Romance gay é considerado Melhor Filme Britânico Independente do ano
Inédito no Brasil, o drama “God’s Own Country”, de Francis Lee, foi o grande vencedor do British Independent Film Awards 2017 (BIFA), premiação do cinema independente britânico. Além de ser considerado o Melhor Filme, venceu os troféus de Ator (Josh O’Connor), Som e Roteirista Estreante (Lee). O filme tem sido comparado a “Me Chame pelo seu Nome” pelo tema do romance gay, mas se passa num mundo completamente diferente, entre jovens da classe baixa rural, sem refinamento ou glamour, e tem como primeira cena um jorro de vômito. Com mais indicações ao BIFA, o drama de época “Lady Macbeth” venceu cinco troféus, inclusive os de Melhor Atriz para Florence Pugh e Roteiro para Alice Birch. Já o prêmio de Melhor Direção foi faturado duplamente por Rungano Nyoni, que venceu também como Melhor Diretora Estreante por “I Am Not A Witch”. Igualmente inédito no Brasil, o filme conta a história de uma menina africana de 8 anos acusada de bruxaria, que é exilada para viver com outras bruxas num lugar com regras bizarras. Tanto “God’s Own Country” quanto “I Am Not A Witch” foram exibidos no Festival do Rio 2017, mas não têm previsão de lançamento comercial nos cinemas brasileiros. A lista dos premiados ainda inclui o terror americano “Corra!”, de Jordan Peele, como o Melhor Filme Independente Internacional. Confira a relação completa abaixo. Melhores do Ano: BIFA 2017 MELHOR FILME INDEPENDENTE BRITÂNICO “God’s Own Country”, de Francis Lee MELHOR DIREÇÃO Rungano Nyoni (“I Am Not A Witch”) MELHOR ATOR Josh O’Connor (“God’s Own Country”) MELHOR ATRIZ Florence Pugh (“Lady Macbeth”) MELHOR ROTEIRO Alice Birch (“Lady Macbeth”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Patricia Clarkson (“A Festa”) MELHOR ATOR COADJUVANTE Simon Russell Beale (“The Death Of Stalin”) MELHOR ROTEIRISTA ESTREANTE Francis Lee (“God’s Own Country”) MELHOR DIRETOR ESTREANTE Rungano Nyoni (“I Am Not A Witch”) MELHOR DOCUMENTÁRIO “Almost Heaven”, de Carol Salter MELHOR PRODUTOR REVELAÇÃO Emily Morgan (“I Am Not A Witch”) MELHOR FILME INDEPENDENTE INTERNACIONAL “Corra”, de Jordan Peele MELHOR CURTA BRITÂNICO “Fish Story” MELHOR PROMESSA Naomi Ackie (“Lady Macbeth”) PRÊMIO DESCOBERTA “In Another Life”, de Jason Wingard MELHOR FOTOGRAFIA Ari Wegner (“Lady Macbeth”) MELHOR CASTING Sarah Crowe (“The Death Of Stalin”) MELHOR FIGURINO Holly Waddington (“Lady Macbeth”) MELHOR EDIÇÃO Jon Gregory (“Três Anúncios de um Crime”) MELHORES EFEITOS Nick Allder e Ben White (“The Ritual”) MELHOR MÚSICA Carter Burwell (“Três Anúncios de um Crime”) MELHOR MAQUIAGEM Nicole Stafford (“The Death of Stalin”) MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO Cristina Casali (“The Death of Stalin”) MELHOR SOM Anna Bertmark (“God’s Own Country”)
Melhor filme europeu de 2017, The Square vence seis prêmios da Academia Europeia de Cinema
A Academia Europeia de Cinema divulgou os vencedores de seus prêmios de 2017, os European Film Awards, equivalente continental ao Oscar americano. E o grande vencedor foi a comédia sueca “The Square”, de Ruben Ostlund. Além de vencer como Melhor Filme Europeu do ano, faturou mais cinco prêmios – Melhor Comédia, Diretor, Ator, Roteiro e Design de Produção. “The Square” já tinha vencido a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2017. Em tom de humor negro, acompanha o curador de um importante museu de arte contemporânea de Estocolmo, que a partir de um pequeno incidente desencadeia uma série de situações vexaminosas. Intérprete do curador, o dinamarquês Claes Bang (da série “Bron/Broen”) venceu o prêmio de Melhor Ator, enquanto o cineasta Ruben Östlund faturou duas estatuetas, como diretor e roteirista do filme. Ele já tinha causado boa impressão com seu filme anterior, “Força Maior” (2014), exibido e premiado na seção Um Certo Olhar do Festival de Cannes há três anos. O filme premiado vai ser lançado no Brasil em 4 de janeiro com o subtítulo “A Arte da Discórdia”. Entre os demais, “Com Amor, Van Gogh” foi premiado como Melhor Animação, o drama de época britânico “Lady Macbeth” levou o prêmio da crítica, “Corpo e Alma” premiou a atriz tcheca Alexandra Borbély, “120 Batimentos por Minuto” rendeu um troféu de montador para o cineasta francês Robin Campillo, e a produção russa “Loveless” se destacou com dois prêmios técnicos. Confira a lista completa dos vencedores abaixo. Melhores do Ano: European Film Awards 2017 Melhor Filme Europeu: “The Square” (Suécia) Melhor Animação: “Com Amor, Van Gogh” (Polônia/Reino Unido) Melhor Comédia: “The Square” (Suécia) Melhor Documentário: “Communion” (Polônia) Melhor Descoberta – Prêmio da Crítica: “Lady Macbeth” (Reino Unido) Melhor Diretor: Ruben Östlund, por “The Square” (Suécia) Melhor Atriz: Alexandra Borbély, em “Corpo e Alma” (Hungria) Melhor Ator: Claes Bang, em “The