“O Telefone Preto 2” é principal estreia de cinema da semana
Continuação de terror domina o circuito, que também recebe duas histórias de assalto, "O Bom Bandido" e "The Mastermind", entre animações, produções nacionais e relançamentos
Gena Rowlands, estrela de “Gloria” e “Diário de uma Paixão”, morre aos 94 anos
A atriz ficou conhecida por suas colaborações com o marido John Cassavetes, que lhe renderam duas indicações ao Oscar
Kenneth Anger, pai do cinema queer, dos clipes e literatura de fofoca, morre aos 96 anos
O cineasta Kenneth Anger, um dos pioneiros do cinema de vanguarda e diretor do cultuado e influente “Scorpio Rising” (1963), morreu aos 96 anos. A notícia foi confirmada em uma nota no site da galeria de arte Spruth Magers, administrada pelas negociantes de arte alemãs Monika Sprüth e Philomene Magers. A causa e a data da morte não foram divulgadas. No texto, Monika e Philomene homenagearam o profissional. “Kenneth foi um pioneiro. Sua genialidade cinematográfica e influência perdurarão e continuarão a transformar todos aqueles que se deparam com seus filmes, palavras e visão”, afirmaram. Elas ainda mencionaram que Anger “considerava a projeção cinematográfica um ritual psicossocial capaz de liberar energias físicas e emocionais”. Para a galeria Spruth Magers, o trabalho de Kenneth Anger “moldou a estética das subculturas dos anos 1960 e 1970, o léxico visual da pop, dos videoclipes e da iconografia queer”. Nascido em Santa Mônica em 1927, Anger produziu mais de 30 curtas-metragens entre 1927 e 2013, e fez o primeiro deles aos dez anos de idade. Um dos primeiros cineastas americanos abertamente gays, ele ficou conhecido por explorar temas eróticos e homossexualidade várias décadas antes do sexo gay ser descriminalizado nos Estados Unidos. Anger ganhou reconhecimento por “Fireworks” (1947), considerado o primeiro filme gay dos EUA. Filmado em sua terra natal Beverly Hills enquanto seus pais estavam ausentes em um final de semana, a obra foi um escândalo e o levou aos tribunais acusado de obscenidade. Mais tarde, o cineasta se mudou para a França e teve uma imersão no cenário avant-garde, que inspirou seus trabalhos “Eaux d’Artifice” (1953) e “Rabbit’s Moon” (1950). Depois de voltar para os Estados Unidos em 1953, ele produziu os filmes “Inauguration of the Pleasure Dome” (1954) e principalmente “Scorpio Rising” (1963), estrelado por Bruce Byron (“O Retorno da Múmia”). O filme mais conhecido de Anger era uma visão fetichista de uma gangue de motociclistas do Brooklyn, filmada sem diálogos e entrecortada por colagens – de quadrinhos a filmes – , tudo ao som de uma trilha sonora de sucessos pop, que tocava sem parar – hits de Elvis Presley, Ricky Nelson e Ray Charles, entre outros. Seu impacto hipnótico provou que música e imagem podem ser combinados para criar algo diferente do cinema comercial. E, por conta disso, “Scorpio Rising” tornou-se amplamente considerado como o início da era dos videoclipes. Além disso, a influência de seu uso pioneiro de trilha pop pode ser sentida em filmografias tão diferentes quanto as de Martin Scorsese, Quentin Tarantino e David Lynch – por sinal, o hit de Bobby Vinton que batiza o filme “Veludo Azul” de Lynch fazia parte da seleção musical de “Scorpio Rising”. Pai dos clipes, do cinema queer e, em seus últimos anos, aclamado também como pai da cultura do remix, as inovações de Anger, que hoje fazem parte do mainstream, causaram choque e revoltaram os conservadores de sua época. Mas chocar sempre foi seu objetivo, o que o tornou uma figura conhecida e controversa do movimento contracultural dos anos 1960. Anger era um satanista assumido, que organizava rituais com celebridades – e fez até um filme em homenagem ao diabo, “Lucifer Rising” (1972). Mas também foi uma figura pop, íntimo de outras personalidades contraculturais da época, incluindo Mick Jagger e Keith Richards dos Rolling Stones, Jimmy Page do Led Zeppelin e a cantora Marianne Faithfull, que por sinal