Todo mundo é parente dos Romanoffs no trailer da nova série do criador de Mad Men
A Amazon divulgou o trailer de “The Romanoffs”, nova série de Matthew Weiner, o criador de “Mad Men”. O vídeo explora a curiosa premissa da produção, mostrando diversas pessoas que se apresentam como integrantes da nobre família Ramonoff. O projeto é descrito como uma antologia contemporânea, que focará oito histórias diferentes ao redor do mundo sobre pessoas que acreditam ser descendentes da família imperial russa Romanoff, assassinada há 100 anos. Weiner dirige todos os episódios, além de ser responsável pelos roteiros e a produção executiva. O fascínio que ronda a família remonta a 1918, quando os revolucionários bolcheviques, que transformaram a Rússia num país comunista, assassinaram brutalmente o czar Nicolau II, a mulher e os filhos. Mas o fato de o corpo de uma de suas filhas, Anastasia, não ter sido enterrado com a família alimentou, por muito tempo, teorias de que ela teria sobrevivido à tragédia e fugido da Rússia com uma identidade nova. Várias mulheres reivindicaram ser Anastásia, e Hollywood até produziu um clássico sobre o mistério, “Anastácia, A Princesa Esquecida” (1956), com Ingrid Bergman no papel de uma mulher que podia ou não ser a princesa perdida. Graças a isso, muitos afirmam até hoje descenderem de Anastasia, embora um esqueleto que poderia ser da princesa tenha sido encontrado em outra cova, na região em que os Romanoff foram executados. Na série, cada episódio terá um elenco diferente, uma história diferente e um local diferente. A única coisa que mantém a unidade temática é que todas as histórias envolvem pessoas que acreditam ser descendentes da família Romanoff. Esta abordagem permitiu à Weiner selecionar um elenco invejável para a produção. Alguns dos atores incluem Isabelle Huppert (“Elle”), Aaron Eckhart (“Invasão a Casa Branca”), Kathryn Hahn (“Perfeita É a Mãe!”), Amanda Peet (“Dormindo Com as Outras Pessoas”), Jack Huston (“Ben-Hur”), Corey Stoll (“Homem-Formiga”), Diane Lane (“Liga da Justiça”), Ron Livingston (“Invocação do Mal”), Noah Wyle (série “Falling Skies”), Kerry Bishé (“Halt and Catch Fire”), Marthe Keller (“Além da Vida”), Clea DuVall (“Veep”), Radha Mitchell (“Horror em Silent Hill”), Paul Reiser (“Stranger Things”), Hugh Skinner (“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo!”), Griffin Dunne (“Oito Mulheres de um Segredo”) e três ex-integrantes de “Mad Men”, Christina Hendricks, John Slattery e Cara Buono. A lista ajuda a explicar porque a atração é uma das mais caras da Amazon. Mesmo assim, esteve duas vezes prestes a ser cancelada devido a dois escândalos. O primeiro escândalo foi o que precipitou o movimento #MeToo, a denúncia de abusos sexuais do produtor Harvey Weinstein. Como “The Romanoffs” era uma produção da TWC (The Weinstein Company), a Amazon optou por tirar a série da empresa e investir sozinha na sua gravação, orçada em US$ 75 milhões. Um mês após tomar essa decisão, o criador da série, Matthew Weiner, se somou ao crescente número de personalidades de Hollywood acusadas de assédio sexual. A roteirista Kater Gordon, que venceu um Emmy por seu trabalho em “Mad Men”, afirmou ao site The Information que Weiner se comportou de forma imprópria com ela há oito anos. Como a polêmica não teve grande repercussão, a Amazon respirou fundo e foi adiante. “The Romanoffs” vai estrear em 12 de outubro.
