Filme Marcação Cerrada vai virar série da plataforma Quibi
O drama esportivo “Marcação Cerrada” (Varsity Blues, 1999) vai seguir os passos de “Tudo Pela Vitória” (Friday Night Lights, 2004) e virar série. A plataforma Quibi encomendou uma adaptação do longa, que foi precursor da tendência de juntar drama teen e futebol americano. O filme foi estrelado por James Van Der Beek (durante sua fase mais popular na série “Dawson’s Creek”), no papel de um quaterback reserva de um time colegial do Texas, que sai do banco após o titular se machucar com a obrigação de levar a equipe à vitória. A premissa foi posteriormente evocada pelo próprio “Tudo Pela Vitória” (2004) e reapresentada na TV na excepcional série que adaptou aquele longa, “Friday Night Lights”. Além de Van Der Beek, o elenco de “Marcação Cerrada” incluía os jovens Paul Walker e Ron Lester, precocemente falecidos. A adaptação, que manterá o título “Varsity Blues”, será feita pelo roteirista Tripper Clancy (“Stuber”) e dirigida por Anne Fletcher (“A Proposta”) para a plataforma criada por Jeffrey Katzenberg (fundador da DreamWorks Animation). Projetada para ser diferente das demais plataformas, a Quibi pretende produzir apenas conteúdos de curta duração. No caso de séries, produções com episódios de até 10 minutos, na contramão das maratonas da Netflix. O público-alvo são usuários de aparelhos móveis, que poderão consumir rapidamente o material por celular em situações cotidianas, como no transporte público e em filas de espera. A série ainda não tem data de estreia prevista, mas a Quibi deverá ser lançada em abril de 2020.
Paterson: Elogiado drama de Jim Jarmusch com Adam Driver ganha 20 fotos e primeiro trailer
A Amazon divulgou 20 fotos, o pôster e o primeiro trailer de “Paterson”, novo longa do cultuado diretor indie Jim Jarmusch (“Amantes Eternos”). O filme acompanha um motorista de ônibus chamado Paterson na cidade que se chama Paterson. Mas também inclui outra peculiaridade: o motorista é interpretado por Adam Driver (driver, claro, é motorista em inglês). A redundância faz parte da estratégia do diretor, que busca apresentar a banalidade do cotidiano, de onde seu protagonista extrai poesia. Literalmente. Enquanto não dirige seu ônibus pela cidadezinha de Nova Jersey, o motorista Driver escreve poemas. E a trama é contada em estrofes, uma para cada dia da semana, ao longo de uma semana em sua vida. A escolha da locação não foi casual. Paterson foi lar dos poetas Allen Ginsberg e William Carlos Williams. Ambos tinham em comum o uso da linguagem coloquial e versos que refletiam o cotidiano. Paterson, o personagem, também escreve sobre o que vive. Mas sua vida é monótona, com uma mulher dona de casa (a iraniana Golshifteh Farahani, de “Êxodo: Deuses e Reis”), um cachorro e um emprego tedioso. Exibido no Festival de Cannes, “Paterson” arrancou muitos elogios da crítica – alguns destacados no cartaz e na prévia, que pincela o cotidiano do protagonista. A estreia está marcada para 28 de dezembro nos EUA, data final para filmes que aspiram ao Oscar, mas não há previsão de lançamento no Brasil.
Drama esportivo Marcação Cerrada vai virar série
O drama esportivo “Marcação Cerrada” (Varsity Blues, 1999) vai seguir os passos de “Tudo Pela Vitória” (Friday Night Lights, 2004) e virar série. O canal pago americano CMT planeja expandir sua oferta de séries originais com uma adaptação do longa, que foi precursor da mescla de drama teen e futebol americano colegial no cinema. O filme foi estrelado por James Van Der Beek (durante sua fase mais popular na série “Dawson’s Creek”), no papel de um quaterback reserva de um time colegial do Texas, que sai do banco após o titular se machucar com a obrigação de levar a equipe à vitória. A premissa foi posteriormente evocada pelo próprio “Tudo Pela Vitória” (2004) e reapresentada na TV na excepcional série “Friday Night Lights”. Além de Van Der Beek, o elenco de “Marcação Cerrada” incluía os jovens Paul Walker e Ron Lester, precocemente falecidos. O CMT é uma espécie de MTV da música country, e começou a enveredar para o mercado das séries dramáticas com o resgate de “Nashville”, que tinha sido cancelada pela rede ABC em maio. A adaptação, que manterá o título “Varsity Blues”, será feita pelo roteirista W. Peter Iliff, que escreveu o longa original, com produção da Paramount TV.
Shirley MacLaine será mãe de Matthew Broderick em nova série
Os atores Matthew Broderick e Shirley MacLaine vão protagonizar uma nova série, “Bettyville”, adaptação do best-seller autobiográfico de George Hodgman. As gravações vão juntar Broderick com um velho conhecido. A série foi criada por John Hoffman, que escreveu e dirigiu “Um Cão do Outro Mundo”, comédia infantil estrelada pelo ator em 2003. A produção também representará o primeiro papel fixo do ator de “Curtindo a Vida Adoidado” (1986) numa série, após participações em “Modern Family”, “Louie” e “30 Rock”. Já a veterana MacLaine, que venceu o Oscar por “Laços de Ternura” (1983), teve uma série nos anos 1970, “Shirley’s World”, e também fez participações recentes em atrações televisivas: “Glee” e “Downton Abbey”. “Bettyville” vai acompanhar George (o personagem de Broderick), que deixa Nova York para voltar à sua terra natal, no interior do Missouri, para cuidar de sua mãe, Betty (MacLaine). George pensa que o passeio durará apenas algumas semanas, mas a vida conspira para mantê-lo ali, onde é diariamente confrontado pela personalidade da mãe. A produção é da Paramount Television, que divulgou o projeto em comunicado. “A Paramount TV não poderia estar em melhores mãos do que as de Shirley MacLaine e Matthew Broderick, dois talentos incrivelmente versáteis que sabem como conciliar drama e comédia — o que está no centro dessa fantástica histórica”, declarou a presidente do estúdio Amy Powell. A série ainda não tem canal definido para sua exibição.
Cannes: Shia LaBeouf lidera uma nova geração em American Honey
“American Honey”, da diretora britânica Andrea Arnold (“Aquário”), dividiu a critica presente no Festival de Cannes. Enquanto os blogueiros vaiaram, reclamando da longa duração e do fato de que “nada acontece”, além de cenas de sexo, as publicações impressas (a velha geração) rasgaram elogios ao filme, o primeiro que a cineasta rodou nos EUA. A produção é um road movie que acompanha uma trupe de adolescentes chapadões pela “América profunda”, cruzando o Oeste a reboque do carisma do personagem de Shia LaBeouf (“Transformers”), que recruta jovens pobres para vender assinaturas de revistas. Entre eles, destaca-se Star, vivida pela estreante Sasha Lane. Ela não é boa de vendas, mas compensa sendo muito boa de sexo. O roteiro foi inspirado em um artigo publicado em 2007 no jornal The New York Times, sobre grupos de jovens desajustados contratados por empresas para vender produtos pelo país. O filme explora o contraste entre os protagonistas sem perspectivas e as ricas comunidades do interior americano. E, conforme a diretora explicou, também foi baseado em sua própria experiência de pegar a estrada para conhecer os EUA. “Eu tive alguns momentos muito difíceis viajando por conta própria, me deparando com aquele deserto aberto”, disse Arnold, na entrevista coletiva do festival, revelando que chegou a ter aulas sobre como sobreviver a um tornado, ao chegar no Alabama. “Foi bastante interessante, mas também bastante solitário”. O resultado foi aproveitado na tela. “‘American Honey acabou sendo uma mistura da América que eu cresci vendo em Hollywood – a minha ideia romantizada dela – e a América contemporânea que eu vi durante minhas viagens”. Um país que, ela descobriu, é muito mais miserável que imaginava. “Fiquei impressionada pela miséria que vi. Quando as pessoas não tem dinheiro nos EUA, elas não tem direito à saúde pública nem podem ir ao dentista, como os pobres no Reino Unido. Esse tipo de coisa realmente me chocou.” Mas o que mais lhe chamou a atenção foi o tipo de comércio que viu prosperar nos lugares mais afastados, onde encontrou farmácias lotadas. “Perguntei-lhes o que vendia mais e eles disseram analgésicos para as pessoas mais velhas e antidepressivos para pessoas mais jovens. Todos tinham algum vício.” Shia LaBeouf acrescentou sua própria experiência pessoal ao relato. “Em Bakersville, onde meu pai viveu por um tempo, a única coisa que existe é uma prisão. Então, todo mundo trabalha na prisão. Eu sou parte dessa subclasse. É de onde eu venho, então eu sei sobre isso.” “Nessas cidades pequenas, em que não há presença industrial, a única opção de trabalho para quem está saindo da escola são lanchonetes de fast food. E, embora isso pareça muito triste, identifica quem são os personagens do filme”, explicou a cineasta. “A van dos garotos é um microcosmo do sonho americano, com pessoas tentando ganhar dinheiro para realizar seus sonhos”. Assim como o protagonista, Arnold também recrutou seu elenco ao redor da América, selecionando jovens sem muita experiência dramática para contracenar com LaBeouf e Riley Keough (“Mad Max: Estrada da Fúria”), entre eles um trabalhador da construção civil, um skatista e uma ex-dançarina exótica. A grande estrela, Sasha Lane, foi descoberta tomando sol numa praia, durante o spring break, um mês antes do início das filmagens. A princípio, Sasha desconfiou do projeto, já que incluía muitas cenas de sexo. “Mas embarquei na vibe de Andrea”, disse a atriz. “Eu não entedia nada do que ela falava, mas sempre me pareceu muito doce para ser maldosa. Logo vi que ela era alguém importante e que não se tratava de um truque para me fazer filmar uma pornografia barata”. Sasha não foi a única que precisou ser convencida para entrar na “viagem” da diretora. Ela também precisou seduzir Rihanna. A cena em Shia LaBeouf encontra Sasha Lane, dentro de um Walmart, foi feita ao som de “We Found Love”, da cantora. E para conseguir usar a música, ela precisou insistir muito. “Eu adoro começar uma carta com ‘querida Rihanna’”, ela brincou. “Eu tive que escrever várias delas, explicando de que forma usaríamos a música e qual era a proposta do filme e da cena”. Shia, que dança a canção, também precisou de algum convencimento. “Eu me lembro de Andrea chegando perto de mim no primeiro dia e dizendo ‘eu preciso que você dance Rihanna na frente de todo mundo’”, riu. “Foi bem constrangedor, não foi minha parte preferida das filmagens”. Por outro lado, o ator participou de outras situações mais, digamos, agradáveis. Assim como em “Ninfomaníaca” (2013), ele filmou várias cenas de sexo, algumas coletivas, outras raivosas, embaladas por música country e rap. O sexo entrou na trama pelo conceito básico da cineasta. “Ninguém compra revista hoje dia. O que aqueles jovens fazem não é vender papel, mas a si mesmos”, explicou Arnold. E como eles vendem bem. Vendem-se inclusive como futuros astros. Não por acaso, Sasha Lane é a grande revelação do Festival de Cannes 2016.