atuou em “Lucifer Rising”. Para completar, ele também inaugurou a literatura de fofocas ao lançar em 1959 o clássico “Hollywood Babylon”, no qual desvendou supostos escândalos envolvendo estrelas de Hollywood, desde Marilyn Monroe (“Os Homens Preferem as Louras”) até Judy Garland (“Nasce uma Estrela”) e Charlie Chaplin (“Tempos Modernos”). A obra enfrentou processos, sofreu descrédito e chegou a ser proibida logo após sua publicação. Mas ele lançou uma continuação do livro em 1984, após anunciar sua aposentadoria como cineasta. Kenneth voltou ao meio cinematográfico em 2000 e permaneceu dirigindo curtas-metragens até 2013. Anger afirmou em uma entrevista de 2010 ao The Guardian que havia concluído a redação de uma terceira parte do livro, porém estava adiando sua publicação devido ao receio de possíveis repercussões. “A principal razão pela qual não o publiquei foi por ter uma seção inteira sobre Tom Cruise e os cientologistas”, disse ele. “Não sou simpático aos cientologistas”. Em 2019, o podcast “You Must Remember This”, apresentado por Karina Longworth (do “The Rotten Tomatoes Show”), examinou as narrativas retratadas em “Hollywood Babylon” e pesquisou em outras fontes para obter relatos mais precisos. E muito do que tinha sido desacreditado acabou se provando verdadeiro. Veja abaixo as versões integrais de “Fireworks”, “Scorpio Rising” e “Lucifer Rising”.
Carleton Carpenter (1926-2022)
O ator Carleton Carpenter, que estrelou musicais da MGM ao lado de estrelas como Debbie Reynolds e Judy Garland, morreu nesta segunda-feira (31/1) em Warwick, Nova York, aos 95 anos. Carpenter era um artista multitalentoso cuja carreira durou oito décadas. Ele começou sua carreira como palhaço e mágico em espetáculos circenses, antes de se mudar para Nova York em 1944, quando, em 24 horas, conseguir seu primeiro papel numa peça da Broadway. Repercutindo seu sucesso no palco, onde emendou vários musicais, passou a cantar em programas de rádio e TV, até estrear no cinema em 1949, no polêmico “Fronteiras Perdidas”, em que interpretou um médico negro que se passava por branco. Só depois disso ele assinou com a MGM e vieram as comédias e musicais. Foram quatro só em 1950: “O Papai da Noiva” com Elizabeth Taylor, “Três Palavrinhas” com Debbie Reynolds, “Casa, Comida e Carinho” com Judy Garland e “Quando Canta o Coração”, novamente com Reynolds. Neste último filme, Reynolds e Carpenter fizeram história ao compartilhar um dueto de uma velha música de vaudeville, “Aba Daba Honeymoon”. A música foi o primeiro single extraído de uma trilha sonora e disparou para o topo das paradas de sucesso, vendendo mais de 1 milhão de cópias. Graças ao estouro da música e do filme, os dois atores organizaram um espetáculo teatral de vaudeville e percorreram os EUA fazendo apresentações ao longo de um ano. As apresentações foram interrompidas para Carpenter aparecer no western “O Vale da Vingança” (1951) e no drama “O Direito de Viver” (1951). Depois disso, ele ainda protagonizou a comédia western “Céu de Prata” (1952) e coadjuvou o drama de guerra “Dá-me Tua Mão” (1953) e o filme de ação “Periscópio a Vista” (1959). Mas sua popularidade não continuou nos anos 1960. De repente, ele se viu relegado à televisão, participando de inúmeras séries da era de ouro da TV americana, de “Papai Sabe Tudo” a “Perry Manson”, até os trabalhos começaram a minguar na década seguinte. Ele acabou voltando ao cinema nos anos 1980, despedindo-se das telas com o cultuado terror “Quem Matou Rosemary?” (The Prowler, 1981) e a sátira “The American Snitch” (1983). Além de atuar e cantar, Carpenter também foi compositor, com créditos como “Christmas Eve”, gravada por Billy Eckstine, e “Cabin in the Woods” e “Ev’ry Other Day”, que ele gravou para a MGM Records. O artista também escreveu vários livros de mistério, uma biografia e o musical “Northern Boulevard”, que foi encenado em Nova York. Lembre abaixo a performance de “Aba Daba Honeymoon” de “Quando Canta o Coração”.
