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    Dor e Glória: Novo filme de Pedro Almodóvar ganha segundo trailer legendado

    18 de maio de 2019 /

    A Universal divulgou o segundo trailer legendado de “Dor e Gloria” (Dolor y Gloria), novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que reúne dois atores que marcaram a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. O filme também ganhou um pôster francês para acompanhar sua première no Festival de Cannes 2019. O projeto tem tom autobiográfico. A trama segue um famoso cineasta em crise, com o coração partido e saudade de sua querida mãe. Antonio Banderas vive o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997). Ela vive a mãe do personagem de Banderas. Além dos dois, a produção também marcará um reencontro de Almodóvar com outra colaboradora histórica: Julieta Serrano, que começou a filmar com o cineasta em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria após “Ata-me” (1989). O elenco ainda inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). O filme já estreou na Espanha, teve première neste sábado (18/5) no Festival de Cannes e chega em 13 de junho ao Brasil.

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    Novo filme de Pedro Almodóvar ganha trailer legendado

    28 de abril de 2019 /

    A Universal divulgou o trailer legendado de “Dor e Gloria” (Dolor y Gloria), novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que reúne dois atores que marcaram a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. À exceção de “Os Amantes Passageiros” (2013), em que fizeram figurações, os dois ainda não tinham contracenado nos filmes do diretor. E parece que vão continuar assim, já que eles vivem fases diferentes da história. A descrição oficial do projeto tem tom autobiográfico. O filme segue um famoso cineasta numa “série de encontros”, até seu declínio. Alguns dos temas abordados serão “primeiros amores, segundos amores, mortalidade, os anos 1960, os anos 1980 e o presente”. Antonio Banderas vive o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997). Aparentemente, ela vive a mãe do personagem de Banderas. Além dos dois, a produção também marcará um reencontro de Almodóvar com outra colaboradora histórica: Julieta Serrano, que começou a filmar com o cineasta em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria após “Ata-me” (1989). O elenco ainda inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). O filme já estreou na Espanha, terá première internacional em maio no Festival de Cannes e chega em 13 de junho no Brasil.

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    Trailer do novo filme de Pedro Almodóvar traz Antonio Banderas e Penélope Cruz

    31 de janeiro de 2019 /

    A produtora El Deseo divulgou o primeiro trailer de “Dolor y Gloria”, novo filme do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que reúne dois atores que marcaram a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. À exceção de “Os Amantes Passageiros” (2013), em que fizeram figurações, os dois ainda não tinham contracenado nos filmes do diretor. E parece que vão continuar assim, já que eles vivem fases diferentes da história. A descrição oficial do projeto tem tom autobiográfico. O filme seguirá um famoso cineasta numa “série de encontros”, até seu declínio. Alguns dos temas abordados serão “primeiros amores, segundos amores, mortalidade, os anos 1960, os anos 1980 e o presente”. Antonio Banderas será o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997). Aparentemente, ela vive a mãe do personagem de Banderas. Além dos dois, a produção também marcará um reencontro de Almodóvar com outra colaboradora histórica: Julieta Serrano, que começou a filmar com o cineasta em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria após “Ata-me” (1989). O elenco também inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). A estreia de “Dolor y Gloria” está marcada para 22 de março na Espanha e ainda não há previsão para o resto do mundo.

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    Fotos do novo filme de Pedro Almodóvar reúnem Antonio Banderas e Penélope Cruz

    24 de janeiro de 2019 /

    A produtora El Deseo divulgou as primeiras fotos do novo trabalho do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, “Dolor y Gloria”, que reúne dois atores que marcaram, em filmes diferentes, a carreira do diretor: Antonio Banderas e Penélope Cruz. São imagens de bastidores e cenas do filme, que mostram Banderas numa vida de rico, nadando numa piscina e frequentando uma galeria de arte, enquanto Cruz aparece pobre, na beira de um rio e em frente a varais de roupa. O figurino também sugere que os dois vivem em épocas diferentes da trama. A descrição oficial do projeto tem tom autobiográfico. O filme seguirá um famoso cineasta numa “série de encontros”, até seu declínio. Alguns dos temas abordados serão “primeiros amores, segundos amores, mortalidade, os anos 1960, os anos 1980 e o presente”. Antonio Banderas será o diretor, em sua oitava parceria com Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). Já Penélope Cruz chega ao sexto longa do cineasta, numa filmografia iniciada em “Carne Trêmula” (1997) – e que ainda inclui um curta. Até então, Banderas e Cruz vinham se alternando entre os filmes de Almodóvar, à exceção de “Os Amantes Passageiros” (2013), em que fizeram figurações. Nenhum deles, contudo, estava a tanto tempo sem trabalhar com o diretor quanto a terceira colaboradora histórica resgatada na produção: Julieta Serrano, que começou a filmar com Almodóvar em “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980) e interrompeu a parceria em “Ata-me” (1989). O elenco também inclui Raúl Arévalo (“Os Amantes Passageiros”), Asier Etxeandía (“A Porta Aberta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”). A estreia de “Dolor y Gloria” está marcada para 22 de março na Espanha e ainda não há previsão para o resto do mundo.

