Ator de Os Garotos Perdidos vai estrelar a 2ª temporada de Wayward Pines
O ator Jason Patric, que fez sucesso há muitos anos, em filmes como “Os Garotos Perdidos” (1987) e “Velocidade Máxima 2” (1997), vai estrelar sua primeira série. Ele foi contratado como protagonista da 2ª temporada de “Wayward Pines”, série sci-fi produzida pelo cineasta M. Night Shyamalan (“A Visita”). Segundo o site The Hollywood Reporter, Patric dará vida ao Dr. Theo Yedlin, um novo residente da cidade congelada no tempo, que acorda numa época de plena rebelião. Assim como o protagonista da temporada inicial, ele se verá dividido entre a tentativa de descobrir o que Wayward Pines realmente é e a missão de preservar a existência da raça humana. O segundo ano de Wayward Pines terá início logo após os eventos do primeiro, com seus habitantes lutando contra regras ainda mais radicais, implantadas pelos sobreviventes da Primeira Geração. Por curiosidade, a 1ª temporada também foi estrelada por um ex-ídolo juvenil dos anos 1980, Matt Dillon, astro de “Vidas Sem Rumo” (1983), “O Selvagem da Motocicleta” (1983) e “Drugstore Cowboy” (1989). O filme mais recente de Jason Patric lançado no Brasil foi “O Príncipe” (2014), thriller de ação coestrelado por Bruce Willis, que saiu por aqui direto em DVD. Mas ele também está no elenco do drama indie “The Yellow Birds”, de Alexandre Moors, diretor do prestigiado “Chevrolet Azul” (2013), que chega aos cinemas americanos no segundo semestre.
Série Contos da Cripta vai voltar com produção de M. Night Shyamalan
A série “Contos da Cripta” vai ganhar uma nova versão. A atração voltará à TV pelo canal pago TNT, com produção do cineasta M. Night Shyamalan (“A Visita”). “Fazer parte de uma franquia tão amada quanto ‘Tales From the Crypt’, algo que eu cresci assistindo, e também ter a chance de expandir os limites do gênero na televisão, é uma oportunidade inspiradora que eu mal vejo a hora de começar”, disse Shyamalan, em um comunicado. Entretanto, o formato que a série tomará, em sua reencarnação, deverá ser bem diferente da produção original dos anos 1990. O diretor da TNT Kevin Reilly disse à revista Entertainment Weekly que o projeto nem sequer é uma série. Como assim? “Não é uma série, é um título sob o qual esperamos juntar muitas séries, todas unidas sob a marca ‘Tales from the Crypt’. Night vai certamente dirigir o primeiro e vamos ver como isso vai evoluir. Nós definitivamente vamos utilizar os quadrinhos em que o projeto se baseia”. “Contos da Cripta” era originalmente uma revista de quadrinhos de terror da editora EC Comics, que escandalizou os EUA nos anos 1950, quando foi considerada imprópria pela violência gráfica, dando origem à campanha que culminou na criação do Selo de Ética, uma censura imposta à publicação dos quadrinhos americanos. Além da série da HBO, exibida entre 1989 e 1996, a franquia também inspirou dois filmes. O retorno deve acontecer no próximo outono americano. Mas, segundo apurou o site Bloody Disgusting, os fãs podem se decepcionar pela ausência do personagem Guardião da Cripta. O site afirma que a criatura decrépita, marca dos quadrinhos e da série clássica, foi eliminado do revival, que deve seguir o formato de antologia anual popularizado por “American Horror Story”. O velho dublador do personagem, John Kassir, chegou a lamentar no seu twitter que “seria uma pena se o Guardião não apresentasse o show”.