Annie Ross (1930 – 2020)
A atriz e cantora Annie Ross, conhecida pelo hit de jazz “Twisted” e por papéis em filmes como “Superman 3” (1983) e “Short Cuts – Cenas da Vida” (1993), morreu na terça (21/7) por complicações cardíacas. Nascida Annabelle Macauley Allan Short, ela começou sua longa carreira ainda na infância, graças à influência da tia, a atriz e cantora Ella Logan, aparecendo em curtas dos Batutinhas aos sete anos de idade. Sua estreia em longa-metragem foi como irmã mais jovem de Judy Garland na comédia musical “Lilly, A Teimosa” (1943). Mas o trabalho que lhe deu projeção acabou sendo uma música. Ela virou a queridinha do jazz americano na década seguinte, com o lançamento de “Twisted”, música de 1952 sobre as memórias perturbadas de uma paciente psiquiátrica. Durante os anos 1950 e 1960, Annie Ross cantou ao lado de Dave Lambert e Jon Hendricks no trio Lambert, Hendricks & Ross, que lançou o disco “Sing a Song of Basie” (1957) considerado um clássico do jazz. Em 1962, eles venceram um Grammy pelo álbum “High Flying”. O sucesso musical a afastou das telas. Ela ficou tão famosa que, quando aparecia em alguma produção, interpretava a si mesma, como aconteceu num episódio da série britânica “O Santo”, em 1965. Mas após duas décadas dedicadas à música, Annie precisou voltar aos cinemas a partir dos anos 1970, após um divórcio que a deixou falida. Ela alternou participações em musicais de teatro com pequenos papéis em filmes como “Alfie – O Eterno Sedutor” (1975), “Os Yankees Estão Voltando” (1979) e principalmente “Superman III” (1983), em que interpretou a irmã do vilão Ross Webster (Robert Vaughn), transformada em um ciborgue na história. Curiosamente, acabou tendo maior projeção em duas continuações da franquia de terror “Basket Case”, produzidas em 1990 e 1991, além de ter interpretado a diretora da escola de Christian Slater no cultuado “Um Som Diferente” (1990), um filme sobre o poder subversivo do rock alternativo. Neste período, ela descobriu que tinha um fã no diretor Robert Altman, que a incluiu em dois filmes consecutivos. Após viver a si mesma em “O Jogador” (1992), Altman a escalou em “Short Cuts – Cenas da Vida” (1993), como uma cantora de jazz que lutava para se recuperar do vício em heroína e voltar aos holofotes. A personagem parecia ter sido escrita sob medida, já que Annie Ross enfrentou o vício da droga na vida real. “Short Cuts” representou um renascimento da carreira musical de Ross, que também cantou em sua trilha sonora. O filme lhe rendeu convites para retomar as turnês artísticas. Reinventando-se como cantora de cabaret, com espetáculos lotados, ela despediu-se dos cinemas pela última vez no ano seguinte, encerrando sua filmografia com “Céu Azul” (1994), um romance estrelado por Jessica Lange e Tommy Lee Jones. Ross se apresentou regularmente no Metropolitan Room até o fechamento da sala de espetáculos nova-iorquina em 2017, e, em 2014, lançou seu último álbum, “To Lady with Love”, uma homenagem a Billie Holiday.
