Estreias | Novo “Ghostbusters” e “Evidências do Amor” chegam aos cinemas
O circuito ainda recebe "A Paixão Segundo GH", a animação "Um Gato de Sorte" e filmes europeus premiados
Estreias | Mostra de São Paulo exibe 362 filmes de 96 países
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começa nesta quinta (19/10) sua 47ª edição em clima pré-pandêmico, com a exibição de 362 filmes de 96 países, numa programação estendida a 24 salas de cinema até o dia 1º de novembro. Seleção internacional A abertura fica por conta de “Anatomia de uma Queda”, suspense vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. Dirigido pela francesa Justine Triet – a terceira mulher a ganhar a Palma de Ouro – , o longa acompanha a investigação da morte de um escritor, que pode ter sido suicídio ou homicídio. A seleção internacional também contará com a exibição inédita de “Maestro”, novo longa de Bradley Cooper, e “Evil Does Not Exist”, de Ryūsuke Hamaguchi, vencedor do Oscar por “Drive My Car”. Também serão exibidos “Afire”, de Christian Petzold, que ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, e “La Chimera”, com direção de Alice Rohrwacher e participação da brasileira Carol Duarte. Entre os destaques, ainda estão nada menos que 17 títulos que disputam vaga na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2023, incluindo o ucraniano “20 Dias em Mariupol”, em que o diretor e fotojornalista Mstyslav Chernov acompanha os esforços de um grupo de jornalistas ucranianos (os únicos repórteres na cidade do título) que tentam documentar a invasão russa, o turco “Ervas Secas”, de Kuru Otlar Üstüne, que rendeu o prêmio de Melhor Atriz em Cannes para Merve Dizdar, o finlandês “Folhas de Outono”, de Kuolleet Lehdet, que recebeu o Prêmio do Júri em Cannes, e o britânico “Zona de Interesse”, de Jonathan Glazer, vencedor do Grande Prêmio do Júri e do Prêmio da Crítica em Cannes. Filmes brasileiros A programação ainda inclui cerca de 60 longas brasileiros, que integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional, e além dos troféus da Mostra também disputam um prêmio da Netflix para exibição na plataforma em mais de 190 países. A lista inclui títulos prestigiados em festivais internacionais, como “A Flor do Buriti”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, premiado na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, e “Estranho Caminho”, de Guto Parente, consagrado após vencer todos os prêmios possíveis do Festival de Tribeca – a primeira vez que houve uma unanimidade no evento nova-iorquino. Além deles, “O Estranho”, de Flora Dias e Juruna Mallon, foi exibido no Festival de Berlim, “Meu Casulo de Drywall”, de Caroline Fioratti, selecionado no SXSW, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, elogiadíssimo no Festival de Veneza. A forte programação brasileira contempla também novos filmes dirigidos por cineastas como André Novais Oliveira (“O Dia que te Conheci”), Clara Linhart (“Eu Sou Maria”), Cristiane Oliveira (“Até que a Música Pare”), Fábio Meira (“Tia Virgínia”), Helena Ignez (“A Alegria É a Prova dos Nove”), Lúcia Murat (“O Mensageiro”), Luiz Fernando Carvalho (“A Paixão Segundo G.H.”) e Petrus Cariry (“Mais Pesado É o Céu”). Homenagens Junto das estreias, a Mostra prestará uma homenagem ao cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007), que assina a arte do pôster da edição. Serão exibidos alguns de seus principais trabalhos, como “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, “O Deserto Vermelho” e a Trilogia da Incomunicabilidade, composta por “A Aventura”, “A Noite” e “O Eclipse”, além de uma exposição com seus trabalhos como artista plástico. Além disso, a Mostra homenageará dois documentaristas com o prêmio Humanidades: o francês Sylvain George e o americano Errol Morris, que terão sete filmes exibidos na programação, incluindo o mais recente, “O Túnel dos Pombos”. Para completar, o Prêmio Leon Cakoff será dedicado a dois cineastas: Júlio Bressane e o sérvio Emir Kusturica. Bressane terá dois filmes recentes exibidos, o documentário “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo”, que tem sete horas de duração, e “Leme do Destino”, história de amor de apenas 27 minutos. A programação completa da 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com horários e locais de exibição, pode ser conferida no site oficial do evento: https://47.mostra.org/.