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    Neve Negra prende a atenção com mistérios e descobertas surpreendentes

    13 de junho de 2017 /

    Narrativas que envolvem muitos personagens e diversas subtramas são um convite à dispersão. Elementos centrais podem perder a força e o tempo consumir a atenção e o interesse do espectador. Às vezes, é como aquelas pessoas que se perdem em longas explicações, perorações intermináveis, que a gente acaba por não ouvir ou entender mais nada. Muito diferente é o papo direto e reto. O jeito econômico de contar uma história ou desenvolver uma ideia. O thriller argentino “Neve Negra” é um bom exemplar de trama econômica, focada no que interessa, sem dispersões. Usa o recurso do flashback progressivo, que vai mostrando em doses homeopáticas o passado dos poucos personagens envolvidos na história, de modo a ir elucidando tudo até o final. Não é um vai-e-vem no tempo interminável e confuso, como, por exemplo, o que se pode ver em outro filme em cartaz nos cinemas, “Faces de Uma Mulher”, produção francesa, dirigida por Arnaud des Pallières. E há tantos outros exemplos, atualmente. Não, o filme de Martín Hodara (“O Sinal”) é cheio de mistérios e descobertas surpreendentes, mas tudo faz muito sentido e termina bem amarrado. Sem deixar fios soltos pelo caminho. Toca, também, na questão de que a verdade é aquilo em que a gente acredita ou admite que seja, aquilo que ficou estabelecido como tal. Um segredo bem guardado estabelece o que virá depois. Ou, quem sabe, segredos em série darão o rumo das coisas. Como de costume no cinema argentino contemporâneo, vê-se um roteiro bem construído, uma história bem concebida e que vai ao ponto. Além disso, “Neve Negra” conta com alguns dos maiores atores do momento, como Ricardo Darín (“Truman”) e Leonardo Sbaraglia (“O Silêncio do Céu”), e o veterano e grande ator Federico Luppi (“No Fim do Túnel”). A jovem atriz espanhola Laia Costa (“Victoria”) tem uma interpretação segura e emocionante, ao lado desses cobras. Mostra desenvoltura. A trama remexe uma dinâmica familiar apodrecida por tudo o que ficou encoberto, negado e virou tabu na relação entre os irmãos e deles com os pais. É bem assustador o que se estabelece a partir daí. O filme mostra como isso está hoje, quando um dos irmãos, Salvador (Ricardo Darín), vive isolado, caçando na região montanhosa e gelada da Patagônia, e se tornou bem agressivo no contato. Marcos (Leonardo Sbaraglia), o irmão mais novo, e sua esposa, Laura (Laia Costa), vão ao encontro dele, tentando convencê-lo a vender a propriedade onde ele está há décadas, longe das coisas. Tarefa quase impossível. Enquanto isso, a outra irmã, Sabrina (Dolores Fonzi, de “Paulina”), vive internada, tendo crises de descontrole emocional. Para entender o porquê de tudo isso, “Neve Negra” mergulha no passado desses irmãos e nas relações que se estabeleceram entre eles, na juventude. A neve da Patagônia, os espaços amplos, vazios, as árvores que ressaltam no branco da paisagem, as tempestades, nevascas castigando o ambiente, são a expressão visual do desarranjo familiar de contornos dramáticos, trágicos, na verdade. E acabam por determinar o destino daqueles sofridos personagens. O filme tem grande fluência e a narrativa prende de tal modo, que seus já econômicos 90 minutos passam tão rápido que mal dá para perceber. Quando a projeção termina, a sensação é de que “Neve Negra” tem uma duração muito curta. Mas seu tempo é o padrão, o mais utilizado pela sétima arte desde sempre. Grande mérito para o trabalho do diretor Martín Hodara e seu elenco admirável e de grande eficiência nos desempenhos. Não surpreende o sucesso que o filme vem fazendo na Argentina, onde foi a produção mais vista nos cinemas em 2017, até aqui.