Square” (Suécia) Melhor Roteiro: Ruben Östlund, por “The Square” (Suécia) Melhor Edição: Robin Campillo, por “120 Batimentos por Minuto” (França) Melhor Fotografia: Michail Krichman, por “Loveless” (Rússia) Melhor Trilha Sonora: Evgueni Galperine e Sacha Galperine, por “Loveless” (Rússia) Melhor Som: Oriol Tarragó, por “Sete Minutos Depois da Meia-Noite” (Espanha) Melhor Design de Produção: Josefin Asberg, por “The Square” (Suécia) Melhor Figurino: Katarzyna Lewinska, por “Pokot” (Polônia) Melhor Maquiagem: Leendert van Nimwegen, por “Amaldiçoada” (Holanda) Melhor Curta-Metragem: “Timecode”, de Juanjo Giménez (Espanha) Prêmio do Público: “Stefan Zweig: Farewell to Europe”, de Maria Schrader (Alemanha/Áustria) Prêmio por Realização no Cinema Estrangeiro: Julie Delpy (França) Prêmio pela Carreira: Aleksandr Sokurov (Rússia)
Lady Macbeth lidera indicações ao prêmio do cinema independente britânico
A premiação do cinema independente britânico, British Independent Film Awards (BIFA) divulgou a lista de indicados para seu prêmio anual. E o drama de época “Lady Macbeth”, primeiro filme do dramaturgo William Oldroyd, domina a lista com 15 nomeações. “Lady Macbeth” vinha sendo o filme britânico mais comentado dos últimos tempos. Passado na Inglaterra rural do século 19, o longa acompanha Katherine (Florence Pugh), uma jovem presa num casamento sem amor, obrigada a se relacionar com um homem com o dobro de sua idade e a agradar sua família fria e cruel. Mas, como ele vive viajando, ela logo embarca num caso romântico com um dos empregados, o que tem consequências terríveis para todos os envolvidos. A produção já foi lançada no Brasil. Leia a crítica aqui. A comédia “A Morte de Stalin”, de Armando Iannucci (criador da série “VIP”) e o drama contemporâneo “I Am Not a Witch”, da estreante Rungano Nyoni, aparecem logo em seguida com 13 indicações. Os três estão na disputa da categoria principal, como Melhor Filme Britânico Independente do Ano, que também inclui a coprodução americana “Três Anúncios para um Crime”, dirigido pelo inglês Martin McDonagh (“Sete Psicopatas e um Shih Tzu”), e o romance gay “God’s Own Country”, que marca a estreia na direção do ator Francis Lee (“Topsy-Turvy”). A cerimônia de premiação será realizada no dia 10 de dezembro em Londres.
Lady Macbeth aborda consequências da opressão masculina de forma desconsertante
Após tantos séculos de opressão do patriarcado, começam a despontar cada vez mais obras sobre a libertação feminina. E embora haja uma série de outros títulos que prefiram denunciar situações de sofrimento intenso, como são os casos de “A Vida de uma Mulher”, de Stéphane Brizé, e “Faces de uma Mulher”, de Arnaud des Pallières, para citar exemplos recentes, há outros filmes – uma minoria, é verdade – que preferem seguir por outro caminho. Pode-se dizer que o caminho seguido por “Lady Macbeth”, primeiro longa-metragem de William Oldroyd, diretor britânico de teatro, é no mínimo desconcertante. Baseado no romance “Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk”, do escritor russo Nikolai Leskov, o filme acompanha a história da jovem Katherine (a ótima Florence Pugh, do terror “The Falling”), que é vendida pela família e passar a viver um casamento de conveniência com um homem rude e de comportamento doentio. É um homem que parece não saber dar conta da bela esposa que tem, e que deseja que ela fique enclausurada dentro de casa, lendo um livro de orações. “Mas eu prefiro o ar fresco”, diz a jovem, ainda que seja sempre recebida de forma desrespeitosa pelo marido. Sua vida muda quando ela encontra um serviçal da família, um homem de pele escura chamado Sebastian (Cosmo Jarvis, de “Spooks: O Mestre Espião”), que até pode não ser o melhor dos homens, como dá a entender pelo modo como trata a empregada/escrava da casa, Anna (Naomi Ackie, da série “The Five”), mas, comparado ao marido, trata-se de uma promessa de felicidade para a jovem e carente Katherine. Mas engana-se quem pensa que as ousadias de Katherine se resumirão apenas às infidelidades, às transas na cama da casa, enquanto o marido e o sogro estão fora. Essas infidelidades, aliás, são inicialmente mostradas como um elemento bastante libertador e agradável, ao mesmo tempo que também funcionam como uma espécie de desforra. No entanto, a jovem mulher acaba por repetir nos demais as ações de repressão e violência por ela sofridas. E de maneira ainda mais brutal. O diretor Oldroyd trata seu filme como uma pintura, com o capricho de quem quer causar maravilhamento em nosso olhar. E funciona que é uma beleza. Mesmo quando serve para atenuar os crimes cometidos em nome dos caprichos e das vontades de Katherine, em sua busca por algo próximo de uma vida ideal, perto do homem que ama. O uso dos silêncios e de uma ausência de maiores sentimentalismos torna o filme uma experiência especial.
Filme britânico mais comentado do ano, Lady Macbeth ganha trailer legendado
“Lady Macbeth”, um dos filmes britânicos mais comentados do ano, ganhou seu trailer legendado. Divulgado pela California Filmes, o vídeo, inclusive, traz frases de efeito pinçadas das críticas internacionais elogiosas. E as cenas tensas ecoam cada palavra. Drama de época, passado na Inglaterra rural do século 19, o longa acompanha Katherine, uma jovem presa num casamento sem amor, obrigada a se relacionar com um homem com o dobro de sua idade e a agradar sua família fria e cruel. Mas, como ele vive viajando, ela logo embarca num caso romântico com um dos empregados, o que tem consequências terríveis para todos os envolvidos. O filme é uma adaptação do romance homônimo de Nikolai Leskov com direção de William Oldroyd, diretor britânico de teatro que estreia em longa-metragem. O papel principal destaca Florence Pugh (“The Falling”), que tem causado sensação entre a crítica por sua atuação contida, mas também provocante. E o elenco ainda inclui Christopher Fairbanks (“Guardiões da Galáxia”), Cosmo Jarvis (“Spooks: O Mestre Espião”), Bill Fellows (série “Broadchurch”) e Naomi Ackie (série “The Five”). Após causar sensação no circuito dos festivais, “Lady Macbeth” estreia nesta sexta (28/4) no Reino Unido, chega em 14 de julho nos EUA e duas semanas depois, em 27 de julho, no Brasil.
Filme britânico mais comentado do ano, Lady Macbeth ganha novo trailer
“Lady Macbeth”, um dos filmes britânicos mais comentados do ano, ganhou um novo trailer e três pôsteres. A prévia, inclusive, traz frases de efeito pinçadas das críticas elogiosas. E as cenas tensas ecoam cada palavra. Drama de época, passado na Inglaterra rural do século 19, o longa acompanha Katherine, uma jovem presa num casamento sem amor, obrigada a se relacionar com um homem com o dobro de sua idade e a agradar sua família fria e cruel. Mas, como ele vive viajando, ela logo embarca num caso romântico com um dos empregados, o que tem consequências terríveis para todos os envolvidos. O filme é uma adaptação do romance homônimo de Nikolai Leskov com direção de William Oldroyd, diretor britânico de teatro e curtas que estreia em longa-metragem. O papel principal destaca Florence Pugh (“The Falling”), que tem causado sensação entre a crítica por sua atuação contida, mas também provocante. E o elenco ainda inclui Christopher Fairbanks (“Guardiões da Galáxia”), Cosmo Jarvis (“Spooks: O Mestre Espião”), Bill Fellows (série “Broadchurch”) e Naomi Ackie (série “The Five”). Ainda em exibição no circuito dos festivais, “Lady Macbeth” estreia em 28 de abril no Reino Unido, em 14 de julho nos EUA e duas semanas depois, em 27 de julho, no Brasil.
Drama de época britânico Lady Macbeth ganha trailer provocante
A Roadside Attractions divulgou três fotos e o trailer de “Lady Macbeth”, um dos filmes britânicos mais comentados do ano. Drama de época, passado na Inglaterra rural do século 19, o longa acompanha Katherine, uma jovem presa num casamento sem amor, obrigada a se relacionar com um homem com o dobro de sua idade e a agradar sua família fria e cruel. Mas, como ele vive viajando, ela logo embarca num caso romântico com um dos empregados, o que tem consequências terríveis para todos os envolvidos. O filme é uma adaptação do romance homônimo de Nikolai Leskov com direção de William Oldroyd, diretor britânico de teatro e curtas que estreia em longa-metragem. O papel principal destaca Florence Pugh (“The Falling”), que tem causado sensação entre a crítica por sua atuação contida, mas também provocante. E o elenco ainda inclui Christopher Fairbanks (“Guardiões da Galáxia”), Cosmo Jarvis (“Spooks: O Mestre Espião”), Bill Fellows (série “Broadchurch”) e Naomi Ackie (série “The Five”). Atualmente no circuito dos festivais, “Lady Macbeth” só tem estreia marcada para junho nos EUA. Não há previsão para o lançamento no Brasil.




