Matt Damon lamenta comentários polêmicos sobre assédio e diz que vai calar a boca por um tempo
O ator Matt Damon resolveu fazer controle de danos, retratando-se pelos seus comentários sobre as denúncias de assédio na indústria de entretenimento. Em entrevista ao programa “Today”, da rede NBC, na terça-feira (16/1), ele reconheceu que deveria “ter ouvido mais” antes de se posicionar sobre o assunto. “Eu não quero aumentar a dor de ninguém com qualquer coisa que eu faça ou fale”, resumiu Damon. Ele acrescentou que há muitas amigas suas envolvidas com a iniciativa Time’s Up, que luta contra o assédio sexual. “Eu apoio o que elas estão fazendo e quero ser parte dessa mudança, mas devo ir para o banco de trás e calar a minha boca por um tempo”. O ator foi criticado por declarações polêmicas sobre a assunto. Em uma entrevista, chegou a propor que as punições refletissem os “níveis” de assédio, e que houve perdão para os assediadores menos graves. “Há uma diferença entre acariciar a bunda de alguém e estuprar ou abusar de crianças, certo? Ambos os comportamentos precisam ser confrontados e erradicados, sem dúvida, mas eles não devem ser considerados iguais”, disse na ABC News. Para Damon, estupro deve ser tratado com cadeia, porque é comportamento criminoso, mas outras atitudes devem ser consideradas apenas “vergonhosas” e “nojentas”. “Não conheço Louis C.K., mas não imagino que ele vá fazer aquelas coisas de novo”, disse o ator, referindo-se às acusações de masturbação do comediante diante de mulheres com quem trabalhou. Minnie Driver, que já namorou Damon, ficou tão chocada que escreveu “Deus, isto é sério?” no Twitter. Ela respondeu ao jornal The Guardian que os homens “simplesmente não conseguem entender o que é o abuso cotidiano” e não devem, portanto, tentar diferenciar ou explicar o que seria uma má conduta sexual contra as mulheres. “Não há hierarquia em referência a abusos. Não se pode dizer que uma mulher estuprada tem direito a se sentir pior que outra para quem só mostraram o pênis. Muito menos um homem. E se bons homens como Matt Damon pensam desta maneira, temos um problema. Precisamos de homens bons e inteligentes que digam que tudo isto é mau, que condenem isto tudo e recomecem do zero”, acrescentou. Por sua vez, Alyssa Milano foi ao Twitter desabafar. “Estamos numa ‘cultura de indignação’ porque o tamanho da raiva é, de fato, revoltante. E é justa”, ela começou. “Eu fui vítima de cada componente do espectro de agressão sexual do qual você fala. Todos machucaram. E todos estão ligados a um patriarcado entrelaçado com uma misoginia considerada normal, aceita e até bem-recebida”, apontou. “Não estamos indignadas porque alguém agarrou nossas bundas em uma foto. Estamos indignadas porque fomos forçadas a crer que isso era normal. Estamos indignadas porque formos submetidas à abuso psicológico. Estamos indignadas porque fomos silenciadas por tanto tempo”. Além disso, o comentário de Damon rendeu um abaixo-assinado pedindo o corte do ator de “Oito Mulheres e um Segredo”, filme de empoderamento feminino, em que ele filmou uma participação especial.
Série animada de Louis C.K. é descartada pelo canal pago TBS
O canal pago PBS resolveu descartar a série animada “The Cops”. A atração foi a última baixa do escândalo sexual que envolveu o comediante Louis C.K., que criou a série em parceria com ator veterano Albert Brooks (“Drive”). Os dois também dublariam os personagens centrais, os policiais atrapalhados Al e Lou. A TBS tinha encomendado 10 episódios da série em janeiro do ano passado e vários roteiros foram produzidos. Além disso, a atração foi anunciada num vídeo com os novos programas do canal. Veja abaixo. “The Cops” se juntou a vários projetos de Louis C.K. que foram cancelados após ele admitir que as denúncias de assédio sexual feitas por colegas comediantes eram verdadeiras. A HBO removeu os programas de stand-up do comediante e a antiga comédia “Lucky Louie” de seus serviços de streaming, e vetou sua participação no especial beneficente “Night of Too Many Stars: America Unites for Autism Programs”, que foi ao ar em 18 de novembro. A Netflix também confirmou o cancelamento de um especial do comediante, que não chegou a ser produzido. Mas o pior ficou por conta do canal FX, que exibiu a premiada série “Louie” nos EUA até dois anos atrás e lança periodicamente especiais do comediante. O FX exibe atualmente duas atrações produzidas por Louis C.K., “Baskets” e “Better Things”. Por enquanto, apenas uma decisão sobre a última foi anunciada. A série continuará a ser feita sem a participação de C.K.
