Dois Papas: Filme de Fernando Meirelles sobre a ascensão do papa Francisco ganha primeira foto
A Netflix divulgou a primeira imagem oficial de “Dois Papas” (The Two Pope). Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”), o filme vai abordar a recente transição do poder no Vaticano entre Bento 16 e Francisco. A imagem mostra Anthony Hopkins (vencedor do Oscar por “O Silêncio dos Inocentes”) na pele do papa Bento 16, e Jonathan Pryce (o Alto Pardal de “Game of Thrones”) como o cardeal Bergoglio. Frustrado com a direção da Igreja, o cardeal Bergoglio pediu permissão ao papa Bento 16 para se aposentar em 2012. Em vez disso, tornou-se o seu sucessor, o papa Francisco. O roteiro de Anthony McCarten (indicado ao Oscar por “A Teoria de Tudo”) aborda a história real dessa transição, que aconteceu em meio a escândalos de pedofilia na Igreja Católica. A Netflix caracteriza o filme como uma “disputa entre a tradição e o progresso, a culpa e o perdão”, revelando “dois homens muito diferentes confrontando seus passados em busca de terreno comum, para forjar o futuro de um bilhão de seguidores em todo o mundo”. A produção foi anunciado como parte da seleção do Festival de Toronto, que será realizado entre 5 e 15 de setembro no Canadá, mas ainda não tem previsão de estreia na plataforma de streaming.
Nikolaj Coster-Waldau vai estrelar série sobre Hollywood dos anos 1980
O ator dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau, intérprete de Jaime Lannister em “Game of Thrones”, vai continuar atuando na TV americana após o final da atração da HBO. Ele entrou no piloto de “Gone Hollywood”, série em desenvolvimento para o canal pago FX. A trama se passa em Hollywood, durante os anos 1980. O papel de Coster-Waldau é um agente de celebridades chamado Jack DeVoe. Junto com alguns colegas, ele deixa uma das agências de talentos mais famosas de Hollywood para fundar sua própria empresa. Segundo a FX, os personagens de Gone Hollywood serão fictícios, mas seus clientes não. Assim, a trama vai incluir celebridades reais, que marcaram a década de 1980. Além de Coster-Waldau, o elenco inclui John Magaro (“The Umbrella Academy”), Lola Kirke (“Mozart in the Jungle”) e os veteranos Jonathan Pryce (“A Esposa”) e Judd Hirsch (“Independence Day”). A participação de nomes famosos indica a força do projeto. “Gone Hollywood” é criação do roteirista Ted Griffin (de “Onze Homens e Um Segredo” e criador da série “Terriers”), que escreveu e vai dirigir o piloto, além de atuar como showrunner caso (quando) a série seja (for) aprovada.
Glenn Close transforma A Esposa em filme de Oscar
Glenn Close nunca ganhou um Oscar. Sua primeira indicação (como Melhor Atriz Coadjuvante) foi em 1982 (!) por “O Mundo Segundo Garp”, mas quem levou foi Jessica Lange por “Tootsie” (merecido, né). De lá para cá foram mais seis nominações: em 1984 e 1985 por “Os Amigos de Alex” e “The Natural”, em 1987 por “Atração Fatal” (ela perdeu para Cher em “Moonstruck” – sério), em 1989 por sua atuação no maravilhoso “Ligações Perigosas” (Jodie Foster levou por “Acusados”) e 2011 por “Albert Nobbs”. Com “A Esposa”, ela soma sua 7ª indicação, e será meio difícil tirar a estatueta dourada dela – ainda que se prefira Olivia Colman em “A Favorita” – , pois a atriz carrega totalmente sozinha a boa história inspirada no livro de “The Wife” (2003), de Meg Wolitzer, lutando contra um elenco deslocado e mal dirigido: Max Irons (filho de Jeremy Irons) entrega uma atuação patética como filho do casal e, nos flashbacks, Harry Lloyd interpreta um Joe Castleman (o marido jovem do personagem de Glenn Close) digno de novela das 19h da Rede Globo. Pisando sobre todos eles, inclusive um irreconhecível Christian Slater (como o biógrafo mala), Glenn Close brilha numa trama que começa quando o marido Joe (Jonathan Pryce) recebe o Prêmio Nobel de Literatura e precisa ir a Estocolmo receber as honrarias. Sua esposa, Joan (Glenn), entra numa espiral de repensar as escolhas de sua vida, e a trama (meio Agatha Christie, ainda que um tiquinho óbvia) irá revelando aos poucos como o casal construiu seu passado (e seu presente). No fim das contas, um bom filme médio do sueco Björn Runge (“Happy End”), feito para Glenn Close brilhar. Mas será que isso basta para levar o Oscar?
