PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Filme

    Amazon define reboot de “Instinto Selvagem” com maior compra de roteiro do ano

    18 de julho de 2025 /

    Autor do roteiro original retorna para franquia em acordo milionário, que pode chegar a US$ 4 milhões

    Leia mais
  • Filme

    Sharon Stone diz que “Instinto Selvagem” custou guarda do filho

    8 de março de 2023 /

    A atriz Sharon Stone (“Ratched”) revelou que o papel interpretado por ela no thriller sexual “Instinto Selvagem” (1992) teve consequências graves na sua vida. Em entrevista ao podcast “Table for Two With Bruce Bozzi”, a atriz disse que o papel fez com que ela perdesse a custódia do seu filho. “Eu perdi a custódia do meu filho”, contou Stone. “Quando o juiz perguntou ao meu filho, meu pequeno menino, ‘Você sabe que sua mãe faz filmes de sexo?’, foi um tipo de abuso pelo sistema, que considerava o tipo de mãe que eu era porque eu fiz aquele filme.” Além de conter diversas cenas de situações sexais, o filme é lembrado até hoje por causa de uma cena em que a personagem de Stone cruza e descruza as pernas durante um interrogatório, revelando que ela estava sem calcinha. A atriz também contou que a perda da guarda do filho lhe afetou tanto na época que ela precisou ser levada para o hospital. E, conforme ela mesma aponta, as cenas que foram consideradas chocantes na época, hoje em dia são comuns. “As pessoas estão andando por aí sem roupas na TV aberta agora, e você viu talvez um 16º de segundo de uma possível nudez minha, e eu perdi a custódia do meu filho”, disse ela. Esta não é a primeira vez que Stone fala sobre como a mudança de perspectiva em relação ao que foi mostrado no filme e o que é visto hoje em dia. “Agora as pessoas andam mostrando seus pênis na Netflix, mas, nos velhos tempos, o que estávamos fazendo era muito novo”, disse ela, em 2021, à revista The New Yorker. “Este foi um longa-metragem para um grande estúdio, e tínhamos nudez, sexo, homossexualidade, todas essas coisas que, na minha era, estavam quebrando normas”. Apesar das polêmicas e de todas as críticas que recebeu, “Instinto Selvagem” foi um enorme sucesso, rendendo mais de US$ 350 milhões nas bilheterias. Confira o trailer abaixo.

    Leia mais
  • Etc

    Sharon Stone revela que luta contra a Aids custou sua carreira de atriz

    6 de dezembro de 2022 /

    A atriz Sharon Stone (de “Instinto Selvagem”) revelou que o ativismo contra a Aids afetou sua carreira na década de 1990. Ela ficou afastada de qualquer produção cinematográfica durante oito anos por seu envolvimento na causa social. Ela fez a declaração nesta terça (6/12) durante participação no Red Sea Film Festival, na Arábia Saudita, lembrando o que aconteceu após aceitar o convite dos executivos da AmfAR (Fundação de Pesquisa da Aids) para substituir Elizabeth Taylor (de “Os Flintstones”) no posto de presidente honorária em 1995. “Tive que ocupar um lugar muito grande como o de Elizabeth Taylor. Eu tinha muitas responsabilidades como substituta na AmfAR. Quando me procuraram, pensei: ‘[será que] eu estou à altura de substituir a Elizabeth?’” No entanto, a empresária Cindy Berger alertou a artista sobre os riscos de assumir o cargo na fundação. “Ela me disse que eu destruiria minha carreira”, descreveu Sharon. Em meados da década de 1990, a Aids ainda era um tabu entre a população, que Sharon queria ajudar a superar, mas ela não tinha ideia do que enfrentaria ao aceitar o desafio. “Não se podia falar sobre a Aids. Então, eu disse à Cindy: ‘Você vai me matar, mas eu vou fazer isso’”, disse Sharon. “Eu não tinha ideia da resistência, da crueldade, do ódio e da opressão que enfrentaríamos. Foi assim por 25 anos, até que tivéssemos remédios contra a Aids sendo anunciados na TV como temos anúncios de refrigerante.” Por falar sobre a importância da proteção durante o sexo, humanizar pessoas portadoras do vírus HIV e revelar tratamentos, Sharon Stone teria enfrentado ódio e preconceito. “Isso destruiu a minha carreira. Não trabalhei por oito anos. Disseram-me que se eu falasse sobre camisinha novamente, qualquer verba seria removida. Fui ameaçada várias vezes, minha vida foi ameaçada e decidi que tinha que continuar mesmo assim.” Apesar das ameaças criminosas e de todas as dificuldades enfrentadas, a atriz não se arrepende de ter aceito a presidência da fundação. “Agora, 37 milhões de pessoas vivem com HIV [o vírus da doença] de forma saudável”, orgulhou-se. No Brasil, o atendimento médico e o tratamento da Aids são gratuitos e disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os preservativos também são oferecidos pelo programa, proteja-se! Além disso, os postos de saúde oferecem testes rápidos que permitem o diagnóstico de doenças infecciosas (como o HIV, sífilis ou hepatites B e C) em até 30 minutos.

