Diretora de “Lindinhas” fará filme sobre Josephine Baker
A cineasta francesa Maïmouna Doucouré (“Lindinhas/Mignonnes”) vai escrever e dirigir a cinebiografia da icônica atriz, cantora e dançarina Josephine Baker, ícone da luta pela liberdade e igualdade racial, além de um das maiores nomes dos espetáculos de Paris na primeira metade do século 20. O projeto está em desenvolvimento pelo Studiocanal e conta com o apoio dos filhos de Josephine Baker, Jean-Claude Bouillon Baker, Brian Bouillon Baker e da tribo Rainbow, o nome carinhoso que a artista deu às 12 crianças de diferentes origens que ela adotou após a 2ª Guerra Mundial. “Josephine Baker. A artista universal, mulher e mãe. Estamos honrados em fazer parceria com o Studiocanal e colaborar com Maïmouna neste longa-metragem sobre as conquistas incríveis e humanistas de nossa mãe. Sim, ela podia. E ela fez. Obrigado mãe!”, disseram os filhos dela, em comunicado oficial. Nascida nos EUA, em St Louis, Missouri, Baker passou a maior parte de sua vida na Europa, principalmente na França, onde encontrou fama nos cabarés de Paris nas décadas de 1920 e 1930. Ela apoiou a resistência francesa na 2ª Guerra Mundial, antes de retomar sua carreira após o conflito. E foi também uma ativista formidável dos direitos civis, recusando-se a se apresentar em partes segregadas dos EUA na década de 1950. Em sua vasta lista de pioneirismos, Baker foi a primeira mulher negra a estrelar um grande filme, “A Sereia Negra”, em 1927, além de ser considerada ícone mundial da Era do Jazz e uma heroína real da França, condecorada por Charles de Gaulle. Baker morreu em Paris em 1975, mas em 2021 ela foi enterrada novamente no Panthéon em Paris, tornando-se apenas a sexta mulher a ser homenageada dessa maneira pela França, ao lado de Simone Veil e Marie Curie. Doucouré disse que a vida e o trabalho de Baker como artista foram uma inspiração para ela. “É uma grande honra e também um belo desafio embarcar neste projeto. Pensar que através da ficção posso contar sua grande e profundamente rica história, sua beleza, suas lutas, suas feridas e sua humanidade. Mal posso esperar para dar uma nova vida a essa lenda incrível na tela”, disse ela. O filme começa a ser rodado em 2023 e ainda não tem previsão de estreia. Esse não é o único projeto sobre a vida de Josephine Baker em andamento. Há alguns meses, foi anunciado que a cantora Janelle Monaé (“Estrelas Além do Tempo”) ia estrelar uma minissérie biográfica sobre a atriz. O projeto, desenvolvido pelo estúdio indie A24, também não tem previsão de estreia. O primeiro filme de Maïmouna Doucouré, “Lindinhas” (2020), gerou polêmicas e tentativas de censura por supostamente sexualizar as suas protagonistas crianças. Na ocasião, a Netflix, que distribuiu o filme, precisou emitir um comunicado dizendo que a proposta da obra era criticar a sexualização infantil e não celebrá-la.
Janelle Monaé vai estrelar minissérie sobre a vida de Josephine Baker
A cantora Janelle Monaé (“Estrelas Além do Tempo”) vai estrelar uma minissérie biográfica da icônica atriz, cantora e dançarina Josephine Baker, ícone da luta pela liberdade e igualdade, além de um das maiores nomes dos espetáculos de Paris na primeira metade do século 20. Batizada de “De La Resistance”, a produção está em desenvolvimento no estúdio indie A24 e, de acordo com o site Deadline, deve ser lançada em streaming – estaria recebendo ofertas milionárias de várias plataformas. Criada por Jennifer Yale, que trabalhou nas séries “See”, “Outlander” e “Underground”, a atração deve se focar o papel da americana como espiã da resistência francesa, ajudando a derrotar os nazistas na 2ª Guerra Mundial, além de explorar a experiência da estrela como uma das artistas mais famosas, talentosas e glamourosas de sua época. Em sua vasta lista de pioneirismos, Baker foi a primeira mulher negra a estrelar um grande filme, “A Sereia Negra”, em 1927, além de ser considerada ícone mundial da Era do Jazz, heroína da França condecorada por Charles de Gaulle e líder dos movimentos civis dos EUA, por se recusar a se apresentar para públicos segregados em seu país natal. Além de atuar, Monaé vai produzir a biografia por meio de sua empresa, Wondaland. Fã declarada de Baker, a cantora buscou inspiração no visual da dançarina para seu traje no baile do Met Gala desta semana. Veja abaixo um trecho de “A Sereia Negra”. Josephine Baker entra em cena aos 2 minutos de exibição.
Estrela de Preacher vai estrelar minissérie sobre Josephine Baker
A notável história de Josephine Baker, uma das artistas femininas mais influentes do século 20, vai virar minissérie. Intitulada “Josephine”, a atração está sendo desenvolvida pelo estúdio ABC Signature, do conglomerado Disney, e contará com Ruth Negga (a Tulip de “Preacher”) como a lendária artista da Era do Jazz e ativista dos direitos civis. Além de estrelar, Negga também vai produzir a minissérie, que tem roteiro de Dee Harris-Lawrence (“All Rise”) e será dirigida por Millicent Shelton (“Black-ish”). Nascida no Missouri em 1906, Baker começou sua carreira aos 15 anos, quando apareceu no palco em vários shows em Nova York. Aos 19 anos, ela se mudou para a França, que se tornaria seu país adotivo, transformando-se numa estrela e numa das artistas mais populares e mais bem pagas da Europa. No início, ela era conhecida como dançarina e estava entre as performers mais célebres do teatro de revista do Folies Bergère em Paris. Ela ganhou a admiração de figuras culturais como Pablo Picasso, Ernest Hemingway e EE Cummings, ganhando apelidos como “Vênus Negra” e “Pérola Negra”. No auge do sucesso, já nos anos 1930, ela decidiu que viraria cantora e também se tornou protagonista de cinema, em filmes como “A Sereia Negra” (1927), “Zuzu” (1934) e “Princesa Tam-Tam” (1935), entre outros. Quando a 2ª Guerra Mundial começou, Baker trabalhou para a Resistência Francesa, e nos anos seguintes passou a lutar contra a segregação e o racismo nos Estados Unidos. Ela se recusou a se apresentar para audiências segregadas ao excursionar pelo país nos anos 1950 e teve um papel ativo no movimento pelos direitos civis, como palestrante na marcha de 1963 em Washington. A artista também foi convidada a ser líder simbólica do movimento após o assassinato de Martin Luther King Jr., mas recusou a oferta por preocupação com os bem-estar de seus filhos. Ela morreu de hemorragia cerebral em 12 de abril de 1975 e foi enterrado com honras militares. Josephine Baker já teve um telefilme biográfico da HBO em 1991, “The Josephine Baker Story”, que entrou para a História da televisão ao rendeu o Emmy de Melhor Atriz para Lynn Whitfield, a primeira atriz negra a vencer na categoria. E continua relevante para as novas gerações, inspirando desde Beyoncé até a série “Lovecraft Country”, onde apareceu interpretada por Carra Patterson. A minissérie biográfica ainda não tem canal ou plataforma definido.