Renee Zellweger é Judy Garland em trailer emocionante de cinebiografia
A LD Entertainment divulgou o pôster e o emocionante trailer completo de “Judy”, cinebiografia em que Renee Zellwegger se transforma em Judy Garland. A trama acompanha a lendária atriz de “O Mágico de Oz” (1939) e “Nasce uma Estrela” (1954) no final de sua vida. Separada, endividada e sem opções para cuidar dos filhos, ela aceita embarcar numa turnê de shows em Londres em 1968, onde realiza espetáculos concorridos, envolve-se com o último amor de sua vida, dá vexames e luta contra a depressão, semanas antes de morrer de overdose aos 47 anos de idade. É um grande melodrama. O filme tem roteiro de Tom Edge (da série “The Crown”), direção do inglês Rupert Goold (“A História Verdadeira”) e seu elenco ainda inclui Rufus Sewell (“The Man in the High Castle”), Bella Ramsey (“Game of Thrones”), Michael Gambon (“Harry Potter e as Relíquias da Morte”), Finn Wittrock (“American Horror Story”), Jessie Buckley (“Chernobyl”), Gemma-Leah Devereux (“The Tudors”) e Darci Shaw (“The Bay”) como a versão jovem de Judy. A estreia está marcada para 27 de setembro nos Estados Unidos e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Renee Zellweger é Judy Garland em trailer de cinebiografia
A Roadside Attractions divulgou o pôster, novas fotos e o primeiro trailer de “Judy”, cinebiografia da lendária atriz Judy Garland. A prévia mostra diversas cenas da vida da estrela, com ênfase em seus últimos anos, quando é encarnada por Renee Zellweger. E a interpretação é tão convincente que os letreiros chegam a afirmar que “Renee Zellweger é Judy Garland”. Situado em 1968, o filme mostrará a chegada da atriz em Londres para uma série de apresentações. 30 anos depois de dar a vida a Dorothy, em “O Mágico de Oz”, ela enfrenta problemas de uma grande estrela: brigas com empresários, relacionamentos com músicos, fãs e amigos, além do romance com seu quinto marido, Mickey Dean. Judy Garland faleceu poucos meses depois, ainda em Londres, de overdose aos 47 anos de idade. O filme tem roteiro de Tom Edge (da série “The Crown”), direção do inglês Rupert Goold (“A História Verdadeira”) e seu elenco ainda inclui Rufus Sewell (“The Man in the High Castle”), Bella Ramsey (“Game of Thrones”), Michael Gambon (“Harry Potter e as Relíquias da Morte”), Finn Wittrock (“American Horror Story”), Jessie Buckley (“Chernobyl”), Gemma-Leah Devereux (“The Tudors”) como Lisa Minnelli e Darci Shaw (“The Bay”) como a versão jovem de Judy. A estreia está marcada para 27 de setembro nos Estados Unidos e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Camille Paglia chama o novo Nasce uma Estrela de “desgraça misógina”. Mas é pior
Em ensaio escrito para a revista The Hollywood Reporter nesta quarta (20/2), a escritora, acadêmica e crítica de arte feminista Camille Paglia comparou as quatro versões já filmadas de “Nasce uma Estrela”, concluindo que a nova produção, estrelada por Lady Gaga, dirigida por Bradley Cooper e indicada ao Oscar 2019, é a pior de todas. A expressão usada pela autora de “Sexo, Arte e Cultura Americana” foi “uma desgraça misógina”. Após destacar o pioneirismo de Janet Gaynor ao escolher sua carreira em vez do papel de esposa no filme original de 1937, a androginia ousada de Judy Garland na versão de 1954 e o empoderamento de Barbra Streisand, estrela e produtora em 1976, a escritora ponderou que o novo longa transforma a personagem feminina, vivida por Lady Gaga, em coadjuvante, diminuindo sua importância como mero suporte para o ego de Bradley Cooper, verdadeiro protagonista e diretor do filme. “No filme de Cooper, a história épica de Hollywood foi sequestrada pela vaidade masculina, restringindo o magnífico papel clássico da estrela ascendente, que eclipsa dolorosamente seu marido autodestrutivo e alcoólatra. O que o roteiro deixou para Gaga interpretar não é material de protagonista. Sua performance nunca pertenceu à categoria de Melhor Atriz, porque Cooper a rebaixou a Atriz Coadjuvante desde o início”, escreveu Paglia. O ponto mais baixo, segundo a escritora, é a cena de humilhação do personagem