    Leia mais
  • Filme

    Instinto Selvagem: Sharon Stone diz que estapeou diretor por filmá-la sem calcinha

    19 de março de 2021 /

    A atriz Sharon Stone revelou ter dado um tapa na cara do diretor Paul Verhoeven após ver pela primeira vez sua famosa cena sem calcinha no suspense “Instinto Selvagem”, de 1992. A novidade veio à tona num trecho de sua autobiografia, que foi antecipado pela revista Vanity Fair. Intitulado “The Beauty of Living Twice”, o livro será lançado em 30 de março nos EUA. Stone alegou que sua icônica “cruzada de pernas” foi filmada sem seu consentimento. Ela afirmou ter sido enganada por Verhoeven para ficar sem calcinha durante as filmagens. O cineasta teria dito que a peça íntima estava “refletindo na luz” e a convenceu a tirá-la, prometendo que não filmaria nada indevido. Por isso, se disse surpreendida pela inclusão da cena reveladora. “Fui chamada para assistir ao filme após encerrarmos as filmagens. Não éramos apenas eu e o diretor, era uma sala cheia de agentes e advogados, a maior parte deles não tinha nada a ver com o projeto. E foi assim que vi a cena com a minha vagina pela primeira vez, após me dizerem que ‘não veremos nada, só precisamos que você remova a calcinha por ela estar refletindo na luz e assim dá para saber que você está de calcinha”, escreveu a atriz em sua autobiografia. Ao contar a história, ela também rebateu as alegações de Verhoeven de que a cena teria sido filmada com seu consentimento. “Sim, há muitos pontos de vista em relação a esse tema, mas levando-se em conta que sou eu a dona da vagina em questão, posso dizer: os outros pontos de vista são uma besteira. Agora, a questão é. Não importa mais. Era eu e as minhas partes lá. Eu decidi fazer. Eu fui até a sala de projeção e dei um tapa na cara do Paul e saí, entrei no meu carro e liguei para o meu advogado, Marty Singer”, contou Apesar de ter considerado processar o diretor e os produtores do filme, ao final Stone concluiu que a cena era relevante para o contexto da história. A cruzada de pernas marcou época. “Instinto Selvagem” estourou nas bilheterias, Sharon Stone virou sex symbol, tornou-se uma atriz requisitadíssima, seu salário para novos projetos se multiplicou e ela até recebeu uma indicação ao Globo de Ouro por viver a psicopata sexy Catherine Tramell no filme de Verhoeven. Em 2006, ela estrelou a continuação do filme, evocando a cena icônica no cartaz do lançamento – desta vez, um fracasso de bilheterias. Veja abaixo a cruzada de pernas mais famosa do cinema e a capa do livro de memórias de Sharon Stone.

    Leia mais
  • Etc,  Série

    Mary Pat Gleason (1950 – 2020)

    3 de junho de 2020 /

    A veterana atriz e roteirista Mary Pat Gleason, que integrou a série “Mom”, morreu na terça (2/9), aos 70 anos, vítima de câncer. A atriz começou sua carreira em 1982, com uma aparição num episódio da novela diurna “Texas”. Quatro anos depois, ela ganhou um Emmy por outra novela, mas como parte da equipe de roteiristas de “Guiding Light”, que durou impressionantes 72 temporadas no rádio e na TV, antes de ser cancelada em 2009. Gleason também interpretou uma personagem na atração. Mas os espectadores lembrarão mais da atriz por seu papel recorrente em “Mom”, como Mary, uma integrante do AA (Alcoólatras Anônimos) frequentemente interrompida por Bonnie (Allison Janney) ao tentar compartilhar seus problemas com o grupo. As anedotas da personagem tendiam a ser bizarras, muitas vezes assustadoras, e ela acabou morrendo de um aneurisma cerebral durante uma reunião na 7ª e mais recente temporada do programa. Gleason ainda apareceu em episódios recentes de outras séries, como “Will & Grace”, “The Blacklist”, “Life in Pieces”, “American Housewife”, “WTF 101” e do revival de “Gilmore Girls” na Netflix. Mas suas participações especiais cobrem desde a época da “Murphy Brown” original e de “Três É Demais” (Full House), nos anos 1980, e ainda incluem “Friends” e “Plantão Médico” (E.R.) na década seguinte – entre muitas outras atrações. Sua filmografia cinematográfica também lista vários clássicos dos anos 1990, como “Instinto Selvagem” (1991) e “As Bruxas de Salém” (1996), mas ela geralmente teve papéis secundários. Nos últimos anos, especializou-se em comédias românticas, como os sucessos “O Amor Custa Caro” (2003), “De Repente 30” e “A Nova Cinderela” (ambos de 2004). Seu último filme foi produzido há dois anos. Em “Sierra Burgess Is a Loser”, da Netflix, ela interpretou a orientadora escolar da protagonista (Shannon Purser).