Renda do filme O Que de Verdade Importa ajudará instituições que cuidam de crianças com câncer no Brasil
O filme “O Que de Verdade Importa” (The Healer), que chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 27 de setembro, terá toda a renda obtida com a venda de seus ingressos revertida para instituições que cuidam de crianças com câncer no país. Várias regiões do Brasil serão beneficiadas. Em São Paulo, a renda da bilheteria vai para a TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer). No Rio, o Instituto Desiderata será beneficiado. O GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer) receberá verba na Bahia. No Recife, o beneficiário será o NACC (Núcleo de Apoio à criança com Câncer). Em Curitiba, o HPP (Hospital Pequeno Príncipe). Em Porto Alegre, o Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre. E em Campo Grande, o HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão). A ideia partiu do diretor do longa, o espanhol Paco Arango (“Maktub”) que, além de seu trabalho no cinema, preside na Espanha a Fundação Aladina, uma entidade que há mais de dez anos ajuda crianças e adolescentes com câncer. O longa já foi exibido em sete países com arrecadação de cerca de US$ 10 milhões, toda distribuída para entidades que cuidam de crianças com câncer. “O Que de Verdade Importa” conta a história do engenheiro Alec Bailey (Oliver Jackson-Cohen, da série “Emerald City”), que mora em Londres e tenta, sem muito êxito, ganhar a vida consertando eletrodomésticos. Afogado em dívidas, ele acaba recebendo a ajuda de Raymond Heacock (Jonathan Pryce, de “Game of Thrones”), um tio desconhecido que lhe propõe pagar tudo, desde que Alec se mude para uma pequena cidade na Nova Escócia, no Canadá, por pelo menos um ano. Desconfiado, mas sem muitas opções, ele aceita a proposta e inicia uma incrível jornada de descoberta, aprendizado e redenção ao lado de Cecilia (Camilla Luddington, de “Grey’s Anatomy”), a veterinária da cidade, que por um descuido faz com que todos acreditem que ele tem o dom da cura. E é aí que entra a conexão com a causa beneficente: uma garota com câncer (Kaitlyn Bernard, de “1922”) surge para lhe mostrar o que ele pode fazer com este suposto dom. Veja o trailer abaixo, em versões legendada e dublada.
Terry Gilliam perde novo processo por direitos de seu filme de Dom Quixote
O diretor Terry Gilliam perdeu um novo processo contra o produtor português Paolo Branco pelos direitos do filme “The Man Who Killed Don Quixote” (“O Homem que Matou Dom Quixote”, em tradução literal), desta vez em Madri, na Espanha. De acordo com a revista americana The Hollywood Reporter, o caso judicial foi aberto pela produtora espanhola do longa, a Tornasol Films, que entrou com um processo contra Branco pelos valores recebidos pelo filme, cerca de US$ 121 mil. A decisão da justiça espanhola confirmou a validade da coprodução do longa com a empresa de Branco, Alfama Filmes, negando que o português tenha descumprido obrigações contratuais. A decisão ainda pode ser recorrida nos próximos 20 dias. O veredito vem cerca de um mês depois de Branco vencer um processo similar contra o cineasta na Justiça francesa. Na França, o processo foi aberto por Branco, que alegou que Gilliam havia quebrado seu contrato, ao tentar lançar o filme sem sua participação. O tribunal do país liberou a primeira exibição do longa durante o Festival de Cannes deste ano, mas decretou que os direitos pertencem ao produtor português. A decisão ainda multou Gilliam em 10 mil euros, que deverão ser pagos a Branco. Trata-se de um final literalmente quixotesto para o esforço empreendido por Gilliam para finalizar o filme. Para entender os percalços dessa história, é preciso retroceder 25 anos, quando as primeiras páginas do roteiro de “The Man Who Killed Dom Quixote” foram escritas. A pré-produção começou em 1998 e as primeiras filmagens aconteceram em 2000, com Johnny Depp no papel principal. Já neste momento, foram tantos problemas, incluindo inundações no set, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro Jean Roquefort, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar o longa, chegando a filmar Ewan McGregor (“Trainspotting”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português Paulo Branco adiou o projeto. Os dois se desentenderam durante a pré-produção, o que levou o diretor a entrar na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto buscava realizava o longa com apoio de outros produtores. Neste meio tempo, John Hurt acabou morrendo e precisou ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram, finalmente, Adam Driver e Jonathan Pryce. Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens amaldiçoadas no ano passado, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de interromper a produção. O cineasta recorreu e a audiência de apelação manteve a goleada do destino contra Gilliam. Por enquanto, apenas o público do Festival de Cannes pôde ver a obra. Alguns dizem que a obra é prima, outros que é perda de tempo. O que é certo é que a maldição continua. A decisão da justiça francesa levou o produtor a ameaçar as empresas que fecharam contrato de distribuição do filme, entre elas a Amazon nos Estados Unidos. Em comunicado, Paulo Branco afirma que, após a sentença, “a exploração do filme só pode ser feita pela Alfama ou pela Leopardo filmes — pela Leopardo em Portugal e pela Alfama no resto do mundo — e todos os outros contratos são ilegais”. Terry Gilliam já avisou que pretende recorrer da decisão, afirmando que as empresas de Branco não financiaram as filmagens. E Paulo Branco também diz querer ser indenizado pelos “danos” causados pelas disputas judiciais. Ou seja, a desgraceira continua.
Terry Gilliam perde batalha judicial na luta para exibir seu filme maldito
A justiça francesa decidiu contra Terry Gilliam no processo em que o cineasta buscava anular seu contrato com o produtor português Paulo Branco, com quem brigou após ceder os direitos de distribuição de “The Man who Killed Don Quixote” (O Homem Que Matou Dom Quixote). A interpretação da Corte de Apelação de Paris é que o contrato continua válido, embora a realização definitiva do filme não tenha sido financiada pela produtora de Branco. Gilliam trabalha há mais de 20 anos no longa, que finalmente veio à público durante o recente Festival de Cannes, como filme de encerramento do evento. Mas mesmo esta exibição envolveu angústia e disputa judicial. Branco tentou vetar a première mundial, mas o festival conseguiu uma liminar para realizar a projeção. Para entender os percalços dessa história, é preciso retroceder 25 anos, quando as primeiras páginas do roteiro de “The Man Who Killed Dom Quixote” foram escritas. A pré-produção começou em 1998 e as primeiras filmagens aconteceram em 2000, com Johnny Depp no papel principal. Já neste momento, foram tantos problemas, incluindo inundações no set, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro Jean Roquefort, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar o longa, chegando a filmar Ewan McGregor (“Trainspotting”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português Paulo Branco adiou o projeto. Os dois se desentenderam durante a pré-produção, o que levou o diretor a entrar na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto buscava realizava o longa com apoio de outros produtores. Neste meio tempo, John Hurt acabou morrendo e precisou ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram, finalmente, Adam Driver e Jonathan Pryce. Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens amaldiçoadas no ano passado, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de interromper a produção. O cineasta recorreu e a audiência de apelação foi marcada para esta sexta (15/6). E ela manteve a goleada do destino contra Gilliam. Por enquanto, apenas o público do Festival de Cannes pôde ver a obra. Alguns dizem que a obra é prima, outros que é perda de tempo. O que é certo é que a maldição continua. A decisão da justiça francesa levou o produtor a ameaçar as empresas que fecharam contrato de distribuição do filme, entre elas a Amazon nos Estados Unidos. Em comunicado, Paulo Branco afirma que, após a sentença, “a exploração do filme só pode ser feita pela Alfama ou pela Leopardo filmes — em Portugal, pela Leopardo, no resto do mundo, pela Alfama Films — e [que] todos os outros contratos são ilegais”. Neste sentido, a Alfama e a Leopardo Filmes, produtora e distribuidora de Paulo Branco, garantem que “agirão em conformidade de modo a serem ressarcidas e indenizadas dos danos resultantes da atuação de todos os intervenientes na produção deste filme, assim como todos aqueles que ilegalmente o exploraram em desrespeito aos direitos da Alfama Films”. Mas apesar do tom ameaçador, já há contestação da interpretação do produtor a respeito da sentença. Outra empresa portuguesa, a Ukbar Filmes, que entrou na produção do longa no final de 2016, apontou, em seu próprio comunicado, que a Corte de Apelação de Paris “diz que o contrato [entre Gilliam e Branco] ainda está válido e que Terry Gilliam tem de pagar dez mil euros a Paulo Branco”, mas o valor diz apenas respeito a custas judiciais e “não tem qualquer impacto na exploração” do filme nos cinemas. Terry Gilliam já avisou que pretende recorrer da decisão. E Paulo Branco também diz querer ser indenizado pelos “danos” causados pelas disputas judiciais. Ou seja, a saga continua.
