Retrospectiva | As 50 melhores séries de 2024
Algumas das melhores séries do século foram lançadas em 2024. A guerra dos streamings pode ter arrefecido, com a diminuição na quantidade de lançamentos, mas a qualidade foi reforçada, culminando numa disputa por prêmios que mudou paradigmas. A fusão com a Star+ no Brasil transformou a Disney+ numa potência capaz de desafiar o padrão HBO/Max e o poderio da Netflix, enquanto Prime Video e Apple TV+ seguem um caminho próprio com uma curadoria caprichada. Todos os gêneros estão representados na retrospectiva das principais maratonas do ano. XÓGUM | DISNEY+ A adaptação do famoso romance de James Clavell, que já foi transformado numa minissérie premiada em 1980, é um épico autêntico, com cenas panorâmicas e imersivas de guerra, jogos de poder e um painel abrangente do Japão feudal. O lançamento é especialmente recomendado para quem estava com saudades de uma aventura adulta, cheia de sutilezas, mas também violência como em “Game of Thrones”. Na trama, um marinheiro britânico chamado John Blackthorne sobrevive a um naufrágio na costa japonesa do século 17, é capturado, enfrenta provações, tenta se tornar um samurai e se envolve na complexa teia política do país, virando confidente de Lorde Toronaga, um poderoso aristocrata que pretende ascender ao xogunato (a liderança feudal). O status do marinheiro é abalado pela presença de Lady Mariko, que faz Blackthorne balançar e reconsiderar suas prioridades, tendo que escolher entre o coração, a ambição, a coragem e a honra – assim como a própria Mariko, uma espadachim exímia, cuja família caiu em desonra e a forçou a um casamento infeliz. Apesar de toda a sua brutalidade, a série mantém o romance proibido da primeira versão sem cair no fetichismo cultural do seu antecessor. Mas desta vez a história não se resume à simplificação do homem estranho em uma terra estranha, que conquistou o público dos anos 1980 e o Emmy de Melhor Minissérie. A produção a cargo dos roteiristas Justin Marks (“Mogli – O Menino Lobo”) e a estreante Rachel Kondo conta uma trama muito mais abrangente, que não diminui a importância dos personagens japoneses, antigamente coadjuvantes em sua própria História, graças à abordagem colonialista da obra literária original. O elenco destaca Cosmo Jarvis (“Peaky Blinders”) como Blacktorne, a cantora Anna Sawai (integrante do grupo de J-Pop feminino FAKY) no papel de Mariko e Hiroyuki Sanada (“Mortal Kombat”) na pele de Toronaga, num desempenho de dar orgulho ao icônico ator japonês Toshirô Mifune (“Os Sete Samurais”), intérprete do Xógum de 1980. ROUND 6 2 | NETFLIX A série mais vista de todos os tempos no streaming retorna com novos episódios sem perder seu impacto. Inspirada no colapso financeiro da Coreia do Sul, a produção se tornou um fenômeno cultural, bateu o recorde de audiência mundial da Netflix e conquistou 14 indicações ao Emmy, resultando em 6 vitórias – entre elas, Melhor Ator para Lee Jung-jae e Melhor Direção para o criador Hwang Dong-hyuk. A continuação se mantém relevante ao abordar temas como desigualdade e ganância. Além de continuar a explorar questões sociais, a nova temporada também busca refletir a polarização política atual, trazendo as divisões geradas pelo radicalismo para a trama A trama traz de volta o protagonista Seong Gi-hun (Lee Jung-jae) e uma nova leva de personagens para o jogo mortal que conquistou o mundo em 2021. Após vencer o jogo e embolsar o prêmio de ₩45,6 bilhões (cerca de R$ 210 milhões), Gi-hun inicia uma busca por vingança e respostas sobre os responsáveis pelo torneio. Usando um motel abandonado como base de operações, ele persegue o misterioso Recrutador (Gong Yoo), figura que atraiu participantes ao jogo com um simples ddakji no metrô. Essa jornada o leva novamente ao evento mortal, onde reencontra o misterioso Front Man, chefão dos jogos interpretado por Lee Byung-hun, e os desafios da competição. Entretanto, ao retornar aos jogos, ele encontra um elenco imprevisível de participantes que podem atrapalhar seu objetivo – muitos deles interpretados por astros do K-Pop. Entre os novos competidores estão um duo de mãe e filho (o rapper Yang