
A comédia alemã “Toni Erdmann” foi a grande vencedora do European Film Awards, a premiação da Academia Europeia de Cinema, considerada o “Oscar europeu”. O longa da diretora Maren Ade fez uma limpa nos troféus, vencendo Melhor Filme, Direção, Roteiro (também de Ade), Ator (o austríaco Peter Simonischek) e Atriz (a alemã Sandra Hüller). A trama de “Toni Erdmann” conta de forma lúdica os esforços de um pai para recuperar o amor de sua filha, uma executiva agressiva que não encontra seu lugar na vida. Sua consagração, na cerimônia realizada na cidade polonesa de Breslávia, foi digna de obra-prima. Mas, curiosamente, o filme foi totalmente subestimado em sua première, na mostra competitiva do Festival de Cannes. Na ocasião, o júri presidido por George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”) também ignorou “Aquarius” e “Elle”, preferindo obras que, em contrapartida, não tiveram o mesmo desempenho em outras competições. Vale observar que os críticos presentes a Cannes já tinham eleito “Toni Erdmann” como o melhor filme, em contraste com a opinião do júri, que escolheu “Eu, Daniel Blake”, do veterano Ken Loach. Já o vencedor do Festival de Berlim, “Fogo no Mar”, de Gianfranco Rosi, recebeu o prêmio da Academia Europeia de Melhor Documentário do ano, por seu relato da crise migratória que vive a ilha de Lampedusa. O troféu de Melhor Animação ficou com a coprodução franco-suíça “Ma Vie de Courgette”, do estreante em longas Claude Barras, e o Prêmio do Público ao melhor filme foi para o polonês “Body”, da diretora Malgorzata Szumowska.
Revista Sight & Sound elege o alemão Toni Erdmann como Melhor Filme do ano
A comédia alemã “Toni Erdmann” foi eleita o Melhor Filme do ano pela tradicional revista britânica Sight & Sound, publicada pelo British Film Institute (BFI). O longa de Maren Ade, completamente ignorado pelo juri do último Festival de Cannes (que premiou filmes inócuos), está colecionando reconhecimentos e premiações na arrancada para o Oscar. Neste fim de semana, também foi eleito o Melhor Filme Estrangeiro do ano pelos críticos de Nova York. Outro cotado para o Oscar 2017, o drama indie “Moonlight”, vencedor do Gotham Awards ficou na segunda posição, seguido pelo francês “Elle”, de Paul Verhoeven, igualmente ignorado pelo juri maluco de Cannes. A lista dos 20 Melhores Filmes de 2016 fecha com o brasileiro “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filha, na 19ª colocação, empatado com o alemão “Victoria”, de Sebastian Schipper, que mantém um plano contínuo em toda a sua duração. Confira abaixo a relação da Sight & Sound: 1. Toni Erdmann (Maren Ade) 2. Moonlight (Barry Jenkins) 3. Elle (Paul Verhoeven) 4. Certas Mulheres (Kelly Reichardt) 5. American Honey (Andrea Arnold) 6. Eu, Daniel Blake (Ken Loach) 7. Manchester by the Sea (Kenneth Lonergan) 8. Things to Come (Mia Hansen-Løve) 9. Paterson (Jim Jarmusch) 10. A Morte de Luís XIV (Albert Serra) 11. Personal Shopper (Olivier Assayas) 11. Sieranevada (Cristi Puiu) 13. Fire At Sea (Gianfranco Rosi) 13. Nocturama (Bertrand Bonello) 13. Julieta (Pedro Almodóvar) 16. La La Land (Damien Chazelle) 16. Cameraperson (Kirsten Johnson) 18. Amor & Amizade (Whit Stillman) 19. Aquarius (Kleber Mendonça Filho) 19. Victoria (Sebastian Schipper)
Variety lista Kleber Mendonça Filho entre os 10 cineastas mais promissores da atualidade
A revista americana Variety publicou sua lista anual com os dez diretores mais promissores da atualidade, e ela inclui o brasileiro Kleber Mendonça Filho, por “Aquarius”. A relação destaca os responsáveis por alguns dos trabalhos de maior repercussão do ano, desde a alemã Maren Ade, de “Toni Erdmann, ao americano Barry Jenkins, de “Moonlight”. A publicação ressalta que todos têm em comum “visão clara, voz distinta e potencial para revolucionar o negócio de maneira própria”. Os 10 diretores listados terão seus perfis publicados numa edição especial da Variety em janeiro, e serão homenageados no Festival de Palm Springs. Preterido pela comissão que escolheu o candidato brasileiro ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, “Aquarius” está indicado ao Spirit Awards, considerado o “Oscar indie”, que premia os melhores do cinema independente. Conheça abaixo os 10 cineastas cujas carreiras merecem ser companhados com atenção, segundo a Variety: Kleber Mendonça Filho (Aquarius) Maren Ade (Toni Erdmann) Ritesh Batra (The Sense of an Ending) Otto Bell (The Eagle Huntress) Julia Ducournau (Grave) Geremy Jasper (Patti Cake$) Barry Jenkins (Moonlight) Emmett & Brendan Malloy (The Tribes of Palos Verdes) William Oldroyd (Lady Macbeth) David Sandberg (Quando as Luzes se Apagam)