Netflix cria prêmio para filmes brasileiros em parceria com a Mostra de São Paulo
A Netflix anunciou neste sábado (7/10) uma parceria com a 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo para a criação do Prêmio Netflix. O objetivo é selecionar e adquirir os direitos de distribuição de um filme brasileiro de ficção que participe do evento e ainda não tenha contrato com nenhuma plataforma de streaming. O vencedor será revelado no encerramento da Mostra, em 1 de novembro. Seleção e alcance global O filme escolhido para o Prêmio Netflix será exibido pela plataforma em mais de 190 países, ampliando significativamente o alcance da produção nacional. A iniciativa surge em um momento em que o cinema brasileiro busca maior visibilidade internacional, e a parceria com a gigante do streaming pode ser um passo importante nesse sentido. “Celebramos essa nova parceria com a Netflix e o estímulo que este prêmio traz à produção brasileira de cinema. Entre nossas missões, está apoiar e promover a produção cinematográfica brasileira, exibindo filmes nacionais e proporcionando visibilidade a novos talentos, e o prêmio reforça isso”, disse Renata de Almeida, diretora da Mostra, em comunicado. “A criação desse prêmio representa um marco em nosso compromisso de mais de uma década com o audiovisual brasileiro, e, mais que nunca, com o cinema nacional autoral. É mais um passo em nossa jornada de colaboração com criadores e profissionais do cinema”, acrescentou Gabriel Gurman, diretor de filmes da Netflix no Brasil. Filmes brasileiros A programação deste ano inclui cerca de 60 longas brasileiros, que integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. Os filmes das duas últimas são inéditos em São Paulo. No caso dos novos diretores, são títulos de cineastas que têm até dois títulos no catálogo. Todos os brasileiros da Perspectiva Internacional e da Competição Novos Diretores concorrem ao Prêmio do Público da Mostra, que também inclui o Troféu Bandeira Paulista de Melhor Filme Brasileiro. A lista inclui títulos prestigiados em festivais internacionais, como “A Flor do Buriti”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, premiado na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, e “Estranho Caminho”, de Guto Parente, consagrado após vencer todos os prêmios possíveis do Festival de Tribeca – a primeira vez que houve uma unanimidade no evento nova-iorquino. Além deles, “O Estranho”, de Flora Dias e Juruna Mallon, foi exibido no Festival de Berlim, “Meu Casulo de Drywall”, de Caroline Fioratti, selecionado no SXSW, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, elogiadíssimo no Festival de Veneza. A forte programação brasileira contempla ainda novos filmes dirigidos por cineastas como André Novais Oliveira (“O Dia que te Conheci”), Clara Linhart (“Eu Sou Maria”), Cristiane Oliveira (“Até que a Música Pare”), Fábio Meira (“Tia Virgínia”), Helena Ignez (“A Alegria É a Prova dos Nove”), Lúcia Murat (“O Mensageiro”), Luiz Fernando Carvalho (“A Paixão Segundo G.H.”) e Petrus Cariry (“Mais Pesado É o Céu”). Seleção internacional Ao todo a Mostra exibirá 360 filmes, com destaque para a seleção internacional, que contará com a exibição inédita de “Maestro”, novo longa de Bradley Cooper, e “Evil Does Not Exist”, de Ryūsuke Hamaguchi, vencedor do Oscar por “Drive My Car”. Também serão exibidos “Afire”, de Christian Petzold, que ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, e “La Chimera”, com direção de Alice Rohrwacher e participação da brasileira Carol Duarte. Homenagens Junto das estreias, a Mostra prestará uma homenagem ao cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007), que assina a arte do pôster da edição. Serão exibidos alguns de seus principais trabalhos, como “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, “O Deserto Vermelho” e a Trilogia da Incomunicabilidade, composta por “A Aventura”, “A Noite” e “O Eclipse”. A Mostra também homenageará dois documentaristas com o prêmio Humanidades: o francês Sylvain George e o americano Errol Morris, que terão sete filmes exibidos na mostra, incluindo o mais recente, “The Pigeon Tunnel”. Para completar, o Prêmio Leon Cakoff será dedicado a dois cineastas: Júlio Bressane e o sérvio Emir Kusturica. Bressane terá dois filmes recentes exibidos, o documentário “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo”, que tem sete horas de duração, e “Leme do Destino”, história de amor de apenas 27 minutos. A 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ocorrerá entre os dias 19 de outubro e 1 de novembro na capital paulista.