    Leia mais
  • Filme

    Suspense O Fio da Suspeita vai ganhar remake com Halle Berry

    8 de abril de 2018 /

    O suspense “O Fio da Suspeita”, de 1985, vai ganhar um remake com Halle Berry no papel principal. A informação é do site Deadline, que adiantou poucos detalhes do projeto da Sony Pictures, ainda sem roteirista e diretor. O filme original foi lançado no auge da tendência dos “thrillers eróticos”, em que o protagonista dormia com o inimigo – exemplos incluem “Corpos Ardentes” (1981), “Atração Fatal” (1987), “Instinto Selvagem” (1992) e, claro, “Dormindo com o Inimigo” (1991). Escrito por Joe Eszterhas (de “Instinto Selvagem”), a trama girava em torno de uma advogada (Glenn Close, de “Atração Fatal”) que se apaixonava por seu cliente (Jeff Bridges), enquanto o defendia do assassinato da própria esposa, uma herdeira milionária. Spoiler antigo: ele era realmente culpado. Ainda não há previsão para o começo da produção ou data de estreia.

    Leia mais
  • Etc,  Filme,  Série

    Dorothy Malone (1925 – 2018)

    20 de janeiro de 2018 /

    A atriz americana Dorothy Malone, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme “Palavras ao Vento” (1956), morreu na manhã de sexta-feira (19/1) aos 92 anos, por causas naturais. Malone iniciou a sua carreira artística nos anos 1940, estrelando dezenas de westerns e filmes noir, venceu o Oscar quase duas décadas depois e atingiu o pico de sua fama nos anos 1960, graças a seu trabalho na série “Caldeira do Diabo” (Peyton Place), exibida entre 1964 e 1969. Dorothy Eloise Maloney nasceu em Chicago em 30 de janeiro de 1925 e teve seu encontro com o destino enquanto estudava na faculdade para virar enfermeira. Sua beleza chamou atenção de um olheiro de Hollywood, que a levou a assinar um contrato com o estúdio RKO Radio Pictures aos 18 anos de idade. Ela figurou em inúmeras produções dos anos 1940, mas foi só quando se acertou com a Warner e encurtou o nome para Malone que sua carreira desabrochou. Howard Hawks ficou impressionado quando ela apareceu entre os figurantes do estúdio. Em 1946, a escalou em “A Beira do Abismo” (The Big Sleep), um dos maiores clássicos do cinema noir. Era um pequena participação, em que ela aparecia diante de Humphrey Bogart para fechar uma livraria e dizer uma única frase. Mais tarde, o diretor revelou que incluiu a sequência no filme “só porque a menina era muito bonita”. Em pouco tempo, seus diálogos aumentaram, num crescimento que envolveu filmes de verdadeiros gênios de Hollywood, como “Canção Inesquecível” (1946), de Michael Curtiz, “Ninho de Abutres” (1948), de Delmer Davis, e “Golpe de Misericórdia” (1949), de Raoul Walsh. Até que, a partir de 1949, seu nome passou a aparecer nos cartazes de cinema. Seu contrato de exclusividade acabou na virada da década, e ela seguiu carreira em westerns baratos, virando uma das “mocinhas” mais vistas nos filmes de cowboy da década de 1950 – ao lado de astros do gênero, como Joel McCrea, Randolph Scott, Jeff Chandler, Fred MacMurray, Richard Egan, Richard Widmark, Henry Fonda e… o futuro presidente Ronald Reagan. Ela chegou até a ilustrar um pôster dispensando “mocinhos”, de chapéu, calças e dois revólveres nas mãos – “Guerrilheiros do Sertão” (1951). Mas não abandonou o cinema noir, coadjuvando em “A Morte Espera no 322” (1954), de Richard Quine, “Dinheiro Maldito” (1954), de Don Siegel, e “Velozes e Furiosos” (1955), um dos primeiros filmes de carros de fuga, dirigido e estrelado por John Ireland. Todos cultuadíssimos. Também fez dois filmes com Jerry Lewis e Dean Martin, outro com Frank Sinatra e causou grande impacto no drama “Qual Será Nosso Amanhã” (1955), seu reencontro com o diretor Raoul Walsh, no papel da esposa solitária de um jovem fuzileiro (Tad Hunter) que embarca para a 2ª Guerra Mundial. Ela completou sua transformação no melodrama “Palavras ao Vento” (1956), do mestre Douglas Sirk. A morena deslumbrante virou uma loira fatal. E roubou a cena da protagonista – ninguém menos que Lauren Bacall. Como