The Romanoffs: Nova série do criador de Mad Men ganha primeiro teaser e data de estreia
A Amazon divulgou o primeiro teaser de “The Romanoffs”, nova série de Matthew Weiner, o criador de “Mad Men”. O vídeo não mostra nenhuma cena da produção. Em vez disso, exibe a lista grandiosa e cinematográfica de atores que compõem o elenco e revela a data de estreia no serviço Prime. O projeto é descrito como uma antologia contemporânea, que focará diferentes histórias ao redor do mundo sobre pessoas que acreditam ser descendentes da família imperial russa Romanoff, assassinada há quase 100 anos. O mistério que ronda a família remonta a 1918, quando os revolucionários bolcheviques, que transformaram a Rússia num país comunista, assassinaram brutalmente o czar Nicolau II, a mulher e os filhos. Mas o fato de o corpo de uma de suas filhas, Anastasia, não ter sido enterrado com a família alimentou, por muito tempo, teorias de que ela teria sobrevivido à tragédia e fugido da Rússia com uma identidade nova. Várias mulheres reivindicaram ser Anastásia, e Hollywood até produziu um clássico sobre o mistério, “Anastácia, A Princesa Esquecida” (1956), com Ingrid Bergman no papel de uma mulher que podia ou não ser a princesa perdida. Graças a isso, muitos afirmam até hoje descenderem de Anastasia, embora um esqueleto que poderia ser da princesa tenha sido encontrado na região em que os Romanoff foram executados. “Cada episódio terá um elenco diferente, uma história diferente e um local diferente. A única coisa que os mantém juntos é que todas as histórias envolvem pessoas que acreditam ser descendentes da família Romanoff, a última dinastia imperial a governar a Rússia”, disse Weiner, em entrevista ao site The Hollywood Reporter. Weiner vai dirigir todos os episódios, além de ser responsável pelo roteiro e produção executiva. Entre os nomes que integram o elenco estão Isabelle Huppert (“Elle”), Aaron Eckhart (“Invasão a Casa Branca”), Kathryn Hahn (“Perfeita É a Mãe!”), Amanda Peet (“Dormindo Com as Outras Pessoas”), Jack Huston (“Ben-Hur”), Corey Stoll (“Homem-Formiga”), Diane Lane (“Liga da Justiça”), Ron Livingston (“Invocação do Mal”), Noah Wyle (série “Falling Skies”), Kerry Bishé (“Halt and Catch Fire”), Marthe Keller (“Além da Vida”), Clea DuVall (“Veep”), Radha Mitchell (“Horror em Silent Hill”), Paul Reiser (“Stranger Things”), Hugh Skinner (“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo!”), Griffin Dunne (“Oito Mulheres de um Segredo”) e três ex-integrantes de “Mad Men”, Christina Hendricks, John Slattery e Cara Buono. A lista ajuda a explicar porque a atração é uma das mais caras da Amazon. Mesmo assim, esteve duas vezes prestes a ser cancelada devido a dois escândalos. O primeiro escândalo foi o que precipitou o movimento #MeToo, a denúncia de abusos sexuais do produtor Harvey Weinstein. Como “The Romanoffs” era uma produção da TWC (The Weinstein Company), a Amazon optou por tirar a série da empresa e investir sozinha na sua gravação, orçada em US$ 75 milhões, ao mesmo tempo em que cancelou outra produção dispendiosa do mesmo estúdio. Um mês após tomar essa decisão, o criador da série, Matthew Weiner, se somou ao crescente número de personalidades de Hollywood acusadas de assédio sexual. A roteirista Kater Gordon, que venceu um Emmy por seu trabalho em “Mad Men”, afirmou ao site The Information que Weiner se comportou de forma imprópria com ela há oito anos. Como a polêmica não teve grande repercussão, a Amazon respirou fundo e foi adiante. “The Romanoffs” vai estrear em 12 de outubro.