Os 200 anos da independência do Brasil em filmes, séries e novelas
Neste 7 de setembro que marca os 200 anos da proclamação da Independência, preparamos uma lista com 10 opções de filmes, séries e novelas que tratam, direta ou indiretamente, do tema da independência do Brasil, com diferentes títulos sobre o período histórico em suas diversas abordagens ao longo do tempo. Há obras disponíveis de graça no YouTube, outras em plataformas de assinatura, um filme em cartaz nos cinemas e uma série que estreia nesta data na TV aberta. Figuras históricas como Dom Pedro I têm destaque nessas obras, que também encontram espaço para outras personalidades importantes da independência, como Maria Leopoldina, Tiradentes e até a Marquesa de Santos, amante de Dom Pedro. Confira abaixo. | INDEPENDÊNCIA OU MORTE | YOUTUBE Filme brasileiro lançado em 1972 para celebrar os 150 anos da declaração da independência, “Independência ou Morte” é a versão chapa branca da História, com direito à recriação do quadro homônimo de Pedro Américo, além de mostrar outros eventos focados na figura da Marquesa de Santos (Glória Menezes, de “A Favorita”), amante de Dom Pedro I (Tarcísio Meira, de “A Lei do Amor”). Por isso, o final, com o exílio de Dom Pedro, só faz sentido quando se vê “A Viagem de Pedro”. O elenco também é formado por Dionísio Azevedo (“Eternidade”) no papel de José Bonifácio, Kate Hansen (“O Portador”) como a Imperatriz Leopoldina, Manuel de Nóbrega (criador do programa “A Praça da Alegria”) interpretando o Rei João VI e Heloísa Helena (“Roque Santeiro”) como Carlota Joaquina. A direção é de Carlos Coimbra (“Os Campeões”). | A VIAGEM DE PEDRO | NOS CINEMAS Cauã Reymond (“Alemão”) vive Dom Pedro I nesse drama histórico dirigido por Laís Bodanzky (“Como Nossos Pais”) que acompanha o imperador brasileiro em sua viagem de exílio, após ser expulso do país que ele fundou. Destronado, depressivo e doente, ele busca encontrar forças durante a travessia do Atlântico para enfrentar seu irmão, que usurpou seu trono em Portugal, enquanto recorda seu período no Brasil, desde a chegada na colônia à proclamação da independência. O elenco ainda destaca a alemã Luise Heyer (da série “Dark”) como a imperatriz Leopoldina, a artista plástica Rita Wainer, que estreia como atriz no papel de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, o irlandês Francis Magee (“Into the Badlands”), o guineense Welket Bungué (“Berlin Alexanderplatz”) e vários atores portugueses, com destaque para Luísa Cruz (“As Mil e uma Noites”), João Lagarto (“O Filme do Bruno Aleixo”) e Victória Guerra (“Variações”). | O QUINTO DOS INFERNOS | GLOBOPLAY Criada por Carlos Lombardi (autor da novela “Kubanacan”) e com direção geral de Wolf Maya (“Amor à Vida”), a série “O Quinto dos Infernos” (2002) mistura comédia e erotismo ao contar a história da vinda da família real para o Brasil. Com uma narrativa que se estende por algumas décadas, a série focou primeiro na figura do rei Dom João (interpretado por André Mattos, de “Narcos”) e depois foi protagonizada por Dom Pedro I (Marcos Pasquim, de “Juntos e Enrolados”). O grandioso elenco ainda conta com Luana Piovani (“A Mulher do Meu Marido”), Caco Ciocler (“Simonal”), Danielle Winits (“Tudo Bem No Natal Que Vem”), Humberto Martins (“Esquadrão Antissequestro”), Betty Lago (“Vidas em Jogo”), Bruna Lombardi (“A Vida Secreta dos Casais”), Cláudia Abreu (“Desalma”), Nair Bello (“Kubanacan”), Eva Wilma (“Verdades Secretas”), José Wilker (“O Maior Amor do Mundo”), Taís Araújo (“Aruanas”) e Lima Duarte (“O Outro Lado do Paraíso”). | FILHOS DA PÁTRIA | GLOBOPLAY Criada por Alexandre Machado (“Shippados”) e Bruno Mazzeo (“E Aí… Comeu?”), essa série de comédia tem início em 1822 e explora a promessa de mudança alimentada pela recém-proclamada independência do Brasil. Entretanto, a série mostra que muitos dos problemas comuns à sociedade contemporânea já estavam presentes desde o início do país. O elenco é formado por Fernanda Torres (“Os Normais”), Alexandre Nero (“Império”), Matheus Nachtergaele (“Big Jato”), Johnny Massaro (“Verdades Secretas”) e Karine Teles(“Bacurau”). “Filhos da Pátria” teve duas temporadas, disponíveis no Globoplay. | NOVO MUNDO | GLOBOPLAY Exibida em 2017, “Novo Mundo” é uma novela criada por Thereza Falcão e Alessandro Marson (ambos de “A Regra do Jogo”) que tem como pano de fundo o período anterior à declaração da independência. A trama tem início em 1817, e acompanha Anna Millman (Isabelle Drummond, de “Turma da Mônica: Lições”), uma inglesa que trabalha como professora de português e se envolve com um ator português, Joaquim Martinho (Chay Suede, de “Minha Fama de Mau”), durante uma viagem para o Brasil. O motivo dessa viagem é o casamento do imperador Dom Pedro (Caio Castro, de “A Dona do Pedaço”) com a princesa de origem austríaca Maria Leopoldina (Letícia Colin, de “Entre Irmãs”). O elenco ainda conta com Ingrid Guimarães, Caco Ciocler (“Simonal”), Júlia Lemmertz (“Pequeno Segredo”), Felipe Camargo (“Além do Tempo”) e Babu Santana (“Tim Maia”). | MARQUESA DE SANTOS | YOUTUBE A amante de Dom Pedro I também é tema da minissérie “Marquesa de Santos”, produzida e exibida na extinta TV Manchete em 1984. Criada por Wilson Aguiar Filho (“Os Imigrantes”), a minissérie narra a história da independência a partir do olhar de Domitila de Castro Canto e Melo, que posteriormente ganharia o título de Marquesa de Santos. “Marquesa de Santos” foi estrelada por Maitê Proença (“Me Chama de Bruna”), Gracindo Júnior (“Magnífica 70”), Edwin Luisi (“Na Corda Bamba”) Maria Padilha (“A Regra do Jogo”), Leonardo Villar (“Chega de Saudade”) e Beth Goulart (“Vitória”). A direção ficou a cargo de Ary Coslov (“Guerra dos Sexos”). | O NATAL DO MENINO IMPERADOR | YOUTUBE Especial de Natal produzido pela Rede Globo em 2008, “O Natal do Menino Imperador” mostra Dom Pedro II (Sérgio Britto, de “O Maior Amor do Mundo”) aos 65 anos contando ao neto Antônio (Rafael Miguel, de “Cama de Gato”) algumas das passagens mais marcantes de sua vida. Dentre as histórias contadas por Dom Pedro II, destaca-se a sua relação com pai, Dom Pedro I (Reynaldo Gianecchini, de “Bom Dia, Verônica”). O programa tem narração de Fernanda Montenegro (“O Outro Lado do Paraíso”) e o elenco ainda conta com Luiz Carlos Vasconcelos (“Marighella”), Aracy