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Após enquete com seguidores, Elon Musk anuncia que deixará cargo de CEO do Twitter
O bilionário Elon Musk, dono do Twitter, anunciou na noite de terça (20/12) que deixará o cargo de CEO da rede social assim que encontrar alguém para substituí-lo. “Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém tolo o suficiente para aceitar o cargo! Depois disso, apenas executarei as equipes de software e servidores”, escreveu Musk no próprio Twitter. O anúncio foi feito após Musk publicar uma enquete questionando ao seguidores se ele devia deixar a chefia do Twitter. Foram computados mais de 17 milhões de votos, e 57,5% responderam “sim” à pergunta. No mês passado, Musk disse a um tribunal de Delaware que reduziria seu tempo no Twitter e eventualmente encontraria um novo líder para administrar a empresa de mídia social. A pesquisa ocorreu após Musk suspender perfis de jornalistas que o criticavam e proibir a promoção de outras empresas de mídia social e conteúdos que contenham links para concorrentes no Twitter. As duas decisões causaram muitas reclamações, e para completar o Twitter ainda corre o risco de receber sanções na Europa por atentar contra a liberdade de imprensa. A vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, classificou as decisões do magnata como “preocupantes”, e lembrou em um tuite que há “linhas vermelhas” que não podem ser ultrapassadas. Foi além: ameaçou Musk “com sanções, em breve”. Sanções na União Europeia podem gerar enorme prejuízo para Musk e se estender a outros negócios do magnata, que negocia acordos comerciais com diversos países para seu programa espacial Space X. I will resign as CEO as soon as I find someone foolish enough to take the job! After that, I will just run the software & servers teams. — Elon Musk (@elonmusk) December 21, 2022
Elon Musk censura jornalistas e Twitter pode sofrer sanções
Elon Musk deixou mais claro seu plano para devolver a “liberdade de expressão” ao Twitter ao suspender nas últimas horas as contas de jornalistas renomados que o criticaram. A lista inclui jornalistas do New York Times, Washington Post e da rede CNN. O fator que motivou a suspensão destas contas não foi imediatamente divulgado, mas todos os repórteres suspensos escreveram nos últimos meses sobre o dono do Twitter e as mudanças negativas vistas na plataforma desde que ele a comprou. Diante da repercussão, Musk posteriormente justificou as suspensões citando novas regras de doxxing (revelação de dados) do Twitter. Ele alegou que os jornalistas compartilharam um bot que apontava o paradeiro de seu avião. Na quinta-feira (15/12), o Twitter suspendeu a conta que rastreava o jato particular de Musk em tempo real, um mês depois que o bilionário disse que seu compromisso com a liberdade de expressão se estendia a não banir essa conta. As novas punições acontecem logo após o Twitter suspender, no domingo passado (18/12), a conta de um usuário que divulgou um vídeo com vaias à Musk durante sua aparição surpresa num show de comédia. Por outro lado, Musk tem usado o discurso da defesa intransigente da liberdade de expressão para restaurar contas de extremistas que foram excluídas por ameaças à ordem pública e incitação ao ódio, como o ex-presidente dos EUA Donald Trump e o cantor Kanye West, que comemorou sua segunda chance postando uma suástica nazista no Twitter. O bilionário também proibiu que posts com desinformações fossem marcados, incluindo os que possam causar mal às pessoas, como os que divulgam mentiras sobre a covid-19. Essa linha que sugere comportamento fascista foi condenada pela maior parte da imprensa dos EUA nesta sexta (16/12), com a CNN ameaçando boicotar a rede social. Mas as críticas não partiram apenas de jornalistas. A vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, classificou as decisões do magnata como “preocupantes”, e lembrou em um tuite que há “linhas vermelhas” que não podem ser ultrapassadas. Foi além: ameaçou Musk “com sanções, em breve”. Ela foi ecoada pelo ministério das Relações Exteriores da Alemanha, que tuitou: “A liberdade de imprensa não deve ser ligada e desligada à vontade. É por isso que temos um problema com o Twitter”. O ministro francês da Transição Digital, Jean-Noël Barrot, acrescentou que estava “angustiado com a guinada a que Elon Musk está precipitando o Twitter”. “A liberdade de imprensa está na mesma base da democracia, é um ataque contra o outro”, defendeu. Sanções na União Europeia podem gerar enorme prejuízo para Musk e se estender a outros negócios do magnata, que negocia acordos comerciais com diversos países para seu programa espacial Space X.
São Paulo fará nova edição do festival Verão Sem Censura
São Paulo terá uma segunda edição do festival Verão Sem Censura, que em 2020 celebrou obras de artistas que foram censuradas ou atacadas pelo governo Jair Bolsonaro. Em 2020, o festival contou com apresentações do DJ Rennan da Penha, do músico e poeta Arnaldo Antunes, da banda russa Pussy Riot, além de peças de teatro, exposições, filmes LGBTQIA+ e debates. Agora, refletindo a pandemia, o evento mesclará apresentações on-line e instalações em lugares emblemáticos da cidade, sem aglomerações. A nova edição acontecerá em março e explorará temas como os excluídos da Fundação Palmares, a censura econômica (barreiras burocráticas com a Lei Rouanet e a Ancine) e ataques à liberdade de imprensa. “A cultura passa por um momento difícil não só pela pandemia, mas também pelos ataques do obscurantismo. Vamos continuar fazendo ações de defesa da cultura a partir da maior cidade do país”, disse Alê Youssef, secretário de Cultura e idealizador do festival.




