Showrunner de “Star Trek: Picard” vai escrever remake de “Inimigo Meu”
Terry Matalas foi contratado para atualizar o clássico cult de ficção científica de 1985
Louis Gossett Jr., vencedor do Oscar por “A Força do Destino”, morre aos 87 anos
Conhecido por filmes de ação dos anos 1980, como a franquia "Águia de Aço", ator também venceu o Emmy por "Raízes" e foi indicado por "Watchmen"
Lance Kerwin, ator de “Os Vampiros de Salem”, morre aos 62 anos
Lance Kerwin, que ficou conhecido na década de 1970 como ator-mirim, ao estrelar a série “James At 15” e a minissérie “Os Vampiros de Salem”, morreu na última terça-feira (24/1), aos 62 anos. A notícia da morte de Kerwin foi divulgada pela sua filha, Savanah, por meio de uma postagem no Facebook. A causa da morte não foi informada. Nascido em 6 de novembro de 1960, em Newport Beach, na Califórnia, Lance Kerwin começou a atuar ainda na adolescência, participando de episódios de séries como “Emergency!” (1974), “Shazam!” (1974), “Os Pioneiros” (1974), “Gunsmoke” (1975) e “Mulher Maravilha” (1977). Seu papel de maior destaque veio nessa época, quando interpretou o personagem-título na série “James at 15”, sobre um jovem sonhador que precisa aprender a lidar com a vida enquanto seu pai se muda com a família de Oregon para Boston. A atração, que durou 21 episódios, foi uma tentativa do criador e escritor Dan Wakefield de apresentar uma representação mais realista a respeito do mundo dos adolescentes. A série escandalizou a época quando mudou de nome, para “James at 16”, e mostrou o protagonista perdendo a virgindade. Em 1979, Kerwin estrelou a minissérie de terror “Os Vampiros de Salem”, baseada num livro de Stephen King, interpretando Mark Petrie, um jovem fã de filmes de terror que vira caçador de vampiros. Numa das cenas mais marcantes da série, ele é visitado por um colega de escola que se tornou um vampiro e flutua do lado de fora da janela do seu quarto. O ator também participou de filmes como “A Aposta Final” (1977), “Inimigo Meu” (1985), “Epidemia” (1995), e séries como “Assassinato por Escrito” (1989), “Lassie” (1992), “FBI: The Untold Stories” (1992), entre muitas outras. Depois de “Epidemia”, ele ficou 27 anos sem aparecer nas telas, retomando apenas em 2022 para seu último trabalho como ator, no filme “The Wind & The Reckoning”, drama indie de David L. Cunningham (“Meu Amor por Grace”).
Diretor de “Força Aérea Um” e “Troia”, Wolfgang Petersen morre aos 81 anos
O diretor alemão Wolfgang Petersen, que marcou época em filmes como “O Barco: Inferno no Mar”, “A História Sem Fim”, “Na Linha de Fogo”, “Força Aérea Um” e “Troia”, morreu na sexta-feira (12/8) em sua residência em Brentwood, na Califórnia, de câncer no pâncreas aos 81 anos de idade. A notícia foi confirmada por sua produtora nesta terça (16/8), que revelou que ele estava ao lado de sua esposa Maria Antoinette, com quem foi casado por 50 anos. Wolfgang Petersen começou a carreira na TV alemã em 1965. Enquanto trabalhava na popular série policial “Tatort”, conheceu o ator Jurgen Prochnow, que se tornaria figura frequente em seus primeiros filmes. Prochnow estrelou todos os três filmes alemães do diretor, incluindo o drama em preto e branco “A Consequência” (1977), que adaptou o romance autobiográfico de Alexander Ziegler sobre amor homossexual e foi considerado tão radical na época que, quando entrou na janela televisiva, as redes de TV da Alemanha Ocidental se recusaram a exibi-lo. O ator também foi o capitão do U-boat no hoje clássico suspense naval “O Barco: Inferno no Mar” (Das Boot, 1981). A trama claustrofóbica, passada a bordo de um submarino durante a 2ª Guerra Mundial, foi indicada a seis Oscars – um número enorme para um filme estrangeiro – incluindo dois para Petersen, nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Direção. Graças ao impacto do filme, Petersen passou a ser requisitado por Hollywood, trocando sua carreira no cinema autoral alemão por aventuras com orçamentos de blockbusters. Seu primeiro filme americano foi “A História sem Fim”, uma fantasia infantil sobre o poder da imaginação lançada em 1984 que marcou época e ainda é frequentemente citada em “Stranger Things”. Sucesso de bilheteria, ganhou sequência seis anos depois com direção de George Miller (o pai de “Mad Max”). Em vez de ficar preso à franquia, Petersen buscou variar seu repertório com “Inimigo Meu” (1981), sci-fi passada em outro mundo, que era basicamente uma versão de “Inferno no Pacífico” (1968) com alienígena. Mas seu nicho em Hollywood acabou não sendo o cinema fantasioso. Ele acabou se consagrando como diretor de filmes de ação. Ao longo de uma década, Petersen emplacou cinco hits consecutivos com muita tensão: “Na Linha de Fogo” (1993), em que Clint Eastwood viveu um agente do Serviço Secreto, “Epidemia” (1995), com Dustin Hoffman tentando impedir a propagação de ebola no mundo, “Força Aérea Um” (1997), que trouxe Harrison Ford contra terroristas no avião presidencial, “Mar em Fúria” (2000), onde George Clooney e Mark Wahlberg são vítimas de uma tempestade brutal no oceano, e “Troia” (2004), com Brad Pitt no papel de Aquiles durante a Guerra de Troia. Este período bem-sucedido, que o tornou um dos diretores mais requisitados para filmes com cenas de ação, chegou a um fim súbito com o fracasso de “Poseidon” (2006), remake dispendioso de um dos maiores blockbusters de desastres dos anos 1970. Custou US$ 160 milhões em produção e gerou bilheteria mundial de US$ 182 milhões, resultando em uma enorme perda para a Warner Bros. e encerrou, abruptamente, a carreira de Peterson em Hollywood. O cineasta só voltou para trás das câmeras uma década depois na Alemanha, quando lançou “Quatro Contra o Banco” (2016), uma comédia criminal modesta com elenco alemão que completou sua filmografia. Apesar da má vontade dos estúdios após “Poseidon”, Peterson era muito querido entre seus colegas e admirado pelos atores com quem trabalhou, incluindo Clint Eastwood, Harrison Ford, George Clooney, Brad Pitt, Rene Russo, Glenn Close, Mark Wahlberg, Dustin Hoffman e Morgan Freeman. Seu legado continua a ser explorado até hoje pela TV alemã, que transformou “O Barco: Inferno no Mar” numa série de sucesso lançada em 2018 e que já rendeu três temporadas premiadas – a mais recente em 2022.