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    Suspense intenso de No Fim do Túnel comprova a boa fase do cinema argentino

    7 de outubro de 2016 /

    O cinema argentino, já há algum tempo, mostra força e boa comunicação com o público brasileiro. Tem uma produção diversificada, que vai do cinema de gênero a filmes-cabeça, com maiores pretensões artísticas e que visam a estimular a reflexão. Tem também comédias para consumo fácil. Geralmente com tramas bem urdidas, reveladoras da qualidade dos roteiros, talvez o ponto forte do cinema dos hermanos. “No Fim do Túnel” é um desses exemplos do bom cinema de gênero. É um thriller que mantém o público em tensão permanente, nas suas duas horas de projeção. Mas não joga areia nos olhos de seus espectadores. Mantém um clima de suspense constante, em função do que vai ou do que pode acontecer, mesmo nos instantes de calmaria aparente. É um filme empolgante naquilo a que se propõe. Os elementos que compõem a narrativa não chegam a ser originais. Um quarto numa casa é alugado, enquanto um grupo de bandidos constrói um túnel para realizar um grande roubo no banco, passando por baixo da casa sem despertar suspeitas. O morador e dono da casa é um cadeirante com uma vida solitária, mas com talento especial para lidar com elementos tecnológicos, como aparelhos de som e equipamentos de escuta e gravação. Condição necessária para que ele possa intervir no plano dos bandidos. Sua condição de vida, porém, também é mexida pela personagem que aluga o tal quarto: uma mulher jovem, que trabalha como stripper, e sua filhinha, que aparentemente não consegue mais falar. Os destinos que se cruzarão não serão apenas o do herói-cadeirante e o dos bandidos, mas o dele e o delas. A trama se sofistica e produz um interesse extra. A condição de herói-cadeirante que tem Joaquín (Leonardo Sbaraglia) mostra a ideia de que uma deficiência física não é capaz de limitar a ação inteligente, brilhante, de um personagem como ele. E produz sequências de tirar o fôlego, visualmente requintadas, ao longo da trama. Como é possível enfrentar as situações, movendo-se numa cadeira de rodas, até entrando, andando e saindo de um túnel em construção, por exemplo? Com malfeitores ao lado e lutando contra o tempo. Ufa! Leonardo Sbaraglia, bastante conhecido por seu papel em “Relatos Selvagens”, está também em “O Silêncio do Céu”, em cartaz nos cinemas. A cada filme, ele reafirma seu grande talento como ator. Nesse, exigindo uma perícia em cenas com cadeira de rodas e sem poder movimentar as pernas, o que é notável. Outro grande ator argentino, o veterano Federico Luppi (ainda em cartaz em “A Passageira”), está em “No Fim do Túnel”, num papel menor, como um policial que atua no mundo do crime (outra questão interessante de ser mostrada). É sempre bom vê-lo em cena. Mas os demais integrantes também dão conta de seus papeis: Clara Lago (“Fim dos Tempos”), como a stripper Berta, que convive com Joaquín na casa, Pablo Echarri (“Papéis ao Vento”), vivendo o ladrão Galereto, que comanda a turma no túnel, e até a menina que faz Betty, Uma Salduende, com seu comportamento estranho e limitado em cena. O jovem diretor Rodrigo Grande (“Historias Breves 2”), que é também roteirista, assina um excelente trabalho, envolvente, tenso, instigante, e com uma trama recheada de elementos que acrescentam coisas importantes à história central e a tornam muito mais interessante, sem perder o foco.