Balabanian (“Sai de Baixo: O Filme”), Guilherme Weber (“O Negócio”) e o cantor Lenine. A direção foi dividida entre Allan Fiterman (“Pixinguinha, Um Homem Carinhoso”), Flávia Lacerda (“Chapa Quente”), Luiz Henrique Rios (“Pega Pega”) e Denise Saraceni (também de “Pixinguinha, Um Homem Carinhoso”). | CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRAZIL | CLARO VIDEO Principal título da retomada do cinema brasileiro, “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” (1995) é outra obra que conta a história da vinda da família real portuguesa para o Brasil, desta vez pelo de Carlota Joaquina de Bourbon (interpretada por Marieta Severo, de “A Grande Família”), esposa do rei D. João VI (Marco Nanini, também de “A Grande Família”). Dirigido por Carla Camurati (“Irma Vap – O Retorno”), o filme explorou a temática histórica através de uma abordagem cômica, o que agradou as plateias e transformou o filme em um grande sucesso nacional. O elenco ainda conta com Maria Fernanda (“Olho por Olho”) como a Rainha Maria I, Marcos Palmeira (“Pantanal”) como Dom Pedro I e Beth Goulart (“Vitória”) como a Princesa Maria Teresa de Bragança. | OS INCONFIDENTES | YOUTUBE Co-produção brasileira e italiana lançada em 1972, “Os Inconfidentes” é o melhor filme sobre a história do movimento separatista conhecido como Inconfidência Mineira, prelúdio da independência, que foi reprimido pela Coroa portuguesa em 1789 e culminou na execução do líder do movimento, Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes (que no filme é interpretado pelo saudoso José Wilker, de “O Maior Amor do Mundo”). O elenco ainda conta com Luís Linhares (“O Homem do Pau-Brasil”), Paulo César Peréio (“Magnífica 70”), Fernando Torres (“S.O.Z: Soldados o Zombies”) e Carlos Kroeber (“Barriga de Aluguel”). Dirigido por Joaquim Pedro de Andrade (“Macunaíma”), “Os Inconfidentes” figura na lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, realizada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). | INDEPENDÊNCIAS | TV CULTURA Criada por Luiz Fernando Carvalho em parceria com Luís Alberto de Abreu (ambos de “Capitu” e “Hoje É Dia de Maria”), “Independências” é uma série estruturada em cima do conceito de “Nova historiografia”. Trata-se de uma releitura histórica a partir de uma abordagem alternativa, com personagens que normalmente não aparecem na história “convencional”, mas que tiveram importância no desenrolar dos eventos históricos. A série aponta, por exemplo, a importância de mulheres no processo independência, destacando, entre outras, a participação de Maria Leopoldina, esposa de Dom Pedro I – quem realmente assinou a recomendação de independência do Brasil. O grandioso elenco é composto por Antonio Fagundes (“Deus É Brasileiro”), Daniel de Oliveira (“Aruanas”), Isabél Zuaa (“As Boas Maneiras”), Ilana Kaplan (“A Vila”), Gabriel Leone (“Dom”), Maria Fernanda Candido (“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”), Marat Descartes (“Trabalhar Cansa”) e as cantoras Fafá de Belém e Margareth Menezes. “Independências” tem um total de 16 episódios episódios, que começam a ser exibidos nesta quarta (7/9), na TV Cultura.
