Casal Obama desenvolve mais quatro filmes e duas séries na Netflix
Enquanto Donald Trump dá vexame em Hollywood, outro ex-presidente se mostra cada vez em casa na indústria do entretenimento. A Netflix anunciou que Barack Obama e sua esposa Michelle Obama desenvolvem seis novos projetos no serviço de streaming, incluindo quatro filmes e duas séries, por meio de sua produtora, Higher Ground Productions. De acordo com o comunicado da Netflix, cada projeto está em diferentes estágios de produção e será lançado espaçadamente nos próximos anos. Depois de se dedicarem exclusivamente a documentários, o casal poderoso resolveu abraçar também a ficção. A lista de novos projetos inclui uma adaptação para o cinema do romance de Mohsin Hamid, “Exit West”, que terá Riz Ahmed (“Sound of Metal”) como protagonista, um filme de ficção científica “Satellite”, um filme sobre o primeiro homem a chegar ao topo do Monte Everest intitulado “Tenzing”, e um filme intitulado “The Young Wife” que parece vagamente sobre um casamento. Higher Ground também está trabalhando em uma série de suspense para jovens adultos chamada “Firekeeper’s Daughter”, além do que parece ser uma série documental sobre parques nacionais, apropriadamente intitulada “Great National Parks”. Alem desses seis projetos, a produtora dos Obamas já tinha anunciado o desenvolvimento de uma série de animação pré-escolar sobre um jovem cientista negro, intitulada “Ada Twist, Scientist”, e uma série de comédia, “The G Word with Adam Conover”, ambos também para a Netflix. A Higher Ground se destacou desde seu lançamento ao ganhar um Oscar pelo documentário “Indústria Americana” (2019) no ano passado e uma indicação ao Emmy por “Minha História” (2020), documentário sobre Michelle Obama. O mais novo trabalho do casal é “Crip Camp: Revolução pela Inclusão” (2020), que venceu o Prêmio do Público do Festival de Sundance e da Associação Internacional de Documentários (IDA, na sigla em inglês) como Melhor Documentário do ano. “Criamos a Higher Ground para contar grandes histórias”, declaram Barack e Michelle Obama em comunicado. “Este grupo de projetos se baseia nesse objetivo e no caminho incrível traçado por filmes como ‘Crip Camp’, ‘Minha História’ e o vencedor do Oscar ‘Indústria Americana’. Da ficção científica à beleza de nosso mundo natural e aos relacionamentos que nos definem, a Higher Ground continua a se esforçar para mostrar novas perspectivas, personagens atraentes e uma boa dose de inspiração. Não poderíamos estar mais orgulhosos de nos juntarmos aos artistas brilhantes por trás de cada uma dessas histórias. Cada um deles tem algo importante a dizer. ”
Donald Trump ataca o Oscar por premiar “um filme da Coreia do Sul”
Donald Trump resolveu atacar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA por dar o Oscar de Melhor Filme a “Parasita”, durante um discurso para uma multidão de correligionários no estado do Colorado. Segundo o presidente dos EUA, “Parasita” deveria ser premiado apenas como Melhor Filme Internacional. “E o vencedor é um filme da Coréia do Sul. O que diabos foi isso? Já tivemos problemas suficientes com a Coréia do Sul no comércio e, além disso, eles dão o [Oscar de] melhor filme do ano. É bom? Eu não sei”. Ele continuou: “Vamos pegar ‘E o Vento Levou’… Podemos voltar à época de ‘E o Vento Levou’, por favor?”. “E o Vento Levou” venceu o Oscar em 1940, seis anos antes de Trump nascer. Ele ainda citou “Crepúsculo dos Deuses”, um pouco mais “novo”, de 1950, entre “tantos filmes excelentes” que representariam o cinema americano e mereciam mais o Oscar que “Parasita”. Trump ainda zombou da cerimônia sugerindo que eles trocaram o envelope, dizendo o nome do vencedor errado – como aconteceu em 2018. Fingindo apresentar o prêmio, ele disse: “‘O vencedor é da Coréia do Sul’. Eu pensei que era o melhor filme estrangeiro, certo? Melhor filme estrangeiro. Isso já aconteceu antes”. “Parasita” venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional e Melhor Filme, além de troféus de Direção e Roteiro Original. Foi a primeira produção falada em língua não inglesa a conquistar a estatueta de Melhor Filme na história da premiação. A declaração de Trump não é surpreendente, porque ele foi eleito prometendo colocar os interesses dos EUA em primeiro lugar. Tem sido assim em todas as áreas e não seria diferente no cinema. Mas o estúdio indie Neon, responsável pela distribuição de “Parasita” nos EUA, preferiu ironizar a falta de refinamento cultural de Trump ao responder ao ataque. “É natural, ele não sabe ler”, publicou a conta oficial da empresa no Twitter, reagindo ao vídeo do discurso com a lembrança de que o filme é exibido com legendas. Veja abaixo. Vale lembrar que o presidente anterior dos EUA, Barack Obama, venceu o Oscar 2020 como produtor do documentário “Indústria Americana”. Por sinal, Obama incluiu “Parasita” em sua lista de Melhores Filmes do ano. Trump ainda aproveitou seu discurso contra o Oscar para criticar Brad Pitt, premiado como Melhor Ator Coadjuvante por “Era uma Vez em Hollywood”. “E então você tem Brad Pitt. Eu nunca fui um grande fã dele. Levantou, fez uma gracinha [ao receber o Oscar]. Ele é um cara pouco inteligente”, disse o presidente. No discurso de agradecimento, Pitt mencionou brevemente o julgamento de impeachment de Trump. “Eles me disseram que eu só tenho 45 segundos aqui, o que são 45 segundos a mais do que o Senado concedeu a John Bolton esta semana”, afirmou Pitt em seu discurso, referindo-se à decisão do Senado de não ouvir as testemunhas de acusação do caso. Understandable, he can't read.#Parasite #BestPicture #Bong2020 https://t.co/lNqGJkUrDP — NEON (@neonrated) February 21, 2020
Vencedora do Oscar de Melhor Documentário cita slogan comunista no Oscar 2020
O Oscar 2020 foi palco de um manifesto político, que meio século atrás, durante a caça às bruxas e lista negra da Guerra Fria, poderia resultar em prisão nos EUA. Mas muitos nem repararam. Enquanto muitos ainda comemoravam a derrota do “marxismo cultural” representado por “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, a cineasta Julia Reichert, vencedora da categoria de Melhor Documentário com “Indústria Americana”, agradeceu seu Oscar com uma citação ao “Manifesto Comunista”, de 1848. “Os trabalhadores têm cada vez mais dificuldade hoje em dia, e acreditamos que as coisas vão melhorar quando os trabalhadores do mundo se unirem”, disse a americana, parafraseando o slogan “Trabalhadores do mundo, uni-vos”, que se tornou célebre na obra de Karl Marx e Friederich Engels. Detalhe: o filme de Reichert e Steven Bognar, disponível na Netflix, foi produzido pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama e sua mulher, Michelle Obama.
Casal Obama comemora sua primeira indicação ao Oscar
Em sua estreia como produtores de cinema, o ex-presidente dos EUA Barack Obama e sua esposa Michelle Obama conquistaram sua primeira indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Documentário, por “Indústria Americana”. O filme, que narra o que aconteceu quando os funcionários de uma empresa chinesa assumiram o controle de uma fábrica abandonada da General Motors, lançou a produtora do casal, Higher Ground, e foi disponibilizado pela Netflix Felizes com a repercussão de seu trabalho, o casal Obama comemorou a indicação nas redes sociais. “Fico feliz em ver ‘Indústria Americana’ indicado para o Oscar de Melhor Documentário. É o tipo de história que não vemos com bastante frequência e é exatamente o que Michelle e eu esperamos alcançar com a Higher Ground. Parabéns aos cineastas incríveis e toda a equipe!”, escreveu o ex-presidente. “Muito emocionados que Julia Reichert, Steven Bognar e todas as pessoas incríveis por trás da ‘Indústria Americana’ foram nomeadas para o Oscar de Melhor Documentário! Estamos muito orgulhosos deles e impressionados com o talento deles para contar histórias”, completou a ex-primeira dama dos EUA. Dirigido por Julia Reichert e Steven Bognar, “Indústria Americana” vai disputar o Oscar de Melhor Documentário com o brasileiro “Democracia em Vertigem”, também distribuído pela Netflix, além de “The Cave”, “For Sama” e “Honeyland”, inéditos no Brasil. A 92ª edição do Oscar será realizada em 9 de fevereiro no Teatro Dolby, em Los Angeles, com transmissão ao vivo no Brasil pelos canais Globo e TNT. Glad to see American Factory’s Oscar nod for Best Documentary. It’s the kind of story we don’t see often enough and it’s exactly what Michelle and I hope to achieve with Higher Ground. Congrats to the incredible filmmakers and entire team! — Barack Obama (@BarackObama) January 13, 2020 So thrilled that Julia Reichert, Steven Bognar, and all of the incredible people behind #AmericanFactory are nominated for the Best Documentary Oscar! We’re so proud of them and amazed by their talent for storytelling. See for yourself now on @Netflix. pic.twitter.com/pLEE5zg0gr — Michelle Obama (@MichelleObama) January 13, 2020
Gotham Awards: História de um Casamento vence primeira premiação da temporada nos EUA
A primeira grande premiação cinematográfica americana da temporada, o Gotham Awards 2019, consagrou o drama “História de um Casamento”. A produção da Netflix, escrita e dirigida por Noah Baumbach, foi eleita o Melhor Filme Independente do ano, tanto pelo júri do prêmio quanto pelo público. E também rendeu os troféus de Melhor Roteiro para Baumbach e Melhor Ator para Adam Driver. Com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme acompanha os dois lados de uma separação, que tem uma criança no meio. Além de Adam Driver (Kylo Ren na franquia “Star Wars”), destaca em seu elenco a atriz Scarlett Johansson (a Viúva Negra dos “Vingadores”). O lançamento em streaming vai acontecer na sexta-feira (6/12), em todo o mundo. Entre as atrizes, a vencedora foi Awkwafina, por “The Farewell”, que não tem previsão de estreia no Brasil. O filme possui 99% de aprovação e gira em torno de uma família chinesa, que organiza um casamento para que uma vovó doente possa ver todos os parentes pela última vez. O Brasil concorria na categoria de Melhor Documentário com “Democracia em Vertigem”. Mas a obra de Petra Costa, sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, perdeu para outro título da Netflix: “Indústria Americana”, produzido pelo casal Barack e Michelle Obama. De forma impressionante, produções da Netflix conquistaram seis dos dez prêmios entregues na cerimônia, realizada na noite de segunda-feira (2/12) em Nova York. Nos últimos anos, os vencedores do Gotham foram “Birdman” (2014), “Spotlight” (2015), “Moonlight” (2016), “Me Chame pelo Seu Nome” (2017) e “Domando o Destino” (2018). Três deles também venceram o Oscar de Melhor Filme, um foi finalista e o mais recente nem sequer figurou na lista da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos – mas rendeu à diretora Chloé Zhao um contrato com a Marvel. Confira abaixo a lista completa dos premiados, que ainda inclui duas séries estreantes – uma da Hulu e outra, claro, da Netflix. Melhor Filme “História de Um Casamento” Prêmio do Público “História de um Casamento” Melhor Documentário “Indústria Americana” Melhor Diretor Estreante Laure de Clermont-Tonnerre (“The Mustang”) Melhor Roteiro Noah Baumbach (“História de um Casamento”) Melhor Ator Adam Driver (“História de Um Casamento”) Melhor Atriz Awkwafina (“The Farewell”) Melhor Ator Estreante Taylor Russell (“Waves”) Melhor Série Estreante de Capítulos Longos “Olhos que Condenam” Melhor Série Estreante de Capítulos Curtos “PEN15”