Exibição de filme maldito de Terry Gilliam frustra expectativas alimentadas por obsessão de duas décadas
A exibição de “The Man Who Killed Don Quixote” (o homem que matou Dom Quixote) no encerramento do Festival de Cannes 2018 era aguardada como um momento mágico, já que representaria o rompimento de uma maldição de mais de duas décadas da vida do diretor Terry Gilliam. A própria projeção foi precedida por um anúncio que lembrava os traumas de sua realização, além de destacar que o cineasta brigou por 25 anos para tirar o projeto do papel. Mas se não bastassem seus infortúnios causados por catástrofes naturais e financeiras, agora o filme terá que lidar com mais um obstáculo inesperado para sua afirmação: as críticas negativas. A maioria achou o filme muito fraco, para não dizer ruim. E quase todos se perguntam o que teria alimentado tamanha obsessão para filmar o que seria, basicamente, uma obra medíocre sem o brilho artístico que se supunha existir. A trama de “The Man Who Killed Don Quixote” parte das frustrações de Toby (Adam Driver, de “Star Wars: Os Últimos Jedi”), um diretor de publicidade arrogante, que durante a filmagem de um comercial no interior da Espanha, lembra do filme em preto e branco que fez sobre Don Quixote naquela mesma região, e com moradores locais, na época da faculdade. Ao ir atrás dos atores de seu filme de estudante, descobre que a jovem e inocente intérprete de Dulcineia (Joana Ribeiro, da versão portuguesa de “Dancin’ Days”) virou mulher de um mafioso, e o sapateiro que viveu Don Quixote (Jonathan Pryce, que trabalhou com Gilliam em “Brazil”) continuava incorporando o personagem de Miguel Cervantes. Vestido de armadura e lança em punho, ele parece reconhecer Toby, mas como seu escudeiro Sancho Pança. O reencontro logo se transforma em uma aventura insana, em que delírios e realidade se alternam e se confundem, com referências tanto à obra original de Cervantes quanto ao mundo contemporâneo, de imigrantes ilegais, mafiosos russos, Estado Islâmico e um presidente chamado Trump. Revistas de prestígio como Variety e The Hollywood Reporter descreveram o longa como uma bagunça sem sentido ou finalidade, um equívoco completo metido a engraçado e sem um pingo de graça. Entretanto, houve críticos (boa parte deles brasileiros) que acharam uma obra-prima. Isto equilibrou a nota no Rotten Tomatoes na altura da mediocridade e não da podridão, com 57% de aprovação. Os maiores elogios foram para a atuação de Adam Driver, num papel que originalmente seria interpretado por Johnny Depp. Por sinal, as várias versões inacabadas da obra foram lembradas numa dedicação do filme ao ator francês Jean Rochefort (“A Viagem de Meu Pai”) e ao britânico John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), que participaram de filmagens incompletas e não viveram para ver o filme projetado. Vale lembrar que o filme só foi exibido graças à vitória liminar do Festival de Cannes na Justiça francesa. Gilliam e os atuais produtores de “Dom Quixote” travam uma disputa legal contra o produtor português Paulo Branco, que tentou impedir que o longa fosse visto, alegando não ter permitido sua filmagem como detentor legal dos direitos da obra. Para entender os percalços dessa história, é preciso lembrar a história amaldiçoada de “The Man Who Killed Dom Quixote”, iniciada há 25 anos, quando as primeiras páginas do roteiro foram escritas. A pré-produção começou em 1998 e as primeiras filmagens aconteceram em 2000, com Johnny Depp no papel principal. Já neste momento, foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro Jean Roquefort, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar o longa, chegando a filmar Ewan McGregor (“Trainspotting”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt, mas a briga com o produtor português Paulo Branco adiou o projeto. Os dois se desentenderam durante a pré-produção, o que levou o diretor a entrar na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto realizava o longa com apoio de outra produtora. Neste meio tempo, John Hurt acabou morrendo e precisou ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram, finalmente, Adam Driver e Jonathan Pryce. Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens amaldiçoadas no ano passado, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de interromper a produção. O cineasta recorreu e uma nova audiência da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Por enquanto, apenas o público do Festival de Cannes pôde ver a obra. Alguns dizem que a obra é prima, outros que é perda de tempo. Pelo sim, pelo não, a maldição continua. A revista The Hollywood Reporter publicou que a Amazon, parceira americana da produção, teria desistido de financiar a distribuição do filme nos Estados Unidos após a sessão no festival francês.