Isabelle Huppert será madrasta malvada em sátira erótica de Branca de Neve
A atriz francesa Isabelle Huppert, indicada ao Oscar 2017 por “Elle”, vai viver uma madrasta malvada em “Pure as Snow”, uma sátira erótica contemporânea da célebre fábula encantada da Branca de Neve. O filme será dirigido pela cineasta Anne Fontaine (“Coco Antes de Chanel”) e trará Lou de Laâge (“Respire”) como a jovem protagonista. As duas trabalharam juntas no elogiado filme “Agnus Dei” (2016) – 94% de aprovação no site Rotten Tomatoes. A trama vai girar em torno de Claire, uma bela garota que trabalha no hotel do pai, gerido por sua temível madrasta chamada Maud. Mesmo sem querer, a menina provoca ciúmes em Maud, após o novo namorado dela se encantar pela jovem. A vilã decide dar um fim em Claire, que encontra refúgio em uma fazenda com sete belos príncipes. “Anne Fontaine modernizou este conto e deu um tom erótico, refinado e leve para o projeto. Ela também retrata suas personagens femininas de uma forma empoderada e estimulante”, declarou a co-produtora do estúdio Gaumont, Cecile Gaget, ao anunciar o projeto. As filmagens começam em abril, mas ainda não há previsão para o lançamento.
Festival de Berlim anuncia filmes de Gus Van Sant e Benoit Jacquot
A organização do Festival de Berlim revelou alguns dos filmes selecionados para sua edição 2018. Entre os destaques, está o novo filme de Gus Van Sant “Don’t Worry, He Won’t Get Far on Foot”, cinebiografia do cartunista John Callahan, que traz Joaquin Phoenix (“Vício Inerente”) no papel principal. O filme narra como Callahan superou abusos sexuais, vícios e um acidente de carro que o deixou quadriplégico para virar cartunista. De estilo inconfundível, seus quadrinhos cheios de humor negro – e por vezes controversos – o tornaram famoso. Com o projeto, Joaquin Phoenix volta a ser dirigido por Van Sant, após os dois trabalharam juntos em “Um Sonho sem Limites” (1995), segundo filme do ator, então com 21 anos. Marcante para o jovem, a produção foi o primeiro trabalho em que ele foi creditado como Joaquin Phoenix, já que até então era chamado de Leaf Phoenix. O evento também terá a projeção de “Eva”, do francês Benoît Jacquot, em que Isabelle Huppert (“Elle”) interpretará uma mulher fatal. Trata-se de uma nova adaptação do romance escrito por James Hadley Chase, que já foi filmado em 1962 pelo americano Joseph Losey. Na ocasião, foi estrelado por outra grande dama do cinema francês, Jeanne Moreau, musa da nouvelle vague. A trama acompanha um escritor casado que se envolve com uma bela mulher que gosta de humilhá-lo e que pode destruí-lo. O personagem masculino é vivido pelo galã francês Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”). A programação também trará de volta cineastas recentemente premiados em Berlim, em longas como “Twarz”, da poloneza Magorzata Szumowska, vencedora do Urso de Prata de Melhor Direção por “Body” (2015), e “Dovlatov”, dirigido pelo russo Alexey German Jr., que ganhou o prêmio por Melhor Contribuição Artística com “Under Electric Clouds” (2015). A Itália estará representada por “Figlia Mia”, de Laura Bispuri, enquanto o cinema alemão terá “In deem Gängen”, de Thomas Stuber, e “Mein Bruder heisst Robert und ist ein Idiot”, de Philip Gröning. A próxima edição do Festival de Berlim será aberta com a animação “Ilha de Cachorros”, do americano Wes Anderson, no dia 15 de fevereiro. Será a primeira vez que um longa animado abrirá a seleção oficial do festival, cujo juri internacional será presidido pelo diretor alemão Tom Tykwer (“Corra, Lola, Corra”, “A Viagem”).
