Netflix divulga trailer de “O Filho de Mil Homens”, com Rodrigo Santoro
Adaptação do livro de Valter Hugo Mãe é dirigida por Daniel Rezende e estreia globalmente em 19 de novembro
Minissérie brasileira mostra rede clandestina que salvou pacientes com Aids nos anos 1980
"Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente" aborda a crise do AZT e representará o Brasil no Berlinale Series Market
Marina Sena vive romance quente com Johnny Massaro em novo clipe
Os internautas ficaram surpresos com a química do casal fictício nas primeiras imagens de "Numa Ilha"
HBO Max começa a gravar série sobre luta contra Aids no Brasil
A HBO Max divulgou a primeira imagem de “Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente”, nova série brasileira (de título pouco comercial) da plataforma. A imagem reúne os três protagonistas, Ícaro Silva (“Cara e Coragem”), Bruna Linzmeyer (“Pantanal”) e Johnny Massaro (“Verdades Secretas”), caracterizados como seus personagens, e marca o começo da produção. Inspirada em histórias reais, a produção se passa durante a epidemia de Aids no Brasil nos anos 1980 e 1990 e vai refletir, além das dificuldades de tratamento da doença, o enorme preconceito relacionado ao diagnóstico e à comunidade LGBTQIAP+. Ao estilo do premiado filme americano “Clube de Compra Dallas” (2013), a produção vai mostrar a iniciativa de trabalhadores de empresas aéreas, que passaram a contrabandear o AZT, um medicamento ilegal no país na época, que era a única solução conhecida para enfrentar o vírus HIV. Massaro interpreta Fernando, um comissário de bordo que traz os remédios não autorizados no país para ajudar as vítimas da doença. Bruna também interpreta uma comissária de bordo, colega de Fernando. Já Ícaro dará vida a Raul, que trabalha numa boate que acolhe os doentes. O trabalho de pesquisa da série teve a contribuição da médica infectologista Márcia Rachid, autora do livro “Manual de HIV/Aids”. A direção é de Carol Minêm (“O Rei da TV”) com direção geral do cineasta Marcelo Gomes (“Joaquim”). Os roteiros são de Leonardo Moreira (“45 do Segundo Tempo”) e Patricia Corso (“Dissonantes”). A estreia está prevista para 2024.
Johnny Massaro grava série policial produzida por Kleber Mendonça Filho
O ator Johnny Massaro (de “Verdades Secretas 2”) começou a gravar a nova série policial “Delegado”. Na atração, ele dá vida ao personagem-título, um jovem concursado que assume uma delegacia da capital de Pernambuco. A produção começou a ser rodada na região na quinta-feira (24/11) e ganhou sua primeira foto oficial. “Delegado” tem direção dos cineastas Leonardo Lacca (de “Permanência”) e Marcelo Lordello (de “Animal Político”) e produção assinada pela CinemaScópio, produtora criada por Kleber Mendonça Filho (de “Bacurau”) e Emilie Lesclaux (de “Recife Frio”). Kleber Mendonça Filho, por sinal, descreve a trama como “o melhor roteiro que eu li nos últimos anos. É muito Brasil, complexo e engraçado”. O projeto está sendo realizado sem destino definido, mas com negociações avançadas com canais por assinatura e plataformas de streaming interessadas. Além de Massaro, o elenco conta com nomes como Georgette Fadel (de “Rio Cigano”), Virgínia Cavendish (de “Lisbela e o Prisioneiro”), Hermila Guedes (de “Assalto ao Banco Central”) e Rubens Santos (de “Bacurau”), entre outros. Johnny Massaro também está envolvido com “Terra Vermelha”, a próxima novela das nove, que tem texto de Walcyr Carrasco e substituirá “Travessia” na programação da Globo em 2023. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Kleber Mendonça Filho (@kleber_mendonca_filho)
O Pastor e o Guerrilheiro: Novo filme de Cassia Kis denuncia ditadura militar
O Festival de Brasília exibiu na noite de sexta (18/11) a première de “O Pastor e o Guerrilheiro”, novo filme de José Eduardo Belmonte (“Alemão”), que destaca em seu elenco a nova musa do bolsonarismo, Cassia Kis. Curiosamente, o filme denuncia os excessos da ditadura militar no momento em que a atriz decide rezar na frente de quartéis pela volta da “intervenção” militar no país. Com enredo crítico, o filme traz Cassia como a avó da protagonista, vivida por Julia Dalavia (a Guta de “Pantanal”), filha bastarda de um coronel torturador que lutou na guerrilha do Araguaia em 1975 e se suicidou em 1999. O longa mostra cenas da guerrilha e de tortura, e destaca o remorso do torturador. O elenco também inclui Johnny Massaro (“Verdades Secretas”), César Mello (“Bom Dia, Verônica”) e Ricardo Gelli (“Rota 66: A Polícia que Mata”) A estreia comercial está marcada para 26 de janeiro. Veja abaixo o pôster e um making of da produção.
A Cozinha: Estreia de Johnny Massaro como diretor é único filme com sessão extra no Festival do Rio
O filme “A Cozinha”, que marca a estreia do ator Johnny Massaro como diretor, será o único com sessão extra no Festival do Rio. É que houve muita procura e as duas sessões oficiais lotaram, assim o longa voltará a ser exibido no sábado (15/10). Adaptação da peça de mesmo nome de Felipe Haiut, que por sua vez foi concebida na cozinha do próprio Massaro, o filme foi um trabalho entre amigos, incluindo nisto o elenco formado por Ícaro Silva, Bruna Linzmeyer e Júlia Stockler, que é cunhada do agora diretor. A trama gira em torno do reencontro de Miguel, artista em crise, e Rodrigo, um amigo de infância. As presenças inesperadas de Letícia, com quem Miguel vive um relacionamento fracassado, e Carla, noiva de Rodrigo, instauram um clima de tensão entre eles. Em meio a conversas banais e o resgate de memórias reprimidas, a hostilidade entre os quatro aumenta quando Letícia questiona a sexualidade de Miguel. Depois do Festival do Rio, “A Cozinha” será exibida na Mostra de São Paulo, que começa em 20 de outubro e vai até 2 de novembro. Mas o filme ainda não tem previsão de estreia comercial. Veja abaixo o teaser da produção.
Dado Villa-Lobos fará trilha do filme sobre a Fluminense FM
O músico Dado Villa-Lobos, guitarrista da Legião Urbana, está fazendo a trilha sonora do filme “Aumenta que é Rock’n’Roll”, sobre a história da rádio Fluminense FM nos anos 1980. Conhecida como “a Maldita”, a rádio foi fundada em 1982 e se tornou a primeira FM especializada em rock no Brasil – um ano antes da gaúcha Ipanema FM e três anos antes da paulista 89 FM. A emissora chegou a se tornar a segunda rádio mais ouvida no Brasil e tocava em sua programação até fitas demo de bandas novas, entre elas a Legião Urbana – bem antes de suas primeiras gravações oficiais. O filme é baseada no livro autobiográfico de Luis Antonio Mello, fundador da “Maldita”, que deixou a rádio depois do primeiro Rock in Rio, em 1985. Acompanhando o apogeu e a queda da geração mais popular do rock brasileiro, a Fluminense durou apenas até 1990. Segundo a coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo, a produção também mostrará um show da Legião Urbana. “Aumenta que é Rock’n’Roll”, cujo título lembra uma música da época, gravada por Celso Blues Boy (“Aumenta que Isso Aí é Rock’n’Roll”), tem direção de Tomás Portella (“Operações Especiais”, “Desculpe o Transtorno”) e destaca em seu elenco Johnny Massaro (“O Filme da Minha Vida”), Marina Provenzano (“Bom Dia, Verônica”), Adriano Garib (também de “Bom Dia, Verônica”), George Sauma (“Sai de Baixo: O Filme”), João Vitor Silva (“Impuros”) e Flora Diegues (“O Grande Circo Místico”). Por sinal, este foi o último trabalho de Flora, filha do diretor Cacá Diegues e da produtora Renata Magalhães, que faleceu em 2019, vítima de um câncer.
Johnny Massaro vira rockstar no novo clipe de Bárbara Ohana
Bárbara Ohana lançou um novo clipe, mas quem aparece cantando no vídeo de “Chains” é o ator Johnny Massaro (“Filhos da Pátria”). Ele vive um(a) rockstar atormentado(a) pela solidão e conflitos sexuais, dublando a sobrinha de Cláudia Ohana na produção. A cantora criou a música para um projeto de moda em parceria com Rafael Nascimento, diretor criativo da grife Another Place. A composição embalou o curta-metragem “Looking For A New Place To Begin”, apresentado no desfile da marca durante a São Paulo Fashion Week, na última sexta-feira (18/10). E agora vira disco digital (o EP “Looking For a New Place To Begin – Original Soundtrack”, junto a mais três faixas inéditas) e clipe, com direção de Henrique Sauer (também de “Filhos da Pátria”). Assim como o ator e o diretor, a cantora também é conhecida das produções da Globo. Ela emplacou a música “Golden Hours” na trilha da novela “Verdades Secretas”. A expectativa é que seu novo álbum seja lançado no primeiro semestre de 2020. Em fevereiro, ela sairá em turnê nos Estados Unidos junto à marca Another Place, divulgando o EP em um projeto que une música e moda, com apresentações em cidades como Nova York, Los Angeles e New Orleans.
Tempo de Esperas: Best-seller do padre Fábio de Mello vai virar filme
O best-seller “Tempo de Esperas”, lançado pelo padre Fábio de Mello em 2011, vai virar filme. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, a produtora carioca A Fábrica (da série “Vai que Cola”) adquiriu os direitos da publicação para adaptá-la para o cinema. Editado pela Planeta, o livro é uma obra epistolar, que conta a história de dois personagens, Abner e Alfredo, um professor e um aluno que, em busca da felicidade, passam a se comunicar por correspondência, travando instigantes discussões sobre amor, amizade e filosofia. Segundo a produtora, que não divulgou quem será o diretor nem quem estará no elenco, o longa começa a ser rodado em 2019. “Em princípio o padre não participa do filme, apesar de estar acompanhando o desenvolvimento do roteiro”, disse Luiz Noronha, sócio da produtora. O projeto de transformar “Tempo de Esperas” em filme existe desde 2014. Na época, os atores Caco Ciocler (“João, O Maestro”) e Johnny Massaro (“O Filme da Minha Vida”) chegaram a ser cotados para os papéis principais.
Todas as Razões para Esquecer é de partir o coração
É raro ver um filme brasileiro contemporâneo que trate com seriedade da questão da depressão. Antes, tínhamos Walter Hugo Khouri, que com frequência tratava do tema com profundidade. Por isso, o filme de estreia de Pedro Coutinho, “Todas as Razões para Esquecer”, merece a devida atenção, ainda que seja um trabalho pequeno e modesto. Os próprios motivos de o personagem de Johnny Massaro se ver em uma teia de tarjas pretas, psicoterapias e tentativas de encontrar um outro alguém podem parecer pequenos para muitos: o fim de um namoro de três anos. Quem já passou por esse tipo de situação, de sofrer muito com a ausência da pessoa amada, mesmo duvidando do quanto gostava dela, pode pelo menos se sentir nos sapatos do jovem rapaz. O fim do relacionamento, por iniciativa de Sofia (Bianca Comparato), foi algo tão surpreendente para Antonio (Massaro) que ele fica à deriva, sem saber para onde ir e o que fazer, embora acredite que sobreviverá a isso. Primeiro, ele experimenta morar provisoriamente na casa de um casal de amigos, mas o casal passa por uma crise e faz terapia, justo no momento em que ele chega. Ao menos, ele conhece a terapeuta, que tratará do seu caso também. As cenas com a terapeuta talvez sejam as menos interessantes do filme, mas são a partir delas que algumas perguntas funcionam como gatilho para que Antonio repense os motivos da separação e suas motivações para seguir adiante. Sem falar que há algo de patético na figura da terapeuta, que a torna especialmente interessante e um dos alívios cômicos do filme. Aliás, muito bom poder rir em alguns momentos também. Rir, junto com o personagem, ajuda o espectador a se aproximar mais dele, como na cena de tentativa de conversa com moças via Tinder. E, a partir dessa aproximação, somos também convidados a compartilhar com Antonio de seu momento mais fundo do poço, de muito choro e enfrentamento da dor. E ter um final tão belo e agridoce também ajuda a deixar mais simpático.
Belíssimo, O Filme da Minha Vida confirma talento do diretor Selton Mello
O escritor chileno Antonio Skármeta já teve um texto adaptado para o cinema que alcançou grande sucesso, “O Carteiro e o Poeta”, dirigido por Michael Radford em 1996. “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello, adaptação de “Um Pai de Cinema”, pode repetir o feito. É um filme que lida com o público de modo terno, afetivo e lírico. Traz para o cinema o clima poético e nostálgico do texto de Skármeta, acrescentando-lhe novos personagens e situações e fazendo novos elos que tornam a trama mais clara e compreensível, sem resvalar no melodrama ou nas soluções fáceis. E sem perder o clima de mistério, deixando um caminho para o espectador percorrer, que vai além das imagens e, portanto, também além do texto original. O que Selton Mello fez foi uma adaptação literária, mas de um modo muito pessoal, colocando-se no protagonista e no seu contexto de época. Ao transportar a trama das serras chilenas para as serras gaúchas, ele manteve o espírito interiorano da história, com seus limites, mas ressaltou o sonho dos personagens, envolvendo-os com referências brasileiras, mantendo e dando cor local à bela homenagem ao cinema que o texto de Skármeta faz. Em “O Palhaço” (2010), Selton Mello, um dos grandes atores da sua geração, encontrou seu caminho também como cineasta. Mostrou-se capaz de lidar com emoções de forma intensa, mas equilibrada. Buscou comunicar-se com um público amplo, usando o humor, homenageando a cultura popular, inclusive televisiva, sem adotar seu modelo simplista e popularesco. Ele mantém esse espírito em “O Filme da Minha Vida”, onde também dirige e atua simultaneamente, além de ser roteirista, ao lado de Marcelo Vindicatto. O filme tem a cara de Selton Mello. Já é reconhecível sua autoria neste terceiro longa. A fotografia, a cargo de Walter Carvalho, que tantas contribuições tem dado ao cinema brasileiro, é lindíssima. Nos seus tons marrons e amarelados, ressalta a luminosidade da serra e, sob névoa ou luz baixa, nos conduz ao clima frio serrano e aos anos 1960, em que se situa a história, na hipotética cidade de Remanso. Na verdade, as filmagens ocorreram em sete cidades diferentes, na região de Garibaldi. O filme é recheado de boa música daquele período histórico, com ênfase em canções francesas, já que o protagonista Tony Terranova (Johnny Massaro) também dá aulas de francês para sua turma de alunos e é filho de um francês, Nicolas, papel do conhecido ator Vincent Cassel, agora vivendo no Rio de Janeiro. Nem por isso deixa de soar estranho ouvir “My Way” em versão francesa. Outra estranheza para os mais novos pode ser ouvir a seminal “Rock Around the Clock”, de Bill Haley, em versão nacional. Estranhezas à parte, é fácil sair cantarolando do cinema. “Coração de Papel”, de Sérgio Reis, é um dos hits em destaque. E de Charles Aznavour, “Hier Encore”. A história remete à busca de um pai que abandonou misteriosamente mulher e filho para voltar a viver na França e esqueceu-se da família. Mas essa versão faz sofrer e não convence. O que estará por trás disso? O jovem personagem Tony, enquanto busca saber do pai, vai construindo uma vida como professor de província, lidando com a demanda sexual dos alunos pré-adolescentes e da sua própria demanda amorosa e sexual, ele próprio recém-saído da adolescência. Os meninos personagens dão margem a cenas fascinantes e divertidas. Já com a mãe Sofia (Ondina Clais) há afeto, mas a tristeza da perda marca a relação. As jovens Luna (Bruna Linzmeyer), que encanta Tony com seu jeito meio maluquinho, e sua irmã, Petra (Bia Arantes) têm papel decisivo no desenrolar da narrativa. Assim como o manipulador Paco, o papel de Selton Mello no filme. É um senhor elenco de atores e atrizes que mergulham intensamente em seus personagens, revelando que Selton é um ótimo diretor de atores. O que, afinal, não surpreende, com a cancha de representar que ele tem. Duas participações especiais merecem destaque. Rolando Boldrin faz um maquinista de trem, personagem criado por Selton para o filme, especialmente para ser vivido por ele. Antonio Skármeta também atua numa ponta e contracena com Selton Mello, reunindo, assim, os autores da bela narrativa, tanto literária quanto cinematográfica.