Dong-geun e a atriz Kang Ae-shim, de “Trabalho Honesto”), um influenciador digital (Im Si-wan, ex-cantor do ZE:A), uma investidora que perde tudo (Jo Yu-ri, ex-cantora do IZ*ONE) e um rapper psicótico (Choi Seung-hyun, ex-cantor do BIGBANG). O elenco mais jovem e diversificado reflete questões contemporâneas, como gravidez não planejada, instabilidade de moedas digitais e os perigos de influenciadores desinformados. A temporada também amplia sua narrativa ao acompanhar No-eul (Park Gyu-young, conhecida por “Sweet Home”), uma soldado de rosa que trabalha para o Front Man. Diferente dos jogadores, os soldados têm motivações próprias para participar do jogo, revelando como o poder pode corromper e justificar atos de violência. Uma 3ª e última temporada já está prevista para 2025. TRUE DETECTIVE: TERRA NOTURNA | MAX A 4ª temporada da renomada série “True Detective”, intitulada “Terra Noturna”, estabeleceu recorde de audiência na franquia. Ambientada na gélida localidade de Ennis, no Alasca, os novos episódios seguem a detetive Liz Danvers, interpretada por Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), e sua parceira, Evangeline Navarro, papel de Kali Reis (“Catch the Fair One”), na investigação do desaparecimento de oito cientistas em um remoto centro de pesquisa. A direção é da mexicana Issa López, conhecida pelo premiado terror “Os Tigres Não Têm Medo” (2017), que usa sua experiência no gênero para combinar o mistério com elementos sobrenaturais. Junto de cenas fortes, como a descoberta de um bloco gigante de carne formado por cinco corpos congelados, e uma abordagem atmosférica, que explora o ambiente hostil à vida humana, ainda há o retorno do símbolo em espiral que marcou a 1ª temporada. Para quem não lembra, ele foi associado ao Rei Amarelo, uma entidade misteriosa e aparentemente cósmica que inspirou ataques rituais e assassinatos. Embora o autor dos crimes originais tenha sido encontrado na temporada inaugural, os detalhes mais sutis sobre o que é o Rei Amarelo e de onde ele veio permaneceram um mistério, que retorna para assombrar os espectadores. Para aumentar mais a tensão, a investigação é dificultada pela chegada da noite longa na cidade de Ennis, no Alasca, que deixa o lugar sem luz solar por vários dias. Essa situação ainda é agravada por graves falhas elétricas, que mergulham a região na escuridão. A química entre Foster e Reis é o ponto alto da produção, com atuações intensas que capturam a essência de suas personagens. Foster, com uma presença marcante, expressa nuances emocionais complexas, enquanto Reis, com seu histórico no boxe, apresenta uma performance visceral e carregada de intensidade. O ótimo elenco da produção também conta com John Hawkes (“Três Anúncios para um Crime”), Christopher Eccleston (“The Leftovers”), Fiona Shaw (“Killing Eve”), Finn Bennett (“Domina”) e Anna Lambe (“Three Pines”). Os atores Matthew McConaughey e Woody Harrelson, que estrelaram a aclamada 1ª temporada, são produtores executivos da atração, ao lado do criador da série, Nic Pizzolatto, que pela primeira vez não escreveu os episódios. PINGUIM | MAX A série derivada do filme “Batman” (2022) traz Colin Farrell de volta à maquiagem no arqui-inimigo de Batman, liderando uma guerra entre mafiosos pelo controle do submundo do crime de Gotham City. A trama começa pouco tempo depois do final de “Batman” e tem como ponto de partida a morte do poderoso chefão Carmine Falcone. O vácuo de poder dá início a uma disputa violenta pelo espólio de Falcone e o controle de seu império criminoso. Mas enquanto o Pinguim avança, uma nova personagem entra em cena, Sofia Falcone, a filha de Carmine recém saída do hospício Asilo Arkham, querendo valer seu direito à herança criminal. Além de Farrell, o elenco destaca Cristin Milioti (“Made for Love”) no papel de Sofia Falcone e ainda inclui Carmen Ejogo (“Alien: Covenant”), Shohreh Aghdashloo (“The Expanse”), Michael Kelly (“House of Cards”), Clancy Brown (“John Wick 4: Baba Yaga”) e Michael Zegen (“Maravilhosa Sra. Maisel”). A equipe destaca a roteirista Lauren LeFranc (“Agentes da SHIELD”), o diretor Craig Zobel (“A Caçada”) e o produtor Matt Reeves (“Batman”). INDUSTRY 3 | MAX A 3ª temporada de “Industry” vem saciar o desejo de quem queria mais séries como “Succession”. A produção britânica sobre o mercado de ações experimenta uma mudança de rumo com a estreia de Kit Harington (“Game of Thrones”) como Henry Muck, o CEO e fundador da empresa de tecnologia verde Lumi, que traz novos desenvolvimentos para a trama, tanto na colaboração com a Pierpoint & Co. em um IPO quanto no envolvimento amoroso com a personagem Yasmin, vivida por Marisa Abela (“Cobra”). A série dos criadores novatos Mickey Down e Konrad Kay (“Hoff the Record”) segue um grupo de jovens profissionais na Pierpoint & Co. Apesar de ter muitos personagens, a trama dá destaque para Harper Stern (Myha’la Herrold, de “Modern Love”), uma jovem negra idealista, que acredita que, ao seguir carreira no setor financeiro, será julgada apenas por seus méritos e capacidade de atingir bons resultados. Ela é uma das personagens de 20 e poucos anos da produção, que destaca profissionais que tentam se estabelecer nesse mercado, onde fortunas são feitas da noite para o dia, e onde as poucas vagas são disputadas por uma geração obcecada por sucesso. Sob pressão, eles brigam por negócios milionários em um dos maiores estabelecimentos financeiros de Londres, num trabalho marcado por uma cultura de sexo, drogas e conflitos de ego. Os novos episódios encontram Harper em uma situação bem diferente de seu começo sonhador, demitida da Pierpoint & Co. após a revelação de que seu diploma universitário era falsificado. Essa revelação é feita por Eric Tao (Ken Leung, de “Inumanos”), seu chefe, que inicialmente protegia esse segredo. No entanto, as ações impiedosas de Harper para assegurar sua posição e superar seus colegas acabam levando Eric a usar essa informação contra ela, resultando em sua demissão no final da temporada passada. Agora, ela vira inimiga da Pierpoint, usando seu conhecimento de ex-funcionária para derrubar a empresa. O elenco também traz Harry Lawtey (“Carta ao Rei”), Priyanga Burford (“Avenue 5”), David Jonsson (“Deep State”), Nabhaan Rizwan (“1917”), Conor MacNeill (“A Batalha das Correntes”), Freya Mavor (“The ABC Murders”) e Will Tudor (“Humans”). BEBÊ RENA | NETFLIX A minissérie britânica que já virou fenômeno segue a história única de um comediante que tem a vida virada do avesso por um simples ato de gentileza. A trama é baseada na peça escrita pelo comediante escocês Richard Gadd (“Code 404”), que criou e estrela a atração, e supostamente se baseia em fatos reais. Donny Dunn, interpretado pelo próprio Gadd, se vê envolvido em um pesadelo quando uma mulher chamada Martha (Jessica Gunning, de “The Outlaws”), que ele conheceu casualmente em um bar, começa a persegui-lo implacavelmente. Sua vida muda drasticamente quando ele oferece chá gratuito para essa mulher, quando trabalhava como barman num pub, o que desencadeia uma série de eventos inesperados. Martha começa a perseguir Donny de maneira obsessiva. Ela envia milhares de e-mails, mensagens de voz, tuítes e cartas para ele, tornando sua vida um pesadelo. Enquanto as pessoas ao seu redor inicialmente acham engraçado que ele tenha uma “admiradora”, o protagonista se vê preso em uma situação desconfortável e assustadora. Disposto a provar a ameaça que Martha representa, ele passa a gravar suas mensagens e vasculhá-las para encontrar casos em que ela o ameaçou ou a pessoas próximas. A situação afeta profundamente a vida de Donny, causando-lhe estresse e paranoia constantes, levando-o ao ponto da ruptura. Em entrevistas, Gadd enfatizou que a intenção por trás da produção não era apenas contar uma história, mas também desmistificar o stalking, mostrando suas camadas e nuances de uma forma nunca antes vista na ficção. A crítica internacional concorda que ele conseguiu mesmo inovar no tema, mostrando-o de forma bastante aprofundada. A produção tem 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, o maior agregador de críticas anglófonas da internet. O URSO 3 | DISNEY+ A produção vencedora do Emmy de Melhor Série de Comédia de 2023 e indicada a 23 prêmios no Emmy 2024 lançou sua nova temporada na Disney+ após o...
Recém-lançada, “Senna” surpreende e é indicada ao Critics Choice Awards nos EUA
Produção da Netflix que retrata a vida do piloto Ayrton Senna concorre como Melhor Série em Língua Estrangeira
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Confira as 10 melhores séries lançadas no mês
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Novo trailer de “Industry” destaca estreia de astro de “Game of Thrones”
Terceira temporada da série da Max sobre o mercado financeiro londrino estreia em 11 de agosto
Trailer da 3ª temporada de “Industry” destaca estreia de astro de “Game of Thrones”
Kit Harington traz novos desenvolvimentos para a série britânica de negócios milionários, no papel de CEO e fundador de uma empresa de tecnologia verde
“A Casa do Dragão” não sofrerá impacto da greve dos atores
“A Casa do Dragão” e “Industry”, ambos sucessos da HBO, não devem ter as gravações interrompidas, apesar da greve recém-decretada pelo Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) dos EUA. Apesar de serem produções de um estúdio americano, as duas tem um elenco majoritariamente formado por britânicos, que são filados ao Equity, o sindicato dos atores do Reino Unido. De acordo com o Deadline, nenhuma das produções será paralisada e a HBO vai seguir o calendário das gravações conforme o planejado. A 2ª temporada de “A Casa do Dragão” e a 3ª temporada de “Industry” começaram a ser gravadas em abril deste ano. Embora o elenco principal de “Industry” conte com os americanos Myha’la Herrold e Ken Leung, as diretrizes anunciadas pelo SAG-AFTRA não afetam atores sob contratos da Equity. Segundo o sindicato americano, estes atores devem “continuar a comparecer ao trabalho”, enquanto o restante dos membros seguem em greve. Por outro lado, não ficou claro se os dois atores vão querer continuar em atividade diante das condições atuais de Hollywood – que enfrenta duas greves ao mesmo tempo. Diferente do território americano, o Reino Unido possui leis antissindicais rigorosas, que proíbem seus membros de conduzirem greves em apoio aos colegas de outros países. “A legislação de relações industriais no Reino Unido é drástica e muitas vezes vista como a mais restritiva do mundo ocidental”, observou um membro do Equity ao Deadline. “Os obstáculos complicados e nocivos enfrentados por todos os sindicatos no Reino Unido são uma desgraça nacional e precisam de uma reforma urgente”. Sindicatos unidos pela mesma causa O Equity possui cerca de 47 mil membros em vários setores do entretenimento. Apesar de não poder ingressar na greve, o sindicato afirmou que “está em solidariedade definitiva” com o SAG-AFTRA. “O Equity também está lidando com empregadores agressivos que tentam minar nossos acordos coletivamente negociados”, pontuou o sindicato. A greve foi decretada pelo sindicato americano nesta quinta-feira (13/7) após uma tentativa fracassada de negociações com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), que reúne grandes estúdios como Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner, NBC Universal, Paramount e Sony. O SAG afirmou que a AMPTP não atendeu as demandas principais dos atores, sobre aumentos salariais e a ameaça representada pelo uso de Inteligência Artificial (IA) na produção de filmes, séries e programas para TV e streaming. O Equity afirma lidar com problemas parecidos no Reino Unido. “Garantir a justiça salarial, termos e condições é crucial, seja com produtores tradicionais ou novos streamers globais, e com novos modos de criar e distribuir trabalhos para um público global”, declarou o Equity. “Dizemos claramente à AMPTP e seus membros que eles precisam agir significativa e rapidamente para atender às aspirações razoáveis dos membros do SAG-AFTRA”.
“Industry” é renovada para 3ª temporada
A HBO anunciou a renovação de “Industry” para sua 3ª temporada. A encomenda de novos episódios chega um mês após a conclusão do segundo ano do programa. Em comunicado, a vice-presidente sênior de programação da HBO, Kathleen McCaffrey, elogiou a produção, afirmando que ela “atingiu novos patamares na 2ª temporada, consolidando seu status de sucesso com histórias viciantes, personagens cheios de camadas, um ritmo vertiginoso e observações perspicazes sobre a dinâmica contemporânea do local de trabalho” A série, dos criadores novatos Mickey Down e Konrad Kay (“Hoff the Record”) segue um grupo de jovens profissionais que disputam empregos permanentes em um importante banco internacional, e conta com apoio de Lena Dunham (a criadora de “Girls”), que dirigiu o episódio piloto da atração. “Estamos incrivelmente orgulhosos do que Mickey e Konrad, e a equipe de Bad Wolf, junto com todo o nosso elenco e equipe, conseguiram. Não poderíamos estar mais animados para continuar nossa jornada com eles na 3ª temporada”, completou a executiva. A série recebeu críticas amplamente positivas, atingindo média de 76% e 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, respectivamente para sua 1ª e 2ª temporadas. Apesar de ter muitos personagens, a trama dá destaque para uma jovem afro-americana idealista (Myha’la Herrold, de “Modern Love”), que acredita que ao seguir carreira no setor financeiro será julgada apenas por seus méritos e capacidade de atingir bons resultados. Ela é uma das personagens de 20 e poucos anos que tentam se estabelecer nesse mercado, onde fortunas são feitas da noite para o dia, e onde as poucas vagas são disputadas por uma geração obcecada por sucesso. Sob pressão, eles disputam espaço em um dos maiores estabelecimentos financeiros de Londres, num trabalho marcado por uma cultura de sexo, drogas e conflitos de ego. O elenco também inclui Marisa Abela (“Cobra”), Harry Lawtey (“Carta ao Rei”), Priyanga Burford (“Avenue 5”), David Jonsson (“Deep State”), Nabhaan Rizwan (“1917”), Conor MacNeill (“A Batalha das Correntes”), Freya Mavor (“The ABC Murders”), Will Tudor (“Humans”) e Ken Leung (“Inumanos”).
As 10 melhores séries novas pra maratonar no fim de semana
A programação de séries dá um pau na seleção de filmes digitais desta semana, com opções bastante variadas – de drama arrepiante baseado em fatos reais à fantasia sobrenatural, com direito a investigações policiais e boas comédias. Confira as 10 melhores estreias para maratonar. | ABBOTT ELEMENTARY | STAR+ Eleita Melhor Série do ano pela Associação dos Críticos de TV dos EUA (TCA, na sigla em inglês), a produção que traz Tyler James Williams (o Cris de “Todo Mundo Odeia o Chris”) de volta às sitcoms é uma comédia de local de trabalho que usa o truque narrativo do falso documentário de “The Office”. A diferença entre as duas séries é que, em vez de um escritório, o local de trabalho de “Abbott Elementary” é uma escola pública de Ensino Fundamental. Na trama, Tyler James Williams interpreta um professor recém-chegado, que ao começar a trabalhar descobre que o improviso marca o cotidiano da escola. Graças ao recurso documental, os episódios também possibilitam comentários sociais sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores idealistas diante da política que dedica poucas verbas para o ensino de crianças pobres. A série foi criada e é estrelada por Quinta Brunson (“A Black Lady Sketch Show”), que vive a principal professora da trama, e o elenco também conta com Janelle James (“Black Monday”), Chris Perfetti (“The Night of”), Lisa Ann Walter (“A Última Noite”) e Sheryl Lee Ralph (“Ray Donovan”). Elogiadíssima pela crítica, a produção tem 98% de aprovação no Rotten Tomatoes e já se encontra renovada. | EU NUNCA… 3 | NETFLIX A série é inspirada na juventude da comediante Mindy Kaling (“Projeto Mindy”) e traz a adolescente Devi (interpretada por Maitreyi Ramakrishnan) como seu alter-ego, mostrando o choque cultural resultante entre o convívio simultâneo com sua família indiana tradicional e seus jovens amigos americanos. A 3ª temporada destaca um novo status social de Devi, após assumir o namoro com Paxton (Darren Barnet), tornando-se popular, invejada e até odiada. Mas ela também acaba influenciada pela opinião de pessoas negativas que não sabem o que ele viu nela, o que coloca o relacionamento em risco. De todo modo, logo surgem novas tentações em sua vida. Já renovada para mais um ano de produção, “Eu Nunca…” vai acabar em sua 4ª temporada, com previsão de lançamento para 2023. | EM NOME DO CÉU | STAR+ A atração que rendeu a Andrew Garfield (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”) a indicação ao Emmy de Melhor Ator em Minissérie é uma trama de true crime (inspirada em um crime real). Garfield interpreta um detetive policial que investiga um duplo homicídio no interior de Utah em 1984, que pode ter conexões com sua igreja, levando-a questionar a sua fé como mórmon. A história se baseia no livro homônimo de Jon Krakauer, que também escreveu o romance que inspirou o filme “Na Natureza Selvagem” (2007). A adaptação é assinada por Dustin Lance Black, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original por “Milk: A Voz da Igualdade” (2008), e a equipe de diretores destaca David Mackenzie, do filme “A Qualquer Custo” (2016). Além de Garfield, o elenco também destaca Daisy Edgar-Jones (“Normal People”), Sam Worthington (“Avatar”), Wyatt Russell (“Falcão e o Soldado Invernal”), Rory Culkin (“Castle Rock”), Christopher Heyerdahl (“Pacificador”), Gil Birmingham (“Yellowstone”), Tyner Rushing (“Lovecraft Country”) e Billy Howle (“Legítimo Rei”). São equipe e elenco de cinema. | CINCO DIAS NO HOSPITAL MEMORIAL | APPLE TV+ Tensa e dramática, a minissérie traz Vera Farmiga (“Gavião Arqueiro”) como uma médica do principal hospital de Nova Orleans em agosto de 2005, quando a cidade sofreu a fúria do Furacão Katrina. A trama é baseada numa reportagem premiada com o troféu Pulitzer (o Oscar do jornalismo), que detalha o clima de terror no hospital Memorial Medical Center, que ficou sem energia por dias. Diante disso, a equipe médica liderada pela respeitada cirurgiã Anna Pou (Farmiga) foi forçada a tomar decisões de vida e morte que os impactaram por anos. A adaptação tem roteiro, produção e direção de John Ridley (vencedor do Oscar pelo roteiro de “12 Anos de Escravidão”) e Carlton Cuse (que já tinha trabalhado com Vera Farmiga na série “Bates Motel”). O elenco também destaca Robert Pine (“Jobs”), Cherry Jones (“24 Horas”), Julie Ann Emery (“Better Call Saul”), Cornelius Smith Jr. (“Scandal”), Adepero Oduye (“O Falcão e o Soldado Invernal”), Molly Hager (“Happyish”), Michael Gaston (“The Leftovers”) e W. Earl Brown (“Preacher”). | LOCKE & KEY 3 | NETFLIX Baseada nos quadrinhos de Joe Hill (o filho de Stephen King) desenhados por Gabriel Rodriguez, a série acompanha uma mãe e seus três filhos, após se mudarem para a antiga casa da família, onde são assombrados por uma entidade do mal chamada Dodge, determinada a atormentá-los até conseguir o que quer: chaves para outras dimensões, que estão escondidas na residência. Uma das chaves abre um buraco para o inferno, de onde um demônio poderoso escapou para aterrorizar os protagonistas nos episódios finais. A 3ª e última temporada destaca a ameaça deste novo vilão (Kevin Durand, de “The Strain”), mas também inclui a volta de Dodge, após ter sido aparentemente derrotada no segundo ano, e a descoberta de uma nova chave mágica capaz de abrir portas para outras épocas. Desenvolvida por Meredith Averill (criadora de “Star-Crossed”), Aron Eli Coleite (criador de “Daybreak”) e Carlton Cuse (criador de “Bates Motel” e “Jack Ryan”), a série é estrelada por Emilia Jones (do filme vencedor do Oscar 2022 “No Ritmo do Coração”), Connor Jessup (“Falling Skies”) e o menino Jackson Robert Scott (o Georgie de “It: A Coisa”) como os jovens irmãos protagonistas, Darby Stanchfield (a Abby de “Scandal”) no papel da mãe, Aaron Ashmore (“Killjoys”) como um tio da família e Laisla de Oliveira (“The Gifted”), atriz canadense de pais brasileiros, como a forma principal de Dodge. | UMA EQUIPE MUITO ESPECIAL | AMAZON PRIME VIDEO A série baseada no longa homônimo de 1992 recria a época do primeiro campeonato de beisebol feminino, realizado nos anos 1940 nos Estados Unidos, de forma mais realista – e dramática – que o filme original. Para quem não lembra, a comédia da diretora Penny Marshall trazia Geena Davis e Madonna como jogadoras, e Tom Hanks era o técnico da equipe. A nova versão, desenvolvida pelos roteiristas Will Graham (série “Mozart in the Jungle”) e Abbi Jacobson (“Broad City”), não é um remake literal, mas “um olhar moderno” para a história, incluindo abordagens de raça e sexualidade que não entraram no cinema. O elenco da série conta com a própria roteirista Abbi Jacobson, Chanté Adams (“The Photograph”), D’Arcy Carden (“The Good Place”), Gbemisola Ikumelo (“Famalam”), Kelly McCormack (“Agentes Espaciais”), Roberta Colindrez (“Vida) e Priscilla Delgado (“Julieta”). Vale lembrar que a produção da Amazon é, na verdade, a segunda série derivada de “Uma Equipe Muito Especial”. A CBS tentou, sem sucesso, uma primeira abordagem em 1993, logo depois da estreia do filme, com Megan Cavanagh e Tracy Reiner reprisando seus papéis de cinema. Mas sem os integrantes mais famosos do elenco, a série saiu do ar após três episódios devido à baixa audiência. | NÃO FOI MINHA CULPA | STAR+ A série brasileira é uma antologia que retrata a violência doméstica e o feminicídio. Escrita por Juliana Rosenthal (“O Amor no Divã”) e Michelle Ferreira (“Amor sem Medida”), os episódios contam histórias supostamente inspiradas em acontecimentos reais, girando em torno de príncipes encantados que se revelam ogros do mal. O elenco destaca Fernanda Nobre (“Deus Salve o Rei”), Malu Mader (“Turma da Mônica – Lições”), Dalton Vigh (“A Divisão”), Armando Babaioff (“Bom Sucesso”), Aline Dias (“Salve-se Quem Puder”), Karol Lanes (“Minha Mãe é uma Peça”), Ana Paula Secco (“Tropa de Elite”), Gabrielle Joie (“Toda Forma de Amor”), Virgínia Rosa (“Éramos Seis”), Luana Xavier (“A Vida Invisível”), Sandra Corveloni (“O Outro Lado do Paraíso”), Suzy Lopes (“Fim de Festa”), Simone Iliescu (“Leste Oeste”), Cyria Coentro (“Velho Chico”) e Elisa Lucinda (“Manhãs de Setembro”). A relação de coadjuvantes também é grande, com Vinícius de Oliveira (“Segunda Chamada”), Dandara Mariano (“A Força do Querer”), Jennifer Nascimento (“Malhação: Sonhos”), Marat Descartes (“Colônia”) e as irmãs Bianca Comparato (“3%”) e Lorena Comparato (“Impuros”), entre outros. Isto porque são 10 episódios com histórias diferentes. A produção faz parte de um projeto latino da Star+, que também produziu séries sobre a mesma temática na Colômbia e no México. Por isso, o nome completo da série nacional é “Não Foi Minha Culpa: Brasil” – para se diferenciar de “Não Foi Minha Culpa: Colômbia” e “Não Foi Minha Culpa: México” (já disponível na Star+). | INDUSTRY 2 | HBO MAX A série sobre o mercado financeiro segue um grupo de jovens que conseguem empregos cobiçados em um importante banco internacional. Criada pelos novatos novatos Mickey Down e Konrad Kay (“Hoff the Record”), a produção conta com apoio de Lena Dunham (a criadora de “Girls”), que dirigiu o piloto da atração. Apesar de ter muitos personagens, a trama dá destaque para uma jovem afro-americana idealista (Myha’la Herrold, de “Modern Love”), que acredita a carreira no setor financeiro é forma de ser julgada apenas por seus méritos e capacidade de atingir bons resultados – e não pela cor. Ela é uma das personagens de 20 e poucos anos que tentam se estabelecer nesse mercado, onde fortunas são feitas da noite para o dia, e onde as poucas vagas são disputadas por uma geração obcecada por sucesso. Sob pressão, eles disputam espaço em um dos maiores estabelecimentos financeiros de Londres, num trabalho marcado por uma cultura de sexo, drogas e conflitos de ego. O elenco também inclui Marisa Abela (“Cobra”), Harry Lawtey (“Carta ao Rei”), Priyanga Burford (“Avenue 5”), David Jonsson (“Deep State”), Nabhaan Rizwan (“1917”), Conor MacNeill (“A Batalha das Correntes”), Freya Mavor (“The ABC Murders”), Will Tudor (“Humans”) e Ken Leung (“Inumanos”). | LAW & ORDER: CRIME ORGANIZADO | GLOBOPLAY A nova série derivada da longeva franquia do produtor Dick Wolf resgata o personagem Elliot Stabler, vivido por Christopher Meloni, 10 anos depois de sua despedida de “Law & Order: SVU”. A 1ª temporada se concentra na disputa entre Stabler e o mafioso vivido por Dylan McDermott (“American Horror Story”), que o desafia a encontrar provas de seu envolvimento em atividades ilegais. E foi um grande sucesso nos EUA, especialmente por a trama avançar sem estender seus mistérios, revelando rapidamente quem foi o responsável pela morte de Kathy Stabler (Isabel Gillies), a mulher do protagonista, crime que o motivou a se juntar à equipe responsável por combater o crime organizado em Nova York. “Law & Order: Crime Organizado” já exibiu sua 2ª temporada nos EUA e se encontra renovada para seu terceiro ano de produção. | EU SOU GROOT | DISNEY+ A série sobre o personagem de “Guardiões da Galáxias” é formada por cinco curtas-metragens de cinco minutos cada, estrelados pelo herói em sua fase de Baby Groot. Começa com ele aprendendo a andar e segue por diferentes aventuras, com direito a batalha de dança, novos personagens e um momento doce compartilhado com outro colega dos Guardiões. Assim como nos filmes, a voz de Groot é providenciada por Vin Diesel, sob muito tratamento computadorizado, e o cineasta James Gunn assina a produção. Groot também será visto neste ano num especial de Natal dos Guardiões da Galáxia programado para dezembro na Disney+, antes de aparecer em “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, com lançamento marcado para abril de 2023.
Sony compra produtora de “His Dark Materials” e “A Descoberta das Bruxas”
Único grande estúdio de Hollywood sem plataforma digital própria, a Sony está se reforçando como produtora de conteúdo para os serviços de streaming dos colegas/rivais do entretenimento. O estúdio confirmou nesta quarta (1/12) a aquisição da produtora britânica de séries Bad Wolf. Fundada em 2015 por Jane Tranter e Julie Gardner, ex-executivas da BBC responsáveis por lançar séries de fantasia famosas, como o revival de “Doctor Who” em 2005, o spin-off “Torchwood” e “Da Vinci’s Demons”, a Bad Wolf lançou vários hits num curto espaço de tempo, entre eles “His Dark Materials”, “Industry”, “The Night Of”, “A Descoberta das Bruxas” (A Discovery of Witches) e “I Hate Suzie”. A lista demonstra que as produções da empresa atendem especificamente dois canais pagos e suas respectivas plataformas: HBO nos EUA e Sky no Reino Unido. Tanto HBO quanto Sky faziam parte de uma sociedade original com a Access Entertainment e a Sony Pictures Television, que financiava os negócios da Bad Wolf, mas agora a Sony comprou as ações dos demais sócios e pretende ampliar a cartela de clientes da empresa. Dentro destes planos, fechou a produção da primeira série da produtora para a Apple TV+, “Lady in the Lake”, que será estrelado por Natalie Portman e Lupita Nyong’o. Embora a Sony tenha se recusado a comentar o valor financeiro do negócio, a revista Variety publicou que a aquisição gira em torno de US$ 80 milhões e também inclui um estúdio de produção em Cardiff, País de Gales. As fundadoras da Bad Wolf vão continuar à frente da empresa, agora recebendo aporte exclusivo da Sony. Em comunicado, Jane Tranter disse que “a Sony Pictures Television compartilha nossa visão para o futuro da empresa, e seu entendimento imediato e crença no trabalho da Bad Wolf os tornam os parceiros perfeitos para o nosso futuro”, possibilitando a produtora a “alcançar patamares ainda maiores nos anos que virão”. Ravi Ahuja, presidente de TV global e desenvolvimento corporativo da Sony Pictures Entertainment, também se manifestou: “O negócio do streaming está evoluindo à medida que o público em todos os lugares do mundo se torna mais sintonizado com o conteúdo produzido fora de suas próprias culturas. Este acordo não ressalta apenas a alta qualidade dos talentos com os quais temos orgulho de trabalhar, mas também o nosso objetivo de criar e entregar os programas mais notáveis do Reino Unido para o mundo”. A decisão de fortalecer sua linha de produção e expandir para o Reino Unido acontece três anos após a Sony vender a Crackle, sua pioneira plataforma de streaming, e abandonar o mercado digital antes dele se tornar o maior foco de investimento atual de Hollywood, com os lançamentos da Disney+, HBO Max, Paramount+, Peacock e até a Starzplay, todas plataformas que surgiram após a Sony cometer seu maior erro de avaliação sobre o futuro do entretenimento.