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  • O Silêncio do Céu
    Filme

    O Silêncio do Céu faz suspense competente de nível internacional

    23 de setembro de 2016 /

    A vida de um casal pode resistir a algumas omissões e segredos, talvez, sem maiores sobressaltos. Mas quando algo muito importante aconteceu, foi vivido com muita dor e de forma traumática e, ainda assim, nada se diz sobre isso, como fica a situação? Pior: e quando o outro viu o que aconteceu, sabe do que se trata e também não aborda o assunto, porque tem algo muito importante a esconder? O filme “O Silêncio do Céu” aborda com muita competência essa trama, em que o psiquismo dos personagens fala mais alto. Muito mais importante é o não-dito, em relação a tudo que é dito. O clima onde isso se dá, em torno da casa, do ateliê de trabalho, de um grande viveiro de venda de plantas e em torno do movimento dos automóveis, coloca o espectador dentro do mistério. Que para ele não é exatamente um mistério: é uma grande questão entender as motivações dos comportamentos naquela situação dada. E o que se abre a partir desse universo de omissões como consequência. A tragédia é que omissão puxa omissão e as coisas podem se agravar muito. Para alcançar um resultado muito expressivo nas interpretações, o diretor Marco Dutra contou com Carolina Dieckmann (“Entre Nós”) no papel de Diana, que desde a primeira cena vive um drama pesado e devastador, que ela terá de carregar ao longo de todo o filme. E fazer isso representando em espanhol. Ela é brasileira, mas a produção é toda filmada no Uruguai, falada em espanhol. O outro elemento do casal é Mário, papel do ator argentino Leonardo Sbaraglia, que tem de se mostrar contido, cheio de medos, covarde, sofrendo por dentro e em vias de explodir. Papel exigente, de que ele dá conta muito bem. O ator já é conhecido no Brasil por filmes como “Relatos Selvagens” (2014), “O Que os Homens Falam” (2012) e “Plata Quemada” (2000). Todos os demais atores e atrizes compõem com segurança esse mundo tenso, angustiante, opressor e potencialmente violento, em termos psíquicos. Entre eles, a presença do jovem Chino Darín, filho de Ricardo Darín, que tem pela frente o desafio de se mostrar à altura do talento do pai. Está bem no filme, no papel que lhe coube. Há, também, a atriz uruguaia Mirella Pascual, conhecida por sua atuação em “Whisky” (2004). O roteiro, muito bem construído, contou com três talentos. Primeiro, o do escritor do romance que lhe deu origem, “Era el Cielo”, o argentino Sergio Bizzio. Segundo, o da cineasta argentina Lucía Puenzo, de “XXY” (2008) e “O Médico Alemão” (2013). Terceiro, o do cineasta brasileiro Caetano Gotardo, do excelente “O Que Se Move” (2013). O jovem diretor brasileiro Marco Dutra realizou “Quando Eu Era Vivo” (2012) e “Trabalhar Cansa” (2011), este em parceria com Juliana Rojas, dois filmes igualmente tensos e bem recebidos pela crítica. “O Silêncio do Céu” começou bem sua carreira vencendo o Prêmio Especial do Júri do 44º Festival de Cinema de Gramado. E é sem dúvida um belo trabalho de equipe, que uniu brasileiros, uruguaios e argentinos numa autêntica produção latino-americana. Fato raro e alvissareiro.