masculino. Nos filmes anteriores, elas ocorreram em momentos de embriaguez que despertavam raiva na plateia contra o homem. No novo filme, a humilhação também se estende à mulher, quando ela tenta esconder o vexame diante de todos, reduzindo-a à mera esposa de astro decadente, no momento que deveria representar a consagração de sua carreira individual. “Esta cena feia, que reduz uma mulher de carreira triunfante a alguém que desajeitadamente tenta esconder um esguicho de urina de seu homem com a aba de seu vestido, é uma desgraça misógina”. Apesar de dura em sua análise, Camille Paglia não reparou no detalhe que representa a maior diferença – e a mais machista de todas – entre o filme de Cooper e os anteriores. Há uma reprovação implícita do sucesso individual da personagem de Gaga, que, supostamente, só faz músicas boas ao lado de seu homem. Quando decide gravar por conta própria, o resultado são bobagens de pop feminino descartável. Como se, sozinha, ela não pudesse fazer rock como qualquer homem – ou mulher, convenhamos – e precisasse se conformar em imitar Madonna nos anos 1980 – pop essencialmente feminino – , obedecendo feito “mulherzinha” a um produtor mandão. Talvez por não ponderar as idiossincrasias da música, Paglia não deu atenção a este subtexto. A personagem de Lady Gaga tem seu talento questionado mesmo quando ganha um Grammy na trama, enquanto as protagonistas anteriores foram todas celebradas pela qualidade artística de suas realizações. Como as estrelas em ascensão do título. Não como artistas sem identidade ou luz própria.
Polícia recupera sapatinhos vermelhos de O Mágico de Oz roubados há 13 anos de um museu
Treze anos após serem roubados, os famosos sapatinhos vermelhos usados por Judy Garland no filme de “O Mágico de Oz” foram recuperados pelo FBI nos Estados Unidos. Os sapatinhos originais foram roubados do Judy Garland Museum, em Grand Rapids, no estado de Minnesota, que na verdade é a casa onde a atriz cresceu na infância, com pouca segurança. Mesmo assim, o caso chamou a atenção pela falta de pistas deixadas pelos ladrões, que evitaram as câmeras do local e foram cuidadosos para não deixar impressões digitais. Anos depois do roubo, ocorrido em 2005, a polícia anunciou uma recompensa de US$ 1 milhão para quem tivesse pistas sobre o paradeiro dos sapatinhos vermelhos. Dúzias de ligações foram recebidas pelos investigadores após o anúncio, mas nenhuma levou a algo concreto. Os sapatinhos eram propriedade de um colecionador particular, Michael Shaw, que os alugava para o museu e doava os milhares de dólares que cobrava da instituição para caridades diversas. Desde o roubo, alguns observadores do caso suspeitavam que o próprio Shaw tivesse armado o assalto, a fim de receber o dinheiro do seguro – em torno de US$ 800 mil. Detalhes da recuperação ainda estão sendo mantidos em sigilo. Em entrevista coletiva realizada nesta terça (4/9), o porta-voz do FBI afirmou que a investigação ainda não acabou e que a polícia está agora rastreando outros envolvidos no roubo e na recepção. A descoberta do paradeiro das peças teria sido feito após uma tentativa de extorsão, com suspeitos que buscavam obter dinheiro com informações sobre o paradeiro dos sapatinhos junto à empresa seguradora dos objetos. Judy Garland, que interpretou Dorothy Gale no clássico do cinema, usou meia dúzia de pares de sapatinhos vermelhos, supostamente de rubis, durante a produção do filme. Com eles nos pés, embarcou em sua jornada pela estrada de tijolos amarelos e, no final da história, bateu seus calcanhares três vezes para voltar para casa e imortalizar a frase “Não há lugar como o lar”. Os sapatinhos são amplamente considerados como uma das peças mais memoráveis da história do cinema americano, e estima-se que valem vários milhões de dólares. Além do par desaparecido, há outro par de sapatinhos de rubi sob a custódia do Smithsonian Museum, também nos EUA. E outro foi comprado recentemente por Leonardo DiCaprio e Steven Spielberg, que doaram a relíquia para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que deve abrir seu próprio museu em 2019.