Globo de Ouro 2018 abre fase televisiva da temporada de premiações
O Globo de Ouro 2018 abre a temporada televisiva das premiações de cinema e TV na noite deste domingo (7/1). Primeiro grande evento de Hollywood a ser exibido na TV neste ano, acontece em Los Angeles, no coração da indústria do entretenimento americano, sob a sombra das denúncias de assédio sexual que acabaram com as carreiras de muitos poderosos, como Harvey Weistein, Kevin Spacey e Louis C.K.. Por conta disso, muitas estrelas planejam desfilar em seu tapete vermelho trajando preto. A decisão é um protesto contra o abuso dos predadores de Hollywood, que uniu atrizes, roteiristas, diretoras e produtoras em torno do projeto Time’s Up, lançado no feriado de ano novo, para prestar assessoria jurídica a pessoas de baixo poder aquisitivo assediadas em seus locais de trabalho. “Estamos felizes que as mulheres tenham encontrado sua voz e estejam empoderadas para falar”, disse a indiana Meher Tatna, presidente da HFPA, Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, responsável pelo Globo de Ouro. “A HFPA é um grupo de jornalistas, dos quais 60% são mulheres, e nós apoiamos e abraçamos a liberdade de expressão. Mas não acho que isso vá influenciar no clima festivo. Ainda é a celebração do nosso 75º aniversário e do melhor do cinema e da TV”. O evento realmente é mais conhecido por sua festa que sua importância. Afinal, não dá para levar a sério uma premiação capaz de eleger “Corra!” como a Melhor Comédia do ano – depois de já ter feito esta façanha com “Perdido em Marte”. O segredo para se mostrar divertido é simples: trata-se da única cerimônia de premiação que dispõe os convidados em mesas de jantar, com direito a muita bebida alcoólica. Seth Myers, encarregado de apresentar a cerimônia, terá a difícil missão de conduzir o evento entre os temas polêmicos – Trump ainda é presidente dos Estados Unidos, é sempre bom lembrar – sem perder de vista o clima de festa. Pouco importa quem vai vencer o Globo de Ouro, já que a premiação reflete os gostos de um grupo exótico – os jornalistas estrangeiros que trabalham em Hollywood – e que adora receber presentinhos da indústria para votar. Mas a lista dos indicados pode ser conferida aqui. O tapete vermelho do evento começa a ser exibido às 21h, pelo canal pago E!, acompanhando a chegada dos famosos. Uma hora depois, às 22h, a TNT começa sua transmissão, ainda durante a recepção das estrelas, comandada no Brasil por Carol Ribeiro e Hugo Gloss. A premiação propriamente dita será transmitida a partir das 23h na TNT e deve seguir madrugada a dentro.
Matt Damon recebe lição de moral de atrizes após declarações polêmicas sobre assédio sexual
O ator Matt Damon (“Jason Bourne”) fez comentários polêmicos sobre assédio sexual durante uma entrevista na TV americana, e as atrizes Minnie Drive (série “Speechless”) e Alyssa Milano (série “Mistress”) não deixaram barato. Em entrevista para o programa do crítico de cinema Peter Travis na ABC News, Damon exaltou a coragem das mulheres que denunciaram abusadores, mas ressaltou que alguns casos não deveriam ser colocados na mesma balança: “Há uma diferença entre acariciar a bunda de alguém e estuprar ou abusar de crianças, certo? Ambos os comportamentos precisam ser confrontados e erradicados, sem dúvida, mas eles não devem ser considerados iguais”. Falando em exageros de uma “cultura do ultraje”, ele deu exemplos. “Quando você vê (o senador) Al Franken tirando uma foto com as mãos na jaqueta daquela mulher, onde estariam os seios, e rindo para a câmera, é claro que é uma piada horrorosa. É errado, e ele não deveria ter feito aquilo. Por outro lado, quando você lê as coisas das quais Harvey é acusado, não há fotos disso e por um motivo! Ele sabia que o que ele fazia era errado. Não há testemunhas. Não há nada sobre ele se gabando do que fez. São coisas secretas, porque são criminosas. Essas duas coisas não pertencem a mesma categoria. Elas devem ser consideradas de formas diferentes”. Para Damon, estupro deve ser tratado com cadeia, porque é comportamento criminoso, mas outras atitudes devem ser consideradas apenas “vergonhosas” e “nojentas”. “Não conheço Louis C.K., mas não imagino que ele vá fazer aquelas coisas de novo”, disse o ator, referindo-se