um Iago (com “I” maiúsculo”) de saias, ela semeava ciúmes e destruição em cena, colocando dois amigos (Rock Hudson e Robert Stark) em conflito por causa da personagem de Bacall, sem que nenhum tivesse feito nada de errado, além de amar a mesma mulher. Em meio a tantas estrelas, Malone venceu o único Oscar do filme, como Melhor Atriz Coadjuvante. A atriz voltou a se reunir com Hudson, Stack e o diretor Douglas Sirk em “Almas Maculadas” (1957), interpretou a mulher do lendário ator Lon Chaney na cinebiografia “O Homem das Mil Faces” (1957), até ver seu nome aparecer antes de todos os demais pela primeira vez, em “O Gosto Amargo da Glória” (1958). O filme era outra cinebiografia de atores célebres, em que Malone interpretou Diana Barrymore, tia de Drew Barrymore e filha do famoso John Barrymore (vivido no drama por Errol Flynn), numa espiral de autodestruição. No auge da carreira cinematográfica, ela fez seu derradeiro e melhor western, “O Último Por-do-Sol” (1961), uma superprodução estrelada por Rock Hudson e Kirk Douglas, escrita por Dalton Trumbo e dirigida por Robert Aldrich em glorioso “Eastman Color”, antes de inesperadamente virar a “coroa” de um filme de surfe, o cultuado “A Praia dos Amores” (1963), que lançou a “Turma da Praia” de Frankie Avalon e Annette Funicello. As novas gerações acabariam adorando Dorothy por outro papel, como a mãe solteira e superprotetora Constance MacKenzie na série “A Caldeira do Diabo”. A produção fez História como o primeiro novelão do horário nobre da TV americana. Além da narrativa melodramática, tinha a novidade de continuar no próximo capítulo, algo inédito na programação noturna da época, e de abordar sexo fora do casamento, outra ousadia. A personagem de Dorothy já tinha sido interpretado por Lana Turner no cinema, num filme de 1957 que rendeu o Oscar para a atriz. A versão televisiva trouxe uma indicação ao Globo de Ouro para Malone, que interpretava a mãe da futura esposa de Woody Allen, Mia Farrow. A atriz sofreu uma embolia pulmonar enquanto trabalhava na série em 1965 e precisou passar por sete horas de cirurgia durante a produção, sendo substituída temporariamente por outra atriz no programa. Mas também teve que lutar por sua vida na ficção, quando os roteiristas resolveram “matá-la” em 1968, após reclamações de descaso com sua personagem. Dorothy foi à justiça contra a 20th Century Fox e recebeu uma fortuna – mais de US$ 1 milhão na época – e sua Constance sobreviveu, mas saiu da série. Sem problemas, pois “A Caldeira do Diabo” acabou no ano seguinte sem ela. Apesar do clima inamistoso com que saiu da produção, a atriz voltou ao papel de Constance MacKenzie mais duas vezes, em telefilmes que reuniram o elenco original da série, exibidos em 1977 e 1985. Ela ainda contracenou com Alain Delon no giallo “Crepúsculo dos Insaciáveis” (1969), mas o resto de sua carreira foi preenchido por pequenas participações em filmes e séries. Seu último trabalho aconteceu em 1992, no papel de uma amiga de Sharon Stone no suspense “Instinto Selvagem”. O sucesso profissional não se refletiu em sua vida pessoal. Seus casamentos duraram pouco. O primeiro foi com o ator francês Jacques Bergerac, ex-marido de Ginger Rogers, em 1959, com quem teve duas filhas. O matrimônio terminou num divórcio amargo, em que Malone acusou Bergerac de se casar com atrizes famosas para promover sua própria carreira. Em 1969, ela se uniu ao empresário Robert Tomarkin, mas o casamento foi anulado em questão de semanas, com acusações ainda piores: ele seria um golpista tentando extorqui-la – anos depois, Tomarkin foi preso por roubo. O último casamento foi com um executivo do ramo de motéis, Charles Huston Bell, em 1971. Igualmente curto, terminou após três anos. Dorothy Malone costumava dizer que sua vida tinha mais drama que a ficção de “A Caldeira do Diabo”. Cinéfilos também poderiam afirmar que ela foi uma atriz com muito mais classe que a maioria dos filmes que estrelou. Mas quando se portava mal, fazia um bem danado para o cinema.