Renee Zellweger vira Judy Garland em primeira foto de cinebiografia
Os estúdios Pathe e BBC Films divulgaram a primeira foto de Renee Zellweger, a eterna Bridget Jones, caracterizada como Judy Garland, a eterna Dorothy de “O Mágico de Oz” (1939) numa cinebiografia. O filme, batizado de “Judy”, vai retratar o final da vida de Garland. Situado em 1968, mostrará a chegada da atriz em Londres para uma série de apresentações. 30 anos depois de dar a vida a Dorothy, ela enfrenta problemas de uma grande estrela: brigas com empresários, sua relação com músicos, fãs e amigos, além do romance com seu quinto marido, Mickey Dean. Judy Garland faleceu poucos meses depois, ainda em Londres, de overdose aos 47 anos de idade. O filme começou a ser rodado em fevereiro na Inglaterra, com roteiro de Tom Edge (da série “The Crown”) e direção do inglês Rupert Goold (“A História Verdadeira”). O elenco também inclui Jessie Buckley (minissérie “War and Peace”), Finn Wittrock (“American Horror Story”), Rufus Sewell (“The Man in the High Castle”), John Dagleish (“Beaver Falls”) e Michael Gambon (o Dumbledore da franquia “Harry Potter”). Ainda não há previsão para a estreia.
Renee Zellweger vai viver Judy Garland em cinebiografia
A atriz Renee Zellweger, a eterna Bridget Jones, vai viver Judy Garland, a eterna Dorothy de “O Mágico de Oz” (1939) numa cinebiografia. Segundo o site The Hollywood Reporter, o filme, batizado de “Judy”, vai retratar o final da vida de Garland. Situado em 1968, mostrará a chegada da atriz em Londres para uma série de apresentações. 30 anos depois de dar a vida a Dorothy, ela enfrenta problemas de uma grande estrela: brigas com empresários, sua relação com músicos, fãs e amigos, além do romance com seu quinto marido, Mickey Dean. Judy Garland faleceu poucos meses depois, ainda em Londres, de overdose aos 47 anos de idade. O filme começará a ser rodado em fevereiro na Inglaterra, com roteiro de Tom Edge (da série “The Crown”) e direção do inglês Rupert Goold (“A História Verdadeira”).
Livro póstumo revela que Judy Garland foi molestada pelos anões de O Mágico de Oz
Um livro póstumo trouxe à tona revelações polêmicas sobre a atriz Judy Garland. Escrito pelo ex-marido da atriz, Sid Luft, que faleceu em 2005, o texto afirma que a atriz foi molestada durante as filmagens de “O Mágico de Oz” (1939) pelos anões que interpretavam os munchkins. Na ocasião, ela tinha apenas 16 anos. Luft escreveu que eles “frequentemente colocavam as mãos por baixo de sua saia”. “Eles achavam que poderiam escapar de qualquer coisa porque eram pequeninos. Eles fizeram a vida de Judy um pesadelo no set colocando suas mãos por baixo do seu vestido. Os homens tinham mais de 40 anos”, escreveu Sid. O novo livro também traz revelações sobre a vida privada da atriz, sua luta contra as drogas e as frequentes tentativas de suicídio. Judy se casou cinco vezes e é mãe de Liza Minelli, fruto de seu segundo casamento, com Vincent Minnelli. Sid Luft foi o terceiro marido da atriz, entre os anos 1952 e 1965, com quem teve os filhos Lorna e Joey. Ela morreu em 1969, aos 47 anos, de uma overdose. Sobre as drogas, o ex-marido afirmou que Judy “era casada com elas antes de me conhecer e nunca se separou”. Ao longo dos anos, ele começou a perceber o uso intenso de drogas, com anfetaminas e barbitúricos que a deixavam em severa depressão e com pensamentos suicidas. As revelações estavam em um diário escrito por Judy e descoberto por Sid, que pretendia fazer as revelações em vida, mas morreu antes de publicar o livro. O manuscrito inacabado foi descoberto no ano passado entre seus arquivos e somente agora será publicado com o título “Judy and I: My Life with Judy Garland”. O lançamento vai acontecer em 1 de março nos EUA.