Wayward Pines vai continuar com uma inesperada 2ª temporada
A rede americana Fox surpreendeu positivamente aos fãs de séries com o anúncio da renovação de “Wayward Pines”, que vai ganhar uma 2ª temporada na televisão norte-americana. A surpresa se dá por conta da demora da definição. Produzida pelo cineasta M. Night Shyamalan (“A Visita”), a atração foi exibida como uma minissérie e teve seu final exibido há quase cinco meses. Mas como o desfecho foi aberto, muitos fãs clamavam por mais histórias passadas naquele universo, que rendeu um público cativo graças à sucessão de reviravoltas e combinações inesperadas de gêneros. “’Wayward Pines’ foi um grande sucesso para nós no último verão”, disse o presidente da Fox David Madden, no comunicado sobre a renovação. “Ficamos absolutamente deslumbrados com o mundo misterioso e surpreendente criado por M. Night Shyamalan e seu time, e reviravoltas narrativas que atraíram a audiência desde o primeiro dia. A segunda temporada levará o suspense, a visão do futuro e os dramas que perseguem os personagens a novos níveis, e mal podemos esperar para que os fãs continuem nesta jornada no ano que vem”. A trama iniciou como um suspense sinistro, com a chegada do agente do Serviço Secreto Ethan Burke (Matt Dillon, de “Crash: No Limite”) ao vilarejo de Wayward Pines, em busca de dois agentes federais desaparecidos. Ele logo descobre um complô na cidade, que controla seus moradores e os impede de partir. Mas nada era o que parecia. O mistério revelou-se, na verdade, uma sci-fi apocalíptica, passada no futuro, no qual a pitoresca Wayward Pines é tudo o que resta da humanidade. As reviravoltas surpreendentes, com direito a mudança de gêneros, estrearam diante de 3,7 milhões de telespectadores e não perderam público. Ao contrário, chegaram a ser assistidas por mais de 4 milhões de pessoas ao vivo. São números elevados para o verão americano. Por isso, mesmo que o trailer do último capítulo tenha sido anunciado como o final da atração, os executivos da Fox procuraram Shyamalan para novos episódios. O problema é que a continuação jamais esteve prevista. Isto porque toda a história foi contada, adaptando para o formato de minissérie a história do best-seller “Pines”, de Blake Crouch. O cineasta, porém, também ficou animado com o resultado e teve várias reuniões com o roteirista e criador da adaptação, Chad Hodge (série “The Playboy Club”), para imaginar a continuação, que, segundo deu a entender o final, será centrado no jovem Charlie Tahan (“A Morte e a Vida de Charlie”), filho dos personagens de Matt Dillon e Shannyn Sossamon (“A Entidade 2”). O excelente elenco original ainda incluía Melissa Leo (“O Lutador”), Carla Gugino (“Watchmen”), Toby Jones (“Capitão América: O Primeiro Vingador”), Hope Davis (série “The Newsroom”), Sarah Jeffery (“Descendentes”) e Reed Diamond (“O Homem Que Mudou o Jogo”), além de participações de Juliette Lewis (“Álbum de Família”) e Terrence Howard (“Homem de Ferro”). Mas a maioria dos personagens que eles interpretavam morreu ao longo da minissérie. Agora, “Wayward Pines” vai retornar no verão norte-americano de 2016 (entre junho e agosto), em data a ser divulgada.
M. Night Shyamalan volta ao terror e à boa forma com A Visita
Quem aprecia o cinema de M. Night Shyamalan certamente torcia por sua volta por cima, após o diretor trocar o terror pelos massacrados “O Último Mestre do Ar” (2010) e “Depois da Terra” (2013). Lembrar desses dois filmes até sugere que o novo “A Visita” não é apenas o retorno de Shyamalan ao gênero que o consagrou, mas também parece integrar uma espécie de trilogia com os anteriores. Afinal, os três longas usam o ponto de vista de crianças e tratam, em sua construção narrativa, de questões similares, como o apego e desapego, a necessidade impositiva de crescer diante das adversidades e lidar com relacionamentos desde muito cedo. Portanto, é interessante ver que os trabalhos do diretor são coerentes, por mais que seja tentador enxergar apenas os aspectos negativos. Embora tenha recebido críticas mais animadas, “A Visita” não repete a unanimidade gerada pelos primeiros filmes do diretor, e é até fácil entender o porquê. Shyamalan utiliza o já manjado recurso do “found footage” para contar a história de dois irmãos, que são enviados pela mãe para passar uns dias na casa dos avós que eles não conheciam. Aos poucos, eles vão percebendo um comportamento muito estranho no casal de idosos. Acontece que, apesar de haver um ou dois momentos que remetem à franquia “Atividade Paranormal”, o cineasta vai por um caminho bem diferente, referenciando fábulas, evitando sustos gratuitos e usando seu tradicional cuidado com os enquadramentos, mesmo aderindo à estética da câmera amadora na mão. O que dizer da beleza de uma das cenas finais, envolvendo as crianças e a mãe? Nesse momento, “A Visita” atinge uma qualidade catártica de arrepiar, isso depois das sequências que encerram a questão dos velhinhos sinistros, que nem deve ser contada aqui, sob o risco de estragar as surpresas. Quem lembra dos requintados trabalhos de construção visual que o diretor fez em filmes como “Sexto Sentido” (1999), “A Vila” (2004) e “A Dama na Água” (2006), percebe que ele filma como um pintor, além de usar o cinema de gênero para tratar de assuntos recorrentes, suas obsessões pessoais. Não é muito diferente em “A Visita”, que, na verdade, é uma obra híbrida. Algumas vezes, não sabemos se estamos vendo uma comédia ou um filme que se leva a sério. Noutras, há uma tentativa de tratar dos problemas pessoais dos jovens personagens com uma seriedade dramática que soa deslocada da narrativa, por mais que isso contribua, até positivamente, para a estranheza pretendida. Talvez seja mais fácil definir “A Visita” como um terror que permite sair do cinema com um sorriso nos lábios, especialmente depois da divertida cena final, de uma simpatia impressionante. É Shyamalan voltando à boa forma, em uma produção de baixo orçamento, e se reafirmando como grande autor que é.



