Jung_E: Sci-fi do diretor de “Invasão Zumbi” ganha primeiro trailer
A Netflix divulgou o primeiro trailer e dois pôsteres de “Jung_E”, nova ficção científica sul-coreana dirigida por Yeon Sang-ho, que ficou mundialmente conhecido pelo sucesso de “Invasão Zumbi” (2016). A prévia destaca os excelentes efeitos especiais do filme ao mostrar a criação de um exércitos de soldados robôs. “Jung_E” é a segunda produção do cineasta para a Netflix, após a criação da série “Profecia do Inferno”, renovada para a 2ª temporada. A trama se passa no século 22, após as mudanças climáticas tornarem o planeta inabitável e forçarem os seres humanos a viverem em abrigos espaciais. Porém, a situação piora quando se inicia uma guerra, envolvendo robôs de combate. A protagonista é Jung-yi (Kim Hyun-joo, de “Profecia do Inferno”), a melhor soldado humana, que acaba levando a pior num combate mortal. Com o corpo preservado, ela é submetida a pesquisas científicas e militares para explorar o que a tornava superior. Depois de muitos anos, sua filha pequena assume o comando da experiência, como a cientista que consegue transformar Jung-yi em Jung_E, uma combinação de clone da falecida e robô com Inteligência Artificial – ou de “RoboCop” com “Soldado Universal”. Jung_E tem muitas cópias, mas uma delas manifesta sofrimento, o que faz sua filha adulta (interpretada por Kang Soo-youn, de “Hanbando”) lhe transmitir uma ordem para se libertar, dando início a um novo conflito entre homens e máquinas. “Jung_E” chega à Netflix em 20 de janeiro. Confira abaixo o trailer dublado em português e com as vozes originais (e legendas em inglês).
Kang Soo-youn (1966–2022)
A atriz Kang Soo-youn, primeira sul-coreana premiada num festival europeu de ponta, morreu no sábado (7/5) em um hospital de Seul, após sofrer uma parada cardíaca e uma hemorragia cerebral. Ela tinha 55 anos. Soo-youn começou a atuar no cinema ainda criança, com 4 anos de idade numa série da emissora local TBC. A estreia no cinema aconteceu aos 11 e abriu uma sucessão de filmes que a transformou numa das atrizes mirins mais populares da Coreia do Sul. Até que, aos 21 anos, ela se reinventou como atriz de dramas adultos, consagrando-se como Melhor Atriz do Festival de Veneza por seu papel em “The Surrogate Womb”, dirigido por Im Kwon-taek. O filme representou uma mudança radical em sua carreira, trocando sua imagem de menina inocente pela de uma adolescente disposta a tudo, que convence um homem em busca de uma barriga de aluguel a contratá-la para engravidar dele por dinheiro. Ao se tornar a primeira sul-coreana reconhecida no Festival de Veneza, ela se transformou numa das maiores estrelas de seu país natal. Dois anos depois, com o cabelo raspado para viver uma monja budista, ela ainda recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Moscou por “Come Come Come Upward”, de Im Kwon-taek, estabelecendo-se como a maior estrela da Coreia do Sul – o que lhe rendeu convites para integrar o júri de festivais importantes, como de Tóquio e o próprio Festival de Moscou. Soo-youn permaneceu uma das atrizes mais ativas do cinema sul-coreano até o final dos anos 1990. Mas depois de “Rainbow Trout” em 1999, ela decidiu priorizar a televisão, afastando-se das telas grandes para estrelar o drama político histórico “Ladies of the Palace” (2001) no canal SBS, que se tornou uma das séries de maior audiência da Coreia do Sul. Nos últimos anos, porém, ela preferiu diminuir o ritmo. Foram apenas cinco longa-metragens neste século, com o último lançado em 2011. Em compensação, de 2015 a 2017, foi co-diretora executiva do Festival de Busan, principal evento de cinema de seu país. Ela estava pronta para retomar sua carreira com “Jung-E”, produção da Netflix dirigida por Yeon Sang-ho (“Invasão Zumbi”).