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  • Música

    Estreias: Animação infantil Cegonhas é o maior lançamento da semana

    22 de setembro de 2016 /

    A semana traz dez lançamentos, além de uma exibição limitadíssima de “Pequeno Segredo” no interior do RS. Parece muito, mas dessa lista só três frequentarão os shoppings, dois deles com estreia simultânea com os EUA. A animação “Cegonhas – A História que Não Te Contaram” tem a distribuição mais ampla, ocupando 807 salas (594 em 3D). Bem infantil, sequer aborda a premissa que a inspirou: de onde vem os bebês. A trama mostra que as cegonhas abandonaram o negócio de entrega de bebês para se concentrar no lucrativo serviço de entregas de celular de última geração. Mas quando um bebê aparece no depósito das mercadorias, uma jovem órfã ruiva, que nenhuma cegonha entregou, convence o herdeiro do negócio a retomar o hábito perdido e encontrar uma família para o pequeno pacote babão. Fofo até enjoar, o filme dividiu a crítica americana (56% de aprovação no site Rotten Tomatoes) e chega ao Brasil com as vozes de Klebber Toledo (novela “Lado a Lado”), Tess Amorim (“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”) e Marco Luque (programa “Altas Horas”). A outra estreia simultânea com os EUA é o western “Sete Homens e um Destino”, remake anacrônico do filme de 1960, que chega em 340 salas (12 em Imax). Fruto do revisionismo afetado do cinema americano atual, apresenta um Velho Oeste sem conflitos raciais, em que pistoleiros de diferentes etnias (a ONU do Velho Oeste) se unem para expulsar um bando com perfil de terroristas radicais (o Estado Islâmico do Velho Oeste), que atormenta uma cidadezinha de pacatos cidadãos brancos. Até os westerns spaghetti, rodados na Espanha com atores italianos, eram mais realistas. Mas se não dá para levar muito a sério este trabalho do diretor Antoine Fuqua (“O Protetor”), é possível se divertir bastante com ele, graças ao elenco imponente, com Denzel Washington (“O Protetor”), Chris Pratt (“Guardiões da Galáxia”), Ethan Hawke (“Boyhood”) e Vincent D’Onofrio (série “Demolidor”) trocando tiros e bancando machões. 65% no Rotten Tomatoes. Apenas um dos quatro lançamentos nacionais da semana chega em todo o país, e é mesmo mais um besteirol. Sem criatividade alguma, “Tô Ryca” leva a 420 telas outra história de pobre que enriquece de uma hora para outra, como “Até que a Sorte nos Separe” (2012), “Vai que Cola: O Filme” (2015) e “Um Suburbano Sortudo” (2016). A diferença, além do sexo da protagonista, é que, para ganhar uma grande herança, a personagem central precisa perder milhões de propósito – e não por acidente. Diferença? A premissa genérica é a mesma do livro “Brewster’s Millions”, de George Barr McCutcheon, já filmado 11 vezes desde 1914, inclusive com duas versões indianas. A filmagem mais conhecida, “Chuva de Milhões” (1985), passou repetidas vezes na TV brasileira e inclui na história uma trama da eleição que também está no roteiro brasileiro! Estrelado por Samantha Schmutz (“Vai que Cola: O Filme”) em seu primeiro papel de protagonista, o filme registra o último trabalho da atriz Marília Pêra (“Pixote: A Lei do Mais Fraco”), falecida em dezembro. Assim como na semana passada, a melhor estreia da programação também é um filme brasileiro restrito a poucas salas. Exibido em apenas 17 telas, “O Silêncio do Céu” representa o amadurecimento do diretor Marco Dutra, que troca o terror de “Trabalhar Cansa” (2011) e “Quando Eu Era Vivo” (2014) pelo suspense sufocante. Tenso do começo ao fim, o filme acompanha o desdobramento de um ato de violência, o estupro de uma mulher, testemunhado em segredo e sem querer por seu marido. Envergonhados, nenhum dos dois fala sobre o assunto, como se não tivesse acontecido, embora o marido se torne obcecado em se vingar do responsável. Rodado em Montevidéu e falado em espanhol, a produção destaca a brasileira Carolina Dieckmann (“Entre Nós”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Relatos Selvagens”) nos papéis principais. Os outros dois títulos nacionais são anti-comerciais, cada um a seu modo. Distribuído em nove salas de seis cidades, “Charlote SP” se orgulha de ser o primeiro longa nacional rodado com câmeras de celular. Praticamente um filme de estudante de cinema, traz como protagonista, lógico, um jovem que quer ser cineasta e que namora, obviamente, uma modelo. “Nervos de Aço” também é protagonizado por um diretor, mas de teatro, e vai na linha oposta, com câmeras profissionais, bom acabamento e um cineasta de ficha corrida: Maurice Capovilla, marginal cinematográfico desde os anos 1960. O longa teve première há dois anos no Festival Cine Ceará e a demora para encontrar circuito reflete seu formato “experimental”. A produção parte de um musical inspirado no repertório clássico de Lupicínio Rodrigues para fazer metalinguagem, contando uma historinha interpretada pelos próprios músicos, entre canções apresentadas num teatro e com o elenco dialogando com o público. Arrigo Barnabé estrela como o diretor teatral que também é cantor e, ainda por cima, namora a cantora da banda. A exibição começa em apenas uma sala no Rio e pretende aumentar seu alcance na próxima semana. As últimas novidades são quatro lançamentos europeus. Gérard Depardieu chegou a vir ao Rio para lançar “O Vale do Amor”, drama que ele estrela com Isabelle Huppert, sem circuito divulgado. Além do enorme talento, a dupla demonstra uma química inegável, construída ao longo das décadas – este é seu terceiro encontro nas telas, após 35 anos da última parceria. Por coincidência, na trama eles vivem um casal separado há muitos anos, que se reencontra no Vale da Morte, na Califórnia, para cumprir o último desejo do filho, morto seis meses antes. Ambos foram indicados ao César (o Oscar francês) por seus papéis. As demais estreias não empolgam. O drama “Lembranças de um Amor Eterno” leva a 46 salas o pior filme do diretor italiano Giuseppe Tornatore, em que Jeremy Irons (“Batman vs. Superman”) é um astrônomo num relacionamento à distância com Olga Kurylenko (“Oblivion”). O mesmo ator também vive um acadêmico na produção inglesa “O Homem que Viu o Infinito”, cinebiografia apelativa e reducionista do gênio autodidata indiano S. Ramanujan, interpretado por Dev Patel (“O Exótico Hotel Marigold”), em 25 salas. Por fim, merecendo apenas seis salas, “Belas Famílias” perpetua os clichês das comédias francesas sobre infidelidade, desperdiçando o bom ator Mathieu Amalric (“O Escafandro e a Borboleta”).

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    Domingos de Oliveira é o grande vencedor do Festival de Gramado 2016

    4 de setembro de 2016 /

    O drama “Barata Ribeiro, 716”, do veterano cineasta Domingos de Oliveira, foi o vencedor da 44ª edição do Festival de Gramado. E além do Kikito de Melhor Filme, o diretor também conquistou os troféus de Melhor Direção e Trilha Sonora, que ele assinou. Para completar, seu filme ainda rendeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Glauce Guima. A premiação ocorreu na noite de sábado (3/9) e, segundo informações dos grandes portais, manteve o tom político que marcou a abertura do festival, quando foi exibido “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Além de discursos e slogans, alguns atores carregavam cartazes de protesto. Teve até faixa da época das “Diretas Já”, numa demonstração anacrônica. E quando o logotipo do Ministério da Cultura, que apoia o evento e o cinema brasileiro, foi exibido, vaias sonoras foram disparadas. Há quatro meses, quando o Ministério foi temporariamente extinto, a classe artística entrou em frenesi, com medo de um apagão cultural, graças ao destino incerto dos financiamentos públicos, e promoveu ocupações de museus e equipamentos culturais para pedir sua volta. O Ministério voltou, o novo ministro garantiu a manutenção dos programas de financiamento. E o que em maio era considerado primordial para a existência da classe, após o afago e a mão estendida passou a ser metaforicamente apedrejado e escarrado, como no poema de Augusto dos Anjos. Nada disso impediu a emocionante consagração de Domingos de Oliveira. O diretor foi ao palco receber seus prêmios amparado por Caio Blat, protagonista de “Barata Ribeiro, 716”, que interpreta um alterego do cineasta, já que a trama é baseada em memórias de sua juventude. Por sofrer de Mal de Parkinson, Oliveira tem dificuldades para caminhar e falar. Seu discurso, ao receber o troféu de Melhor Direção, foi uma contagem até 79, sua idade. “A vida não é curta. É curtíssima”, acrescentou, conforme registro do G1. Na “curta” carreira do cineasta, “Barata Ribeiro, 716” é seu 18º longa-metragem. Foi aplaudido de pé pelo público presente ao Palácio dos Festivais, lotado. O filme se passa na época de um golpe de estado verdadeiro, ao acompanhar o engenheiro e aspirante a escritor Felipe (Caio Blat) numa vida de festas alucinantes, no apartamento que ganhou do seu pai na famosa rua Barata Ribeiro, em Copacabana. Lá, ele e seus amigos desfrutam de tudo que a liberdade pode oferecer durante o começo dos anos 1960. Liberdade que terminaria com o golpe militar de 1964. A segunda vitória mais aplaudida foi a de Andreia Horta, ao receber o Kikito de Melhor Atriz pelo papel-título de “Elis”, cinebiografia da cantora gaúcha Elis Regina. “Quero agradecer a todos que acreditaram que eu podia fazer esse trabalho”, discursou ela, feliz pelo reconhecimento obtido “aqui, na terra dela, no Sul”. O filme chega aos cinemas em 24 de novembro. “O Roubo da Taça” foi outro destaque da premiação. O filme de Caíto Ortiz rompeu uma tradição de Gramado, que não costuma premiar comédias, e levou quatro estatuetas: Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro e Melhor Ator para Paulo Tiefenthaler, considerado, segundo o UOL, a zebra da noite, já que as apostas eram em Caio Blat. “Ainda existe preconceito com a comédia, precisa ter timing, não é só ser uma aventura ou um filme de gags. A situação toda é patética e, dentro disso, fizemos um filme bom. Foi um presente, um reconhecimento”, declarou Tiefenthaler ao portal, refletindo sobre o tema da produção: o roubo da Taça Jules Rimet do interior da CBF. “O Silêncio do Céu” levou o prêmio especial do júri. Apesar de protagonizado por Carolina Dieckmann e Leonardo Sbaraglia, o longa de suspense é falado em espanhol, com apenas uma curta cena em português. O filme também já possuiu estreia agendada nos cinemas para breve, no dia 22 de setembro. Entre as premiações de curta-metragem, categoria vencida pelo brasiliense “Rosinha”, de Gui Campos, chamou atenção a lembrança de Elke Maravilha, recentemente falecida, que conquistou um Prêmio Especial do Júri por seu desempenho em “Super Oldboy”, filme que ainda venceu o troféu do público. Confira abaixo a lista completa com todos os prêmios. Vencedores do Festival de Gramado 2016 LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS Melhor Filme “Barata Ribeiro, 716”, de Domingos Oliveira Melhor Direção Domingos Oliveira (“Barata Ribeiro, 716”) Melhor Atriz Andréia Horta (“Elis”) Melhor Ator Paulo Tiefenthaler (“O Roubo da Taça”) Melhor Atriz Coadjuvante Glauce Guima (“Barata Ribeiro, 716”) Melhor Ator Coadjuvante Bruno Kott (“El Mate”) Melhor Roteiro Lucas Silvestre e Caíto Ortiz (“O Roubo da Taça”) Melhor Fotografia Ralph Strelow (“O Roubo da Taça”) Melhor Montagem Tiago Feliciano (“Elis”) Melhor Trilha Musical Domingos Oliveira (“Barata Ribeiro, 716”) Melhor Direção de Arte Fábio Goldfarb (“O Roubo da Taça”) Melhor Desenho de Som Daniel Turini, Fernando Henna, Armando Torres Jr. e Fernando Oliver (“O Silêncio do Céu”) Melhor Filme – Júri Popular “Elis”, de Hugo Prata Melhor Filme – Júri da Crítica “O Silêncio do Céu”, de Marco Dutra Prêmio Especial do Júri “O Silêncio do Céu”, pelo domínio da construção narrativa e da linguagem cinematográfica LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS Melhor Filme “Guaraní”, de Luis Zorraquín Melhor Direção Fernando Lavanderos (“Sin Norte”) Melhor Atriz Verónica Perrotta (“Os Golfinhos Vão para o Leste”) Melhor Ator Emilio Barreto (“Guaraní”) Melhor Roteiro Luis Zorraquín e Simón Franco (“Guaraní”) Melhor Fotografia Andrés Garcés (“Sin Norte”) Melhor Filme – Júri Popular “Esteros”, de Papu Curotto Melhor Filme – Júri da Crítica “Sin Norte”, de Fernando Lavanderos Prêmio Especial do Júri “Esteros”, pela direção delicada e inteligente da história de amor dos atores mirins. CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS Melhor Filme “Rosinha”, de Gui Campos Melhor Direção Felipe Saleme (“Aqueles Cinco Segundos”) Melhor Atriz Luciana Paes (“Aqueles Cinco Segundos”) Melhor Ator Allan Souza Lima (“O Que Teria Acontecido ou Não Naquela Calma e Misteriosa Tarde de Domingo no Jardim Zoológico”) Melhor Roteiro Gui Campos (“Rosinha”) Melhor Fotografia Bruno Polidoro (“Horas”) Melhor Montagem André Francioli (“Memória da Pedra”) Melhor Trilha Musical Kito Siqueira (“Super Oldboy”) Melhor Direção de Arte Camila Vieira (“Deusa”) Melhor Desenho de Som Jeferson Mandú (“O Ex-Mágico”) Melhor Filme – Júri Popular “Super Oldboy”, de Eliane Coster Melhor Filme – Júri da Crítica “Lúcida”, de Fabio Rodrigo e Caroline Neves Prêmio Especial do Júri Elke Maravilha (“Super Oldboy”) e Maria Alice Vergueiro (“Rosinha”), pela contribuição artística de ambas Prêmio Aquisição Canal Brasil “Rosinha”, de Gui Campos

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