Maria Fernanda Cândido vai estrelar adaptação de A Paixão Segundo G.H., de Clarice Lispector
A atriz Maria Fernanda Cândido vai estrelar “A Paixão Segundo G.H.”, adaptação cinematográfica do romance homônimo de Clarice Lispector (1920-1977). Trata-se de um projeto desafiador, já que a obra é estruturada como um longo monólogo. “A Paixão Segundo G.H.” mostra o fluxo de consciência de uma mulher que demite a empregada e se põe a limpar o quarto de serviço, quando se depara com uma barata. Ela supera o nojo pelo inseto para poder matá-lo e, então, comê-lo. Escrito em 1964, o romance é considerado pelos críticos literários a obra mais importante da autora. A direção está a cargo de Luiz Fernando Carvalho, que já dirigiu a atriz em vários trabalhos, desde a novela “Esperança” (2002) até a minissérie “Dois Irmãos” neste ano. Com o filme, Carvalho retornará ao cinema, após 16 anos dedicados à TV. Seu único longa é o ótimo “Lavoura Arcaica” (2001), que também é uma adaptação literária – de Raduan Nassar. Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor contou que “A Paixão Segundo G.H” era o livro que o acompanhou durante a montagem de “Lavoura Arcaica”, “para dar um ‘descanso’ de Raduan”, ele brincou. “Foi ali que surgiu a semente desse projeto, que não é uma adaptação, assim como o ‘Lavoura’ também não era”.
Globo abre mão do premiado diretor de Dois Irmãos e Velho Chico
Diretor da elogiada minissérie “Dois Irmãos” (2017) e da novela “Velho Chico” (2016), Luiz Fernando Carvalho não é mais profissional exclusivo da rede Globo. A emissora informou, por meio de comunicado, que o profissional, responsável por visuais marcantes em alguns de seus maiores sucessos, como “Renascer” (1993), “O Rei do Gado” (1996), “Os Maias” (2001), “Esperança” (2002) e “Capitu” (2008), agora será contratado por obra. Segundo o comunicado, enviado pela assessoria de comunicação do canal, Globo e Luiz Fernando Carvalho decidiram em comum acordo por este novo modelo de contrato, o que vai permitir que o diretor desenvolva projetos também com outros parceiros, além de poder se dedicar ao cinema. Como cineasta, ele dirigiu apenas um longa: “Lavoura Arcaica” (2001), vencedor do Festival de Brasília, da Mostra de São Paulo, do Festival de Cartagena e de Guadalajara. “A Globo continuará contando com o trabalho de Luiz Fernando Carvalho numa dinâmica como a que hoje tem com outros grandes diretores do mercado. Sempre que houver uma grande história para ser contada por Luiz Fernando Carvalho na Globo, a emissora e o diretor trabalharão juntos para levar o projeto ao ar”, diz Sergio Valente, diretor de Comunicação da emissora. O diretor trabalhava para a rede Globo há 30 anos.