às acusações de masturbação do comediante diante de mulheres com quem trabalhou. A conclusão é que assediadores deveriam ser perdoados e ter a chance de continuar no mesmo ambiente de trabalho. Minnie Driver, que já namorou Damon, ficou tão chocada que escreveu “Deus, isto é sério?” no Twitter. Ela respondeu ao jornal The Guardian que os homens “simplesmente não conseguem entender o que é o abuso cotidiano” e não devem, portanto, tentar diferenciar ou explicar o que seria uma má conduta sexual contra as mulheres. “Não há hierarquia em referência a abusos. Não se pode dizer que uma mulher estuprada tem direito a se sentir pior que outra para quem só mostraram o pênis. Muito menos um homem. E se bons homens como Matt Damon pensam desta maneira, temos um problema. Precisamos de homens bons e inteligentes que digam que tudo isto é mau, que condenem isto tudo e recomecem do zero”, acrescentou. Por sua vez, Alyssa Milano foi ao Twitter desabafar. “Estamos numa ‘cultura de indignação’ porque o tamanho da raiva é, de fato, revoltante. E é justa”, ela começou. “Eu fui vítima de cada componente do espectro de agressão sexual do qual você fala. Todos machucaram. E todos estão ligados a um patriarcado entrelaçado com uma misoginia considerada normal, aceita e até bem-recebida”, apontou. “Não estamos indignadas porque alguém agarrou nossas bundas em uma foto. Estamos indignadas porque fomos forçadas a crer que isso era normal. Estamos indignadas porque formos submetidas à abuso psicológico. Estamos indignadas porque fomos silenciadas por tanto tempo”. Veja abaixo a entrevista polêmica.
Filme de Louis C.K. não será mais lançado após escândalo sexual
A distribuidora indie Orchard anunciou que não irá mais lançar “I Love You, Daddy”, filme dirigido e estrelado por Louis C.K., após uma reportagem do jornal New York Times denunciar assédio do humorista contra colegas comediantes do sexo feminino. A Orchard tinha pago US$ 5 milhões pelos direitos do filme, após a première no Festival de Toronto. O tapete vermelho estava marcado para quinta-feira passada (9/11), mas ele foi abruptamente cancelado quando, no mesmo dia, o jornal New York Times publicou a reportagem-denúncia. Após considerar as repercussões, a distribuidora emitiu um comunicado afirmando que tinha desistido do lançamento, marcado para a próxima sexta, 17 de novembro, nos Estados Unidos. A produção foi realizada em segredo por CK ao longo de apenas 20 dias e bancada por seu próprio dinheiro. Rodado em preto e branco, o filme acompanha a relação de um roteirista (papel de CK) e sua filha adolescente em meio ao ambiente hedonista de Hollywood, destacando em particular um cineasta pervertido, que gosta de atrizes bem jovens – para preocupação do pai-protagonista. Chlöe Grace Moretz (“A 5ª Onda”) vive a filha, John Malkovich (“Horizonte Profundo: Desastre no Golfo”) é o diretor papa-anjo, e o elenco ainda inclui Rose Byrne (“X-Men: Apocalipse”), Charlie Day (“Círculo de Fogo”), Pamela Adlon (série “Better Things”), Edie Falco (série “Nurse Jackie”) e Helen Hunt (“Melhor É Impossível”). Veja o trailer abaixo.
Trailer de dramédia indie de Louis C.K. aborda perversão de Hollywood
A Orchard divulgou dois pôsteres e o trailer de “I Love You, Daddy”, dramédia indie escrita, dirigida e estrelada por Louis C.K. (série “Louie”), cujo tema não poderia ser mais atual. Rodado em preto e branco, o filme acompanha a relação de um roteirista e sua filha adolescente em meio ao ambiente hedonista de Hollywood, destacando em particular um cineasta pervertido, que gosta de atrizes bem jovens – para preocupação do pai-protagonista. Chlöe Grace Moretz (“A 5ª Onda”) vive a filha, John Malkovich (“Horizonte Profundo: Desastre no Golfo”) é o diretor papa-anjo, e o elenco ainda inclui Rose Byrne (“X-Men: Apocalipse”), Charlie Day (“Círculo de Fogo”), Pamela Adlon (série “Better Things”), Edie Falco (série “Nurse Jackie”) e Helen Hunt (“Melhor É Impossível”). O filme teve première no Festival de Toronto, onde não impressionou, mas o timing de seu lançamento comercial redimensiona da trama, ao aproximá-la do escândalo sexual envolvendo Harvey Weinstein. “I Love You, Daddy” chega aos cinemas americanos em 17 de novembro e não tem previsão de lançamento no Brasil.