Justiça francesa permite pré-estreia do filme que amaldiçoa Terry Gilliam há 20 anos
A justiça francesa autorizou a exibição de “The Man Who Killed Don Quixote” (O homem que matou Dom Quixote) na noite de encerramento do Festival de Cannes 2018. O veredito da corte indeferiu uma liminar do produtor Paulo Branco, que pedia o cancelamento da pré-estreia do filme do cineasta Terry Gilliam. Assim, a primeira exibição mundial do filme está confirmada para o dia 19. A ironia é que a produção não deve ser acompanhada por Gilliam, que sofreu um AVC em Londres, no último fim de semana. Há quem diga que isso é parte da maldição da obra, que assombra a vida do diretor há 20 anos. Apesar da vitória, o tribunal de Paris determinou que a projeção seja precedida por uma declaração de que a exibição não prejudica as alegações de Branco e a disputa legal em andamento sobre os direitos ao filme. Além disso, o tribunal determinou que Gilliam, a Star Invest Films France e o agente de vendas Kinology devem pagar, cada um, o valor de US$ 1,8 mil para ajudar a custear as despesas legais de Branco. Gilliam e os atuais produtores de “Dom Quixote” travam uma disputa legal contra o português, que entrou com uma liminar em uma corte parisiense para impedir que o filme fosse exibido tanto em Cannes como nos cinemas franceses, alegando não ter permitido sua filmagem como detentor legal dos direitos da obra. Para entender os percalços dessa história, é preciso lembrar a história amaldiçoada de “The Man Who Killed Dom Quixote”, cuja pré-produção começou em 1998 e as primeiras filmagens aconteceram em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal. Já neste momento, foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar o longa, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português Paulo Branco adiou o projeto. Os dois se desentenderam durante a pré-produção, o que levou o diretor a entrar na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto realizava o longa com apoio de outra produtora. Neste meio tempo, John Hurt acabou morrendo e precisou ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens amaldiçoadas no ano passado, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de interromper a produção. O cineasta recorreu e uma nova audiência da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Apesar dessa briga, o filme foi incluído na programação do Festival de Cannes, na sessão especial de encerramento, mas a Alfama Films, controlada por Branco e ex-produtora do filme de Gilliam, recorreu à Justiça para proibir a première mundial, alegando que isso “viola os direitos de divulgação da obra”. Em resposta, a organização de Cannes acusou Branco de proceder com “intimidações e afirmações difamatórias tão irrisórias como grotescas”. Após citar que os advogados de Branco prometeram uma “derrota desonrosa” ao festival, o presidente do festival Pierre Lescure e o delegado geral Thierry Frémaux afirmaram que a única derrota “seria ceder à ameaça”. No mesmo comunicado, os representantes do festival reiteraram que “os artistas necessitam mais que nunca que sejam defendidos, não atacados”. Por isto, neste ano, além do filme de Gilliam, incluíram na seleção de Cannes obras de iraniano Jafar Panahi e do russo Kirill Serebrennikov, que estão presos em seus países. E, para completar, decidiram suspender o veto ao cineasta dinamarquês Lars von Trier, que tinha sido considerado “persona non grata” no evento em 2011. Com a vitória na Justiça, o mundo finalmente poderá ver o filme que tanto desgaste causou na vida de seu diretor.
Terry Gilliam sofre AVC e pode perder première do filme que é uma maldição em sua vida
É até abusar de humor negro num caso tão sério, mas se há um filme amaldiçoado, este é “The Man Who Killed Dom Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote). Após aguardar 20 anos, desde a pré-produção até a véspera da aguardada estreia do longa no Festival de Cannes 2018, o diretor americano Terry Gilliam foi hospitalizado em Londres. De acordo com a imprensa, Gilliam sofreu um AVC durante o fim de semana e os médicos dizem que ele pode não se recuperar completamente até a estreia do filme. Além disso, o longa-metragem pode nem ser exibido. O produtor de “The Man Who Killed Dom Quixote”, Paulo Branco, tenta impedir a projeção do longa devido a uma disputa financeira com o diretor. O veredito do caso será conhecido na quarta (9/5), em Paris. Ex-integrante do grupo humorístico britânico Monty Python, Gilliam, de 77 anos, também dirigiu os clássicos “Brazil – O Filme” (1985) e “Os Doze Macacos” (1995), e já tinha superado dificuldades extremas no passado para concluir um longa, “O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus” (2009), impactado pela morte do astro Heath Ledger na metade das filmagens. Seu projeto mais recente é mais antigo que isso. A pré-produção de “The Man Who Killed Dom Quixote” começou em 1998 e as primeiras filmagens aconteceram em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal, e foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar o longa, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português Paulo Branco adiou o projeto. Os dois se desentenderam durante a pré-produção, o que levou o diretor a entrar na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto realizava o longa com apoio de outra produtora. Neste meio tempo, John Hurt acabou morrendo e precisou ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens amaldiçoadas no ano passado, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de interromper a produção. O cineasta recorreu e uma nova audiência da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Apesar dessa briga, o diretor pretendia realizar uma première mundial no Festival de Cannes, mas o produtor entrou com uma ação para impedir a première. A briga agora está nos tribunais franceses, que decidirão se o filme poderá ou não ser finalmente visto.
Filme maldito de Terry Gilliam, proibido de estrear, ganha segundo trailer
“The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote), o filme que consumiu duas décadas da vida de Terry Gilliam, ganhou seu segundo trailer. A nova prévia troca o surrealismo do primeiro vídeo por uma explicação da trama, mostrando como um diretor convence um ator local de que ele é Dom Quixote e, anos depois, retorna à região para encontrá-lo ainda mergulhado no papel. Para completar, o louco ainda o confunde com Sancho Pança, que teria voltado para acompanhá-lo em novas aventuras. O filme foi selecionado para encerrar o Festival de Cannes 2018, por isso as legendas em francês, mas ele pode ser barrado do evento por estar proibido de estrear, aumentando sua fama de projeto amaldiçoado. A pré-produção deste projeto começou em 1998 e as primeiras filmagens aconteceram em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal, e foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar o longa, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português Paulo Branco adiou o projeto. Os dois se desentenderam durante a pré-produção, o que levou o diretor a entrar na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto realizava o longa com apoio de outra produtora. Neste meio tempo, John Hurt acabou morrendo e precisou ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens amaldiçoadas no ano passado, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de interromper a produção. O cineasta recorreu e uma nova audiência da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Apesar dessa briga, o diretor pretendia realizar uma première mundial no Festival de Cannes, mas o produtor entrou com uma ação para impedir a première. A briga agora está nos tribunais franceses, que decidirão se o filme poderá ou não ser finalmente visto.
Maldição de Dom Quixote ataca Festival de Cannes 2018
O Festival de Cannes 2018 pode ficar sem seu filme de encerramento. Trata-se de mais um capítulo da maldição de “The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote, em tradução literal), que atormenta o diretor Terry Gilliam há 20 anos, criando todo o tipo de contratempo possível e imaginável para dificultar a realização e, agora, o lançamento do longa-metragem. A organização do evento denunciou nesta segunda-feira (30/4) estar sofrendo “intimidações” do produtor português Paulo Branco, que exige o cancelamento da exibição do filme no encerramento do evento, marcado para o dia 19 de maio. A Alfama Films, controlada por Branco e ex-produtora do filme de Gilliam, recorreu à Justiça para proibir a première mundial, alegando que isso “viola os direitos de divulgação da obra”. Em resposta, a organização de Cannes acusou Branco de proceder com “intimidações e afirmações difamatórias tão irrisórias como grotescas”. Em comunicado, o presidente do festival Pierre Lescure e o delegado geral Thierry Frémaux afirmaram que Cannes “respeitará a decisão” que será tomada pela Justiça numa audiência marcada para o dia 7 de maio, “seja ela qual for”. Mas ressaltaram no texto seu compromisso com o cinema. Após citar que os advogados de Branco prometeram uma “derrota desonrosa” ao festival, afirmaram que a única derrota “seria ceder à ameaça”. No mesmo comunicado, os representantes do festival reiteraram que “os artistas necessitam mais que nunca que sejam defendidos, não atacados”. Por isto, neste ano, além do filme de Gilliam, incluíram na seleção de Cannes obras de iraniano Jafar Panahi e do russo Kirill Serebrennikov, que estão presos em seus países. Além disso, decidiram suspender o veto ao cineasta dinamarquês Lars von Trier, que tinha sido considerado “persona non grata” no evento em 2011. A briga judicial com Paulo Branco apenas prolonga a via crucis de Terry Gilliam, que começou a pré-produção de “The Man Who Killed Don Quixote” em 1998, há exatos 20 anos. A filmagem original teve início em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal, e foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar seu projeto, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português adiou o projeto. Os dois se desentenderam durante a pré-produção, o que levou o diretor a entrar na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto realizava o longa com apoio de outra produtora. Neste meio tempo, John Hurt acabou morrendo e precisou ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). O elenco final também inclui Olga Kurylenko (“Oblivion”), Stellan Skarsgård (“Ninfomaníaca”), Óscar Jaenada (“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”), Jordi Mollà (“Riddick”), Sergi López (“Faces de uma Mulher”), Jason Watkins (série “Taboo”) e Rossy de Palma (“Madame”). Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens amaldiçoadas no ano passado, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de parar as filmagens. O cineasta recorreu e uma nova audiência da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Uma prévia desta sentença será conhecida antes. A organização de Cannes entrou com uma liminar para exibir o filme e a decisão da justiça foi marcada para 7 de maio, data aludida no comunicado do evento, e que cai um dia antes do início do festival. Inspirado no clássico de Miguel de Cervantes, o longa gira em torno de um cansado diretor de comerciais que viaja para a Espanha para uma gravação, mas acaba embarcando numa jornada bizarra de volta no tempo, onde encontra Dom Quixote, que imediatamente o confunde com Sancho Pança e o arrasta para uma série de aventuras catastróficas. Mas não tão catastróficas como a história de bastidores do próprio filme.
Filme maldito de Dom Quixote, que encerra o Festival de Cannes 2018, ganha 13 fotos
“The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote), em que o diretor americano Terry Gilliam trabalha há 20 anos, teve uma leva de fotos divulgadas, após ter sido confirmado como filme de encerramento do Festival de Cannes 2018. São 13 imagens no total, um número significativo, tendo em vista a trajetória azarada do longa. Para começar (ou encerrar), a exibição em Cannes pode nem acontecer, porque Gilliam está proibido de lançar o filme. Apesar deste fato, o diretor pretende distribuir a obra no mesmo dia na França, o que deve desencadear problemas legais, justificando a fama maldita da produção. A proibição do lançamento se deve a um processo movido por um produtor português, Paulo Branco, que comprou os direitos do longa através de sua empresa Alfama Films, baseada na França. Ele e o diretor se desentenderam durante a pré-produção, o que o levou a tentar impedir as filmagens, desencadeando uma crise. Gilliam entrou na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto tratou de terminar o longa com apoio de outra produtora. Entretanto, Branco travou o lançamento. A briga judicial apenas prolonga a via crucis de Gilliam, que começou a pré-produção de “The Man Who Killed Don Quixote” em 1998, há exatos 20 anos. A filmagem original teve início em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal, e foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar seu projeto, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português adiou o projeto e Hurt acabou morrendo em janeiro de 2017, precisando ser substituído na quarta filmagem anunciada, desta vez definitiva. Assim, quem acabou nos papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). O elenco final também inclui Olga Kurylenko (“Oblivion”), Stellan Skarsgård (“Ninfomaníaca”), Óscar Jaenada (“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”), Jordi Mollà (“Riddick”), Sergi López (“Faces de uma Mulher”), Jason Watkins (série “Taboo”) e Rossy de Palma (“Madame”). Mas enquanto Gilliam comemorava a conclusão das filmagens, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de parar as filmagens. O cineasta recorreu e a decisão da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Inspirado no clássico de Miguel de Cervantes, o longa gira em torno de um cansado diretor de comerciais que viaja para a Espanha para uma gravação, mas acaba embarcando numa jornada bizarra de volta no tempo, onde encontra Dom Quixote, que imediatamente o confunde com Sancho Pança e o arrasta para uma série de aventuras catastróficas. Mas não tão catastróficas como a história de bastidores do próprio filme. A première mundial está marcada para 19 de maio em Cannes.