Cauã Reymond diz viver papéis de sua vida em Dois Irmãos, próxima minissérie da Globo
Adiada várias vezes pela Globo, a minissérie “Dois Irmãos” vai finalmente estrear em janeiro. E o ator Cauã Reymond (“Alemão”) já garante que, graças a ela, conseguiu os papéis de sua vida. No plural, já que ele interpreta irmãos gêmeos, Yaqub e Omar. A série teve seu primeiro teaser divulgado durante a Comic-Con Experience (CCXP), com muito drama, violência e cenas quentes, o cardápio já típico das minisséries das 23h da emissora. Além disso, rendeu conversa com o ator, o escritor do livro e a roteirista responsável pela adaptação durante o painel da rede Globo no evento. Baseada na obra homônima de Milton Hatoum, a trama gira em torno da rivalidade entre os irmãos gêmeos, que corrói uma família de imigrantes libaneses em Manaus. Eles desenvolvem essa rivalidade a partir da predileção da mãe, Zana, por um deles, Omar. Cauã revelou que desejava interpretar os irmãos desde que leu o romance homônimo de Hatoum, quando tinha 26 anos de idade. “Quem me deu o livro foi minha mãe. E eu falei ‘Eu posso fazer esses dois irmãos’. Ainda estava no começo da carreira”, contou o ator no evento. E a vontade também se estendia à oportunidade de trabalhar com o diretor Luiz Fernando Carvalho. “Tinha o sonho de trabalhar com ele desde ‘Malhação’, para vocês verem como sou arrogante”, brincou. Quando foi divulgado que o diretor da novela “Velho Chico” trabalhava na adaptação, Cauã disse a um dos produtores de elenco da Globo, que gostaria de participar. E a resposta afirmativa veio tempo depois: “Nelsinho me dá um tapinha no ombro e diz ‘Acho que esse projeto vai cair no seu colo’. Fiquei extremamente emocionado e extremamente ansioso, porque até eu encontrar o Luiz e a Maria [Camargo, escritora] levaram três meses. E quando teve esse encontro eu sabia que tinha o papel da minha vida nas mãos”. A ideia da minissérie chegou à Globo por meio da roteirista Maria Camargo (“Nise: O Coração da Loucura”) em 2003. Sentindo-se “presa” pela história do livro, ela sugeriu à emissora que ele fosse adaptado para uma minissérie. O projeto, na época, não foi para a frente, mas rendeu amizade com o autor do livro. “Me apresentei pro Milton, fui muito cara de pau. Falei ‘Eu amo seu livro, estou apaixonada e quero fazer algo’. O Milton foi de uma generosidade ímpar, virou meu amigo. Depois entrou o Luiz. Várias vezes parecia que o projeto ia, não ia”. Emocionado em ver pela primeira vez uma prévia da série, Hatoum aprovou a adaptação e disse não ter preconceitos com outras mídias, como a televisão. “É uma obra pra romper os preconceitos. Ainda estou emocionando. Fico imaginando o que foi até chegar aí. Eu na minha idade ter preconceitos seria triste, o fim da picada. Acho que tem que ter nuances pra tudo. Há programas que eu não assisto na TV brasileira, não assisto de jeito nenhum, mas há minisséries que eu assisto”. Em sua avaliação, a atração pode ajudar a obra a encontrar um novo público. “Eu acho que o grande barato dessa minissérie é que ela vai atingir um público também que nunca viu isso, que infelizmente não lê, mas que pode se interessar em ler”, afirmou, em seguida emendando uma provocação: “Qual a batalha do escritor? É tirar o leitor da lista do best seller e trazer o leitor, não digo nem pro ‘Dois Irmãos’, de levar pro ‘São Bernardo’, pro ‘Vidas Secas’. Sai da lista dos mais vendidos e entra na literatura, vai ajudar você a se conhecer mais, a conhecer os outros, as relações humanas”.
Festival do Rio 2016 anuncia programação nacional com Pequeno Segredo
A organização do Festival do Rio anunciou a lista das produções brasileiras que integrarão sua programação de 2016. A mostra competitiva Première Brasil terá 35 longas e 13 curtas, que concorrerão ao troféu Redentor em várias categorias. Este ano, a seleção concentra títulos de cineastas do próprio Rio de Janeiro e de São Paulo, com direito a novas obras dos já consagrados Andrucha Waddington, Eliane Caffé e Paulo Machline. Entre os documentários, o destaque é para “Curumim”, de Marcos Prado, que foi exibido no Festival de Berlim. Mas as atenções devem se voltar aos filmes que terão exibição fora de competição, em especial para “Pequeno Segredo”, de David Schurmann, que foi selecionado para representar o Brasil no Oscar 2017. A opção por uma projeção hors concour evita estrategicamente que o filme seja comparado a outros numa disputa nacional. Outros títulos esperados em sessões não competitivas são “Barata Ribeiro, 716”, de Domingos Oliveira, vencedor do Festival de Gramado, “Elis”, de Hugo Prata, premiado no Festival de Gramado, o documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, premiado no Festival de Cannes, e “O que Seria deste Mundo sem Paixão?”, novo longa do veterano Luiz Carlos Lacerda. O festival também exibirá seis longas e quatro curtas na mostra Novos Rumos, quatro longas na Retratos Falados, dedicada a temas políticos e sociais, e fará duas exibições especiais: da cópia restaurada de “É um Caso de Polícia” (1959) e uma sessão comemorativa dos 15 anos de “Lavoura Arcaica”, de Luiz Fernando Carvalho, um dos marcos da retomada do cinema brasileiro. FILMES BRASILEIROS DO FESTIVAL DO RIO 2016 MOSTRAS COMPETITIVAS Longas de Ficção “Comeback” (Comeback), de Erico Rassi “Era o Hotel Cambridge”, de Eliane Caffé “Fala Comigo”, de Felipe Sholl “Mulher do Pai”, de Cristiane Oliveira “O Filho Eterno”, de Paulo Machline “Redemoinho”, de José Luiz Villamarim “Sob Pressão”, de Andrucha Waddington “Vermelho Russo”, de Charly Braun Longas Documentário “Curumim”, de Marcos Prado “Divinas Divas”, de Leandra Leal “Luta do Século”, de Sergio Machado “O Jabuti e a Anta”, de Eliza Capai “Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos”, de Sergio Oliveira “Waiting for B.”, de Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel Novos Rumos “A Serpente”, de Jura Capela “Deixa na Régua”, de Emílio Domingos “Então Morri”, de Bia Lessa e Dany Roland “Para Ter Onde Ir”, de Jorane Castro “Talvez Deserto Talvez Universo”, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes “Xale”, de Douglas Soares Curtas “Antonieta”, de Flávia Person “Demônia – Melodrama em 3 atos”, de Cainan Baladez e Fernanda Chicolet “Lápis Cor de Pele”, de Victória Roque “O Estacionamento”, de William Biagioli “O Ex-Mágico”, de Olimpio Costa e Mauricio Nunes “O Homem da Raia do Canto”, de Cibele Santa Cruz “Postegardos”, de Carolina Markowicz “Se por Acaso”, de Pedro Freire Curtas – Novos Rumos “Sem título #3: E para que poetas em tempo de pobreza?”, de Carlos Adriano “Janaina 0verdrive”, de Mozart Freire “Love snaps”, de Daniel Ribeiro e Rafael Lessa “Não me prometa nada”, de Eva Randolph MOSTRAS NÃO COMPETITIVAS Longas de Ficção “Barata Ribeiro, 716”, de Domingos Oliveira “Elis”, de Hugo Prata “Pequeno Segredo”, de David Schurmann “O que Seria deste Mundo sem Paixão?”, de Luiz Carlos Lacerda Documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha “Pitanga”, de Beto Brant e Camila Pitanga Curta “Os Cravos e a Rocha”, de Luísa Sequeira Retratos Falados “Entre os homens de bem”, de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros “Galeria F”, de Emília Silveira “Intolerância.doc”, de Susanna Lira “Holocausto Brasileiro”, de Daniela Arbex e Armando Mendz Latina “La Vingança”, de Fernando Fraiha Fronteiras “Kabadio – O Tempo Não Tem Pressa, Anda Descalço”, de Daniel Leitem “Central”, de Tatiana Sager e Renato Dornelles Tesouro Restaurado “É um Caso de Polícia”, de Carla Civelli (1959) Homenagem 15 anos “Lavoura Arcaica”, de Luiz Fernando Carvalho (2001)