Baskets é renovada para sua 3ª temporada
O canal pago americano FX renovou a série “Baskets” para sua 3ª temporada. O anúncio foi feito por meio de comunicado, em que o presidente de programação original do FX, Nick Grad, chamou a produção de “uma das melhores comédias na televisão”. “Este ano, ‘Baskets’ consolidou sua posição como uma das melhores comédias na televisão, aproveitando o impulso de sua 1ª temporada, que se tornou aclamada pelos fãs e ganhou vários prêmios”, ele declarou. Criada pelos comediantes Zach Galifianakis (trilogia “Se Beber, Não Case!”) e Louis C.K. (série “Louie”) e o diretor-roteirista Jonathan Krisel (série “Portlandia”), “Baskets” é estrelada por Galifianakis, marcando seu retorno à TV após o cancelamento de “Bored to Death” em 2011, na qual era coadjuvante. Ele interpreta um homem chamado Chip Baskets, que persegue o sonho de ser um palhaço respeitado. Mas depois de ser rejeitado na escola de palhaços de Paris, o único trabalho que ele consegue arranjar é num rodeio local. Além disso, ao voltar para casa, ainda enfrenta a reprovação de sua mãe, interpretada pelo ator Louie Anderson, que venceu o Emmy 2016 de Melhor Ator Coadjuvante pelo papel.
Louis C.K. contrai dívida milionária ao lançar série na internet
O comediante americano Louis C.K., protagonista da premiada série “Louie”, revelou que está devendo milhões de dólares por conta do fracasso da websérie “Horace and Pete”, que ele lançou na internet em janeiro. A confissão foi feita durante uma entrevista ao programa de rádio de Howard Stern na Sirius XM. Ele explicou que a estratégia comercial montada para a série não deu certo, o que o deixou mergulhado em dívidas. Lançada no site oficial do comediante, “Horace and Pete” traz Louis e Steve Buscemi (série “Boardwalk Empire”) como os personagens do título, proprietários de um bar nova-iorquino onde a trama acontece ao longo de uma única noite – com direito a um flashback. Foram produzidos, ao todo, 10 episódios. O último foi disponibilizado em 2 de abril. Os primeiros capítulos custaram US$ 2 milhões, dinheiro que ele tirou do próprio bolso. Para se ter noção, a trilha foi composta simplesmente por Paul Simon. Mas o comediante acreditava que valor seria recuperado após a estreia. Louis pretendia que os espectadores comprassem cada episódio individualmente (os valores variam entre US$ 2 e US$ 5), mas não foi muito convincente. A série estreou sem publicidade e as coisas não aconteceram conforme o planejado. Após o fracasso de “venda” dos primeiros capítulos, Louis decidiu colocar no ar o desfecho de “Horace and Pete” fazendo um empréstimo, o que só piorou as coisas. Ele afirmou que pretende sair em turnê com um espetáculo de stand-up para tentar recuperar o valor perdido.
Louis C.K. e Albert Brooks se juntam para criar nova série de animação
Com “Louie” em hiato, o comediante Louis C.K. resolveu se aliar ao ator Albert Brooks (“Drive”) para criar, escrever e produzir uma nova série de animação para o canal FX. Segundo o site The Hollywood Reporter, a dupla irá emprestar suas vozes aos dois personagens principais da série, mas os demais detalhes da produção estão sendo mantidos em segredo pelo canal, inclusive o título da atração. A ideia para a série teria surgido durante a recente colaboração entre os dois na dublagem da vindoura animação “Pets: A Vida Secreta dos Bichos” (estreia em julho nos EUA). Esta será a estreia do veterano Brooks como criador de um programa televisivo, após uma extensa e elogiada carreira como ator, roteirista e diretor iniciada em 1969. Por sinal, ele também têm bastante experiência como dublador de animação, sendo responsável pela voz de vários personagens de “Os Simpsons”, além de dublar Marlin em “Procurando Nemo” (2003) e em sua vindoura continuação “Procurando Dolly” (estreia em junho)