Aaron Eckhart entra na nova série do criador de Mad Men
O ator Aaron Eckhart, intérprete de Duas Caras em “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008) e do Presidente dos Estados Unidos em “Invasão a Casa Branca” (2011), entrou na nova série “The Romanoffs”, de Matthew Weiner (o criador de “Mad Men”). A produção, que será veiculada por streaming na Amazon, está reunindo um elenco de cinema, que inclui ainda Isabelle Huppert (“Elle”), Amanda Peet (“As Viagens de Gulliver”), Jack Huston (“Ben-Hur”), Marthe Keller (“Além da Vida”) e dois ex-integrantes de “Mad Men”, Christina Hendricks e John Slattery. O projeto é descrito como uma antologia contemporânea, que focará diferentes histórias ao redor do mundo sobre pessoas que acreditam ser descendentes da família imperial russa Romanoff, assassinada há quase 100 anos. O mistério que ronda a família remonta a 1918, quando os revolucionários bolcheviques, que transformaram a Rússia num país comunista, assassinaram brutalmente o czar Nicolau II, a mulher e os filhos. Mas o fato de o corpo de uma de suas filhas, Anastasia, não ter sido enterrado com a família alimentou, por muito tempo, teorias de que ela teria sobrevivido à tragédia e fugido da Rússia com uma identidade nova. Várias mulheres reivindicaram ser Anastásia, e Hollywood até produziu um clássico sobre o mistério, “Anastácia, A Princesa Esquecida” (1956), com Ingrid Bergman no papel de uma mulher que podia ou não ser a princesa perdida. Graças a isso, muitos afirmam até hoje descenderem de Anastasia, embora um esqueleto que poderia ser da princesa tenha sido encontrado na região em que os Romanoff foram executados. “Cada episódio terá um elenco diferente, uma história diferente e um local diferente. A única coisa que os mantém juntos é que todas as histórias envolvem pessoas que acreditam ser descendentes da família Romanoff, a última dinastia imperial a governar a Rússia”, disse Weiner, em entrevista ao site The Hollywood Reporter. Weiner vai dirigir todos os episódios, além de ser responsável pelo roteiro e produção executiva. “The Romanoffs” tem estreia marcada para o ano que vem na Amazon Prime Video, já disponível para assinatura no Brasil.
Isabelle Huppert vai estrelar nova série do criador de Mad Men
O criador de “Mad Men”, Matthew Weiner, já começou a a definir o elenco de seu retorno às séries. Dois anos após o final de “Mad Men”, ele prepara uma atração para a plataforma de streaming Amazon, que já chama atenção pelos atores contratados. A série será estrelada por ninguém menos que a atriz francesa Isabelle Huppert (“Elle”). E ela vai se juntar a um casal de “Mad Men”, Christina Hendricks e John Slattery. Intitulada “The Romanoffs”, o projeto é descrito como uma antologia contemporânea, que focará diferentes histórias ao redor do mundo sobre pessoas que acreditam ser descendentes da família imperial russa Romanoff, assassinada há quase 100 anos. O mistério que ronda a família remonta a 1918, quando os revolucionários bolcheviques, que transformaram a Rússia num país comunista, assassinaram brutalmente o czar Nicolau II, a mulher e os filhos. Mas o fato de o corpo de uma de suas filhas, Anastasia, não ter sido enterrado com a família alimentou, por muito tempo, teorias de que ela teria sobrevivido à tragédia e fugido da Rússia com uma identidade nova. Várias mulheres reivindicaram ser Anastásia, e Hollywood até produziu um clássico sobre o mistério, “Anastácia, A Princesa Esquecida” (1956), com Ingrid Bergman no papel de uma mulher que podia ou não ser a princesa perdida. Graças a isso, muitos afirmam até hoje descenderem de Anastasia, embora um esqueleto que poderia ser da princesa tenha sido encontrado na região em que os Romanoff foram executados. “Cada episódio terá um elenco diferente, uma história diferente e um local diferente. A única coisa que os mantém juntos é que todas as histórias envolvem pessoas que acreditam ser descendentes da família Romanoff, a última dinastia imperial a governar a Rússia”, disse Weiner, em entrevista ao site The Hollywood Reporter. Weiner vai dirigir todos os episódios, além de ser responsável pelo roteiro e produção executiva. “The Romanoffs” tem estreia marcada para o ano que vem na Amazon Prime Video, disponível para assinatura aqui no Brasil.