    Leia mais
  • Filme

    Cinquenta Tons Mais Escuros recicla suspenses sexuais dos anos 1990

    15 de fevereiro de 2017 /

    Não dá para esperar algo sofisticado da literatura trash. Tudo bem que Alfred Hitchcock costumava dizer que era mais fácil fazer ótimos filmes de literatura menor do que de grandes obras literárias, mas o que acontece é que o público de best-sellers quer ver na tela algo parecido com o que leu, e isso prejudica o trabalho de invenção do diretor contratado para o serviço. James Foley é um diretor irregular, mas possui em seu currículo algumas obras interessantes como “Jovens sem Rumo” (1984), “Caminhos Violentos” (1986) e “O Sucesso a Qualquer Preço” (1992), além de videoclipes marcantes de Madonna, como “Papa Don’t Preach” e “Live to Tell”. Entretanto, nos últimos anos só conseguia trabalho em episódios televisivos. E não é com a sequência de “Cinquenta Tons de Cinza” (2015) que conseguirá se reerguer. Quem leu o livro de E.L. James garante que o filme até consegue melhorar muita coisa do romance, que, por sua vez, é considerado o melhor da trilogia. Não deve ter sido uma adaptação fácil, principalmente por o texto original ser uma história de contos de fadas, assumidamente brega, de enfiar o pé na jaca. O único atrativo dessas adaptações dos romances de E.L. James é trazer de volta a moda dos filmes eróticos, que foram ficando de lado com o tempo. Mas “Cinquenta Tons Mais Escuros” só dá saudades dos thrillers eróticos que experimentaram popularidade na década de 1990, depois do estouro de “Instinto Selvagem” (1992), de Paul Verhoeven. Ainda assim, atrai um público feminino entusiasmado ao gênero, coisa que não se via desde “9 ½ Semanas de Amor” (1986), de Adrian Lyne. Aliás, os dois filmes até têm um elemento em comum: Kim Basinger, que aqui meio que passa o bastão para Dakota Johnson. Anastasia Steele, a personagem de Dakota, não fica muito tempo longe de Christian Grey (Jamie Dornan), o bilionário sedutor e adepto de jogos de sadomasoquismo, apesar de achar que ele se excedeu nos seus jogos e na violência ao final do primeiro filme. Não demora para ela aceitar um jantar e voltar fácil para seus braços. Aliás, esse tipo de facilidade na relação dos dois impede que se crie um mínimo de tensão sexual. Mas o roteiro, escrito pelo marido da autora, pouco se importa com qualquer tipo de tensão, seja erótica ou mesmo de suspense. Não tanto pelos diálogos, que são de deixar o espectador corado, mas as melhores cenas não passam da sugestão e já foram vistas em outros filmes. A cena da calcinha no restaurante, por exemplo, exaltada no marketing da produção, é igualzinha à de “Invasão de Privacidade” (1993), com a mesma Sharon Stone de “Instinto Selvagem”, filme que também não é tão bom assim, mas consegue ter mais voltagem sexual. A culpa não é do ar inocente de Dakota Johnson, que consegue conferir ao seu papel um certo ar de garota comum, diferente de Jamie Dornan, que parece um modelo de cuecas em cena. E ele foi mesmo modelo da Calvin Klein, da Dior e da Armani. Já Dakota, filha da “Dublê de Corpo” Melanie Griffith, tem um rosto comum, ainda que um belo corpo, que é pouco explorado. Sinal dos tempos, talvez, em que se discute tanto a exploração do corpo feminino. O fato é que a nudez de Dakota é ainda mais discreta que no primeiro filme. Infelizmente, “Cinquenta Tons Mais Escuros” é um suposto filme erótico com cenas menos provocantes que os videoclipes de Rihanna. Com um título que prometia um filme mais sombrio que o anterior, a sequência é na verdade o oposto. Ao tentar trazer, sem sucesso, elementos de suspense para a trama, deixa apenas tudo ainda mais tedioso.

    Leia mais
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie