Criadora de “The Killing” fará série baseada em “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”
O Amazon MGM Studios encomendou uma série inspirada na trilogia “Millennium”, do escritor sueco Stieg Larsson, para a plataforma Prime Video. O projeto está sendo desenvolvido por Veena Sud, criadora de outra atração baseada em trama nórdica, “The Killing”, remake da dinamarquesa “Forbrydelsen”. Apesar da confirmação da showrunner, a trama central permanece um mistério. A informação inicial é que seria uma história inédita centrada em Lisbeth Salander, uma das personagens principais da franquia, mas detalhes adicionais ainda não foram revelados. A produção será uma parceria entre Amazon MGM Studios e Left Bank Pictures, produtora de “The Crown”, que pertence à Sony Pictures Television. Legado de “Millennium” A série de livros “Millennium” introduziu ao mundo os personagens a hacker punk Lisbeth Salander e o jornalista investigativo Mikael Blomkvist, com três obras escritas por Larsson antes de seu falecimento em 2004: “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, “A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”. As três foram adaptadas numa trilogia cinematográfica sueca em 2009, que transformou Noomi Rapace e Michael Nyqvist (1960-2017) em astros internacionais. O sucesso fez os livros continuarem a ser publicados por outros autores e rendeu adaptações de Hollywood. Rooney Mara e Daniel Craig estrelaram o remake americano de “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” em 2011, com direção de David Fincher. Mas o resto da trilogia ficou sem adaptação americana. Apesar disso, a Sony ainda produziu “Millennium: A Garota na Teia de Aranha”, de Fede Alvarez, em 2018, baseado no quarto livro (escrito por David Lagercrantz) e com Claire Foy no papel de Lisbeth. Veja abaixo os trailers de três versões diferentes da franquia cinematográfica.
Personagem de Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres vai ganhar série
A Amazon está desenvolvendo uma série centrada na personagem Lisbeth Salander, que já foi vivida por Noomi Rapace, Rooney Mara e Claire Foy no cinema. Criada pelo escritor sueco Stieg Larsson na saga literária “Millennium”, Salander é uma hacker punk tatuada, bissexual e justiceira, que se alia a um jornalista para desvendar crimes e conspirações. A trilogia original de Larsson já rendeu três filmes suecos (todos lançados em 2009 e exibidos como minissérie na TV em 2010) e um remake americano, “Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres” (2011), de David Fincher. O escritor morreu antes de ver qualquer um deles, em 2005. Mas a projeção póstuma alcançada pela saga levou seus herdeiros a estender a franquia, publicando mais livros (de outros autores) e negociando novas adaptações. O filme mais recente, “Millennium: A Garota na Teia de Aranha” (2018), de Fede Alvarez, foi baseado em obra de David Lagercrantz. A série vai se chamar “The Girl with the Dragon Tattoo”, título em inglês do primeiro livro de Larsson, lançado no Brasil como “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”. Mas não será a terceira versão dessa história nas telas. O projeto pretende mostrar novas aventuras de Lisbeth Salander, “a garota com a tatuagem de dragão”, passadas nos dias atuais e com novos coadjuvantes. A Amazon Studios e a produtora Left Bank fecharam a parceria para desenvolver a série em parceria com a divisão televisiva da Sony Pictures, responsável pelas adaptações americanas de cinema. Em fase inicial, o projeto ainda não tem roteirista definido.
Produtora de The Crown pede desculpas a atores por revelar discrepância salarial
Após quebrar a confidencialidade sobre os salários recebidos pelos protagonistas de “The Crown”, a produtora britânica Left Bank, responsável pela produção da série, pediu desculpas publicamente aos atores Claire Foy e Matt Smith pelos problemas que possa ter causado, e afirmou que trabalharia com a iniciativa Times’ Up, daqui em diante, para eliminar diferenças financeiras relacionadas a gênero. A revelação de que a atriz Claire Foy, que viveu a Rainha Elizabeth II na série, recebeu menos que seu colega de elenco Matt Smith, durante os dois primeiros anos da produção, gerou diversos protestos na internet e levou à criação de uma petição para que o ator doasse parte de seu salário para movimentos de igualdade de gênero. A polêmica veio à tona durante um comentário dos produtores na conferência Innovative TV (INTV), em Israel. Eles justificaram ter pago menos à atriz vencedora de dois troféus do Sindicato dos Atores, o SAG Awards, do que para o intérprete de seu marido, porque Matt Smith tinha sido protagonista de “Doctor Who”, uma das séries mais populares do Reino Unido. No comunicado emitido nesta terça (20/3), a empresa insiste que os atores não sabiam quanto cada um ganhou e não podem ser responsabilizados por quaisquer discrepâncias. A responsabilidade pela decisão dos salários diferenciados é exclusivamente da Left Bank “Nós queremos pedir desculpas para Claire Foy e para Matt Smith, atores brilhantes e amigos, que entraram no centro de um turbilhão midiático nesta semana sem terem culpa”, diz o comunicado. “Nós da Left Bank Pictures somos responsáveis por orçamentos e salários; os atores não estão cientes de quem ganha o quê, e não podem ser pessoalmente responsabilizados pelo pagamento de seus colegas.” Os produtores disseram estar “absolutamente unidos à luta por pagamento justo” e por um “reequilíbrio” do tratamento de mulheres na indústria. E que irão garantir maior isonomia daqui em diante. O comunicado não fala em compensação retroativa a Claire Foy. Nem ela, nem Matt Smith ou a Netflix, que disponibiliza a série, manifestaram-se sobre a polêmica.