Michael Haneke filma burguesia para falar de crise humanitária em Cannes
Apresentado como um drama sobre a crise da imigração na Europa, o novo filme de Michael Heneke (“Amor”), que compete no Festival de Cannes, foca o tema apenas de forma ambígua, como um elemento secundário. Na verdade, “Happy End” é um drama sobre uma família burguesa de Calais, no Norte da França, onde existiu um dos maiores campos de refugiados europeus. Mas, segundo o diretor, o que não se vê destacado na tela é que é importante. E ele explicou porquê, durante a entrevista coletiva do festival. Em “Happy End”, a atriz Isabelle Huppert (“Elle”), que realiza seu quarto filme com o diretor, vive a chefe da família Laurent, administrando a empresa construtora do pai (Jean-Louis Trintignant, de “Amor”), um viúvo octogenário que não quer mais viver. Uma curiosidade da trama é que os personagens de ambos parecem ser os mesmos de “Amor”. Mas o tom, entretanto, é de ódio. As tensões entre os membros da família se tornam cada vez mais evidentes, envolvidos com negócios, divórcios, filhos negligenciados, ao mesmo tempo em que o filme ressalta seus privilégios de classe. Já a crise humanitária é sugerida apenas levemente, pela presença dos serviçais da família e os imigrantes que perambulam pelas ruas da cidade. Segundo o diretor, isso é proposital e reflete a forma como os personagens veem o mundo. “Essa história poderia acontecer em qualquer lugar do mundo, não é sobre a situação em Calais, especificamente. O que o ambiente do filme pode fornecer é a ideia do quanto nos tornamos alheios à realidade à nossa volta”, apontou Haneke, na entrevista coletiva do festival. “Não é tão óbvio quanto parece, porque na realidade não há grandes surpresas nem artifícios em ‘Happy End’. Mas, sim, queria que ficassem claras as linhas que sobrevoam o argumento. Minha aposta é mostrar o menos possível para que seja a imaginação do espectador que complete o filme”. Mesmo assim, ele não reforça nenhum ponto com esclarecimentos necessários. “Não quero responder sobre os imigrantes, porque é você quem tem que responder a essa pergunta. Eu coloco pistas para o espectador e ele tem que encontrar suas respostas”, disparou, diante da tentativa de se criar um esboço mais claro de suas intenções. Mas Haneke não quer deixar nada claro. Ele busca provocar a imaginação desde as primeiras cenas de “Happy End”, que são perturbadoras, criadas pelo diretor de 75 anos com imagens de aplicativos de telefone. A opção também visou ressaltar que o excesso de informação da vida moderna não ensina nada sobre como se deve viver. “Há uma certa amargura no tipo de vida que levamos”, ele observou. “Somos constantemente inundados por informações, mas continuamos sem aprender nada com elas. A única coisa que conhecemos vem das nossas experiências pessoais.” Diante disso, torna-se inevitável questionar o título. Afinal, qual é o final feliz da história? Assim como todo o filme, Jean-Louis Trintignant explicou que o desfecho é propositalmente ambíguo. “Michael decidiu que seria assim, e, por isso, eu também estou contente”.
Chloë Moretz e Isabelle Huppert vão estrelar suspense
As atrizes Isabelle Huppert (“Elle”) e Chloë Grace Moretz (“A 5ª Onda”) vão contracenar no suspense “The Widow”, informou o site da revista Variety. O filme tem roteiro de Ray Wright (“A Epidemia”) e direção de Neil Jordan (“Byzantium ”) e acompanha um jovem que chega a Manhattan após perder a mãe. Ela acaba fazendo amizade com a viúva do título em inglês, sem saber as verdadeiras – e sinistras, segundo a sinopse – intenções da nova amiga. Será a segunda vez que Moretz contracenará com uma grande atriz francesa. Recentemente, ela coestrelou “Acima das Nuvens” (2014) com Juliette Binoche. “The Widow” ainda não tem cronograma de produção e previsão de estreia. Os produtores vão buscar financiamento durante o Festival de Cannes 2017, que começa em 17 de maio. Huppert, por sinal, está na disputa dos prêmios do festival, com um papel em “Happy End”, sua quarta parceria com o diretor alemão Michael Haneke (“Amor”).
Primeiras fotos do novo filme de Michael Haneke volta a juntar atores de Amor
Surgiram as primeiras imagens do novo filme de Michael Haneke, “Happy End”, selecionado para o Festival de Cannes 2017. A produção será a quarta colaboração entre o diretor alemão e a atriz francesa Isabelle Huppert e o seu segundo trabalho com o veterano Jean-Louis Trintignant. Ambos trabalharam com Haneke no premiado drama “Amor” (2012), e aparecem lado a lado numa das fotos, que reúne outros integrantes do elenco, como Mathieu Kassovitz (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”), Fantine Harduin (“Le Voyage de Fanny”) e o inglês Toby Jones (série “Wayward Pines”) Passada na cidade portuária de Calais, a produção irá retratar o drama dos refugiados e a crise migratória na Europa contemporânea. A estreia comercial está marcada para outubro na Europa e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
As Falsas Confidências traz Isabelle Huppert e Louis Garrel em jogo de aparências
“As Falsas Confidências” é uma comédia de Marivaux, ou Pierre Carlet de Chamblain de Marivaux (1688-1763), um dos principais dramaturgos franceses do século 18. Nesta peça, o que está em jogo são o relacionamento romântico e os jogos sociais de aparências. O diretor suíço Luc Bondy encenou esse texto de Marivaux no teatro Odéon de Paris e transformou-o em filme. Foi seu último trabalho antes de falecer, em 2015, após ter dirigido mais de 40 peças de teatro e óperas e ter feito também muitos filmes, como ator e diretor. Os atores do filme, os famosos Isabelle Huppert, no papel de Araminte, e Louis Garrel, no de Dorante, foram também os atores da peça teatral. Assim como todo o elenco da montagem. Uma curiosidade: eles fizeram muitas apresentações da peça no teatro Odéon, à noite, após terem filmado no próprio teatro e em seus arredores, representando os mesmos personagens, durante o dia. Uma interessante e intensa fusão de cinema e teatro, que parece ser uma forma econômica de investir nos personagens e nas decorações de seus diálogos. O texto é muito bom, as falas, cheias de espertezas, artimanhas e jogos de engano e sedução, vão envolvendo o público, numa trama onde o que parece espontâneo, na verdade, nunca é. “Me engana que eu gosto” parece ser uma máxima perfeitamente aplicável àqueles personagens. Dorante, um homem sem dinheiro, consegue ser secretário de Araminte, uma viúva rica, que ele ama secretamente e, naturalmente, tem grande interesse em usufruir de sua fortuna. Dubois (Yves Jacques), que já trabalhou com Dorante, planeja um esquema para que Araminte também se apaixone por seu amigo. Araminte esconde seu jogo e procura enredar os dois em seus objetivos. E por aí vai. “As Falsas Confidências” pode não ser um grande filme, mas é uma boa diversão. Tem na base um texto teatral clássico, um diretor de teatro e cinema competente, um elenco muito bom, encabeçado por Isabelle Huppert e Louis Garrel, e uma leveza inteligente que respeita o público.
Souvenir mostra versalidade de Isabelle Huppert
A distribuidora Pandora Filmes fez bem em antecipar a estreia de “Souvenir” para este início de março, poucos dias após o Oscar 2017 e a tour de reconhecimento da atriz Isabelle Huppert na temporada de premiação por sua interpretação em “Elle”. Quem não estava familiarizado com a carreira da francesa, testemunhará a sua versatilidade em um papel totalmente oposto ao de sua memorável Michèle Leblanc. Já seus fãs de longa data poderão desfrutar em “Souvenir” de outra faceta de seu talento: o canto. Aqui, Huppert vive Liliane Cheverny, uma mulher que trabalha silenciosamente em uma fábrica de bolos, sendo responsável por dar o toque final na sobremesa adicionando três ingredientes decorativos. Trata-se de uma rotina padronizada e de desencantos que o cineasta belga Bavo Defurne (“North Sea Texas”) capta com uma câmera rígida em sua exposição dos vazios que rondam Liliane. Os seus dias passam a ganhar tons mais coloridos com a chegada de Jean Leloup (Kévin Azaïs, de “Amor à Primeira Briga”), um novo empregado que de imediato associa Liliane à Laura, uma celebrada candidata do Festival Eurovisão da Canção, que caiu no anonimato após perder uma final para o grupo ABBA – nenhum paralelo com a realidade, pois o grupo sueco, vencedor da edição de 1974, bateu a célebre italiana Gigliola Cinquetti. Pois as suspeitas logo se confirmam e o jovem começa a incentivá-la a voltar a cantar. O que vem a seguir é um relacionamento encenado de modo maduro entre duas pessoas com idades bem distintas, mas Defurne fica devendo no desenvolvimento dos demais aspectos da trama, a exemplo da inconstância dos personagens. Liliane/Laura e especialmente Jean alternam da doçura para a fúria sem muito embasamento dramático, bem como a mãe de Jean, Martine (Anne Brionne), que passa a se comportar de modo nada cordial ao descobrir que há algo sério entre os dois. De qualquer modo, “Souvenir” resulta simpático quando consegue superar as suas disparidades, valendo especialmente pela presença sempre forte de Isabelle Huppert, que entrega uma performance vibrante de “Joli Garçon”, canção de Pink Martini que será a responsável por seu renascimento. Sair da sessão cantarolando será inevitável.
Kong – A Ilha da Caveira é o único lançamento gigante em semana de 14 estreias
A semana registra 14 lançamentos de cinema, mas a maioria em circuito limitado. A única estreia de tamanho gigante é “Kong – A Ilha da Caveira”, o novo filme de King Kong, que chega em quase mil salas, ocupando todas as telas IMAX. Desembarca nos trópicos precedido por críticas entusiasmadas nos EUA a seus efeitos visuais, apesar das inconsistências em sua trama e erros de continuidade dignos de Ed Wood. A ação se passa nos anos 1970 e acompanha uma equipe militar perdida na ilha que dá título à produção – e que apareceu em todas as versões da origem de King Kong. Ao privilegiar o “prólogo” clássico, o filme resgata a tradição pulp das histórias de dinossauros no mundo contemporâneo e remixa este conceito centenário – de clássicos de Edgar Rice Burroughs (“A Terra que o Tempo Esqueceu”) e Arthur Conan Doyle (“O Mundo Perdido”) – com o delírio de “Apocalypse Now” (1979). Mais quatro filmes falados em inglês entram em cartaz. Todos de tom dramático e que tiveram desempenho de chorar nas bilheterias norte-americanas. Dois deles são dramas de tribunal. “Versões de um Crime” puxa mais para o suspense, com Keanu Reeves defendendo o filho de uma antiga conhecida da acusação de assassinato do próprio pai, numa história de reviravoltas previsíveis. Já o britânico “Negação” é quase um docudrama, que questiona a existência do Holocausto num julgamento midiático, com Rachel Weisz tendo que provar que os crimes nazistas não foram apenas propaganda judaica. Os outros dois lançamentos foram concebidos de olho no nicho dos filmes de prestígio, mas se frustraram ao não conseguir indicações ao Oscar 2017. “Fome de Poder” conta a história polêmica da origem da rede McDonald’s, com Michael Keaton no papel de Ray Kroc, o empresário visionário e vigarista que se apropriou do negócio dos irmãos que batizam as lanchonetes. E “Silêncio” é o épico que Martin Scorsese levou décadas para tirar do papel. O filme sobre padres jesuítas, martirizados ao tentar levar o evangelho ao Japão do século 17, lhe permitiu fazer as pazes com o Vaticano, superando as polêmicas de “A Última Tentação de Cristo” (1988). O catolicismo também é o tema central de “Papa Francisco, Conquistando Corações”, cinebiografia do atual Papa, que, ao contrário do esperado, não carrega na pregação ou edulcora a religião, mostrando um retrato humano do religioso desde sua juventude até sua sagração. Chama atenção ainda o fato de a obra não evitar temas polêmicos, como a ditadura argentina e os escândalos de pedofilia entre padres. Duas produções brasileiras lutam por espaço onde não há. O documentário “Olhar Instigado” aborda um tema urgente: a arte de rua em São Paulo. Bem fotografado, o filme acompanha grafiteiros e pichadores pela noite paulistana, e chega às telas em momento de tensão política, após a Prefeitura considerar as latas de spray tão perigosas quanto armas nas mãos de bandidos. Mesmo assim, não faz distinção entre arte e vandalismo, não leva a discussão onde ela já está. O drama policial “O Crime da Gávea” também rende debate, devido à disputa de bastidores entre o roteirista e o diretor para definir quem foi seu “autor”. O roteirista Marcílio Moraes vem do mundo das novelas, que define como autor quem escreve o texto. Mas cinema é outra coisa. E com o diretor André Warwar escanteado na pós-produção, a premissa noir, do marido suspeito que tenta desvendar o assassinato da esposa, em meio ao contexto da boemia moderninha carioca, implode num acabamento (voice-overs, por exemplo) que não combina com o que foi filmado. Tanto ego rendeu uma estreia em cinco míseras salas. Para quem sentir falta de besteirol, a semana reserva a comédia italiana “Paro Quando Quero”. Por um lado, a trama embute uma crítica adequada à crise econômica europeia, que reduz universitários formados a trabalhadores braçais. Por outro, é descarada sua apropriação de “Breaking Bad” num contexto de enriquecimento rápido digno de “Até que a Sorte nos Separe”. A trama gira em torno de um grupo de sub-empregados que decidem unir seus conhecimentos acadêmicos para lançar uma nova droga no mercado, surtando quando o negócio os torna milionários. Para completar, a programação vai receber nada menos que cinco filmes franceses. Esse fenômeno resulta da supervalorização do cinema francófono entre as distribuidoras nacionais, reflexo de uma era longínqua em que produtos do país eram ícones de status social e cultural – a palavra “chique” é um galicismo do século 19. Com melhor distribuição entre os lançamentos franceses, “Personal Shopper” volta a juntar a atriz americana Kristen Stewart com o diretor Olivier Assayas, após a bem-sucedida parceria em “Acima das Nuvens” (2014). Levou o troféu de Melhor Direção no Festival de Cannes, mas é a ótima performance de atriz que prende o espectador em sua história de fantasmas, de clara inspiração hitchcockiana. “Souvenir” também deve sua distribuição à fama de sua estrela, a atriz Isabelle Huppert, indicada ao Oscar 2017 por “Elle”. Desta vez, porém, ela estrela um romance leve, francamente comercial, como uma cantora que flertou com o sucesso nos anos 1970 e, inspirada pela paixão de um jovem que a reconhece no trabalho, tenta retomar a carreira. Na mesma linha, “Insubstituível” traz François Cluzet como um médico do interior que treina, relutantemente, uma substituta mais jovem. Sem ligação com esse cinema descartável, “Fátima” lembra “Que Horas Ela Volta?” ao acompanhar uma mãe pobre e imigrante, que trabalha como faxineira e luta para manter as filhas na escola. Enquanto a mais nova vive sua rebelião adolescente, sem respeito pela mãe “burra” que mal fala francês, a mulher do título sacrifica a própria saúde para dar à filha mais velha a chance de cursar a faculdade. A produção usa o recurso de uma carta, escrita pela mãe, para amarrar a história, que venceu o César 2016 (o Oscar francês) de Melhor Filme, Roteiro e Atriz Revelação. Mesmo assim, há quem ache que o cinema francês decaiu muito desde a nouvelle vague. E para estes o circuito reserva a chance de conferir o relançamento, em cópia restaurada, do clássico “Hiroshima Meu Amor” (1959), de Alain Resnais, uma das primeiras obras-primas do movimento e que destaca a recém-falecida Emmanuelle Riva no papel principal. Clique nos títulos dos filmes destacados para ver os trailers de todas as estreias da semana.











